O Rei Branco

O Rei Branco György Dragomán




Resenhas - O Rei Branco


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Bruno 19/04/2012

Um livro pra querer mais!
O livro traz uma história tocante, narrando a vida simples de um garoto, que vive com sua mãe depois que seu pai é levado pela polícia. Então, passa a viver momentos muitas vezes difíceis, sempre na espera que seu pai apareça a qualquer momento, de volta.

Um ótimo livro e super recomendo. Com certeza, assim como eu, O Rei Branco vai te mostrar o valor da família e sua importância, o valor das mínimas coisas e você ainda vai ficar com um gostinho de quero mais. O livro não se limita a sua última página, a história é tão envolvente que te leva a imaginar o que teria acontecido depois que ele acaba.

Recomendo! Boa Leitura! =)
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Gabi 21/11/2012

Surpreendente. Comprei este livro nama banca de saldos da Feira do Livro de Porto Alegre, sem saber nada sobre o autor ou sobre o livro.
Mas ao iniciar a leitura fui pega de surpresa numa doce, comovente e dura vida de um menino de doze anos, que cresce e nos apresenta não só seu amadurecimento, mas também as dificuldades de viver num país comunista. É emocionante ver o mundo aparecendo e o menino se tornando adolescente/adulto através de suas dores. Cheguei sem folego ao final, uma linda obra.
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jota 15/03/2014

Inferno socialista
Anos 1980, leste europeu, logo após o acidente nuclear de Chernobyl. Num país do bloco soviético (que em nenhum momento da história é designado), o garoto Dzsáta (um apelido; seu nome também nunca é mencionado), 11 anos e filho único vive apenas com sua mãe num apartamento e seus principais amigos são os colegas de escola.

Seu pai é um preso político – foi levado num domingo pela Polícia do Estado - e executa trabalhos forçados nalgum lugar distante. A nora é desprezada pelos sogros, que acreditam que o filho foi preso por sua culpa, por suas atividades políticas. O avô de Dzsáta fez parte da elite dirigente do país e somente recebe a visita do neto duas vezes por ano, sem a mãe (uma puta, nas palavras do velho).

O sonho do menino é ver chegar o dia em que o pai será libertado e correrá para seus braços, e certamente isso será num domingo. Enquanto esse dia não vem – se é que algum dia virá, pois sabemos bem como os ditadores e tiranos agem contra aqueles que ousam discordar de suas ideias e doutrinas e aqui mesmo na América Latina temos exemplos disso, não? - Dzsáta vai levando uma vida cheia de aventuras, “entretido com jogos de guerra nos campos de trigo ou mesmo quando assiste a filmes pornôs no reservado do cinema”, como destaca a editora brasileira de Gyorgy Dragomán.

Dragomán, escritor nascido na Romênia mudou-se para a Hungria aos 15 anos (em 1988) e certamente levou para O Rei Branco sua experiência de pré-adolescente nesses países, então não exatamente modelos de democracia, pelo contrário. Apesar da realidade bruta em que o menino vive – até os professores de sua escola fazem trapaças com as notas dos alunos, para agradar os dirigentes do Partido (qual partido é desnecessário dizer, não?, e essa praga também existe no Brasil e faz parte desse governo trapaceiro que suportamos) – há muitos momentos bem-humorados no livro. Um deles é quando Dzsáta e um colega querem ficar doentes, faltar às aulas, pois não realizaram algumas tarefas escolares dentro do prazo e então comem giz. Vejamos:

“Szabi e eu logo descobrimos que giz não dava febre, era apenas lenda porque cada um de nós comeu um giz e meio e não nos aconteceu nada, além disso experimentamos também giz colorido. Szabi engoliu um verde e eu um vermelho, mas esperamos em vão durante uma hora e meia perto da escola, debaixo da ponte, não nos aconteceu nada, apenas fizemos xixi colorido, eu avermelhado, Szabi esverdeado (...) de nada valeu fazer xixi vermelho, não parecia sangue de jeito nenhum, o cheiro também não lembrava sangue, de modo que sabíamos que teríamos de inventar outra coisa [para enganar os professores].”

A história de Dzsáta tem início, meio e fim embora não seja linear. Ela é composta de histórias menores, episódicas, algumas engraçadas mas a maior parte terminando quase sempre num clima de crueldade, de absoluta ausência de lirismo, como se fossem quadros representativos de uma sociedade altamente controladora e repressora, como de fato são as sociedades que adotam como política de Estado o socialismo ou o comunismo. E aqui mesmo no Brasil vemos diariamente defensores dessas doutrinas totalitárias querendo implementar projetos de controle da imprensa, controle disso, controle daquilo, da sociedade brasileira, enfim. Nunca aprendemos com os erros dos outros...

Dragomán conta a história de Dzsáta do ponto de vista do próprio menino, de um jeito que tornou célebre outro livro com o qual O Rei Branco de certo modo dialoga: O Apanhador no Campo de Centeio, de J. D. Salinger. Existe uma palavra de origem russa para isso: skaz, empregada para designar, conforme ensina David Loge em A Arte da Ficção, “uma narrativa em primeira pessoa escrita numa linguagem que mais lembra a fala do que o texto escrito.” Então, adeus pontuação convencional, cuja ausência alguns leitores não entendem e erroneamente criticam o livro.

Mas continuemos com Lodge: em livros assim, o narrador “se refere a si mesmo como “eu” e dá a impressão de estar fazendo um relato espontâneo da história em vez de nos apresentar um registro escrito.” É o que acontece aqui. Azar de quem não conseguiu entender isso, de quem não soube apreciar todas as qualidades deste livro excepcional. Não vou chamar O Rei Branco de obra-prima, mas ele é uma, sim. Assim como o livro de Salinger ou Menino de Lugar Nenhum, de David Mitchell, O Perdido, de Hans-Ulrich Treichel e outros.

Lido entre 10 e 15/03/2014.
Vanessa Pipi 26/12/2014minha estante
Ótimo. Gostei de como você explicou a maneira da escrita do livro !!!!!


Janaina.Andrade 20/06/2015minha estante
Livro não apenas para ser lido e sim sentido. Ótimo, recomendo.




Jaqueline Ribeiro 22/05/2010

O tal livro
Ganhei-o por conta de uma troca, "Crepusculo" por ele. Isso aconteceu entre fevereiro e março, acho. Mas só agora, em maio, consegui lê-lo realmente. Primeiramente, estranhei o ambiente em que se passava a história, até agora a ficha ainda não caiu. Segundamente, os capítulos do livro são separadas, a história não é interligada, a não ser pelo fato do sumiço do pai, que talvez seja o eixo principal do livro. Sinceramente não gostei deste método, minha curiosidade não ficava saciada ao pensar no que poderia ter acontecido ao menino depois de ele ter feito tal coisa, mas ao mesmo tempo ficava feliz por não ter conhecimento disso, temendo algo ruim. E mesmo assim no fim, ainda ficamos desconhecendo qual seria o fim do garoto, ele conseguiria ou não alcançar o carro onde ia teu pai?
Em si a história é cativante.
Patricia 10/07/2013minha estante
Oi Jaquee, descrição perfeita para o que achei do livro. A única diferença é que exatamente tudo isso ele não me cativou tanto, rs...


Jaqueline Ribeiro 11/07/2013minha estante
Na época, achei a história interessante, inusitada para dizer a verdade, mas não sei o que achar dela hoje. rs




Wesley Viana 27/01/2020

O Rei branco
Estar sempre em casa aos Domingos, isso é um compromisso para Dzsátá, de 11 anos, um garoto do Leste Europeu.

O Livro conta a trajetória do garoto, que mesmo em seus 11 anos já perdeu parte de sua inocência em meio a tirania.

Em um domingo como qualquer outro a polícia local invade seu lar, arrancando seu pai de dentro de seu lar.

Passado o tempo o menino cria expectativas da volta de seu pai e durante esse tempo, calado passa por uma época violenta, sofrendo abusos de seu treinador e sofrendo imposições de seu avô militar.

Contudo o menino não deixa de despojar do sobra de alegria e esperança.
Será que um dia suas preces serão atendidas? para Dzsátá tudo o que importa é que seu pai volte pra casa.

Obs: O livro teve sua adaptação no cinema em 2016.


site: Instagram.com/wesley.elivros
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Emmnanuel 28/08/2012

Sinceramente: não consigo falar mal de um livro, seja ele qual for, mas não estou encontrando razões para não fazer isso com “o rei branco”.

O livro fala da história de Dzsatá, um garoto de 11 anos, cujo pai foi levado aos campos de trabalho forçados do Danúbio. Em suma, o livro conta a tristeza e ansiedade desse garoto na espera do pai junto à sua mãe; nesse desfeche, ele vive uma vida normal: brincando, estudando e se envolvendo em encrencas que ele não procura.

Somente, Nada mais!

O rei branco é narrado em textos longos com poucas pausas, sem “diálogos”; sobre a perspectiva de Dzsatá com histórias quase sem “ligações”, “perdidas” e “aleatórias”. O que o torna muito cansativo.

Juro, esse livro tinha tudo pra dar certo, mas, György Dragomán, não soube desenvolver bem sua história (acho que ele não sabe escrever, ou, simplesmente foi infeliz em sua escrita). O final foi para mim decepcionante e completamente VAZIO.

Pelo menos uma coisa que fica bem marcado no texto, é o amor que o filho tem ao pai, numa descrição de “valor a família”, mas sem nenhuma emoção. :p

Não foi perda de tempo, mas também não foi ganho dele. Eu não recomendo a leitura. Mas você pode tentar dar uma chance e perceber coisas que eu não consegui, quem sabe?
Patricia 10/07/2013minha estante
Oi Emmanuel,curti sua resenha antes mesmo de chegar ao fim dela... Faço das suas palavras as minhas. Só dei mais algumas estrelinhas porque gostei de alguns capítulos separados. Mas fiquei pensando "Meu não é possível, acho que perdi alguma coisa no meio do livro que não deu liga, não pode ser só isso".


Jessé 16/11/2014minha estante
Existem livros que não foram escritos para ter uma leitura fácil, e o Rei Branco é um deles.


Adriana 21/07/2017minha estante
Creio que vocês não entenderam as sutilezas deste livro, intrigante, chocante e emocionante. Não à toa ganhou vários prêmios, mas não é uma leitura como de livros do Nicolhas Sparks, por exemplo..é denso!




Higor 02/12/2012

Sobre a ausência, e o que ela gera
Pensei que nunca leria 'O Rei Branco', de György Dragomán ao folheá-lo pela primeira vez, e, ao lê-lo, também cogitei a possibilidade de não resenhá-lo. Tudo porque este livro é exatamente como a crítica dada pelo ‘Financial Times’. Um livro caótico, fascinante e perturbador ao mesmo tempo. Este livro é algo totalmente diferente de tudo o que eu li, em todos os aspectos, e por ser um livro peculiar, fez com que eu expandisse minha mente.

A história gira em torno de Dzsáta, um garoto húngaro de 11 anos, que, ao chegar da escola, por pouco não consegue se despedir do seu pai, que viajaria por uma semana com urgência para um centro de pesquisa, mas prometera que quando voltasse iria levá-lo para conhecer o mar. Acontece que, a tal semana passou, e com elas os meses, e nada de seu pai retornar para casa. Esta é a premissa da história, e um dos diferenciais de ' O Rei Branco', pois o livro todo gira em torno do dia-a-dia de Dzsáta, as confusões que ele se mete e a fase da adolescência dele enquanto o pai está ausente. Somente isso, nada de busca de informações pelo pai nem nada, nem aventuras enquanto procura por respostas, muito menos a descoberta de um segredo que mudará drasticamente sua vida. Não.

A narração, em primeira pessoa, é descrita como se fossemos amigos de Dzsáta, então não há apresentações aos personagens nem descrições detalhadas dos lugares. É como se conhecêssemos Dzsáta e seu mundo há bastante tempo, ou como se esse fosse um segundo livro, não necessitando de apresentações iniciais em um primeiro. Mas o mais diferente de tudo na narração é que o autor raramente utilizou o ponto final. Sim, as pausas são feitas com vírgulas, então um único parágrafo pode ser de três, quatro páginas ininterruptas. E os diálogos não são indicados por travessão, mas emendados na narração, sem indicação de quando alguém está falando. Então, pode aparentar ser confuso no início, e é, mas com o desenrolar você pega o jeito.

A edição, feita pela Intrínseca, dispensa comentários. Capa diferente da original, e a única que em minha concepção é bonita, dentre a de outros países, e até a original. Sem erros, bem trabalhado, enfim. Belo trabalho.

Enfim, este livro é incrivelmente inexplicável. Não espere nada de comum neste livro. Não espere um final feliz, nem um final triste. Não espere também um livro cheio de enigmas, segredos. Aliás, não espere detalhes da cultura húngara. Espere apenas um romance sobre uma adolescência rebelde, sobre o descobrimento da juventude.
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Roxane 12/01/2021

Desconfortável
Iniciei a leitura sem qualquer referência do que o livro iria tratar. Fui pega de surpresa com essa narrativa que chegou a me chocar no início. Aparentemente ambientada em uma das república soviética após o "acidente" na usina de Chernobyl. Demonstra uma comunidade bélica relatada pelos olhos e vivências de uma criança de 11-12 anos. Foi uma leitura desconfortável do início ao fim, mas mesmo assim, fiquei presa na história.
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Gildn 10/08/2023

Achei um livro razoável, deve ter sido porque esperava mais, a sinopse faz você esperar mais. Pensei que envolvesse mais ?drama? com relação a ele estar disposto a perder a juventude para ter o pai, talvez teria gostado mais se fosse assim. Mas as pequenas (e/ ou grandes, para uma criança?) aventuras são envolventes, pode ser que eu não tenha aproveitado mais por me prender a algo que não era o que o livro trazia, de qualquer forma não foi algo que atendesse ou superasse minhas expectativas.
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GePaula 21/01/2015

O rei de si mesmo, num país vazio de reino!
Gosto de leituras assim. Incomodam. Mexem. Irritam. Fazem nossos problemas parecerem 'fichinhas', 'figurinhas autocolantes'... O REI BRANCO é intrigante, ao mesmo tempo em que parece tão real. Me senti viajar nessa tênue porém complexa separação entre a infância e a adolescência de Dzsáta. Ao encerrar o livro, fechá-lo e beija-lo como sempre faço, beijei o adolescente e não mais a criança que eu havia beijado no início! Ele, a lembrança do personagem me acompanhou o restante do dia. Permaneceu comigo. Suas aventuras e peraltices e sua coragem. Suas dores e saudades mesclada de uma necessidade pungente da imagem paterna. Sua inteligencia e destreza nas ações.

É um livro inquietante, embora pareça até banal. Um universo Comunista. Árduo. Vingativo. Duro. Muitos leitores não se sentirão confortável lendo-o. Talvez até o abandonem. Logo no início de tudo fiquei tentando entender o 'por quê' desse título. Que rei branco seria esse. Seria apenas uma metáfora? O que o escritor quis criar em torno disso?

Na verdade, descobri não apenas o 'por quê' do título do livro, mas também descortinei a verdade de que Dzsáta foi o rei do seu próprio destino. Ele escreveu a sua história. Senti muita melancolia nisso... porém muita coragem. Será um personagem inesquecível para mim... e aí? Vai lê-lo?


Gersonita Paula

site: http://olhosdeambar.blogspot.com
Flá Costa 25/10/2016minha estante
Que linda resenha ?


GePaula 15/01/2017minha estante
Obrigada, Flá Costa.




Thomaz 27/04/2012

Uma história cruel
Pra variar, mais um excelente livro estrangeiro que veio da Biblioteca Municipal de Petrópolis. Parabéns aos responsáveis pelas aquisições! Mas vamos lá, que não estamos aqui pra fazer elogios, merecidos, ao pessoal da biblioteca.

György Dragomán é um autor jovem (mais novo que eu!). Nasceu em 1973 na Transilvânia e mudou-se com 15 anos para Hungria. É designer e produtor, jornalista e critico de cinema, e foi premiado com vários importantes premios literarios (inclusive Sándor Márai) e aclamado na Europa. Biografia à parte, me parece que o autor merece.

Explico: gosto de ler autores estrangeiros e quanto mais distante de nossa realidade ocidental latino-americana melhor. Isso traz sempre um ar de novidade à leitura e faz com que conheçamos coisas novas, mesmo através da ficção. Assim, é mais fácil se surpreender (eu sei) mas, justamente por isso, é que vale a pena; afinal, tem muita coisa ruim publicada por aí e este podia ser mais uma dessas bombas literárias.

O Rei Branco é um livro cruel. Ele mostra o mundo pela narrativa corrida do garoto Dzsáta, de 11 anos, cujo pai foi levado para trabalhar nos campos forçados do Danúbio (não vou entrar em questões geográficas e históricas - conheço pouquíssimo sobre a região - e o livro não especifica se a história se passa na Transilvânia anexada à Romênia ou na própria Hungria, apenas se consegue determinar a época do pós-guerra, provavelmente década de 1950). Com parágrafos enormes separados apenas por vírgulas que bem seguem o fluxo de pensamento de um jovem, ele mostra as agonias das gangues de (pré-)adolescentes e o relacionamento familiar rígido, principalmente no que tange aos complicados vínculos sociais de um país atrás da, agora antiga, Cortina de Ferro no auge da repressão ideológica.

Os capítulos são quase estanques, apesar de sequenciais, e o livro podia muito bem ser de crônicas independentes. Os capítulos sobre a guerra das gangues lembra "Os Meninos da Rua Paulo", do húngaro Ferenc Molnár (publicado pela primeira vez em 1906 e considerado o mais conhecido livro húngaro no mundo), só que com mais violência e muito mais sangue. Assim como em "Os Meninos", a impressão que se tem é que a história pode se passar em qualquer lugar ou tempo e isso certamente conta para a universalidade de seu livro.

E antes que eu comece a falar da história e "entregue o ouro", paro por aqui. Busque o livro e leia. Eu recomendo.
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Patricia 11/07/2013

Frases infinitas
Gente, não gosto de fazer resenhas negativas e a verdade é que nunca fiz, mas sério, não posso deixar essa passar. Li algumas resenhas positivas e respeito a opinião de cada um mas pra mim não rolou.
Comecei o livro com uma expectativa enorme, mas... Posso falar agora que me decepcionei ou tenho que esperar para o final? Ah, já falei? Pois é, então não é mais surpresa pra ninguém.
Pensei que o livro contaria a história de um menino que superou a ausência do pai, e assumiu a responsabilidade como o "homem" da casa e "tals". Aquela história de superação e de dar a volta por cima, sabe? Mas não foi bem isso...
Bem, vamos lá!!! Me arrastei o livro inteiro, desde a primeira página e um dos motivos foi a pontuação. Não gosto de livros com parágrafos imensos e observei que ele chegava a ficar 2 páginas inteiras sem mudar de parágrafo. Ponto final? Quase não existe!!! Tudo é separado por vírgulas. E como é sempre narrado em primeira pessoa, todas as falas estão no meio do texto. Pelo amor, sou daquelas que gosta das falas com os travessões na frente, sabe? Enfim, o autor até escreve de uma forma bonita, com fácil entendimento, mas não curto esse tipo de pontuação.
Outro motivo, os capítulos. Eles são aleatórios, não são ligados, não montam uma história com começo meio e fim. Cada capítulo conta um pedaço da vida dele, pedaços que não se juntam. Por diversas vezes fiquei curiosa para saber o que aconteceu depois de determinada situação, mas como o capítulo seguinte não é continuação do anterior, permaneci na curiosidade. Parecia crônicas e não gosto de crônicas.
Outro motivo, a história em si. O pai do menino é levado pelos policiais e ele passa o livro inteiro achando que o pai vai voltar e a história fica girando em torno disso, mas sem nenhuma emoção.
E a relação do título com a história??? Se alguém descobrir, por favor me conta. Porque só o fato de ele roubar uma peça de xadrez (O Rei Branco), não colou. (Desculpe pelo micro spoiler).
O Final é frustrante, com um grande ponto de interrogação. Não quero contar nada da história, por isso só vou dizer que pra mim não teve desfecho. O garoto vai fazer algo e não sabemos se ele consegue fazer...

Dei 2 estrelas, por todos os motivos listados acima. E porque algumas pequenas partes me empolgaram para continuar lendo o parágrafo seguinte. Só isso!

Beijinhos e até a próxima.

site: http://canetasdeouro.blogspot.com.br/2013/07/resenha-o-rei-branco-gyorgy-dragoman.html
Jessé 06/05/2014minha estante
Acho que você teve problema com a forma e o gênero do livro...




Jean Bernard 27/06/2020

Inocência e Totalitarismo.
Um regime totalitário, uma criança de onze anos, um pai que é levado pela polícia secreta. Essa é a base do livro de Dragomán, escrito de uma forma fluida; rápida sem ser apresada. Uma escrita que reflete os pensamentos do jovem protagonista. Um turbilhão de palavras separadas por vírgulas e poucos pontos finais. No começo me pareceu sublime, mas que com o tempo cansou.
Apesar do livro ser bom, senti falta de uma maior conexão entre os fatos narrados e o fio principal da história. Os capítulos mais parecem pequenos contos, o que não seria ruim se assim o fossem. Vale a leitura, mas esperava mais.
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Evy 12/05/2015

Um livro feito para enganar ... (foi essa a conclusão que cheguei)
Eis a sinopse que está na contracapa do livro:
Estar sempre em casa aos domingos: isso é um compromisso para o menino Dzsátá, de 11 anos. Foi em um domingo que os homens da Polícia do Estado entraram em sua casa e levaram seu pai. Ele acredita que será em um domingo que o pai voltará.
Enquanto isso leva uma vida de aventuras, entretido com jogos de guerra nos campos de trigo ou mesmo quando assiste a filmes pornôs no reservado do cinema. Mas, a espreita dessa adolescência rebelde, sempre cutucando seu coração, está a prolongada ausência do pai. Quando o garoto finalmente descobre a verdade, arrisca-se a perder para sempre sua juventude.

Agora esqueça tudo o que leu ... Para começar o livro não diz em que dia o pai de Dzsátá foi preso, eu não acredito que foi no domingo, porque ele disse que estava chegando da escola quando levaram o pai dele (a menos que na URSS havia aulas no domingo). Não, ele não levava uma vida de aventuras, a vida dele era dura e injusta, afinal de contas ele morava em um país da antiga União Soviética, em pleno regime socialista. Jogos de guerra? Sério! Pensei que fosse um massacre. Ele não assistia a filmes pornôs no reservado do cinema (quem ler pensa que ele fazia isso constantemente), isso aconteceu apenas uma vez quando ele invadiu a sala de vídeos censurados do colégio. No quarto capítulo (por mais que ele não queira acreditar) ele já sabe que o pai está em um campo de trabalho forçado e ele não fez nada que arriscasse perder sua juventude, a não ser no capítulo final, só que o autor encerrar o livro sem concluir o capítulo, então nós não ficamos sabendo o que acontece.

O que eu achei do livro ...
Por causa do título eu pensava que a estória retrataria a vida de um garoto europeu que foi morar na áfrica e lá ele apreenderia a conviver com as diferenças, superar limites, preconceitos, só que não né, nada disso. Quando li a sinopse do livro pensei que a estória seria legal, fiquei curiosa para saber o que aconteceu com o pai dele e o que ele faria para salvá-lo, o que não acontece. O título não fez nenhum sentido para mim. Dzsátá é rei de quê, de quem e em que momento?
A estória em si é boa, mas poderia ter sido melhor aproveitada. O modo como o autor desenvolveu a estória, optando por texto sem pontuação, deixou a leitura cansativa, outra coisa que eu não gostei, em cada capítulo somos apresentados a um acontecimento na vida de Dzsátá, só que o capítulo termina sem concluir o assunto. O ponto positivo fica por parte da realidade de vida de Dzsátá crescendo em um país socialista, foram vários os momentos em que fiquei indignada com a total falta de justiça e respeito para com o próximo. Li que o autor viveu na Hungria durante o período da URSS e isso deixou a impressão (pelo menos para mim) de que em alguns momentos a estória retratava a infância do autor. Bom, levando em consideração que paguei só R$ 4,30 pelo livro, valeu a leitura.
Jon 21/07/2017minha estante
Concordo com você Evy. Mais um livro sem final que entra para a minha lista. Duas perguntas essenciais, pelo menos para mim, não foram respondidas: afinal por que o pai do menino tinha sido preso? E qual era essa verdade que o menino descobriu que poderia afetá-lo tanto? Você ainda saiu no lucro porque só pagou 4.30; eu paguei 9.90 (rs).




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