mara sop 16/09/2021Trevas versus luzAqui nós temos uma misteriosa mulher das trevas que encontra um dos homens mais iluminados de todos os tempos, Sidarta Gautama, o Buda, e lhe conta sua história.
Gauri é apenas a filha de um mercador que acaba dando de encontro com Rudra na estrada, quando ele lhe dá uma missão. Contar a todos que a cidade está condenada, que devem fugir levando apenas o que conseguem carregar pois os filhos do carneiro estão chegando trazendo a morte.
Como ela é apenas uma menina, ninguém acredita nela, até que seu irmão mais velho volta de uma viagem dizendo que os filhos do carneiro haviam tomado outra cidade e estavam a caminha de lá. O caso é levado às autoridades, e parte deles desconfiam que Gauri é [*****]mplice do exército inimigo, então ela e o irmão são obrigados a seguir junto com o grupo para fazer oferendas ao deuses e encontrar Rudra, que esclarecerá a questão. Mas sabe como são os homens, não é mesmo? É claro que isso daria a maior confusão.
Eu estava bem motivada para ler algo sobre a Índia, já que nos últimos dois dias eu estava pesquisando um pouco sobre a história indiana da Idade do Bronze (tenho uma verdadeira predileção por esse período), e esse conto casou direitinho com o momento histórico que eu estava descobrindo.
Acontece que durante o período védico, um povo ariano (atuais iranianos) conquistaram a Índia, que na época era mais tribal do que propriamente formada por reinos maiores e poderosos, impondo o sistema de castas que dura até hoje. E os povos arianos tinham a pele muito mais clara do que os nativos, o que casa super bem com a descrição do povo da cidade de Gauri e o do exército inimigo. E eu simplesmente amei isso!
Outra coisa muito bacana que descobri é que Rudra, séculos depois acabou se tornando Shiva, e que uma das esposas desse deus se chamava mesmo Gauri, e eu achei simplesmente genial! Excelente ideia da Ana Lúcia!
Preciso dizer que só abriu meu apetite por mais histórias da autora? Sim ou com certeza? Rsrsrs
A dúvida agora é se leio primeiro O ouro de Tartessos ou A caverna de Zakhintos... Ó dúvida cruel!