Mãos de Cavalo

Mãos de Cavalo Daniel Galera




Resenhas - Mãos de Cavalo


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Leticia.Miranda 29/09/2020

Galera melhorou com o tempo
Achei "mãos de cavalo" o livro mais fraquinho do galera. Ou, pra ser sincera, ruim mesmo: achei o livro ruim. Já tinha passado da metade sem ler nada que me interessasse ainda que minimamente. O livro começa com três narrativas diferentes que se interligam ao longo do romance, o qual tem um ar um tanto nostálgico do início da década de 90 (o que não sinto, porque não a vivi) e um pequeno suspense que sempre se adentra nos livros do galera, mas que, dessa vez, foi mínimo e sem criatividade. O autor realmente melhorou com o tempo. Mas, para nao dizer que o livro como um todo não tem qualidades, aqui vai: a busca pela não indiferença, pela não covardia e pela necessidade de definir como a vida deve ser vivida, do sentido que a mesma deve possuir, são trabalhados em uma pequena dezena de páginas escassas é o que confere como a parte boa do livro
Aline 29/09/2020minha estante
Eu gostei bastante desse livro. Não li todos do Galera, mas, sinceramente, esse foi o que mais me agradou até agora. Gosto do texto menos pretensioso e, no final, lembro de ter refletido bastante sobre como o personagem se sentia insignificante e vazio, justificado pela culpa do que aconteceu na adolescência. Na verdade, esse é justamente o tipo de leitura que me agrada: tramas simples que despertam um sentimento profundo. Acho que herdei isso lá dos tempos em que eu lia Fante (e os dinossauros ainda caminhavam pela Terra). Doideira, né? Interessante como cada um procura uma experiência distinta na literatura.


Leticia.Miranda 29/09/2020minha estante
Concordo com tu que mãos de cavalo é bem despretensioso em relação aos outros do galera e isso é muito bom. Também achei a ultima metade do livro a reflexão que ele propôs boa, mas eu tive a impressão que me arrastei o romance quase inteiro para encarar essas partes. Mas, sim, é muito interessante como as perspectivas podem ser tão diferentes. (Nunca li Fante kk)




Flavinha 20/05/2020

Um livro que me surpreendeu na história que é contada. Onde podemos em vários momentos analisar algumas atitudes e ações que temos na vida. Vale a pena a leitura.
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mpin 17/11/2019

Envolvente
Neste romance, Daniel Galera faz o que faz de melhor: um romance geracional, cheio de reflexões de um homem adulto sobre as escolhas feitas ao longo de sua vida, e momentos em sua adolescência que definiriam para sempre as escolhas para si próprio. A prosa tem ritmo, leva o leitor ao sabor dos eventos relatados, e traz diversos elementos atuais que deixam o texto vivo e autêntico. E mesmo o uso de terceira pessoa não retira da prosa a força confessional da história. O simbolismo, as metáforas empregadas para o leitor entender melhor como o protagonista lida com o tortuoso processo de amadurecimento pelo qual passou, são engenhosos e criam personagens interessantes que ficam na memória. Poucos autores escrevem como Galera, especialmente ao se falar do processo de amadurecimento de personagens masculinos, geralmente mais avessos a sentimentalismos e revisionismos. Tudo acontece na hora certa, e as duas histórias se conectam sutilmente, revelando o que todo adulto, ao menos uma vez em sua vida, experimentou: o choque entre as memórias da juventude e a realidade, ou seja, como as pessoas que fizeram parte de momentos tão especiais de sua vida mudaram e às vezes não guardam mais semelhança alguma com as memórias afetivas tão caras a cada um de nós. Uma história sobre nostalgia, escolhas e a dificuldade de aceitação do que somos. Recomendado.
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Fernando 18/12/2017

O passado não é tudo
Machados e Eças são importantes, são legais, mas a literatura brasileira não acabou junto com eles. Mãos de cavalo é atual e extremamente bem escrito.
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Thiago Barbosa Santos 09/10/2017

Um livro sobre identidade
'Mãos de Cavalo' não está na minha lista de livros prediletos do Daniel Galera. Para mim, a obra-prima dele é 'Barba Ensopada de Sangue'. Outros dois que me cativaram bastante foram 'Cordilheira' e 'Até o Dia em que o Cão Morreu'. Mas é impossível não reconhecer o valor do romance em questão.

Podemos dizer que 'Mãos de Cavalo' é um livro sobre identidade. Sobre a identidade que queremos ter (e quase nunca alcançamos) ou queremos deixar transparecer para os outros.

A narrativa mostra três fases da vida do protagonista, o Hermano. No primeiro capítulo vemos as aventuras dele aos 10 anos pedalando alucinadamente pelas ruas de Porto Alegre até levar um baita tombo. Depois a história é intercalada entre a adolescência e a vida adulta da personagem, que consegue uma carreira brilhante como cirurgião plástico mas vive uma crise conjugal.

Na vida adulta, Hermano vive desafiando a si mesmo em esporte de aventura. Parece o tempo todo querer mostrar-se corajoso. Topa escalar com um amigo, mesmo contra a vontade da esposa, o Cerro Bonete, na Bolívia, façanha até então inédita. Mas meio que dá uma surtada antes de iniciar o desafio e se depara com uma situação em que precisa usar da coragem para defender um garoto. Esse acontecimento é uma espécie de acerto de contas com o passado dele. Uma maneira de reparar um trauma da adolescência. A concretização da identidade que ele sempre quis ter, desde jovem, mas que na época acabou se acovardando.

O livro é muito bom, a trama é costurada de modo interessante, apenas não me impressionou como os outros livros do Galera que eu já havia lido.
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celof 21/06/2017

Bem legal
Foi o primeiro que li dele, e acho que vai a pena. A imprevisibilidade é o que mais gosto no autor.
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Biahhy 18/03/2017

o tipico livro não sei nada a respeito e me encantei
Comigo aconteceu exatamente isto, eu não sabia nada a respeito do livro, tinha ouvido apenas a Nina comentando sobre ele e nunca havia lido nada do Daniel Galera, o livro que peguei li a sinopse e falei pode ser legal, mas foi muito mais do que legal essa capa e o titulo e um pouquinho mesmo de tudo que existe nesta historia que simplesmente eu me encantei; com os personagens, com o próprio Hermano, a escrita do Daniel Galera me pegou de jeito que eu não queria parar de ler, e agora quero tipo ler tudo que ele já escreveu e recomendo muito esse livro!

site: https://aliteraturanasuavidablog.wordpress.com/2017/03/28/maos-de-cavalo-daniel-galera/
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@eleeoslivros 22/02/2017

Então...
... de verdade, eu gostei do livro. Apesar de acha-lo cansativo, no geral a história é bem bacana. Uma coisa que me fez dar essa nota para o livro foi a sensação de que o livro está inacabado, de que ainda falta história, porém, é uma leitura válida.
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Aldo Jr. 27/01/2017

Certeiro.
Baita livro!

Galera sem a firula cansativa de "Barba ensopada de sangue". Uma história que te transportará para a própria adolescência e com certeza te mostrará lembranças deliciosas.

A busca pelo próprio descobrimento é uma busca maravilhosa.
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Aline 03/08/2016

Ra-paaaaz…
… que livro!

Acho que o maior acerto desse livro é a dose: Não é sensacionalista ou exagerado, mas é humano. Não é prolixo, mas deixa claro uma série de sentimentos bem profundos. Não exagera no mistério, mas deixa-se conduzir pela curiosidade. Não é provinciano demais, tampouco cosmopolita. É extenso o suficiente. Trata-se de uma narrativa que intercala fatos da adolescência e da idade adulta do personagem principal. No início tudo parece um tanto desconexo, mas, ao final, é muito nítido como os fatos e traumas da adolescência culminam numa vida adulta um tanto frustrante e vazia. Tudo isso permeado pelo caráter tímido, comedido e observador do personagem principal. E, no fim, trata-se de uma linda e bem contada história.

Honestamente, não me lembro de um primeiro capítulo tão sedutor. A ideia bastante original do “ciclista urbano” nos introduz ao clima dinâmico do livro. A escrita me parece muito superior no início, mas, no decorrer de todo o livro, a essência do primeiro capítulo se mantém: a cada página temos a noção exata entre o tempo, a ação e o pensamento. O livro é assim: Nós estamos sempre seguindo as ações e raciocínios do Hermano. E, no fim, é tudo tão autêntico que eu acabei torcendo pelo personagem. Deu vontade de sentar do lado dele, dar uma batidinha nas costas e dizer: “Cara... vai ser feliz”.
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Kéu 22/06/2016

Leiam Daniel Galera!
Depois de adorar a escrita de Barba Ensopada de Sangue, decidi que PRECISAVA ler todos os livros deste autor. Gostei bastante de Até o Dia em que o Cão Morreu, e mais ainda de Mãos de Cavalo.

Já pela cena inicial carregada de detalhes, onde a corrida de bike é descrita com uma precisão absurda até a queda, a gente se sente energizado. E não dá pra se cansar, não dá pra largar.

Gostei muito dos dois arcos. A soturna crise do cirurgião plástico trintão, suas escapadas pessoais nas escaladas, suas frustrações, o casamento que esfriou, um personagem tão complexo quanto qualquer pessoa real. Mas o seu retrato de adolescente me cativou ainda mais! - o sentimento nostálgico dos anos 90 colaborou muito pra isso, e olha que eu nem era adolescente nessa época. Os apelidos, as aproximações, as separações, as referências. As festinhas de 15 anos com "Patience", o galão de 5 litros de vinho em volta da fogueira, a notícia irreal de um amigo próximo virar pai aos 16 anos.

A gente se enxerga em Hermano em várias cenas e pensamentos, e até quando discordamos não conseguimos julgar - no máximo sentir raiva de nós mesmos por nos identificarmos tanto.
Os outros personagens tem suas participações na dosagem correta, a gente gosta mais de uns do que de outros, conhece eles o suficiente pra que tudo faça "sentido". Aliás, a escrita toda de Galera é na dosagem correta, não é simplista ou rebuscada, é necessária.

Que livro denso.
Cara, muito obrigada por isso.
Aline 03/08/2016minha estante
Através da sua resenha concluí que nós tivemos a mesma impressão sobre o livro. Você até usou a mesma palavra que eu: "Dose". Rsrsrs.




Cheiro de Livro 05/05/2016

Mãos de Cavalo
O trabalho de Daniel Galera já se tornou figurinha fácil aqui no CdL. Culpa minha. Demorei muito tempo para começar a lê-lo, mesmo com a insistente recomendação de amigos, e agora estou correndo atrás do prejuízo. O romance lido dessa vez é o ótimo Mãos de Cavalo.

Um tema recorrente nos romances de Galera é o isolamento e a solidão, é assim com Anita (Cordilheira), com o protagonista sem nome de Barba Ensopada de Sangue e agora com Hemano. Em Mãos de Cavalo temos duas historias contadas paralelamente, a de um adolescente nos anos oitenta e a um medico nos dias de hoje, histórias que se unem e, mesmo o Galera dizendo que não se importa com spoiler do seu trabalho, não vou contar mais para não estragar a experiência. Ambos isolados, cada um de sua forma. Um na adolescência falando sobre seus amigos e a necessidade do exercício para se isolar, o outro que, inadvertidamente, acaba dirigindo por uma Porto Alegre acordando e repensando a vida.

Diferente dos outros livros, nesse existe a opção estilística de focar na descrição. A cena inicial do livro, a do ciclista urbano, é incrível você se sente descendo a ladeira a toda a velocidade, desviando dos obstáculos, sentindo o vento no rosto. A descrição detalhada das cenas dá um ritmo mais lento a narrativa mas que reforça o clima de isolamento dos personagens e, mais importante, funciona no romance.

Gosto bem mais da narrativa adolescente do que a da adulta. Os conflitos, as descobertas, as amizades, é tudo tão real. Amigos que se conhecem só por apelidos, quantos amigos dos tempos de infância só identifica só por apelidos que já nem mais fazem parte da vida dessas pessoas? Talvez tenha despertado em mim uma certa nostalgia desse período pré vida adulta. O medico em uma crise pós 30 anos não fala tão ao coração, mas não pense que é um parte chata ou sem importância, pelo contrario, é ótima, só me identifico menos com ela.

Mãos de Cavalo fala dos traumas que carregamos e como eles modificam nossa vida, falam de medos e como enfrenta-los e as consequências de não enfrenta-los. É um livro curto, menos de 200 páginas, e vale cada página. É mais uma razão para ser fã de Galera e sua escrita.

site: http://cheirodelivro.com/maos-de-cavalo/
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Maga 20/07/2015

Futuro clássico escolar
Mãos de Cavalo é o livro que colocou Daniel Galera como um dos principais autores da nova geração. Com razão. Nada melhor para um escritor jovem como Galera se destacar do que um "romance de formação".

Pois bem, Mãos de Cavalo conta a história do médico Hermano, em crise no casamento e na vida e atormentado por fatos que o marcaram na adolescência.

O fluxo da história me lembrou o de uma onda: vai num crescendo até atingir o pico, para no fim se arrebentar. Não que o final seja ruim, apenas não corresponde ao crescimento da trama. Já vejo esse livro ser adotado nas escolas no futuro (se é que já não foi)!
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Cassionei 23/02/2015

Um retrato da juventude dos anos 90
Daniel Galera aprontou uma comigo. Saí da leitura de seu mais recente romance me sentindo transportado para a primeira metade dos anos 90: vídeo-game, tênis M200 com “amortecedores piramidais”, a passagem das bicicletas de bicicross para as de mountain bike, as festinhas regadas a guaraná e com a “hora da música lenta”, em que “Patience”, do Guns and Roses, nunca podia faltar. Cabe lembrar a clássica definição de Julio Cortázar: o romance vence o leitor por pontos, enquanto o conto vence por nocaute.

Fui pouco a pouco sendo atingido, capítulo a capítulo e, quando conseguia me recuperar, lá vinha outro soco e também pontapés, aliás, como acontece literalmente com alguns personagens. Se até agora essa resenha te parece muito emotiva, caro leitor, não estás enganado. Quem ler o livro e tiver a mesma idade do autor, assim como eu, e for um pouco saudosista, também vai se emocionar ao se ver jovem, filmado por uma grua, como sugere a epígrafe do livro.

Mão de cavalo (Companhia das Letras, 192 páginas) se apresenta em 3 espaços temporais distintos, que aos poucos vão se juntando. Primeiro, o menino de 10 anos com sua Caloi Cross; depois, o “adulto” que planeja se aventurar numa escalada nos altiplanos bolivianos; e, por último, o adolescente que começa a conhecer os primeiros problemas da vida. Todos são (e não são) Hermano, o protagonista do romance.

A história inicia com uma das aventuras do Ciclista Urbano, andando em alta velocidade pelas ruas de Porto Alegre. A comparação com o cinema americano é inevitável, pois parece que as imagens do menino em sua bicicleta se sucedem enquanto passam os créditos iniciais de um filme. Até o tombo que ele leva, me desculpem o clichê, é cinematográfico!

Na parte adulta, por seu turno, vemos aquele menino agora dentro do seu carro, fazendo algumas reflexões sobre um passado cronologicamente não muito distante. Está casado, com uma filha, numa vida normal de acordo com os padrões da classe média. Pretende se encontrar com um amigo para fazerem alpinismo nos altiplanos bolivianos, porém a escalada que acaba fazendo é nos seus próprios pensamentos.

A terceira parte aborda sua adolescência, num momento importante, que vai definir sua personalidade. É a fase que ocupa a maior parte do livro e, como as outras, é narrada na terceira pessoa, porém na perspectiva de Hermano.

Mãos de cavalo talvez seja o primeiro romance de formação da chamada geração 00. Até agora só lemos textos fragmentados, que abordam partes da vida de personagens e que não prestam contas das idas e vindas de um indivíduo. Galera, paradoxalmente, inovou ao utilizar um gênero tradicional. A temática da violência, por seu turno, em que pese aparecer na obra de 9 em cada 10 escritores contemporâneos, também foi tratada de uma forma diferente.

Autor de Dentes guardados (2001) e Até o dia em que o cão morreu (2003), Daniel Galera é um dos grandes nomes da literatura atual. Como a maioria dos seus parceiros, começou escrevendo na Internet e depois, junto com outros escritores, fundou uma editora independente, a “Livros do Mal”, por onde publicou as duas primeiras obras. Desconhecido do grande público, Daniel Galera, agora em uma das maiores editoras do país, terá o reconhecimento que merece.

site: http://cassionei.blogspot.com.br/2008/12/gazeta-do-sul-caderno-mix-03-de.html#links
Thiago 04/03/2015minha estante
Cassionei, só falta convencer o Charlles Campos a ler o Galera sem preconceito.




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