Rebeca 26/11/2020
Meu primeiro clássico?
Resenha ?O hobbit
Esse livro foi criado em 1937, o que significa que é um clássico, mas NÃO se assustem com esse fato, o livro tem muito mais a oferecer do que parece. Eu, Rebeca, nunca fui uma leitora de clássicos, sempre detestei, achava horríveis a escrita e os pensamentos da maioria dos personagens, por isso lia apenas as resenhas dos livros antes das provas sobre os clássicos (sim, gente, eu fazia isso ksks)
Não vou mentir que comecei a ler O Hobbit com certo receio. Só li porquê tinha começado a ver o filme Senhor dos Anéis e achei tão foda o começo que resolvi parar de ver os filmes e ler o livro. E... Não me arrependo de jeito nenhum.
Talvez, esse livro tenha mudado um pouco minha vida com a leitura. Por quê, Rebeca? Vamos lá. A escrita do autor é muito diferente do que estou acostumada, sempre leio livros em primeira pessoa (principalmente esses) ou em terceira, mas esse tinha uma escrita mais diferenciada. O autor fala com você. Eu tinha a sensação que estava indo dormir e meu avô estava contando a história para mim. Sinceramente? Era até uma certa sensação de conforto e coração quentinho.
Outro ponto que amei foi o desenvolvimento do personagem principal. Sem dúvidas, esse foi um dos melhores desenvolvimentos de personagens que já li em toda minha vida. No começo, achava o personagem principal muito sem graça e sem sal, mas, no final, vi um personagem forte e inteligente, totalmente diferente do começo. O autor conseguiu, aos poucos, fazer um desenvolvimento não forçado e sim, natural.
Mais outro ponto (talvez alguns considerem bom ou ruim), esse livro é imprevisível demais. Eu nunca sabia o que iria acontecer e nada era forçado. Real. Me pergunto como o autor conseguiu colocar TANTA coisa em um livro de 336 páginas. Teve um momento que recebi dois spoilers do livro e fiquei tipo: Pera, como isso vai acontecer? Ke?? Mas não dá!
E o último ponto positivo, é a diversidade. Esse autor criou um mundo tão diversificado de espécies que existem nele. Existem magos, elfos, anões, hobbits, dragões, orcs, wargs, Homens Do Lago, Águias que falam, Gigantes, etc. Era tanta coisa que eu precisava ir para o Google e me lembrar o que eram exatamente esses serem.
Porém, como todo livro, sempre tem pontos negativos. Então, vamos lá. Primeiro, senti saudades de uma presença feminina. No livro, não tem NENHUMA personagem feminina (dá uma raivinha, eu sei). Segundo, como a escrita é de outra mentalidade, precisamos nos lembrar que teremos uma certa dificuldade para ler. Não digo no sentido de não entender o vocabulário, mas no sentido de espaço. Como assim?
O autor é MUITO descritivo. Não digo no sentindo de descrever tudo que está dentro de uma casa ou quarto, mas no sentindo de terras. Ele vive falando ?Terras ao sul dão para a estrada de Kali que se encontra com o Rio da Floresta das Trevas? e assim vai. Você meio que precisa ter um mapa da localização para entender. Porém, como eu não tinha, apenas passava o olho nos parágrafos que ele falava isso e continuava lendo.
Acho que é isso, gente. Um dos melhores livros que li no ano? Com certeza. Indico demais.
Nota: ????