O Vampiro de Curitiba

O Vampiro de Curitiba Dalton Trevisan
Dalton Trevisan
ana lee




Resenhas - O Vampiro de Curitiba


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Ana 15/08/2017

Vampiro ou sátiro?
Devo confessar que adoro esse estilo meio que sexualmente irresponsável do Trevisan. Ele escreve tão bem sobre certos impulsos que quase , ao ler, você pode sentir os personagens ao seu lado, criando vida. Pelo menos é essa a sensação que tenho toda a vez que leio Trevisan. Recomendo todos os contos para quem admira a boa e velha literatura brasileira.
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Gis 24/08/2017

Sugador de almas
Nelsinho é o retrato masculino do desespero universal. O vampiro de Curitiba não se alimenta de sangue, mas sim de almas. Vive na surdina, no breu da escuridão, sempre a espreita de suas vítimas.
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Na Literatura Selvagem 15/12/2018

Trevisan é magnífico
Com um título que carrega sua alcunha, Dalton Trevisan nos entrega uma obra repleta de experimentalismo na literatura contemporânea brasileira. O vampiro de Curitiba foi publicado pela Ed. Record e nos mostra mais uma faceta do autor, em que cada conto é carregado de fina ironia, perversidade imagística e simboliza a desesperança humana.
Há um quê de erótico em suas narrativas. Toques de absurdismo mesclados à melancolia e decadência. Utilizando-se de poucas linhas, ele nos deixa com a sensação de baque surdo, engolir em seco e mente em suspenso ao finalizar cada conto.

"Ouça o risco da unha na meia de seda. Que me arranhasse o corpo inteiro, vertendo sangue do peito."
leia mais em

site: http://naliteraturaselvagem.blogspot.com/2018/02/trevisan-o-vampiro-de-curitiba.html
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Maria Faria 17/03/2019

O sedento de Curitiba
O Vampiro de Curitiba é composto por quinze contos protagonizados por Nelsinho. O protagonista criado por Dalton Trevisan não possui características únicas; em alguns momentos é advogado e às vezes é um adolescente cometendo delitos. Em comum, encontramos aquele que o autor ironicamente reforça com o ?herói?. Nelsinho é uma vítima de seus desejos sexuais incontroláveis, sozinho e indefeso diante de seu desejo e das ?provocações femininas?. É evidente como cada conto evidencia os atributos femininos que leva o personagem ao descontrole. O protagonista é o vampiro que ronda Curitiba, sedento por um ato libidinoso, que ressurge tão logo é satisfeito. De todos os contos são mais impactantes: ?Visita à professora?, em que o protagonista se relaciona com sua antiga professora, escancarando para o leitor seus próprios preconceitos e julgamentos; ?Na pontinha da orelha?, onde o narrador engana totalmente o leitor e; ?Debaixo da Ponte Preta?, o relato sobre estupro coletivo, onde se repete o velho hábito de evidenciar características que culpam a vítima. Dalton é conhecido como um autor perfeccionista; recluso e misterioso; mas sua obra escancara, através do tarado Nelsinho, todas as facetas hipócritas sociais quando os temas são sexo e a relação homem-mulher. Sem dúvida, um habilidoso autor com escrita direta, mas seu texto muito crítico e ácido não me atraiu para uma nova leitura.
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Antonio Talavera 09/08/2019

Ok
Um livro diferente, um pouco estranho, mas bom para conhecer coisas novas. Achei o conceito do livro é mais legal que o livro em si.
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Jose.Maltaca 20/01/2021

Naturalismo Curitibano
O Vampiro de Curitiba é uma obra indigesta. Narrando a história de Nelsinho, Dalton Trevisan pontua os seus contos com doses de ironia tão gritantes que chegam a ser grosseiras. Publicado originalmente em 1965, pode-se considerar que Trevisan é um naturalista fora de seu tempo: os cenários da Cidade Sorriso parecem se converter em pocilgas imundas repletas de entulhos e de depravação. O mais desconcertante, contudo, é a maneira absolutamente realista com que trata os devaneios de seu protagonista, perscrutando seus mais íntimos pensamentos e pesadelos com o fim de expor que as maiores vítimas de seu comportamento, são, invariavelmente, as mulheres.

Aqui pode residir um grande imbróglio, uma cisão entre leitores na qual não há certos ou errados. Por um lado, o livro pode parecer extremamente machista, com alusões a estupros, redução das faculdades femininas a arquétipos padronizados e unidimensionais, menosprezo e ódio velado por tudo o que se liga às mulheres. Por outro, estas mesmas características aparecem ligadas à psique de Nelsinho, propositalmente denominado no diminutivo para representar a sua pequenez em relação ao trato com as outras pessoas. É gráfico, é perturbador, mas é um personagem absolutamente execrável que representa a maneira como os homens costumam lidar com as mulheres – O conto intitulado “O Vampiro de Curitiba” é prova disso. Outro conto que pode demonstrar essa ironia grotesca empregada por Trevisan é “Debaixo da Ponte Preta”, em que narra o estupro de uma jovem e de como ela é desacreditada nos autos policiais pelos relatos dos estupradores: a culpabilização da mulher vítima de estupro sempre foi um mal que permeia uma sociedade machista e misógina.

Esta combinação não é de fácil assimilação. Trevisan consegue fazer da leitura fácil de seus contos um trabalho hercúleo de controle de ânsia. É rápido, é vulgar, é dificilmente palatável sem contexto. A sensação é dúbia: o retrato de uma cidade palpavelmente asquerosa ao mesmo tempo em que a descrição é parca; a brutalidade dos encontros de Nelsinho ao mesmo tempo em que a narrativa desnorteia o leitor e tira o foco dos eventos; a antipatia a Nelsinho ao mesmo tempo em que é possível entender o porquê ele é como é e porque faz o que faz. Logo, fica o relato: é um livro único, cuja sensação ao fim da leitura é boa, mas penosa. Recomendo a leitura, mas já adianto que O Vampiro suga a felicidade de quem o lê, e deixa para o leitor um fel que repele e atrai simultaneamente.
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Matheus 20/02/2021

(Finalmente termino um livro em 2021)

Confesso que o tema me surpreendeu (eu tenho só 6 anos, como vim parar aqui?), mas não tanto quanto a quantidade de formas diferentes com que o autor o explora.

Até quase o final, achei que Nelsinho precisava de um psicólogo. Depois entendi que ele (assim como outros personagens) é só um representante comum do sexo masculino. Que coisa.
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