Fernanda631 31/07/2023
Assassin's Creed: Submundo
Assassin's Creed: Submundo (Assassin's Creed #8) foi escrito por Anton Gill com pseudônimo de Oliver Bowden.
Assassin’s Creed - Submundo, o oitavo livro baseado na franquia do game homônimo.
A história nos transporta para o ano de 1862, em Londres no auge da Revolução Industrial. Um corpo é descoberto nas construções da primeira ferrovia subterrânea já criada.
Fábricas, locomotivas, invenções permeiam esse novo cenário. Assim como pobreza, opressão, injustiça e uma verdadeira guerra entre Assassinos e Templários.
O embate ideológico entre as duas Ordens foi mais uma vez vastamente explorado por Bowden, e mais uma vez surge a briga pelos Pedaços do Éden, artefatos segundo se acredita pertenceram a um civilização anterior a humana e têm poderes inimagináveis.
Contudo, o cadáver misterioso e desconhecido não é capaz de refrear a construção. O sumiço do corpo incógnito durante seu transporte ao necrotério se torna o centro dessa narrativa envolvendo os Assassinos e Templários.
Ethan Frye, Assassino deveras talentoso desconfia dos motivos de um membro da Ordem dos Templários comandar uma escavação para uma linha ferroviária subterrânea. Esclarecido quanto ao domínio dos Templários em Londres, planeja uma missão secreta com um Iniciado que apresenta características bastante distintas.
Um jovem indiano, extremamente talentoso, mas com uma fraqueza que o afeta terrivelmente.
Conhecido como O Fantasma, o jovem enfrentará perigos jamais pensados e sua jornada será extremamente árdua. Ele é agora um espião.
Anos mais tarde será conhecido como Henry Green, aquele mesmo Assassino que recebeu os gêmeos Jacob e Evie Frye em Londres, no jogo Assassin's Creed Syndicate.
Filhos de Ethan, os gêmeos são citados ainda jovens e na terceira parte do livro, que corresponde aos acontecimentos do jogo, serão os responsáveis pela luta por libertar Londres do controle opressor exercido pelos Templários.
O relacionamento entre os irmãos, tão diferentes um do outro, é um ponto alto do livro, os torna carismáticos e interessantes. A vontade de dar continuidade aos planos de seu pai, nos faz apreciar ainda mais os jovens Assassinos.
A leitura mais dinâmica de toda série, com respeito ao cenário histórico, porém mais voltado ao embate entre as Ordens e a situação geral de Londres, principalmente o contraste entre a vida das altas com as mais baixas classes sociais. Outro fator interessante, é que o livro nos traz também acontecimentos anteriores ao jogo, o que complementa e explica muitas situações nele vivenciadas.
Analisando somente por Submundo, o resultado é mais agradável.
A leitura flui num ritmo bom, mesmo com a alternância dos points of view entre os personagens principais (outro ponto a ressaltar). A estruturação do romance sabe conduzir com eficiência o leitor pelos caminhos que segue, e isso é importante, principalmente com a alternância de perspectivas. Entretanto, nem tudo são flores.
Na terceira parte, o romance exige certo aprofundamento sobre a trama de outros jogos ou livros.
Quando notei que havia points of views eu fiquei com o pé atrás, afinal, é trabalhoso, e em caso de não ser bem trabalhado, torna qualquer leitura excruciante. O que não acontece aqui, pois Bowden conduz bem os personagens — e a história através das perspectivas deles. E conhecer mais personagens do universo da série me agradou bastante.
Submundo acabou sendo uma leitura agradável, sem muitas surpresas, mas longe de ser um fiasco total. Consegue manter a atenção de novatos, mas certamente funciona melhor ainda para os fãs de Assassin’s Creed.