shana.felice 08/08/2018
Evolução em dois mundos
Esta obra ditada por André Luiz e psicografada por Chico Xavier e Waldo Vieira é simplesmente magnífica. Usando uma linguagem científica, dotada de exemplos complexos e irrevogáveis, André Luiz aborda os principais temas acerca do mundo espiritual auxiliando-nos na compreensão da trajetória da humanidade no planeta Terra – saindo do fluído cósmico universal, aterrissando no planeta governado por Jesus, partindo do átomo, passando pelos minerais, os seres microscópicos, os vegetais, os animais, até atingirem as raças primitivas de humanos encarnados. Entrelaçado a essa evolução física, o autor detalha a evolução psicológica e moral dos seres humanos partindo do instinto, alcançando a razão e a inteligência. Após pincelar detalhadamente sobre a evolução do corpo espiritual, com a aquisição do automatismo e do sexo, explica o papel da hereditariedade na aquisição do molde físico ideal para que haja a encarnação em um corpo que esteja de acordo com as necessidades para a sua evolução moral e para a quitação de débitos anteriores. Além desses temas, André Luiz disserta também sobre metabolismo físico e espiritual; sobre a evolução do cérebro e, consequentemente, a aquisição do pensamento contínuo; sobre alma e desencarnação, e o conhecimento da lei de Causa e Efeito; sobre simbiose, obsessões e vampirismo espiritual, traçando paralelos com o que ocorre entre os animais dos reinos inferiores; sobre mecanismos da mente e da mediunidade; sobre hermafroditismo, unissexualidade, ação hormonal, instinto sexual, poligamia e monogamia; e sobre tipos de reencarnações. No último capítulo da primeira parte, o autor faz uma síntese da evolução da consciência religiosa nos homens, com o afloramento do entendimento do princípio de Justiça e da lei de Causa e Efeito, que culminaram na busca por respostas acerca da existência de Deus e da nossa conexão com o Criador. Cita a civilização egípcia como uma raça com uma missão especial, a de organizar escolas de iniciação mais profunda, falando sobre imortalidade e dotando como alicerce a unidade de Deus. Também disserta sobre a missão de Moisés, que introduz ao seu povo ideias de justiça e de solidariedade, bem como dos deveres coletivos e individuais com a higiene do corpo e da mente; dá uma interpretação belíssima aos 10 mandamentos; e, por fim, descreve sucintamente a sublime missão de Jesus na Terra. Na segunda parte do livro, encontramos perguntas e respostas sobre diversos temas importantes: alimentação dos Espíritos desencarnados; linguagem entre os Espíritos; volitação do corpo espiritual; centros vitais; diretrizes da apresentação morfológica dos desencarnados; princípios que regem a apresentação dos desencarnados aos médiuns; Justiça no Plano Espiritual; vida social dos Espíritos desencarnados; matrimônio e divórcio nas esferas física e espiritual; conduta afetiva entre almas enobrecidas; início da diferenciação dos sexos; gestação frustrada onde não há Espírito reencarnante para arquitetar as formas do feto; aborto criminoso; passe magnético na visão da medicina humana; determinação do sexo induzida no início da gestação; desencarnação da alma em plena infância; percentual tempo em que um espírito mediano permanece encarnado e desencarnado; animais detentores das mais dilatadas ideias-fragmentos; predições mórbidas no corpo espiritual; parasitas ovoides que vampirizam humanos; atuação da Justiça Divina nos casos de endemias rurais; psicossoma do enfermo em estado comatoso; métodos usados na Espiritualidade para o tratamento do corpo espiritual; e, por fim, vinculação da invasão microbiana às causas espirituais. Em uma psicografia envolvente e muito esclarecedora, o Espírito André Luiz nos presenteia com belíssimas explanações científicas que fundamentam a evolução no Plano Físico e Espiritual, demonstrando que nunca ficamos desamparados pelos Espíritos Superiores, que sempre estiveram caminhando conosco – desde quando éramos apenas átomos - muitas vezes traçando as rotas que deveríamos seguir e nos mostrando o caminho correto rumo à perfeição relativa.