Carol 01/02/2013
Strange Angels - Lili St. Crow
Eu queria muito, muitíssimo e muitão ter esse livro. Ganhei ele... E fiquei muito triste.
Dru é uma menina de 16 anos que caça todo tipo de ser fantástico com o seu pai, um militar. Ela tinha uma vida que até considerava pacata, servindo de ajudante para ele e indo de povoado a povoado conforme as ameaças mudavam. Sendo nômade a coisa mais próxima de um amigo que tinha era a coruja, que passara a aparecer em sua janela depois que sua avó morreu, dando sinais de alerta quando as coisas complicavam.
E foi em uma bela manhã que a coruja apareceu novamente, o gosto de laranja de cera em sua boca aumentou e seu pai resolveu que iria caçar sem ela.
A vida de Dru é revirada e posta de cabeça para baixo depois daquele dia, seu pai é agora um zumbi e a confusão e o medo tomaram conta de sua mente.
É sentada sozinha em um shopping, se lamentando pela vida, que ela tem o primeiro contado com alguém que poderia ser um amigo de verdade. Graves, um garoto gótico que senta na sua frente durante as aulas, arranja para Dru um lugar pra ficar... E tudo bem, um quarto/escritório abandonado dentro de um shopping não é lá grande coisa, mas já é um começo.
Só que Dru não sabia, que estava correndo mais perigo do que qualquer um poderia imaginar e arrastar Graves com ela só o colocaria em encrenca também. Agora, não há como lutar, Dru Anderson vai ter que correr se quiser se manter viva.
Trama promissora, certo? Poderia ser a melhor história com zumbis da minha vida, certo? Mas não foi (e olha que eu nunca tinha lido um livro com zumbis antes).
Ok, não achem que o livro é horroroso, porque ele não é. É bom, bonzinho... Quer dizer, a personagem principal é cativante, meio estilo Rose (quem leu Vampire Academy sabe, quem não leu saiba que a protagonista é uma kick-ass de primeira). Os personagens secundários são suportáveis, principalmente o Cristophe, então não haveria motivos para não ser uma ótima obra.
Aí é que vem a questão da escrita: muita divagação, muitas coisas confusas, a autora dava duas páginas de descrição de posição e lugar e mesmo assim, era difícil saber o que a protagonista estava fazendo. Poxa, 286 páginas deveria ser um livro rápido, mas pareceu uma eternidade.
Eu recomendo, pelos pontos bons, pela Dru e pelas partes de ação, se você estiver disposto a passar 100 páginas lendo descrição super descritiva que descreve algo que ninguém quer saber. É.
"Soltei um grito de guerra esganiçado, o tipo que usava quando treinava combate com meu pai ou praticava meus kata. Graves se escolheu, mas seu próprio berro aumentou com o meu. Meu grito se transformou numa gargalhada, o dele também, e ele me cutucou com seu cotovelo ossudo, quase me derrubando. Devolvi o cutucão e acho que foi aí que comecei a pensar nele como amigo em vez de apenas mais um moleque." Página 78, capítulo 8.