O Erro de Descartes

O Erro de Descartes António Damásio




Resenhas - O Erro de Descartes


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marvin 05/11/2020

Dualismo "coração e mente" numa nova perspectiva
Esse livro é sobre a neurociência das emoções e como nossa consciência não é totalmente racional, assim como nosso comportamento não provém totalmente do cérebro como muita gente acredita. Livro obrigatório pro pessoal de psicologia pra entender mudanças de personalidade e mais sobre emoções, no entanto a partir de um ponto do livro ele torna-se extremamente técnico e massivo. Dei 3 porque precisarei fazer uma releitura pra entender melhor kkkkk. Fora isso é um ótimo livro.
Tatiane Alves 05/11/2020minha estante
Olá! É um livro que precisa conhecer de psicologia e neurociência ou qualquer pessoa entusiasta do assunto consegue ler? Obrigada!


marvin 06/11/2020minha estante
Acredito que não. A parte técnica que me refiro é ele se estender em assuntos sobre neurociência. Eu sou uma pessoa muito desatenta, então as vezes me perdia e esquecia logo em seguida. Mas tem muitos capítulos que é pura história. Vale a pena ler só tento interesse sim. :)


Tatiane Alves 06/11/2020minha estante
Obrigada Marvin =)




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rafaelkraisch 11/02/2024minha estante
O Erro de Descartes não é sobre o Descartes, mas sobre a ideia de que a "mente" é uma coisa fora do cérebro e que a sua existência estaria condicionada ao pensamento consciente. Esta é a essência do livro.




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Cecchetti 05/06/2021minha estante
Pessoal, escrevo as resenhas aqui na esperança de encontrar opiniões e insights que podem se somar aos meus e contribuir para um entendimento melhor do livro e do mundo, então comentários são mais que bem-vindos. Obrigado!




SergioBB 18/01/2009

Nada fica isolado
A mente não deve ser vista como algo isolado, puramente intelectual. Damásio nos mostra que intelecto, emoção, instintos e impulsos se misturam e interagem intensamente com o corpo. Por ter formação em neurobiologia, o autor descreve os circuitos cerebrais, porém, lançando mão de uma linguagem direta, sem formalismos demasiados. Abre o livro com a fascinante história de Phineas Gage, que perdeu parte do cérebro em um acidente, sobreviveu, e mudou radicalmente sua personalidade. Continua analisando o que acontece em áreas do cérebro, mostrando que muitas vezes não existe um setor específico para cada comportamento, e que nossa memória não é uma coleção de fotografias ou trechos de músicas, como se fosse um álbum, mas sim, que é capaz de "reconstruir" informações passadas, da forma como nos foram apresentadas. Eu estou na metade do livro, mas considero uma leitura agradável para aqueles curiosos que querem conhecer mais sobre o funcionamento do comportamento humano, e nesse livro, é mostrado com enfoque biológico.
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Antonio Luiz 25/03/2010

O que neurologia tem a ver com economia? A pergunta pode surpreender, mas "O Erro de Descartes", do neurologista português António Damásio (Schwarcz, 2000), sugere uma interessante conexão. O livro analisa casos de doentes que sofreram danos numa determinada parte do cérebro, os lobos pré-frontais, devido a acidentes, tumores ou certas intervenções cirúrgicas. Tornam-se totalmente incapazes de levar uma vida normal: não conseguem manter um trabalho ou um relacionamento estável e tomam decisões financeiras e comerciais sistematicamente desastradas. Mas também não conseguem obter pensão por invalidez, pois seu desempenho nos testes psicológicos usuais, inclusive o de QI, é impecável. Mesmo quando avaliados na capacidade de refletir sobre questões éticas, sua atuação é perfeitamente normal.

Quando vistos de perto, seu problema não está em decidir de forma leviana, mas em não conseguir tomar decisões. Cada vez que têm de decidir sobre qualquer detalhe, perdem totalmente de vista seus objetivos globais e não conseguem aprender com os erros. Divagam interminavelmente sobre problemas insignificantes, perdendo-se num labirinto sem saída. Damásio pediu a um dos pacientes para escolher entre duas datas, com poucos dias de diferença, para marcar uma próxima sessão. O doente puxou a agenda e durante meia hora enumerou razões a favor e contra cada uma das datas como possíveis compromissos e condições meteorológicas comparando custos e benefícios das diferentes opções. Quando o médico finalmente lhe disse que deveria vir na segunda data, limitou-se a responder está bem e ir embora.

A interessante descoberta de Damásio é que esses pacientes não têm uma deficiência de racionalidade e sim de sentimento. Perdem, entre outras coisas, a capacidade de reagir emocionalmente à beleza e ao sofrimento, embora ainda possam reconhecer intelectualmente o que é belo ou triste. Por que isso os impede de tomar decisões de forma sensata? Afinal, a tradição cartesiana vê a emoção como um empecilho à tomada de decisões racionais. Idealmente, não se deveria deixar o processo racional ser influenciado pelas paixões. A forma correta de tomar uma decisão é considerar os diferentes cenários que dela podem resultar e analisar as relações custo-benefício que dela podem resultar.

E é precisamente isso que os doentes tentam fazer. Eles são a prova viva de que isso não funciona. Seu processo de tomada de decisão leva um tempo enorme e não leva a nada. Nem Einstein conseguiria reter na memória as listas de perdas e ganhos possíveis sem se perder nos cálculos, que teriam de levar em conta a teoria da probabilidade e da estatística de uma forma que muito poucas pessoas conseguem manejar.

Ainda assim, as pessoas que não têm esse tipo de lesão tomam decisões razoavelmente sensatas sobre suas vidas todos os dias, sem serem particularmente geniais. Como conseguem? Segundo Damásio, não é por usarem melhor a razão, mas por saberem usar o sentimento, claramente relacionado às áreas danificadas em doentes como Gage.

Sentimentos, formados a partir da experiência adquirida com as conseqüências a longo prazo de decisões tomadas ou observadas no passado, atuam como alarme para o perigo de escolher certas ações e deixa ao pensamento consciente apenas a consideração final entre os poucos caminhos emocionalmente atraentes.

O fim não justifica os meios, nem a consideração fria e interminável dos meios possíveis. Na verdade, a melhor imagem da cabeça fria que o racionalismo clássico recomenda para se agir corretamente é a de um psicopata ou sociopata insensível e indiferente às conseqüências do que faz, inclusive para si próprio. O funcionamento normal da razão, mesmo no que se costuma chamar de planejamento estratégico, não pode ser separado da emoção.

Para um economista, muito disto soa familiar. A teoria neoclássica foi erguida sobre fundamentos lançados por economistas utilitaristas como William Jevons, convictos de que a sociedade é ou deveria ser constituída de homens econômicos racionais, cujas ações são sempre pautadas pelo objetivo de obter o máximo de utilidade dos recursos que possuem em última análise, pelo cálculo do prazer e do desprazer, da felicidade e da infelicidade que resultarão de cada decisão. Não é novidade objetar que as pessoas não conseguem fazer esse tipo de cálculo na realidade. Os economistas neoclássicos costumam ver nisso uma imperfeição que não afeta os princípios de sua ciência, a ser superada com o aumento da disponibilidade da informação e com o avanço e a popularização do conhecimento econômico.

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Renata Céli 29/04/2012

Este é um livro sobre um tema muito interessante. Comprei por indicação de uma pessoa que considero muito especial, e que, quando falou o título do livro, este logo me chamou a atenção, por ter o nome Descartes em destaque. Me interesso por ideias e pensamentos de filósofos e cientistas e este título me deixou curiosa.

O livro me surpreendeu. Apesar de ser escrito por um neurologista, tem uma narrativa fácil de entender, sem muitos detalhes para quem é leigo (como eu) na área médica, biológica, ou áreas parecidas e até na filosofia.

Os resultados das pesquisas realizadas por António Damásio sugerem que razão e emoção andam juntas. Ou seja, quando a gente costuma falar que tomou uma decisão 100% racional, na verdade ela não foi totalmente racional, teve sim emoção no meio... As pesquisas mostram que quando uma pessoa possui sua área emocional do cérebro afetada, ela não consegue mais tomar decisões.

De acordo com os estudos do neurologista, a visão de Descartes (considerado o pai do racionalismo) estaria errada. É um livro interessante e que vale a leitura, para expandir os horizontes. Porém, Descartes continua sendo um dos filósofos mais brilhantes, ainda mais porque ele era questionador e não aceitava que as coisas fossem impostas sem explicações que fizessem sentido e que fossem devidamente provadas. Foi um filósofo que mudou a visão de mundo de uma sociedade.
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Charles 04/05/2019

Ótimo
Este livro tem foco em neurociências. No seu início Damásio expõe diversos casos de pessoas que sofreram lesões cerebrais e suas consequências para estes indivíduos , no decorrer do livro o autor vai linkando os casos desses pacientes com a idéia da importância das emoções na racionalidade humana e vai refultando a idéia de razão pura. O autor demonstra com argumentos convincentes que a mente, o cérebro e o corpo estão intimamente ligados e são codependentes de forma que seria impossível separa-los.

Livro de dificuldade mediana.
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Leonardo Sueiro 06/01/2020

Erro de descartes evidencia a relação entre atributos fisiologicos não voluntários e a nossa racionalidade. Essa é colocada em cheque sob um forte viés existencialista, descrito eufemisticamente pelo autor em algumas passagens, sobretudo quando dialoga sobre o "eu".
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Emilia @biblioteca_decitacoes 28/04/2020

O Erro de Descartes, António Damásio
Neste livro, António Damásio, neurologista e neurocientista, elabora uma hipótese sobre a relação entre razão e emoção do ponto de vista neurofisiológico e sugere que talvez o senso comum de que a emoção sempre atrapalha tomadas de decisões racionais não seja sempre verdade. Talvez, as emoções, em alguns casos nos ajudam e são até essenciais a tomar decisões racionais em prol do nosso bem-estar e nos indicam o caminho para agir com discernimento.

O autor inicia contando casos de pacientes que sofreram traumas neurológicos em determinada parte do cérebro e apresentaram alguma deficiência em tomadas de decisões e processamento de emoções. Como o famoso caso de Phineas Gage. Todos esses pacientes não tiveram sequelas que afetaram a linguagem, ou a capacidade motora. Conseguiam levar uma vida normal, à primeira vista. No entanto, começaram a tomar decisões catastróficas que afetaram gravemente sua vida social e econômica, além de se mostrarem aparentemente apáticos mesmo aos familiares mais próximos.

O dano no cérebro desses pacientes ocorreu em uma região do cérebro que é responsável pelo processamento das emoções. O autor descobriu então que lesões nessa região do cérebro interferem na forma como as emoções auxiliam na tomada de decisões, mesmo as mais racionais. Sem essa capacidade, o indivíduo sente que precisa considerar todas as possibilidade possíveis daquela ocasião e acaba não conseguindo tomar decisão nenhuma, ou acabam escolhendo uma alternativa muito ruim.

Na segunda parte do livro, Damásio introduz o leitor a alguns conceitos da neurofisiologia e de alguns processos neurais para explicar sua hipótese de como o processamento das emoções e tomadas de decisões podem estar interligadas.

No início, a linguagem do livro é bem tranquila para uma pessoa leiga, como eu. No entanto, tive que ter bem mais atenção da metade para o final do livro e às vezes reler o mesmo trecho diversas vezes para tentar compreender as explicações um pouco técnicas que o autor apresenta. Apesar disso, a escrita do autor é bem didática, e análise feita no livro levanta questões muito relevantes sobre a importância das emoções para nós, mesmo que às vezes vemos como empecilho. Recomendo muito a leitura para aqueles que como eu, tem um interesse na área de neurociência e psicologia e buscam livros para aprender mais sobre assunto sem ter muito conhecimento técnico.


site: https://www.instagram.com/biblioteca_decitacoes/
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Roberdson 22/05/2020

Perfeito
O livro é fantástico! Toda a explanação que ele faz sobre as emoções e seus sítios cerebrais começando pelo resgate do clássico caso Phineas Gage é maravilhoso.

O debate que essas questões abrem sobre livre arbítrio são maravilhosas e nos levam a repensar nossa postura para com diversas situações no nosso quadro social, amparadas por um substrato biológico.
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Amanda 02/06/2020

Emoção ou Razão?!
O quanto de emoção existe nas nossas tomadas de decisões? O que bem primeiro, a razão ou a emoção? O que são os sentimentos? Essas são apenas algumas perguntas que essa obra irá nos responder. Damásio coloca de maneira brilhante a questão da Dualismo Cartesiano.
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Gabriel Beda 12/06/2024

Um livro muito bom. A leitura é um pouco lenta, mas pra mim foi importante ler com calma. É muito conteúdo e é uma abordagem muito interessante sobre neurociência e desenvolvimento do comportamento humano.
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Renata 11/10/2020

O erro de descartes
O livro mudou a forma de vermos as emoções. Somos corpos que sente. As emoções são a nossa base para o raciocínio. Não existo porque penso, porém penso porque sinto. E sinto com o corpo.
Porém é um livro basicamente de Neurociência e pode ser um pouco complicada sua leitura para leigos.
Mesmo assim, de conhecimento fundamental para derrubarmos as barreiras da teoria dualista que permeia todas as áreas da vida humana até hoje, e que nos destrói dia a dia.
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Sensório 28/12/2020

Damásio é rei de esclarecer o cérebro e com certeza esse livro é um dos melhores e mais explicativos que já li! Me ensinou muita coisa e vou levar como um manual para entender como reagimos e nosso corpo absorve os impactos do nosso exterior mas, a leitura é difícil e são tantos nomes e partes cerebrais que a atenção precisa ser redobrada. Óbvio que a culpa não é do autor, pois o cérebro humano é complexo demais.
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