spoiler visualizarValdeci 14/10/2011
David Coimbra é jornalista e editor do caderno de esportes do Jornal Zero Hora além de ser um cronista e escritor dos mais instigantes, inteligente e criativo do Rio Grande do Sul. De um texto agradável de ler e histórias fantásticas (imagináveis ou não) contam-nos histórias e “causos” sobre mulheres, centroavantes, futebol e viagens. Não necessariamente nesta ordem. Claro que nas suas histórias sempre vá aparecer uma mulher estonteante (gostosa mesmo) com suas pernas à mostra em minissaias curtíssimas e suas curvas de levantar defuntos. Também sempre aparecem crônicas esportivas e as manhas e artimanhas dos centroavantes sempre carrancudos e com caras de poucos amigos. David Coimbra é o único escritor/jornalista que faz com que eu leia o Caderno de Esportes da Zero Hora. Sempre muito divertido que usa sua criatividade literária para fazer um texto que só fala de esporte no último parágrafo como a dar certa “moral da história” e finalizar o texto. Muito legal mesmo.
Não foi surpresa nenhuma, portanto que li, com imenso prazer, seu livro Jogo de Damas. Neste livro David Coimbra nos conta a história de grandes mulheres, grandes homens e grandes fatos que determinaram a supremacia feminina. David Coimbra defende a seguinte tese: As mulheres dominam o mundo desde os tempos do Homo Sapiens e que são as reais responsáveis pelo surgimento do que chamamos hoje de civilização. Em 170 páginas de puro humor, pesquisa histórica séria e um texto encantador desfilam as mulheres que, de alguma forma, foram determinantes e poderosas no seu tempo e, consequentemente responsáveis pela supremacia feminina. Enganam-se quem pensa que pertencem ao propalado sexo frágil. Frágil é que não são mesmo!
A história começa há 3,8 milhões de anos, com os macacos saindo das árvores e caminhando sobre dois pés. Surge o “australopithecus Afarensis” e posteriormente o “Homo Neanderthalensis” e o “Homo Sapiens”. Segundo David Coimbra se o Neanderthal era musculoso como um Schwarzenegger e peludo como um Tony Ramos, como foi extinto pelo fraco do Sapiens? A resposta, segundo Coimbra está nas mulheres! Assim, vamos conhecendo as histórias das inúmeras mulheres retratadas no livro começando pela egípcia Rodopé, Messalina, Cleópatra, Lucrécia Bórgia, Catarina de Médicis Rainha Margot, Marta Hari, Lou Salomé e tantas outras. Claro que surgem também alguns homens importantes nestas páginas como Esopo, Espinosa, Nietzsche Abraão só pra citar alguns. Todavia, sempre em segundo plano ou para evidenciar a supremacia feminina e seu domínio completo.
Uma linguagem simples, divertida, mas com elementos históricos interessantes. David Coimbra mostra-nos como as mulheres foram determinantes no rumo da história, fossem como amantes, assassinas, rainhas ou meras donas de casa. Aliás, foi por serem “donas da casa” que a mulher trouxe o homem para junto de si para formar a família e, consequentemente, o surgimento da civilização e a sua supremacia. Tolo do homem que pensa que é o líder! Tá tudo dominado pelas mulheres, graças a Deus!