Mãos de Cavalo

Mãos de Cavalo Daniel Galera




Resenhas - Mãos de Cavalo


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Nélson 19/12/2014

Um ótimo livro.
As agruras de um protagonista adulto são intercaladas com capítulos sobre a sua adolescência.

Um romance de formação no qual os traumas da juventude ainda perduram na vida adulta só que de maneiras distintas. O protagonista já adulto busca a fuga, o escapismo.

As cenas de violência retratadas por Galera são impactantes. Os personagens muito bem construídos. Além disso, há diversas referências à cultura pop.

Enfim, um ótimo livro.
Arsenio Meira 20/12/2014minha estante
Boa, Nélson! Evale lembrar a idade que o Galera tinha quando escreveu este romance. Era uma promessa que, confirmou-se, posteriormente, em realidade com "A Cordilheira" e "Barba Ensopada de Sangue". E, habilmente, a gente perceber que não adianta escapar. O único jeito é encarar de frente.
Abraços




Nanda Lima 10/12/2014

Mais uma dose da visceralidade do Galera
A escrita de Daniel Galera é sempre muito visceral, pontuada de “arquivos de memórias” de seus personagens e com uma carga emocional muito grande. Suas obras podem parecer enfadonhas (ou, em outras palavras, com pouca ação) para os leitores desatentos, mas é válido ressaltar que não se deve ler Galera à procura de ação. Não espere uma Literatura fácil, mastigada e pronta para ser engolida. O melhor está sob a superfície e, acredite, você vai precisar cavar.

Neste livro, como no resto de sua obra (à exceção do livro “Cordilheira”), o autor conta a história a partir do ponto de vista de seu protagonista masculino. Temos aqui, também, todos os elementos que permeiam “Baba ensopada de sangue”, que é considerada a melhor obra de Galera: a busca pela grandeza, a fome de provar sua coragem e bravura, a dificuldade em compreender e lidar com os sentimentos da mulher que ama e de fazê-la feliz e um repentino desejo por isolamento e busca por suas origens, como forma de redenção e autoconhecimento.
Na obra as cenas do protagonista já homem feito são entrecortadas por suas lembranças de quando era apenas um garoto. Lembranças essas que são de acontecimentos aparentemente triviais na vida de um adolescente, mas que ficariam indelevelmente marcados em sua memória e ajudariam a moldar sua personalidade.

Um livro cheio de diálogos rápidos e interessantes e que fazem as páginas passarem rapidamente sem que você se dê conta. O tipo de obra que faz você continuar pensando nela por um tempo e que te transforma, de alguma forma, em algum grau. Considerado por alguns críticos como um representante do que há de melhor no cenário da Literatura Contemporânea Brasileira, merece ser lido, discutido e refletido por todos. Recomendadíssimo!


site: http://www.umaleitoraassidua.blogspot.com.br/2014/12/resenha-maos-de-cavalo-daniel-galera.html
Mariana - @escreve.mariana 12/12/2014minha estante
ótima resenha! :DD


Nanda Lima 12/12/2014minha estante
Obrigada, Mariana.


J.A.F 20/02/2015minha estante
Vou ler!




ADRIAN 12/09/2014

Um pouco abaixo das expectativas
Tinha muitas expectativas em torno deste livro e confesso que as mesmas não foram totalmente correspondidas. O que não quer dizer que não seja um excelente romance. Daniel Galera mostra um domínio incrível da narrativa, sempre ágil e fluida. Narrado em terceira pessoa, o autor passeia pelas infância, adolescência e a fase adulta do personagem principal mostrando sua formação. Muito interessante. Alguns trechos são tão bem construídos que é possível se colocar na cena. Vale a leitura.
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Aninha 11/07/2013

Mãos de cavalo (D. Galera)
Resenha completa e fotos no blog (link abaixo)! :)

“O tema principal do livro é a identidade, a obsessão que temos por defini-la e a inutilidade geral desse esforço. Até que ponto é possível decidir como queremos ser e que imagem os outros terão de nós? Talvez definir isso racionalmente seja tão inviável quanto decidir se queremos ou não amar uma determinada pessoa.” (Fonte: Companhia das Letras)

Conheci “Mãos de Cavalo” através da estante do Filipe no Skoob. Não tive receio em pedir emprestado o livro e então, em uma noite calorosa de encontro de violões, ele chegou às minhas mãos. Tão fino, páginas amarelas, poucos diálogos e uma capa maravilhosa. À princípio pensei que fosse algo que remetesse à esses belos animais que tanto estimo, mas ao ler a sinopse vi que talvez não. Quando li, vi que não tinha simplesmente nada a ver. Mãos de Cavalo é só o apelido de infância do protagonista, que o recebe por ter braços e pernas compridos demais (nunca pensei em chamar alguém assim.. “ô, mãos, cola aí!”).

Daniel Galera me surpreendeu. Primeiro com seus capítulos curtos e densos, que, ao mesmo tempo, eram compostos de um único parágrafo e continham uma leitura incrivelmente leve e dinâmica. Achei isso uma façanha para poucos autores e baseada nisso segui o livro me envolvendo cada vez mais no interior do personagem. No site da Companhia das Letras encontrei trechos de uma entrevista com o autor, onde ele discorre sobre o livro dizendo que este apresenta “uma síntese de diversas histórias que guardei na cabeça durante anos, mas que vieram se transformando e atualizando ao longo do tempo. Algumas cenas e personagens têm origem em coisas que imaginava desde os dez ou doze anos de idade, muito antes de sonhar em escrever”. (Fonte: Companhia das Letras).

Hermano é retratado em três fases da vida: através de um garoto de dez anos que desafia as leis maternas de segurança e se lança em aventuras heroicas com sua bicicleta à uma velocidade que pede por um tombo digno; através de um adolescente calado, que não bebe, não fuma e nem sequer se importa com as meninas que desejam seu corpo esculpido pelas horas de exercício diário; e, por fim, através de um exímio cirurgião plástico que enfrenta problemas no seu casamento e na sua vida, com o extremo tédio que aponta em vidas infelizes, como a dele.

A quarta capa do livro diz tratar-se de uma “trama delicada sobre perda e culpa na formação de uma identidade”, não concordo plenamente. Sim, ele passa por eventos traumáticos que mudam sua vida rumo à uma introspecção ainda maior (ele já era uma pessoa quieta), deixando as marcas do passado se transformarem em feridas de culpa que não cicatrizam com o passar do tempo e, pior, criam outras. E são estas feridas as responsáveis por sua fuga constante de uma rotina opressora à uma mente agitada por fantasmas do passado. Mas não acho que o livro trate apenas de culpa, acho que o livro vai muito além.

Sou também uma pessoa saudosista, já perdi dias revivendo momentos do passado que não mais voltarão. E essa narrativa trata-se da mesma coisa. Através das suas visões do passado Hermano consegue não só compreender o presente mas entender qual deverá ser seu próximo passo para que sua vida mude. Aí sim concordo com a sinopse, pois acredito que ele busque “no futuro, conviver com uma memória em que se confundem heroísmo e covardia” – covardia deixa-se para o passado, heroísmo para o passado recente que ele cria nas ações do presente.

Eu me identifiquei com Hermano, já conheci pessoas com características parecidas. Então considerei a leitura um prazer que afagou lá dentro, me fez pensar em minha infância e adolescência não só com saudade, mas com prazer. Com ela aprendi, mais uma vez, o lugar certo para minha nostalgia, aprendi mais uma vez que passado não volta, não se refaz e nem te abandona; aprendi mais uma vez que presente, passado e futuro são a mesma coisa, carregamos os dias que passam na mochila das costas, basta lembrarmos de organizar essa bagagem todo dia de tal modo que ela fique leve como uma bolsa simples e pequena.

Espero que vocês leiam e também gostem. :)

site: http://journaldesorrisos.wordpress.com/2013/05/08/maos-de-cavalo-d-galera/
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Leonel Cupertino 15/03/2013

Excelente
Livros contemporâneos não são muito a minha cara, mas eu preciso admitir que fiquei extremamente contente em poder ter tido a oportunidade de ler essa obra para o vestibular da Universidade Federal de Goiás (UFG) alguns anos atrás.
Certamente, se tal universidade não a tivesse exigido, eu não teria a grata surpresa de ter conhecido a história de um protagonista nerd e sem coragem, açoitado por um vilão pueril e cercado por uma juventude sonhadora. Realmente foi um livro que me fez muito bem. Recomendo cem por cento.
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Alexandre Kovacs / Mundo de K 11/12/2012

Daniel Galera - Mãos de Cavalo
Editora Companhia das Letras - 192 páginas - Lançamento 11/04/2006.

Foi com bastante atraso que tive o prazer de ler este festejado romance de Daniel Galera que impressiona pela segurança na narrativa e respeito aos detalhes, seja na pele de um menino de dez anos que descreve manobras arrojadas como o "Ciclista Urbano" ou como um escalador das vias mais difíceis e perigosas do país, Galera intercala capítulos que constituem fragmentos da história de um mesmo protagonista desde sua infância até a idade adulta.

Hermano é um cirurgião plástico, frustrado em sua profissão e também no casamento, um longo caminho o separa da infância e adolescência na Porto Alegre dos anos noventa, mas ele nunca conseguiu esquecer alguns eventos que marcaram sua personalidade para sempre. Então, enquanto dirige para encontrar o parceiro de uma arriscada escalada na Cordilheira dos Andes, pico de Cerro Bonete, região mais elevada do Altiplano Boliviano, está prestes a tomar uma decisão radical e, de certa forma, acertar contas com o próprio passado.

O fato é que este romance de formação de Daniel Galera é muito bem escrito e de longe um dos melhores trabalhos da nova geração de autores em língua portuguesa, justificando plenamente o status atingido pelo autor na literatura brasileira atual. Já estava bastante ansioso para conhecer o seu mais novo livro: "Barba ensopada de sangue", principalmente depois da prévia publicada na edição da Granta dos melhores jovens escritores brasileiros e agora acho que esta ansiedade aumentou ainda mais depois desta leitura.
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De Abreu 13/09/2011

Muito a calhar.
Li esse livro em uma fase da vida da qual a leitura foi muito bem vinda.
Até dei o livro de presente ao meu melhor amigo em seu aniversario. Para que ele não esqueça dos tempos de grupinhos, videogames e vadiagens nas tardes em que ninguém sabia o que queria fazer na vida adulta...
Fato que aos trinta o homem volta mais do que de costume ao próprio passado,estou passando por isso.
Um belo livro.
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Robson Souza 31/08/2011

Excelente leitura!
Há algum tempo eu estava protelando a leitura deste livro. Já tinha lido diversos elogios a ele, mas toda vez que olhava a capa, algo me desanimava. Eu e minha mania por capas chamativas... De todo modo, resolvi cair matando na obra, e não me arrependi: muito bom!
Esse não é o tipo de livro que conquista o leitor já de cara. O autor não facilita essa entrada em seu universo. Mas depois do terceiro capítulo, é difícil não se envolver na história.
A trama principal acontece em pouco mais de duas horas. Nela, Hermano, cirurgião plástico com 30 anos de idade, sai de casa para buscar seu melhor amigo e partirem para uma expedição na Bolívia, para escalar uma montanha inóspita. No caminho, ele recorda de duas épocas da sua vida: com dez anos, correndo de bicicleta pelas ruas do bairro onde morava; e com quinze, vivendo experiências que vão marcá-lo para sempre. Boa parte da narrativa é no passado. O personagem principal se lembra de quando conheceu a esposa, quando sua filha nasceu, os preparativos para a expedição, e principalmente de quinze anos antes: suas amizades, iniciação sexual, atos de coragem e covardia.
O modo como a história se desenvolve é muito interessante e, mesmo com parágrafos muito longos, prende bastante o leitor. Só achei que num mergulho tão intenso e profundo na personalidade de alguém, seria melhor a narrativa em primeira pessoa.
Daniel Galera é um dos talentos da nova geração da literatura brasileira, que por sinal, não é tão novo assim. Ele já lançou quatro livros, o seu segundo, "Até O Dia Em Que O Cão Morreu" virou o filme "Cão Sem Dono", de Beto Brant; e o quarto, "Cordilheira", recebeu vários prêmios. "Mãos de Cavalo" é seu terceiro livro lançado. Vale conferir, ele escreve muito bem!

Mais em robsonbatt.blogspot.com
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Vitor 07/03/2011

Grande final
Valeu a pena a insistência. Um livro que, depois de um primeiro capítulo muito bom, cai muito de qualidade, mas cresce de maneira incrível no final. Não por acaso o autor é um dos queridinhos da nova geração de escritores...
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rah 13/12/2010

muito bom
li sem nenhuma expectativa, apenas porque fazia parte da leitura obrigatória de um vestibular que ia prestar. me impressionei. a leitura flui, a história é interessante. pena que acaba rápido.
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Carol 07/12/2009

Esse romance poderia muito bem se passar por tímido e bem-comportado caso o autor não tivesse acrescentado à sua narrativa, tão circular, de linguagem simples, quase conservadora, uma história tão bem contada.
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Bruno 15/10/2009

os anos 90 se olham no espelho
Apesar de ser um romance sucinto, 'Mãos de Cavalo' consegue captar a essência da geração que viveu sua adolescência nos anos 90 - com saudosas referências à cultura pop da década - ao mesmo tempo em que se aprofunda, de forma incomum na literatura brasileira, na tarefa de revelar o perfil psicológico de seu personagem-título. Daniel Galera constrói ainda uma narrativa envolvente, na qual deixa pistas de sua visão crítica acerca de vários elementos da Porto Alegre do século XXI e, por indução, da classe média urbana brasileira nos dias de hoje. Enfim, pode até ser que eu tenha gostado tanto do livro por uma eventual identificação com observações do autor e com o personagem-título, mas acho que assim como a literatura pode significar desbravar o desconhecido, nada impede que ela também nos possibilite reconhecer um pouco de nós mesmos em outros personagens, com a vantagem de podermos fazer esse reconhecimento sob um ponto de vista alheio.
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LJ 20/07/2009

Daniel Galera conta a história do personagem principal com impressionante riqueza e profundidade psicológica, em alguns momentos até soando toques auto-biográficos.
As idas e vindas da narrativa vão constituindo aos poucos uma trama complexa da existência e das máscaras do personagem Hermano e seus questionamentos sobre si mesmo. Ao mesmo tempo, a leitura é flúida e agradável.
O jóvem autor paulistano/gaúcho tem mostrado grande profundidade em suas narrativas. Ficamos no aguardo dos próximos.
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claudioschamis 05/02/2009

Decepção !
O que dizer de Mãos de Cavalo de Daniel Galera? Não vou "pra galera", muito menos de cavalo. Simplesmente não vou. Um livro que quando li a sinopse achei que fosse ser uma leitura construtiva de alguma forma, pois tratava da vida de um homem em três fases de sua vida, onde falava sobre perdas, culpa e a formação de sua indentidade. Não consegui receber essa mensagem do autor. Nem sei com cheguei até a última página, pois pensei em desistir da leitura em alguns momentos. Os capítulos se intercalam. Ora é o garoto, ora é o adolescente e ora é o homem já formado, casado. A mensagem talvez seja muito subjetiva, muito sutil, mas com certeza não surtiu o efeito encanto que muitos outros livros conseguem. Não vou dizer aqui que o livro é para se passar batido, mas também não é livro para que se sair correndo para comprar para começar ontem a ler. Muita calma nessa hora. Uma pena, pois pensei que seria um livraço.
Bruno 15/10/2009minha estante
Acho q a função da literatura - e de qualquer arte - não é passar uma "mensagem", a menos que se trate de literatura de auto-ajuda... Transmitir mensagem é função de gurus, publicitários, políticos, e não de quem faz literatura. Aliás, acredito que uma obra de arte, salvo raríssimas exceções, perde em qualidade e em intensidade justamente quando procura passar uma mensagem.


Pablo 09/11/2011minha estante
Concordo em partes com o Bruno e discordo de você, Cláudio. O livro passa sim, uma mensagem muito forte. O tempo que passa mais rápido do que gostaríamos, a infância nos anos 90 (apesar de que isso não se aplica a todos, claro), a dificuldade em largar coisas simples que constroem nossas memórias, os vários "sabores" de amizade, mostrados em cada um personagens, a decepção de crescer e perceber que você não é quem gostaria de ter sido e saber que não há muito o que se fazer a respeito... isso é só o que me veio à cabeça agora. Sinceramente, eu não consigo ver como alguém que já foi criança, adolescente e agora é adulto não consegue ver pelo menos uma "mensagem" por trás dessa história. Na verdade, eu sinto exatamente o contrário: esse livro é mais "mensagem" do que qualquer outra coisa. Concordo com o Bruno quanto a um livro não ter necessariamente essa necessidade. Ora... se uma narrativa, uma sequência de eventos é interessante por si só, "mensagem" é apenas um adicional. E nesse ponto discordo do Bruno porque não acredito que esse adicional estrague um livro, muito pelo contrário (mesmo não sendo um fã de literatura de auto-ajuda).

Mais uma coisa: se você diz que o livro não é de se passar batido, uma nota abaixo da média não é contraditório?




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