Isa Brum 23/12/2023
Este livro foi um divisor de águas na minha vida
Acredito que todos temos certo preconceito com livros de autoajuda até encontrarmos um que realmente faz a diferença em nossas vidas.
Li esse livro há mais de 5 anos atrás por recomendação da minha querida Vó que sempre me deu e me dá dicas muito valiosas. Na época em que li, meu quarto e minha vida andavam uma verdadeira bagunça, tão grande que me despertava um verdadeiro sentimento de angústia ao pensar em organizar pois me via completamente sem rumo, sem nem saber por onde começar por conta de tantos pertences e tanta tralha.
Também era uma pessoa extremamente apegada e até meio acumuladora, queria guardar tudo, tinha dó de passar pra frente.
A leitura me ajudou oferecendo um rumo e um modelo a seguir e também me motivando, porque pra enfrentar uma grande bagunça é preciso muuuuita motivação!
Os ensinamentos desse livro se internalizaram em mim e ele me serve de guia até hoje. Sou uma pessoa muito organizada, em meu quarto cada coisa tem seu lugar, sua casinha. Mas importante dizer que não existe um ideal, o meu quarto bagunça-se, e sempre chega a época de realizar uma nova limpa. Geralmente faço isso sempre nas férias de verão que é quando tenho mais tempo. Mas nunca mais fui como antes, nunca mais meu quarto chegou no estado em que se encontrava. Mais do que isso, me habituei a organizar meu espaço pessoal com o tempo e adquiri até certo prazer em manter meu ambiente organizado. Passei a guardar minhas roupas do modo que ela recomenda no livro e realmente é muito melhor!
Acredito que este livro tenha feito muito a diferença para mim porque veio no momento certo, quando eu desesperadamente precisava de ajuda e de um rumo, um guia, alguém que me dissesse como fazer e por onde começar. Mas não só isso, Mari Kondo é uma autora japonesa e em seu livro permeia sua cultura e seus costumes, ela nos ensina mais do que organização, nos ensina o desapego material e nos ensina a nos despedir dos objetos que não mais nos servem com gratidão, com respeito, de modo a encerrar um ciclo de ?sofreguidão? com aquilo que resistimos a passar pra frente ainda que já não nos tenha mais utilidade.
Senti muita diferença de livros de autoajuda de autores estadunidenses por exemplo, que geralmente rodeiam o discurso da meritocracia e materialismo, sempre valorizando os resultados acima dos processos.
Dito isso, é também sempre importante lembrar que livros de autoajuda representam um ponto de vista específico que é moldado pela cultura e pelas experiências pessoais dos autores, então é sempre bom fazer uma leitura crítica e aproveitar aquilo que serve para nós. Eu por exemplo nem cogitei fazer a limpa em meu quarto em um único dia como ela sugere no livro, sabia que não seria possível. Também tive um filtro um pouco menos rígido quanto as coisas que jogaria fora.
Sei que este livro tem uma visão mais extrema sobre se livrar das coisas, então recomendo o segundo livro dela em que ela é mais compreensiva com as questões emocionais relacionadas aos objetos que guardamos.
Espero que esse livro possa ser para vocês de tanta ajuda quanto foi para mim!