Lu 18/09/2020Por favor, não julgue esse livro pela capaAjuda se eu prometer que as capas melhoram? O que é um alívio porque essa capa não tem nada a ver com a série, mas depois de 11 livros o artista e a editora pareceram aprender a captar melhor as vibes da história e, principalmente, da protagonista.
Sobre Moon Called, lembro que quando li pela primeira vez (em 2015) eu dei 3 estrelas e não considerei esse primeiro volume muito forte, mas a série logo me conquistou a ponto de, quase 5 anos depois, eu sempre pensar nela quando penso em fantasia urbana.
Mercy é uma personagem icônica e um tanto fora da curva. Ela não é o ser mais super poderoso desse livro e ela não precisa provar que é forte, destemida e não como as outras garotas o tempo todo para estar no mesmo patamar que os lobisomens brutamontes. Mas ela me passa muita calma, eu gosto do jeito como a cabeça dela funciona e como ela sempre parece amar muito as pessoas ao redor dela. Reler esse livro foi como um reencontro com uma melhor amiga. Por quem talvez eu seja um pouquinho apaixonada.
E, para quem não sabe, eu amo um lobisomem, ok?
Não do tipo de terror que come donzelas. Mas do tipo de romances paranormais que come donzelas. Ok? Ok.
Apesar do que eu acabei de dizer, não espere que esse seja um livro cheio de cenas hot. Para a tristeza de muitas fãs (eu mesma, inclusive), as coisas demoram para esquentar no quesito romance e a gente tem que aguentar um triângulo amoroso por um tempinho, mas vale a pena. Moon Called, assim como os outros livros da série, é cheio de cenas de ação e foca muito na política da sociedade de lobisomens. Nesse mundo a gente também encontra outros seres mágicos, como os fae e os vampiros.
Existem alguns estereótipos nesse livro que não me agradam, mas eu já esperava que eles estivessem ali e, talvez por isso, não me incomodaram tanto. Eu também preferia que essa fosse uma história own voices, já que lida muito com a ancestralidade da Mercy e com populações indígenas, mas não consigo dizer até que ponto a autora fez um bom trabalho de representatividade. Por essas questões, minha nota vai ser 4 e não 5.
Para quem gosta de fantasia paranormal e fantasia urbana, a história da Mercy é um clássico, sério.
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