Biia Rozante | @atitudeliteraria 27/05/2015APENAS PERMITA QUE O INESPERADO TE SURPREENDA, PORQUE É QUANDO MENOS SE ESPERA QUE O MELHOR ACONTECE.Eu não ERA uma grande fã da autora, na verdade vivíamos uma relação de amor e ódio devido a outras obras dela que já havia lido, mas como disse não ERA, porque após ler “A Lista”, Cecelia ganhou totalmente minha admiração.
Confesso que quando li a sinopse fiquei alucinada e muito curiosa para ler o livro. Em minha mente nada controlada, milhões de possibilidade foram crescendo e quando me dei conta estava com as expectativas lá no alto, e apesar disso, em nenhum momento me senti decepcionada, pelo contrário FUI SURPREENDIDA. Ainda que tenha sentido falta de um epílogo.
A Lista é uma história de reflexão, um livro intenso que te obrigada a questionar e analisar a vida, e tudo a sua volta. Agora ao invés de, ser um ser humano normal caminhado e me relacionando com as pessoas na rua e no trabalho, fico me perguntando: Qual será a sua história?
Kitty Logan é jornalista e está passando por uma queda livre em sua vida profissional. Após cometer um erro em uma reportagem investigativa, para a emissora em que trabalhava. Seu nome está ameaçado e sua carreira também, para ajudar a deixar a situação ainda mais complicada, sua grande amiga e mentora também jornalista e fundadora da revista Etcetera em que Kitty ainda mantém um emprego, está perdendo a batalha contra o câncer.
Um pouco antes de falecer Constance entrega a Kitty uma fonte de esperança e uma nova perspectiva, a chave para um recomeço, uma caminhada para o autoconhecimento. O problema, é que tudo isso vem em formato de uma lista, uma folha com cem nomes escritos e só. Nenhum endereço, nenhum número de telefone ou qualquer informação válida. Apesar de ficar desorientada, perdida e aflita, não conseguindo compreender exatamente o que tem em mãos, Kitty embarca nessa missão “quase impossível”. Escrever uma matéria que homenagearia sua amiga e em troca limpar sua reputação. O problema é que ela tem apenas duas semanas para isso. Contatar as cem pessoas, descobrir o que significa a lista, e o que as une, em que momento essas cem pessoas se relacionam.
E foi então que me surpreendi com a obra. A história deixa de focar apenas na Kitty e seu drama, e passa a explorar os demais personagens que vão surgindo ao longo do enredo. Novas histórias vão aparecendo e você vai sendo sugado, e envolvido para o meio de tudo aquilo, e quando se dá conta os olhos estão lacrimejando o coração está acelerado, a respiração presa, e você completamente apaixonado pelo livro.
(...) Todo individuo em qualquer parte do mundo tem uma história para contar. Talvez pensemos que somos pessoas comuns, que nossa vida é entediante(...) Mas a verdade é que todos nós fazemos coisas fascinantes, admiráveis e das quais deveríamos sentir orgulho...
Costumamos ser escravos da nossa rotina, permitimos que acontecimentos a nossa volta, e pessoas as quais consideramos “influentes e interessantes” nos ofusquem, nos façam sentir menos do que realmente somos. Menosprezamos nossa própria existência e o significado que a nossa vida tem. Quantas vezes nos perguntamos, por que nasci? Será que só eu passo por isso? Existe uma vida melhor? Ou nos comparamos e ficamos inquietos, resmungado sobre como a vida de Fulano é melhor, como Ciclano tem uma rotina mais agitada, e que Beltrano faz algo de bom perante a sociedade. E em meio a tudo isso, nós nos esquecemos do que realmente tem valor. Esquecemo-nos de como somos importante para as pessoas a nossa volta, o poder que temos de ajudar aos outros e que se pararmos para conversar e nos abrir, temos uma linda história para contar, um fato marcante que de alguma forma te guiou para o que você é hoje.
Porque a vida é isso, é um livro aberto no qual vamos rascunhando, riscando, aprendendo e reescrevendo a cada novo amanhecer. Não somos como um artigo, um arquivo que pode ser redigido, editado e revisado, mas ainda assim somos corajosos e nos esforçamos para escrever da melhor maneira possível e ao invés de apagar os erros, nós os rabiscamos e ele fica lá registrado nos lembrando de não voltar a cometê-los.
Cecelia Ahern me proporcionou uma leitura prazerosa e tocante. Seu livro realmente mexeu comigo, e assim como eu aprendi, extrai algo de positivo e extraordinário dessa obra, eu sei que você também vai, porque A Lista, é sobre nós. Sobre seres humanos normais, com historias reais, e nos mostrando o lado bom e ruim da vida.
A Editora Novo Conceito deixo meu muito obrigada e parabéns pelo trabalho maravilhoso realizado no livro, a capa é brilhante e encantadora e a diagramação perfeita. Cada detalhe está incrível nos proporcionando uma leitura ainda mais maravilhosa. (Amei o tamanho das abas e a seleção de cores).
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