Tiago Queiroz 31/01/2021Resumo em uma palavra: formidável Há muito tempo eu não lia um livro tão empolgante.
O autor destrincha a condução política do Brasil durante a Segunda Guerra, levada a cabo por Vargas e Oswaldo Aranha, seu ministro das relações exteriores, e com a assistência de sua filha Alzira.
Ele pontua cada passo da política externa adotada, bem como os resultados esperados com cada uma.
Dentre os pontos abordados, ele fala das deliberações para decidir qual lado beneficiaria mais o Brasil, a fundação da CSN, a colaboração do Brasil na guerra, os acordos comerciais celebrados, a aproximação com Hollywood, o fornecimento de armas ao Exército tanto pela Alemanha quanto pelos EUA, entre muitos outros.
Ele aponta também claramente não só os acertos, mas também os erros de Vargas; não só o que o Brasil ganhou com a guerra, mas também o que deixou de ganhar.
O texto é bem escrito, tem o ritmo certo, tem o tamanho ideal, nem curto e nem longo de mais. A história é em grande medida uma história de gabinetes e burocratas, tendo tudo para ser enfadonha, mas o autor soube escrever uma história interessante e dinâmica.
Enfim, eu gostei muito do livro, recomendo fortemente e acho uma leitura imprescindível para qualquer um que se interesse pelo tema.