ROMA S.A.

ROMA S.A. STANLEY BING




Resenhas - ROMA S.A.


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Brunov 23/02/2017

Empreendendo civilização
Stanley Bing é autor de livros com nomes sugestivos como Sun Tzu é um Maricas e Atire o Elefante. Mas eu só li o Roma S.A., um trabalho muito inteligente que compara a história do Império Romano, inclusive quando não era império, com grandes empresas, mais que isso, descreve os acontecimentos com o jargão e as visões do mundo dos negócios moderna demonstrando um bom conhecimento, tanto da história romana, quanto de grandes empresas atuais e um ótimo poder analogia, o que eu adoro.

Com uma linguagem descolada e sem se agarrar demais aos jargões ele conta desde o início a fundação passando por fatos muito interessantes como o ritual de fundação e o espírito que ele deve ter evocado. Passando pelas fases do crescimento da “empresa”, quase sempre em guerras e massacres, exceto o antológico episódio duplo das sabinas, descrevendo aqueles caras sequiosos de poder e exalando potência de agir pra Nietzsche nenhum botar defeito, inclusive pelo fator de derrocada de figuraças como os pombinhos Antônio e Cleópatra. Esta que me pareceu tratada de um jeito todo especial pelas suas palavras me pintaram uma mulher muito interessante por sua inteligência e profundidade de seus sentimentos, tal que a faceta sensual inexpugnável se tornou secundária.

O ponto alto na minha leitura foi sobre Júlio César, que semelhantemente a Cleópatra, só que mais detalhada e intensamente se afigurou com o maior CEO que a grande empresa jamais antes tivera e fundamental para uma guinada na visão da mesma e seu nível profissionalismo integrando tanto a Esquerda, quanto a Direita da época. Sim, já existiam essas p…

Mas a partir de Sula os grandes empreendedores e gestores parecem rarear dificultando um bom desenvolvimento da tese do livro, que então passa a se focar nos elementos que vão contribuir para o declínio do Império passando de leve pelos líderes psicóticos (ou pervertidos, Freud?) como Calígula. Inclusive mencionando um imperador não-binário que eles tiveram; Heliogabalus. Só que não é das melhores referências à militância, pois este queer era muito doidx.

No final ele traz uma visão muito peculiar e interessante sobre a transformação final do império alegando que a empresa ainda está operativa e com grandíssimo sucesso no novo ramo. Entretanto não pretendo comentar sobre isso, haja vista a recepção negativa (ou restritiva, demasiadamente literalista) que encontrei no passado a algumas postagens minhas com teor um pouco mais abstrato. O que me atenho a dizer; faz sentido. Não que faça tooodo o sentido. Só que tem algum e que pode ser útil nesse.
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