Sô 24/01/2018Eu lembro de amar o filme sempre que passava na Sessão da Tarde, mas ao longo da leitura fui percebendo como não lembrava de muita coisa a não ser um sótão e uma órfã que passava por muito sofrimento.
Sara, a protagonista, é uma garotinha inglesa de 7 anos, podre de rica, que até então morava na Índia, mas é levada pelo pai para Londres para receber educação adequada em um internato para garotas. Sara é bem peculiar, fala como gente grande, é bondosa, tem uma imaginação fértil e é bastante avançada para a sua idade, o que incomoda a diretora do internato, a Srta. Minchin que tem inveja da garota, mas resolve usá-la como garota propaganda para a sua escola. O pai de Sara faz questão de mimar a filha com tudo que há de melhor e solicita um tratamento diferenciado com todo o luxo possível. Isso poderia fazer com que não gostássemos de Sara, já que qualquer criança com esse nível de mimo seria insuportável, só que muito pelo contrário, Sara não é nem um pouco arrogante e é solícita com todos à sua volta.
Durante seu aniversário de 11 anos recebe a notícia de que seu pai faleceu e perdeu toda a fortuna em um investimento que acabou dando errado. Todos os privilégios que ela tinha são retirados imediatamente e ela é levada para o sótão e feita de empregada pela diretora e humilhada constantemente. O mais incrível é que ela não se deixa abalar e continua mantendo a postura e a dignidade. Continua com o seu faz-de-conta para conseguir seguir em frente e claro, há uma reviravolta no final que dá gosto de ler.
Apesar da Sara ser a “heroína” da história, quem eu gostei de verdade foi a Becky. Sofri mais com as coisas que aconteciam com ela do que com a Sara. Talvez por ela soar mais verdadeira.
Um clássico delicinha de ler. E para quem liga para capas – eu! – essa edição maravilhosa da Puffin em parceria com a Rifle Paper é de doer de tão linda!