Naquele Dia

Naquele Dia Dennis Lehane




Resenhas - Naquele Dia


8 encontrados | exibindo 1 a 8


Marion 30/07/2023

História dos EUA
O livro é muito bem escrito, muitas vezes eu me perguntei se aconteceu ou se era ficção . Bom relato da história dos EUA .
comentários(0)comente



Anna 01/03/2022

Romance histórico
Calhamaço de 700 páginas sobre eventos aleatórios pós 1º guerra mundial, em uma cidade que nem sei marcar no mapa. Qual a chance disso ser bom? Muuuita!

"Naquele dia" conta um pedaço da história americana, onde muita coisa aconteceu (inundação de melaço !?!). Como guia temos Babe Ruth, personagem real do beisebol, que vai "aparecendo" em momentos chaves da história. Gostei muito dessa forma de narrativa, pois trás o panorama geral pelos olhos de alguém "de outra classe social".

Fora isso, temos o Danny, policial, também grevista, filho, pugilista, amante, e seu contraponto, o Luther, negro, perseguido, empregado, marido, cara que você odeia, depois adora. Através do ponto de vista desses dois vai sendo construído o cenário que levou a tal greve citada no resumo do livro.

Tudo o que leva até lá é bem mais interessante que o fato em si. Lá pela página 600 tava achando cansativo, porque ficavam aparecendo novos personagens, contando histórias irrelevantes (fofocas) e eu só queria saber dos dois, o que tá acontecendo... Sim, tem personagens secundários incríveis (Nora, Lila, Yvette, Thomas, Tessa, o próprio Babe Ruth), mas chega um momento que você não quer mais nenhum (mas o autor tira mais um da cartola....).

Bom livro, mas não me convenceu a ler o 2º. Mas as horas passadas com ele valeram a pena! Aula de história e de cenário político!
comentários(0)comente



Euflauzino 16/04/2018

A construção de uma potência

Faço a constatação de que mesmo passado um tempo de minha leitura continuo em estado de choque com este livro e me pergunto: sob que alicerces se assenta um país? Irmandade, morte, racismo, favorecimento, xenofobia.

Na atualidade, Dennis Lehane é a própria representação do gênero policial. Quem discorda leia algo dele ou assista a um filme baseado em sua obra e chegará facilmente a essa conclusão.

Como leitor, acredito que é na construção dos diálogos que conhecemos o valor de um escritor. Em Naquele dia (Companhia das Letras, 696 páginas) os diálogos são rascantes, irônicos, reais, dando agilidade ao primoroso texto. De qualquer forma eu já conhecia esta qualidade de Lehane, o que eu não sabia é de seus dotes de historiador, o poder de retratar fidedignamente uma época, no caso os anos 20. Isso é pra poucos.

O fim da Primeira Grande Guerra é um marco na construção dos Estados Unidos. Enquanto as grandes nações da Europa encontravam-se enfraquecidas coube aos EUA fornecerem a elas empréstimos e materiais industrializados elevando seu PIB e sinalizando o que viria a ser o pensamento reinante da maior potência mundial.

Mas nem só de rosas vivia o cidadão deste país naquela época. Vários soldados voltavam da guerra e não encontravam emprego, o racismo estava no auge e a luta dos negros pelos direitos civis ganhava contornos ainda embrionários, imperava a Lei Seca e Hoover iniciava a caça às bruxas, imigrantes anarquistas e comunistas subvertiam a ordem, sindicatos conclamavam greves e para coroar o que já não estava muito bom a gripe espanhola chegava e dilacerava com seus dentes ávidos quem encontrasse pela frente.

É neste cenário explosivo que Lehane edifica seu romance – uma Boston do início do século XX, com irlandeses estabelecidos, italianos marginalizados e negros humildes e revoltados – interpondo realidade e ficção, apoiado em vasta pesquisa histórica.

“Seis anos atrás, fizera-se a primeira greve na Grande Liga de Beisebol. O Detroit Tigers recusou-se a jogar até que Ban Johnson revogasse a suspensão de Ty Cobb, por ter batido num torcedor que estava na arquibancada. O torcedor era um inválido, tinha cotos em lugar de braços, não tinha mãos para se defender, mas Cobb o agrediu, mesmo depois de ele estar caído no chão, metendo-lhe as chuteiras no rosto e nas costelas. Ainda assim os companheiros de Cobb tomaram partido dele e fizeram greve em apoio a um sujeito de quem ninguém gostava. Diabo, todo mundo odiava Cobb, mas a questão não era essa. A questão era que o torcedor chamara Cobb de “meio crioulo”, e não havia nada pior para chamar um branco, salvo talvez “chegado num crioulo” ou simplesmente “crioulo”.”

O policial Danny Coughlin, descendente de irlandeses, é filho de um capitão da polícia. Seguindo os passos do pai sonha galgar rapidamente os degraus da instituição. É apanhado, triturado e arremessado no epicentro da luta contra organizações anarquistas. Forçado a infiltrar-se em suas linhas para delatar “os cabeças” do movimento acaba por alterar sua visão a respeito do proletariado. Isso e seu amor pela criada que trabalha em sua casa acabará por levá-lo a romper com seus familiares e suas convicções.

“... Danny escapara do bombardeio da Salutation Street e perdera a única mulher que amara na vida, Nora O’Shea, uma irlandesa que trabalhava como criada para seus pais. O caso parecia fadado ao fracasso desde o princípio, e fora Danny quem tomara a iniciativa de romper. Mas, desde que ela saiu de sua vida, ele não conseguia achar uma boa razão para continuar a viver. Agora, por pouco não matara Johnny Green no ringue do Mechanics Hall. Tudo isso no curto espaço de vinte e um meses. Tempo suficiente para levar um homem a se perguntar se Deus lhe guardava algum rancor.”

Seu senso de justiça e sua força de caráter acabarão por alçá-lo à condição de representante de uma organização de policiais que lutam por uma vida mais digna, opondo-se às forças de uma lei que não os ampara.

site: Leia mais em: http://www.lerparadivertir.com/2018/04/naquele-dia-dennis-lehane.html
comentários(0)comente



Renato 21/07/2013

Muito bom!
O livro é muito bom. Apresenta o cenário politico e social americano após a primeira guerra. O custo de vida absurdamente alto e a classe trabalhadora sendo esmagada. Protestos e caos nas ruas. Povo sofrendo e reagindo, governos sendo abalados. Momento parecido, não igual, ao que vivemos hoje em nosso Brasil, onde o custo de vida sobe absurdamente e tentamos sobreviver e continuar respirando.
Adoro o trabalho do Lehane e admiro-o mais agora, por ter arriscado algo bem diferente de tudo o que havia feito até agora.
Recomendo!
comentários(0)comente



Felipe 28/08/2012

Primeira experiencia com o autor Dennis Lehane
Dennis Lehanne ficou famoso a partir da adptação de seu livro "Sobre meninos e lobos" para o cinema, a partir daí sempre quis ler um livro do autor.

Então eu soube da existencia de "Naquele dia" que iria ser adaptado também aos cinemas,, mas não vingou, então aproveitei essa oportunidade de adquiri-lo, por um preço bem salgado.

Mas não vamos entrar em detalhes, falando do livro; ele conta a história de Danny Coughlin, descendente de irlandeses, é filho de um capitão de polícia e seguiu os passos do pai.Por outro lado temos Luther Laurence, o jovem negro cuja vida aos poucos se ligará à de Danny, chega a Boston por um mero acaso. Demitido para dar espaço à mão de obra que virá da Europa com o fim da guerra, e fugindo da polícia por um crime cometido em outro estado, Luther tentará passar despercebido em meio aos inúmeros conflitos sociais que o cercam. Mas Boston, cidade conhecida pela forte imigração de irlandeses, não é exatamente receptiva aos negros, e, entre a fuga da polícia e a busca por algum tipo de sobrevivência, Luther se verá embrenhado em uma briga que, se não é sua, passará a dominar seu dia a dia.

Eu meio que torço o nariz quando o tema, ou pelo menos um dos temas do livro é rascismo, pois a maioria dos autores soam esteriotipados, foi o que aconteceu aqui, mas o rascismo não é o tema principal e sim a luta de classes por parte dos policiais que querem salários dignos e justos.

O autor acertou em cheio em mostrar as consequencias das escolhas que os personagens principais fazem que acarretam mudanças radicais no evento que vai ocorrer, que aqui no caso é a greve.

Esse livro é excelente e recomendadíssimo para voce leitor, o que voce não pode gostar é do seu preço.
comentários(0)comente



Orange, the kid 18/10/2011

De forma nenhuma cansativo nem decepcionante
Escrevo porque quando li as resenhas presentes pensei que o livro seria extremamente tedioso com uma narração cheia de detalhes desprezíveis e cansativos. Mas me surpreendi e não acho justo que ele tenha só críticas negativas, ainda mais críticas com argumentos furados como o tamanho e o tema, leia um gibi se estiver com pressa. O livro é grande mas em nenhum momento sua leitura é arrastada e a trama se encaixa perfeitamente. Não se pode começar a lê-lo e esperar um romance policial como é a maioria dos livros do autor. É o primeiro livro que leio do LeHANE e a sua forma de escrever é envolvente tao quanto são os personagens.
Beca 24/01/2012minha estante
Concordo sim, e estou comentando pra ser mais uma a dar uma crítica positiva!
Achei o livro ótimo e recomendo. Ele nos dá embasamento pra entender tudo o que ocorreu naquela época, é rico em detalhes de uma forma boa, construtiva.
Se querem uma leitura inteligente que te acrescente conhecimento, "Naquele dia" é uma boa pedida.


Marct 25/03/2012minha estante
Se eu ler e não gostar, seria o primeiro do autor. Mas confesso que fico meio temeroso de comprar.


Igor Nascz 11/07/2012minha estante
Super recomendado, falou tudo cara. esse foi o oitavo livro de Lehane que li. Fiquei com duvidas ao comprar o livro, mas ele me surpreendeu mais uma vez, e muito, foi ousado pois nunca tinha escrito um livro tao grande. Lehane é Lehane!




RafaelW 25/08/2011

Muito longo e cansativo
O pano de fundo do livro é muito interessante: as greves que ocorreram nos EUA no começo do século XX. Algo que realmente acontece, mas que foi mal aproveitado pelo autor. Principalmente porque a parte da greve mesmo só rola lá no final do livro, pela página 500. Até chegar ai tem que aguentar 500 páginas de uma escrita cansativa e arrastada.
Valeu só para conhecer como o povo dos EUA tratavam as ideias marxistas, a revolução russa, as questões raciais e feministas, e como que eles conseguiram lidar com os problemas trabalhistas que mexeram com o mundo capitalista no começo do século passado.
Samara 11/08/2021minha estante
Talvez porque você não curta história. Estou pensando em ler esse livro.




nel 23/12/2009

Decepção
Para quem já leu todos os livros de Dennis Lehane, este é o pior - ou comparado a Paciente 67. Um livro muito longo, com momentos entediantes, mas que, por conhecer a "grife" Lehane, sempre espera-se algo melhor um pouco adiante. Há um determinado momento, porém, que não há como esperar uma surpresa positiva. Há duas cenas, porém, que resgatam o melhor de Lehane: o assassinato do Diácono Broscious e o de Eddie McKenna. Se puder resumir o livro em uma só palavra: decepcionante.
marinamonteirog 04/08/2010minha estante
Estou no meio do livro e também não estou gostando.




8 encontrados | exibindo 1 a 8


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR