bssbrubs 06/03/2016
Assassin's Creed mas não é Assassin's Creed
Primeiramente deixarei claro que esse será o último livro da série que li, os motivos serão explicitados abaixo.
Falar de Assassin’s Creed sem lembrar de Ezio, Altair e Edward é complicado, foram de longe os personagens mais carismáticos, isso porque em Unity os dois personagens principais são ótimos, mas pouco explorados. O foco aqui é o Submundo, mas existem diversas conexões desse livro com o Renegado e Bandeira Negra, por se passar em Londres, e é claro, vem na mente o Edward Kenway, assim como Haytham.
Outro ponto é que não indico esse livro para quem não leu os outros da série.
Superficial
Se em Unity tivemos uma boa descrição dos problemas sociais, aqui em Submundo já existe falta disso, é deixado da lado, e tratado de maneira superficial, mostra uma pequena descrição dos cortiços, e da situação das pessoas. Também temos a descrição das condições de higiene e dos moradores de rua, como o próprio personagem principal, um indiano chamado Jayadeep ou O Fantasma como é popularmente conhecido.
Narrativa diferente
Bem, a maioria das pessoas deduz que os três primeiros livros de Assassin's Creed são meras cópias dos jogos, mas isso foi mudando, tendo seu ápice no Bandeira Negra, com uma narração um pouco diferente. Porém em Submundo isso torna-se um problema, a narrativa é massante e nada objetiva, com muitas descrições desnecessárias, e citações de diversos nomes inúteis para história. A impressão que fica é que o autor Oliver Bowden se cansou e apenas pensou "Cara, só escreve, da um jeito de fazer volume ai", nada perto do que foi o Unity ou Bandeira Negra.
Personagens
Nunca pensei que em algum livro de Assassin’s Creed acharia o personagem principal chato, mas esse conseguiu. O livro é dividido em três partes, onde nas duas primeiras, o personagem principal é O Fantasma, um Assassino que não assassina. Isso mesmo, ele não tem a principal habilidade do Credo, assassinar. Aqui entra um bom ponto do livro, mas massante, é mostrada como funcionam as punições no Credo, e os problemas que os filhos de Assassinos enfrentam. Durante a terceira parte do livro, o quesito personagens melhora, com a aparição de Evie e Jacob, os filhos de Ethan Frye, o mentor de O Fantasma. Evie e Jacob são gêmeos com a verdadeira essência dos Assassinos, os dois juntos lembram as aventuras de Ezio em Revelações.
Conclusão
Esse é de longe o livro mais cansativo de Assassin’s Creed, não indico para iniciantes na série, nem mesmo indico a você que parou no final da saga Ezio e está pensando em voltar. E enfim, pessoalmente acho que está na hora dos livros pararem por um tempo ou começar a desenvolver história sem ser baseado dos jogos, mas no universo da série. Veja como World of Warcraft, os livros tem autores diferentes, isso permite que não fique enjoativa a narrativa da história.
site: http://pomardelimao.blogspot.com.br/2016/03/resenha-3-assassins-creed-submundo.html?m=1