Cidade Febril

Cidade Febril Sidney Chalhoub




Resenhas - Cidade Febril


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Isabela.Pery 13/12/2023

Muito interessante a parte social abordada no livro, falando sobre como essa questão afeta o tratamento de epidemias na cidade. Quando entra na parte mais científica admito que não me interessou tanto.
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pedro villar 04/01/2023

Aqui uma visão mais abrangente sobre os motivos do fim dos cortiços e a revolta da vacina no final do Império e início da República no Brasil. Bom para rever conceitos simplórios que uma visão superficial do assunto pode trazer.
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Clarinhaa 02/07/2022

Cidade Febril
Li o livro a pedido da professora, ele foi objeto de seminário, logo, diria que se trata de um livro do meio acadêmico, mas nada impede a leitura, já que a linguagem é super acessível e fluída, o autor traz também inúmeras fotografias o que torna a leitura mais leve. O que pode incomodar é o bombardeio de informações que o livro apresenta, mas como o objetivo é falar das epidemias corridas no país, creio que cumpre seu papel.
Recomendo a leitura para quem tem interesse em saber mais sobre as doenças que assolaram o país durante o império, além disso, falaa muito também sobre os cortiços e sobre como os moradores de lá eram tratados. Bem... isso lembra algo, né?!
Boa leitura, a quem desejar.
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Osório 03/02/2021

Sidney Chalhoub é um autor que aborda diversas perspectivas, assim como Sevcenko. Mas senti que ele vai além, pelo fato de ele abranger o final do período imperial e ir até meados de 1920, passando da Revolta da Vacina e abordando as fases do movimento sanitarista, a mudança gradual da medicina e a atenção governamental. Ele trabalha não somente o lado governamental, que sempre irá culpar a sociedade, mas amplia de forma a ver, por exemplo, que a demolição dos cortiços no final do século XIX, tinham muito mais a ver com questões econômicas do que higiênicas, assim como a Revolta da Vacina, onde quase sempre é retratado a população como leiga e até mesmo burra, por não querer tomar a vacina, quando na verdade, essa questão perpassa esse aspecto, ele cita inclusive, Omolu (orixá de matriz afro-brasileira) como parte dessa recusa de tomar a vacina.
Ramon M. Santos 09/02/2021minha estante
Além dessas questões bem citadas por vc, também os conflitos que parece terem dado origem as favelas. Excelente leitura.




Laura 24/11/2020

Muito bom! Proporciona uma visão ampla sobre as questões sociais da saúde no Brasil e como muitas coisas se perpetuam historicamente.
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Julia Rodrigues 05/10/2020

Ai, o Rio de Janeiro...
O Rio é berço de muita beleza, mas de muita desgraça também. Este livro me deu a ideia para minha monografia, e o jeito como é retratada cada epidemia, nos mostrando os "bastidores políticos" faz com que reflitamos sobre a saúde no Brasil em geral.
A gente já passou e ainda passa por cada coisa...
Enfim, é um livro acadêmico mas que eu recomendo pra todo mundo que tenha interesse no assunto. Muito bem escrito e desenvolvido.
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Sobral 04/10/2020

Perfeito!
Caramba! Que texto bem escrito. Referências Machadianas diretas e indiretas, em alguns momentos parece que Chalhoub incorporou o literato mais famoso do Brasil. Texto pontual que acrescenta informações importantes a obra do Sevcenko e do José Murilo. Uma leitura fluida e que pode claramente ser lida por não historiadores. Viva os historiadores/escritores que conseguem derrubar a barreira da academia e transformam em liberdade a nossa história.
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ThaynA372 04/04/2019

Li com a expectativa de sempre e foi bom chegar ao final e perceber que é tudo isso mesmo e muito mais!

Sidney vai além do que uma boa parte do interessados em historia e politicas publicas sociais e de saúde sabem, vai além do pensável e do discutido. Integra litorais e espaços rurais sem tirar seu foco dos cortiços do centro do Rio de Janeiro e seus habitantes. Nós sabemos quem eram esses últimos e conhecemos as motivações raciais porque as percebemos até hoje, mas Challoub comprova isso com documentos, discursos, retóricas, teses, práticas e tudo o que nós um dia vimos como o "neutro científico".

Ao final, fechei o livro com a certeza de que agora nada disso vai me passar despercebido mais.
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Rivanio.Raimundo 28/06/2015

Uma excelente pesquisa sobre o combate as epidemias.
Resenha sobre o Livro Cidade Febril.
Uma visão profunda da história dos modos como o Estado Brasileiro e de modo geral a sociedade tratou, curou e higienizou a cidade, especialmente o rio de janeiro, capital do império, no recorte temporal entre 1870-1930. O grande historiador Sidney Chalhoub faz uma pesquisa bem original e conseguir narrar a História sobre a higienização, o tratamento a certas doenças, a profilaxia aplicada nos cortiços, na época lugares considerados de proliferação de doenças, entre elas a febre amarela, a varíola e as formas de resistência a vacinação, fatos estes ocorridos na cidade do Rio de janeiro, então capital do Brasil.
No primeiro capitulo trata como ocorreu o que foi chamado de pelo historiador “uma operação de guerra” contra as classes consideradas perigosas e suas moradias, os cortiços, tendo uma relação ideológica entre pobreza e a proliferação das doenças, daí ocorre na cidade do Rio de janeiro, no período do final de século XIX, a derrubada e destruição dos cortiços, lugar de moradia destas classes, agora sofrendo uma operação de segregação pelos métodos de higienização aplicados pelo Estado Nacional, uma espécie de batalha travada pelo poder público para a obtenção de um espaço urbano “limpo”.
No segundo capitulo, há a exposição de como foi a relação e o tratamento da febre amarela, as teorias médicas sobre a doença e as formas de proliferação, e de como certas raças, as brancas, sofriam mais do que outras os efeitos destas enfermidades, e os métodos de higienização e combate a estas epidemias que ocorreu no Rio de janeiro neste período estudado.
No terceiro capitulo é construída a história da luta contra a varíola, a vacinação como método de evita doença, a vacinofobia, uma espécie de resistência das populações contra a vacinação operada pelo governo, como forma de combate a proliferação desta doença. Esta resistência tem relação com as raízes culturais religiosas africanas, de cultos e devoções a orixás e suas formas de oferendas, as lutas de domínio do governo contra os vacinófobos, a ação dos médicos higienistas na vacinação e combate a varíola, era a política do governo na prática higienista de combate as doenças.
Portanto, este livro é uma excelente obra para balizar estudos sobre a história das doenças e da saúde, que possamos empreender e ao mesmo tempo termos uma maior compreensão sobre as políticas públicas no Brasil no período do final de século XIX e o inicio do XX sobre epidemias, obras sanitárias e as reformas urbanas empreendidas para não somente combater doenças, mas para o embelezamento da cidade em consonância com os modelos europeus..
Ramon M. Santos 26/02/2016minha estante
A resistência (medo) à vacina ou à variolização, pelo que li, tem mais a ver com fatos de adoecimento similares a varíola "severa" provocado pela pus vacinal e, em outros tantos casos, a ineficácia deste método na prevenção desta doença, incluindo as várias argumentações de alguns médicos e entendidos no assunto a respeito desta ausência de eficácia. Esses fatos levaram as classes menos favorecidas a recorrerem aos rituais religiosos.




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