Alexandre 25/01/2022
Ótima forma de refletir sobre a impermanência
Há muito tempo, obituários da Folha de S. Paulo já vinham chamando a minha atenção. Bastante tempo depois, quando vi esse livro numa estante de livraria, não resisti.
A excelente introdução de Leão Serva dá uma boa ideia do livro. Desde pessoas que fizeram algo extraordinário àquelas que viveram uma vida mais comedida, sem grandes façanhas - todas elas têm algo a nos ensinar e a nos fazer pensar como somos efêmeros e como deixar uma boa marca no curto período em que passamos por este mundo.
Em várias histórias, consegui me colocar no lugar de familiares e amigos que perderam o convívio com esses personagens tão especiais e acabei a curta leitura de cerca de 1000 caracteres com um nó da garganta.
Quanta gente boa eu gostaria de ter tido a oportunidade de conhecer. Por isso, acho esses obituários uma linda homenagem, desde que caiam nas mãos de pessoas certas, com sensibilidade, ética, tempo e disposição para fazer jus ao que foram as vidas que acabaram de se encerrar.
Os que viveram a vida com generosidade e coragem são os que mais me encantaram. O idealismo sempre faz tudo valer a pena. É essa a grande lição que eu tiro deste livro singelo e ao mesmo tempo profundo.
Uma dica: não ter pressa para ler essa obra. Vale a pena ler umas dez histórias por dia e dar-se um tempo para "digerir" e refletir o que elas trazem de ensinamento. Ler muitas em sequência, como quem ter terminar um romance, não faz muito sentido e acaba embotando e diluindo o brilho de cada história.
Leitura recomendadíssima. E viva a vida!