Resenhas - A lista

Valdirene.Perez 26/05/2015

Como todos os livros da Cecelia Ahern, a trama se desenvolve meio lenta, a parte narrativa é extensa demais, porém depois voce começa a se envolver com os personagens, seus conflitos, enfim, o final é bem emocionante.

MiCandeloro 25/05/2015

Delicado e reflexivo!
Katherine Logan era uma jornalista de faro apurado e muita curiosidade correndo nas veias. Depois de construir uma carreira de sucesso na Revista Etcetera, foi contratada para cobrir notícias no programa de televisão Thirty Minutes.

Logan queria virar uma estrela. Não se contentava mais com matérias medíocres, como as que escrevia antes. Katherine estava em busca do seu primeiro grande furo de reportagem, e conseguiu! O problema é que, para isso, a jovem pôs de lado as premissas básicas do jornalismo investigativo e não agiu com ética, muito menos com prudência, deixando de averiguar a veracidade dos fatos que apresentou para milhares de pessoas e prejudicando uma em especial.

Agora, a emissora de TV e Katherine estavam sendo processadas num montante milionário. A sua imagem e credibilidade havia sido queimada perante a todos e a repórter passou a ser alvo diário da revolta popular, tendo seu apartamento frequentemente vandalizado, sem ter para onde fugir.

Kitty só tinha uma pessoa com quem contar: Constance, sua amiga, mentora, fundadora e editora da Etcetera, mas não por muito tempo, já que Constance estava morrendo de câncer. Ela era a única que conseguia enxergar a verdadeira essência de Kitty e sabia que a mesma conseguiria dar a volta por cima. Só lhe faltava um pouco de motivação, que chegou no formato de uma lista.

Antes de morrer, Constance confessou à Kitty que havia uma história que gostaria de ter escrito, mas que nunca escreveu. Uma história que surgiu de uma ideia ousada um tempo atrás e que ajudava a manter a sua mente ocupada enquanto estava no hospital. Kitty se convenceu de que deveria escrever a tal história pela amiga. Esta era a sua chance de fazer uma boa matéria, limpar seu nome e, ainda por cima, prestar uma justa homenagem à Constance.

Entretanto, Kitty não tinha a mínima ideia sobre o que se tratava a tal reportagem. Constance não lhe deixou detalhes, apenas uma lista com 100 nomes de pessoas que nunca ninguém tinha ouvido falar. Kitty tinha menos de duas semanas para localizar estes sujeitos, descobrir o que Constance queria com eles, entender o ponto comum entre todos e redigir a notícia.

Quando os nossos valores estão corrompidos, será que conseguimos ver um palmo diante do nariz?

"Alguns dizem que não devemos agir com base em nossos medos, mas, se não houver medo, onde estará o desafio?"

Querem saber o que vai acontecer? Então leiam!

***

Desde que soube do lançamento de A Lista, fiquei maluca para lê-lo. Me tornei fã de Cecelia Ahern por causa do livro A vez da minha vida, que mexeu demais comigo e, de certo modo, tinha expectativas de que o mesmo fosse acontecer com essa obra.

Narrada em terceira pessoa, A Lista tem uma escrita delicada, profunda e completamente reflexiva, como tudo o que Cecelia escreve. Entretanto, durante boa parte do texto, tive dificuldades de me conectar com a história simplesmente por não compreendê-la, assim como Kitty.

De certo modo, imaginei que o enredo fosse versar sobre as investigações que a jornalista faria para encontrar as tais 100 pessoas, apresentando suas dificuldades, percalços e o seu amadurecimento ao longo da jornada. Em suma, o meu interesse estava em Kitty e na matéria que ela estava tentando escrever.

Todavia, logo no início, percebi que a trama passou a girar em torno dos personagens que integravam a lista e que, ao longo das páginas, iam contando sobre as suas vidas. Eu não queria saber deles, não queria saber o que eles tinham para falar e muito menos compreendia a ligação que todos tinham em comum, e isso me deixou um pouco frustrada.

Por mais que A Lista não tenha sido exatamente o livro que esperei que fosse, fiquei totalmente presa à história da metade para o fim, quando as coisas realmente começaram a acontecer. Gostei muito de presenciar o amadurecimento de Kitty e o processo que ela teve que passar para se redimir e tentar corrigir seus erros. Ademais, rolou uma road trip na obra que foi demais! E eu adoro esse tipo de aventura, então super valeu a pena.

O final foi muito emocionante e nos ensinou que todos somos pessoas especiais e temos boas histórias para contar, basta prestarmos atenção uns nos outros e termos o interesse de nos envolver e de conhecer estranhos que podem vir a transformar as nossas vidas.

"Todo indivíduo em qualquer parte do mundo tem uma história extraordinária para contar. Talvez pensemos que somos pessoas comuns, que nossa vida é entediante (...). Mas a verdade é que todos nós fazemos coisas fascinantes, admiráveis e das quais deveríamos sentir orgulho. Todos os dias as pessoas fazem coisas que não são comemoradas. Coisas que deveriam ser estampadas nos jornais. Os heróis anônimos, as pessoas que não se consideram heroínas porque estão fazendo simplesmente o que acreditam que têm de ser feito em sua vida."

Cecelia nos propõe, com A Lista, uma mudança de perspectiva, convidando a nos libertarmos dos casulos individualistas e egoístas que vivemos, sempre rodeados nos nossos umbigos, reclamando dos nossos problemas e choramingando pelas nossas derrotas, para olharmos para o outro e valorizarmos a tudo o que nos cerca.

"Kitty finalmente sentiu que estava chegando a algum lugar. Ela havia conseguido uma parte muito pequena e estava começando a conhecer as pessoas mais a fundo, a camada que todos nós escondemos, o que havia por detrás da máscara, da gentileza social, da insegurança."

Posso confessar uma coisa? Depois de ler A Lista, fiquei com muita vontade de passar pela mesma experiência que Kitty passou, de abordar estranhos na rua e me aproximar deles. Então, se você não me conhece e receber um telefonema meu, já sabe do que se trata.. hehe.

site: http://www.recantodami.com/

@BecoDosLivros 24/05/2015

A história é sobre a vida de Kitty, que é uma jornalista que a anos atrás publicou uma acusação falsa sobre um professor e após isso praticamente acabou. A história vai falar sobre a superação da protagonista após esse incidente com o professor, tudo que ela fez para retomar a sua vida ao normal, e limpar a sua má reputação. Fala de também de temas como, amigos, família, namoro. Pra mim o livro mantem uma linha reta, sem muitas reviravoltas... é aquele livro pra você ler tranquilo e desestressar.
Pra quem já leu outros livros dessa autora sabe que vai enfrentar muitos sentimentos diferentes (Felicidade, angustia, tristeza e etc.) durante a leitura, pois isso é uma marca de, Cecelia Ahern.


site: https://www.youtube.com/channel/UCnNYFGQ4CAg1hYzaC9Vn6Mg

Carol D. Torre 17/05/2015

Vocês sabem que eu amo um bom drama e a quando li a sinopse de A Lista fiquei mais que interessada pelo livro. E, apesar das minhas duas experiências anteriores com a autora não terem sido memoráveis, eu sei muito bem como ela é capaz de criar ótimas estórias. É uma pena que, mesmo sendo um bom livro, A Lista não tenha alcançado todas as minhas expectativas.

Kitty está vendo sua vida aos poucos chegar ao fim do poço. Ela fez um erro imperdoável e agora ela a a sua emissora estão sendo processados, sua casa vive sendo vandalizada, seu melhor amigo está desapontado com ela, seu namorado saiu de casa e a sua velha amiga e mentora, Constance, está lutando contra o câncer.
Quando Constance morre, a sua revista, onde Kitty milagrosamente ainda possui um emprego, resolve homenageá-la e fica para Kitty a missão de escrever uma das última matérias idealizada por ela. Mas para isso a Kitty só possui uma lista de cem nome, sem nenhum resumo, introdução ou anotações. Nada. A única solução encontrada por ela é ouvir a estória de cada uma dessas pessoas e tentar encontrar uma ligação entre elas.

Acho que uma das coisas mais importantes para se falar desse livro é: não espere uma narrativa ágil. Apesar de ser um livro rápido de se ler - terminei tranquilamente em um dia -, A Lista se foca muito mais nos seus personagens, em contar suas histórias de forma gradual e explorar seus sentimentos. Isso para mim está longe de ser um defeito, pelo contrário, todos nós temos aquele momento em que queremos uma leitura mais tranquila, mas sentimental e que conversa muito bem com a realidade das nossas vidas. A Lista é perfeito para esses momentos!

E são essas características que fazem com que os personagens sejam tão importantes para o bom desenvolvimento da estória e posso dizer que, na sua grande maioria, eles não decepcionam. Cada um dos personagens principais são diferentes, marcantes e com estórias de vida inspiradoras por motivos completamente únicos. Conhecer um pouco mais sobre as pessoas da lista foi o que me manteve tão envolvida na leitura.
Mas, mais especificamente falando, a Kitty é uma protagonista um tanto quanto peculiar. A sua vida está no fundo do poço, mas, diferentemente do que estamos acostumado, ela bem que mereceu uma boa parte do que está acontecendo com ela. A Kitty não aquele tipo de personagem que ganha a sua simpatia de imediato ou tem um carisma marcante. Ela é uma personagem que se aproxima muito de uma pessoa real, que tem defeitos, comete erros e besteiras, tem seus dramas e suas dores, mas também tem as suas qualidades e seus motivos para continuar tentando. Mesmo não te conquistando de primeira - e, sinceramente, nem de segunda - depois de um tempo você se vê compreendendo a personagem e torcendo por ela.

Apesar da narrativa da Cecelia Ahern ser capaz de construir uma ótima e sentimental estória, ela também foi um dos motivos que me fizeram desgostar um pouco do livro. Uma característica da escrita da autora, presente nesse livro, me incomodou bastante: ela se enrola muito em temas desinteressantes e não necessários para o desenvolvimento do enredo. Como quando ela descreve diálogos gigantes sobre como fazer jornalismo ou quando vai contar alguma estória e passa páginas sem um único diálogo sendo que isso poderia ser feito de forma muito mais concisa. Isso fez que a leitura ficasse muito mais pesada, lenta e em algumas partes desinteressantes. Como todos as pessoas dizem: menos é mais.
Outro ponto válido de se comentar é que gostei da narrativa em terceira pessoa, mas em algumas passagens o ponto de vista ficou meio confuso e o conteúdo, novamente, desnecessário.

Mas o meu principal problema foi que a "caça" por esses nomes é bem menos interessante e muito mais lenta do que que a sinopse transmite. A mensagem do livro, e a ideia por trás da lista, é lindíssima e mais do que válida de ser abordada, mas até o momento em descobrimos isso a busca da Kitty por esses nomes parece perdida demais para mim, como se faltasse alguma coisa vital para ela fazer sentido. Entendo porque foi feito dessa forma e até mudei um pouco de opinião no fim depois de ter descoberto a ligação entre os nomes, mas isso não muda o fato de que, durante a leitura, existe essa sensação incômoda de que falta alguma coisa e que a estória não é tudo aquilo que a sinopse prometeu.

Apesar de possuir os seus defeitos, eu ainda gostei muito da estória criada pela Cecelia Ahern, A Lista foi uma leitura marcante, leve e emocional que, no fim, acabou me envolvendo completamente nos dramas dos seus personagens. Se você está procurando um livro que traz o melhor e o pior da vida real com certeza vai adorar esse livro.

"Talvez pensemos que somos pessoas comuns, que nossa vida é entediante porque não estamos fazendo nada de extraordinário nem estampando capas de jornais, tampouco suas manchetes, nem ganhando prêmios memoráveis. Mas a verdade é que todos nós fazemos coisas fascinantes, admiráveis e das quais deveríamos sentir orgulho."

site: http://rehabliteraria.blogspot.com.br/