Dias Raros

Dias Raros João Anzanello Carrascoza




Resenhas - Dias Raros


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Guilherme.Eisfeld 07/12/2022

Belo livro de contos
A sensibilidade neste livro é algo tremenda. Algumas construções geniais como a conexão pulsante entre mãe e filho no Umbilical. Agradáveis de ler e para estudar como bons contos são construídos.
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Stella F.. 27/05/2022

Belo!
Adorei mais essa experiência desse audiobook com lindos textos de Carrascoza.

O primeiro texto foi narrado pelo autor e os demais pelo grupo Teatro da Travessia, em forma de jogral ou de um jogo onde as vozes se intercalavam.

No primeiro texto "Rosa do Deserto" tive uma certa dificuldade na escuta, porque o autor leu o texto de maneira acelerada, e percebi que é o texto mais denso do livro. Mas fala da imaginação que se dá quando um homem vai a um bar e vê uma mulher com características árabes e fica especulando com ele mesmo qual seria sua relação com ela e descreve tudo que poderia acontecer.

Os outros textos vão falar muito da infância, do tempo, de apreciar a paisagem e das expectativas de conhecer novas coisas, novas cidades e novas emoções.]

Em "Posterior" reflete-se sobre a pressa de chegar à praia. Uma família chega rápido e fica esperando a outra que resolve aproveitar a estrada para admirar tudo que está em volta.

Em Balança vemos um filho que acompanha o pai caminhoneiro pela primeira vez, e está tão feliz mas a felicidade se esvai quando chegam na balança de pesagem da estrada.

Em Umbilical vemos a relação de uma mãe e seu filho já adulto, e como se conhecem pelos movimentos, sem precisar de palavras.

Em Dor Futura, um marido doente, que não contou a mulher e fica se questionando e não aproveita uma viagem que estão fazendo, mas resolve, depois de ver a alegria da esposa e filho, que deve aproveitá-la e deixar para sofrer depois.

Em Janelas dois irmãos adultos, uma mulher e um homem, que se visitam pouco, mas se conhecem somente pelos gestos, e ele como um detetive vai tentando descobrir o que ela está escondendo, e volta e meia falam de coisas corriqueiras, cotidianas para fugir da realidade.

Em Dias Raros vemos uma criança que vai para a casa da avó paterna, contra a sua vontade, mas depois de um tempo mal-humorado, descobre que está gostando de conhecer o lugar, suas árvores frutíferas, sua avó com comidas deliciosas, gostando de cavar a terra, de jogar, enfim, aprendendo experiências diferentes e não querendo mais ir embora. Lindo! "Já não era só menino respostas mas também menino perguntas."

Em Chamada vemos uma criança que sofre com uma mãe doente em casa e fica sempre se sentindo culpada de querer ir para a escola e ser feliz até que é chamada pela direção.

Em Além dos Trilhos, um menino fica olhando os trilhos do lado de cá da cidade e é doido para ir para o lado de lá. O pai o convida e vemos ele ansioso até o dia do passeio. Fica maravilhado! "Aquele tudo que ele sentia não era nada, só a vida e uma rara fração de alegria."

Em Cidade-Mundo um menino vai pela primeira vez a cidade grande para visitar tios e prima. E fica estarrecido com o tamanho de tudo, porque morava em uma aldeia. Mas ao chegar na casa dos tios, em uma quase aldeia dentro daquela cidade enorme, se sentiu feliz, principalmente em conhecer a prima, "A prima tão mais surpreendente a cidade nela, o menino a abrir suas ruazinhas e avenidas para ela."

Recomendo!

A maneira de escrever do autor é sensível e bonita.
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