Lucas 29/08/2018
Que livro!
Nesse livro, Keller, apresenta os diversos encontros que Jesus teve com diferentes pessoas. O autor além de narrar o que acontece, mostra o quão enfático Jesus é ao se apresentar como sendo a solução para os maiores problemas que as pessoas realmente tem, sendo o maior deles o pecado. Além disso, Tim Keller explora os pontos principais das conversas de Jesus com por exemplo, Natanael, Maria Madalena, Nicodemos, a mulher Samaritana e até mesmo o Diabo. O leitor poderá julgar tais encontros como sendo irrelevantes devido ao fato de vivermos 2000 anos depois. Contudo, Keller é preciso em mostrar que temos os mesmos problemas que tais pessoas tinham, pois como diz Salomão: "Não há nada novo embaixo do Sol (Ec 1.9)". Por fim, um dos capítulos que mais me chamou a atenção foi do encontro com o Diabo e como ele [o diabo] relativiza as coisas, querendo nos afirmar que o mal não é real e que é mero fruto da cultura. Segue um trecho: "O pensamento contemporâneo mais secular é relativista. O que parece ruim a partir de determinada perspectiva cultural, dizem, desaparece quando contemplado por outro ângulo. O terrorista de um homem é o lutador pela liberdade de outro. Portanto, o mal está todo no olho de quem vê. Olhando-o de modo diferente, ele desaparece. É uma ilusão. No livro The death of Satan: how Americans have lost the sense of evil, Delbanco cita o romance The silence of the lambs [O silêncio dos inocentes], de Thomas Harris, no qual o assassino monstruoso Hannibal Lecter conversa com a policial Starling e descreve as coisas ruins que fez. Ela então o encara e diz: ?O que lhe aconteceu para que você fosse capaz desse tipo de coisa? Quem lhe fez algo para que você se tornasse tão mau??. Hannibal olha para ela e responde: Nada me aconteceu, policial Starling. Eu aconteci. Você não pode me reduzir a um conjunto de influências. Você trocou o bem e o mal pelo behaviorismo, policial Starling. Vestiu em todo o mundo o traje da dignidade moral: nada nunca é culpa de ninguém. Olhe para mim, policial Starling. Tem coragem de dizer que sou mau?"