Lucas.Rocha 16/01/2023
Ride The Lightning começa em mi...
King consegue unir drama e horror com maestria, ele é um dos poucos autores que consegue realizar este feito de forma clara, trazendo peso dramático ao enredo e o deixando horripilante. Isso porque ele explora sua narrativa de maneira não muito rápida, mas gradativa, e aqui em Revival, o autor é muito competente.
Bem, essa história, como outras dele, pode de início se caracterizar mais um clichê comercial, e em certa maneira é. O que diferencia ela de um verdadeiro clichê comercial, é as influências de autores em que king usou e abusou na sua trama. Há influência clara no texto, influências de H. P. Lovecraft e Mary shelley, pelo menos as que notei.
As influências de H. P. Lovecraft que notei na história remetem ao"Necronomicon'' livro fictício criado pelo mestre do horror cósmico, também percebi influencias claras de histórias e contos como ''The Call of Cthulhu'' e claramente ''Herbert West–Reanimator''. De Mary shelley a clara influência não poderia deixar de ser a do ''Prometeu Moderno'' ou ''Frankenstein''.
Deixando as influências de lado, a história prossegue eletrizante e em alguns momentos até chocante, o leitor até parece que é muitas vezes acertado por um raio, visto que a história é eletrizante, ou como uma boa pregação reavivante, que arrasta multidões para a cura e você só que ouvir a pregação calorosa do pastor. É como se formigas gigantes tivessem prestes atacar o mundo, e a única coisa que você quer é terminar a história, porque ela prende o leitor, tal como a heroína prende um viciado, tal como um solo de guitarra bem executado fascina um amante do bom e velho rock-roll.
Portanto, Revival, é sobre o drama da vida, como uma pessoa pode mudar nossas vidas para sempre. Como nossa família pode alterar quem somos, e como a fé e realidade estão interligadas. Como a vida é o bem mais precioso, com suas barreiras e limitações, mistérios que para o homem é incompreensível, e muitas vezes é melhor não se colocar no lugar de Deus.