spoiler visualizarLuana.Linsingen 16/11/2023
Descobertas que persistem
Mesmo hoje, quando julgamos conhecer tudo, podemos nos surpreender. Quiçá à época de Março Polo, ano mil duzentos e bolinhas?
Surpreendente perceber que o que se imaginava animais fabulosos e gentes mitológicas eram, com efeito, animais reais e gentes reais, e que foram extintas.
Por exemplo a águia de roque, o pássaro Rok da Sherezade, era a própria águia-de-Haast, imensa realeza capaz de capturar a igualmente enorme (e também extinta) ave-elefante e pessoas. Essa águia maravilhosa foi extinta há meros 1200 anos, o que implica dizer que estava firme e forte na visita de Marco Polo a Madagascar.
Triste demais ler trechos que relatam "a infinidade" de leões, de rinocerontes, de cavalos selvagens, de elefantes, de peixes e de camelos em locais que hoje sabemos que não existem mais, ou que estão já tão raros.
Curioso ler que havia canibais no Japão.
Lamentável perceber que as guerras inúteis por credos religiosos não mudaram em nada.
Apesar do texto ser preconceituoso com culturas e pessoas em vários trechos, ele é também respeitoso e interessado com outras culturas e pessoas em outros, o que achei bastante louvável da parte do narrador, europeu e branco e àquela época, cujas mentes pareciam ser bem fechadas.
Gostei muito.