Lígia Colares 30/01/2017Resenha de Arteza KnightArteza mora em uma vila no interior, e a vida que já era difícil piora quando há um saque, e os poucos pertences e comidas são levados. Seu pai, Dario, chefe da vila, acredita que é sua responsabilidade salvar a todos da fome, e decide ir em busca de uma suposta mina de ouro que poderá ajudá-los. Meses sem informações sobre o pai e com a situação cada vez pior, Arteza decide que não pode mais esperar, e vai ajudar na busca pelo ouro. Antes de atravessar a perigosa Floresta de Berlock, ele reúne uma equipe com variadas habilidades. E assim começa sua jornada.
Vocês já jogaram RPG? É simples: um grupo de amigos monta cada um seu personagem, com habilidades diferentes, e um mestre ‘inventa’ uma história, em que esses personagens devem sobreviver. Os personagens e seus criadores possuem as mesmas personalidades, e a história pessoal é criada antes de iniciar o jogo. E como o encontro dos personagens é evidente, não há um grande desenvolvimento nesse fator. Quando me dei conta disso, percebi que a escrita dele segue a mesma linha de raciocínio – não sei se intencionalmente.
Assim, temos personagens com personalidades específicas, sem grande desenvolvimento, e alguns momentos que seriam muito divertidos em uma mesa de jogos, mas que na leitura faltou desenvolvimento (por quê? como? detalhes assim). L. F. Nones aposta bastante em coincidências também, de forma que de repente todo mundo sempre esteve no lugar certo na hora certa.
Essas perguntas que rondavam minha cabeça dificultaram a leitura, mas a história é interessante. Um grupo de amigos passam pelas mais variadas situações, enfrentando vários desafios, para enfim chegar ao seu destino. A descoberta de novos caminhos, a possibilidade de mudanças, e artefatos mágicos! Para o público infanto-juvenil, o livro pequeno e a escrita simples parece um opção interessante. Talvez tenha sido esse meu erro, não ser o público alvo. Mas acho que e possível indicar para quem está começando nesse mundo da leitura.