Resenhas - Olhos de Cão Azul

Gláucia 16/05/2013

Olhos de Cão Azul - Gabriel García Márquez
Publicado em 1974, reúne 11 contos escritos entre 1947 e 1955 que tem como tema a morte nas suas diversas facetas. Me dói dar apenas 2 estrelinhas para esse autor que eu tanto admiro mas tenho que ser honesta com meu critério de avaliação. Os contos não me envolveram simplesmente por não ter conseguido (e aí vai um atestado de burrice) entendê-los. Surreais ao extremo, viagem total.

http://www.youtube.com/watch?v=sZzSJjadkDA

Paô 10/08/2022

Meu primeiro contato com Gabo
Eu queria começar a ler Gabo por algum lugar, e resolvi iniciar pelos contos. O livro Olhos de cão azul é uma coletânea de contos escritos bem no início da vida de escritor do Gabo, e já da pra notar por meio dessa histórias que ele sempre foi uma verdadeiro gênio. A verdade é que fiquei bem confusa em alguns contos; em certo ponto fica difícil de acompanhar a mente dele. Mas fiquei fascinada com tantos outros contos que ele trouxe aqui, sempre focando na Morte como tema principal. Da pra enxergar a morte com diversos olhares diferentes, e é isso que eles nos ensina aqui. O absurdo se torna algo normal na escrita do autor, e é isso que o torna tão único.

Jacy 25/10/2015

Instigante seria a palavra. Descobrir na livraria este livro, com uma abordagem do realismo fantástico (sobre a morte!) que só Gabo possui, foi necessariamente o primeiro passo para comprá-lo e iniciar a leitura poucos minutos após. Não é um livro fácil e atrativo como Cem Anos de Solidão e outros mais conhecidos. Na verdade, necessita de calma, tempo e silêncio e, mesmo assim, é difícil compreender suas nuances. Não recomendo como uma primeira aproximação à arte de Gabo, devido ao risco de parar a leitura lá pelo segundo conto. Mas pra quem já conhece esse grande autor, e sabe da beleza de sua escrita, recomendo para uma visão diferenciada da morte, um fenômeno ao qual poucos aventuram-se em discutir.

Mateus 10/04/2009

Gabriel Garcia Marquez tornou-se uma revelação para mim. Uma palavra distingue seus livros: intrigante. Para você talvez não seja, mas para mim são todas intrigantes, nos fazem pensar muito depois de lê-las. Este livro é o melhor dele que eu já li. Cada história nos intriga mais, muito criativas e misteriosas. Vale a pena ler, muito bom. A história principal, "olhos de cão azul" é muito curiosa, ótima.

anjapsi 08/09/2009

o melhor!
...deste autor...
e que já li...
R-E-C-O-M-E-N-D-O!

Gláucia 21/04/2011

Olhos de Cão Azul - Gabriel García Márquez
Coletânea de contos do fantástico autor tendo a morte como tema central de todos eles. De algum modo, cada um conseguiu me perturbar de determinada maneira.

Francieli 14/04/2013

Eu que tanto adoro Gabriel Garcia Márquez, devo dizer que estes contos me deixaram muito confuza, pois a grande maioria deles não me foram claros. Culpa minha, culpa dele não sei... Fico com outros livros dele.

Filipe 17/05/2013

Imoressões: Olhos de cão azul - Gabriel Garcia Marques
Nessa reunião de contos do Colombiano somos levados sem preparação para a terra do realismo fantástico onde sonhos são de verdade, os mortos falam e chove semanas a fio. A escrita do autor é muito pessoal, todo leitor que quiser apreciar esses textos deve mergulhar de cabeça nas obras e entender que o entendimento universal não é uma premissa aqui.
...

Resenha completa no blog "Mafagafolândia": http://tinyurl.com/ctoyrzg

Rafaela 08/09/2014

Instigante...
Meu primeiro livro do autor. São vários contos sobre a morte, todos muito surreais e que te fazem pensar... Aconselho a lê-los com muita atenção, senão podem se confundir...

Alguns contos são maravilhosos, outros nem tanto...

Os que mais gostei: "olhos de cão azul" e "Alguém desarruma estas rosas"... São lindos e inesquecíveis!

Cristiano.Vituri 05/07/2016

Os olhos e todas as entranhas do Gabo
Garcia Marquez sempre surpreende. Os contos desse livro são sonhos, devaneios metafísicos maravilhosamente bem escritos e gostosos de ler.
A declarada influencia que o autor diz ter recebido de William Faulkner fica bastante evidente nesse livro, a palavras não ditas, os esconderijos da alma, além de ter um pouquinho de Augusto dos Anjos( "Eu, filho do carbono e do amoníaco...") também...

Por essas e outras, criei uma regra para mim: Nunca é demais ler Garcia Marquez!

Gloria Ferreira 05/09/2016

Psicodélico
Está na lista dos preferidos da Tatiana Feltrin, e, como confio cegamente nas preferências dela, resolvi ler. O livro é um conjunto de ensaios psicodélicos sobre morte, sonhos e tudo que permeia o nosso inconsciente. Nos contos, os personagens aparecem meio que indiretamente, alguns ficam subtendidos, sem um definição clara no contexto das histórias, assim como os próprios desfechos, o que me confundiu bastante. A linguagem poética do Garcia requer BASTANTE atenção para não ser julgada injustamente.

Acho um pouco desonesto basear nossos gostos nos de outras pessoas, porque, de certa forma, acabamos maquiando nossa própria opinião. Mas confesso que as cinco estrelas da minha avaliação foram EXCLUSIVAMENTE para o conto que nomeia o livro, o Olhos de Cão Azul. Por outro lado, me decepcionei bastante com todo o resto, praticamente 80% das outras narrativas foram indiferentes para mim, não sei se é porque fiz toda a leitura no barulho dos ônibus, sem a concentração necessária, ou é meu gosto literário que ainda está meio imaturo para recebe-las, mas apenas Olhos de Cão Azul me atraiu.

Para mim, este conto foi especialmente agradável e original. Mostra a história de um casal que se encontra apenas em sonhos e, dessa forma, se apaixonam, vivendo o conflito de, ao despertarem, não saber quem é quem na realidade. Apesar de não seguir uma linha cronológica de acontecimentos, e do dialeto à la Garcia Marquez, a forma como é escrito nos faz presenciar todas as cenas, todas as aflições dos dois personagens. Nos faz visualizar a menina dos olhos cinzas de ''cão azul'' e sentir a angustia do homem que não consegue toca-la, em decorrência do paradoxo de dimensões.

Reli alguns trechos, que inclusive me fizeram arrepiar, encostando sobre o peito, fechando os olhos e agradecendo mentalmente ao autor pelo poder de suas palavras. Considero esse o verdadeiro prazer da literatura: o de nos envolver na mesma proporção dos personagens e de nos apresentar novos universos, paralelos ao nosso.

"Sua vida estava dedicada a me encontrar na realidade, por meio dessa frase identificadora. "Olhos de cão azul." E na rua ia dizendo em voz alta, que era uma maneira de dizer à única pessoa que teria podido compreendê-la:
'Eu sou a que chega em seus sonhos todas as noites e lhe diz isto: olhos de cão azul[...]'"

"[...]Seus dentes apertados resplandeceram sobre a chama. 'Eu gostaria de tocar em você agora', disse. Ela levantou o rosto que estivera olhando a luz: levantou o olhar ardente, assando-se também do mesmo jeito que ela, do mesmo jeito que suas mãos: e eu senti que me viu, no canto, onde continuava sentado, me balançando na cadeira. 'Você nunca me tinha dito isso', disse. 'Agora digo, e é verdade', disse'".

Natalia.Goncalves 13/01/2017

Contos Psicodélicos
Gostei dos contos iniciais, embora não esteja certa de que os entendi em sua plenitude. Esse foi meu primeiro livro do Gabriel Garcia Marquez e não gostei. A escrita é boa, vocabulário rico, mas a temática não me agradou. Tentarei agora os cem anos de solidão.

Norberto 30/01/2017

Desde o começo da leitura não tem como negar que existe um tanto de horror ou mistério como clima dos contos, em geral. Achei que o conjunto dos contos teve essa atmosfera densa. Apesar de serem poucas páginas, demandam um pouco mais de esforço do leitor (ou pelo menos, de mim). Tem muito de realismo fantástico e surrealismo no livro, muito da morte e outros temas como sonhos e loucura.

r.morel 14/08/2017

Resenha Telegráfica
Reunião de onze contos e todos os onze contos possuem como tema central a morte e a morte é tratada e vista de diferentes ângulos e os diferentes ângulos carregam algo de fantástico em cada palavra e frase e cada palavra e frase de García Márquez sempre busca a fantasia e o sonho e a fantasia e o sonho tornam a morte (a morte!!) algo tolerável e mágico e consciente.

Trecho:
“Eu a vi caminhar até a penteadeira. Aparecer na lua cheia do espelho, olhando-me agora ao fim de uma ida e volta de luz matemática. Eu a vi continuar me olhando com seus grandes olhos de cinza ainda viva: olhando-me enquanto abria a caixinha chapeada de nácar rosado.”

site: popcultpulp.com