Resenhas - O Livro de Saladino

Nay 20/01/2013

O Lado Oriental das Cruzadas
A maioria dos livros que temos acesso sobre as cruzadas traz informações da religião católica, mas não da religião mulçumana. Esse livro se despe de tais romantismos e clichês para propor ao leitor através dos olhos de um escriba que conviveu com um soldado, líder religioso e mulçumano na resistência contra a investida ocidental no Oriente, Saladino.
O livro não deixa de ter aventura, pesquisa bem feita sobre os costumes religiosos, humor, drama e claro..carnificina presente na História das Cruzadas. Vale a pena ler.

Alinde 24/06/2011

Quando se pensa em romance histórico, o que a gente sempre pensa é uma história ambientada na Europa, especialmente. Tariq Ali inova em seu foco: nos seus cinco romances históricos, a ambientação é islâmica. Por enquanto esse é o único que li, e gostei muito. Como o nome diz, a história se passa na corte de Saladino (pra quem não sabe, o sultão muçulmano que foi adversário do Ricardo Coração de Leão na disputa por Jerusalém). "O livro de Saladino" seria uma biografia escrita sobre o sultão, mas o foco não é Saladino, e sim o homem que teria sido seu biógrafo, além do processo da escrita. Curioso: o sujeito teria sido judeu, e amigo de Maimônides, "médico" judeu expulso da Península Ibérica e que acabou se estabelecendo na corte do Saladino - o que faz com que o convívio de muçulmanos e judeus seja um dos destaques do livro: essa "briga" está longe de ser natural, e o livro demonstra bem isso. Tem algo no livro que acabei não pesquisando,mas fiquei curiosa: a presença de relações homoafetivas na corte saladina. Interessante mesmo, pena que não sei o quanto isso tem de invenção.

Tito 29/01/2011

A vida de Salah al-Din Yusuf ibn Ayub, o herói que retomou al-Kadisia, vulgo Jerusalém, das mãos dos bárbaros infiéis, como registrada por Ibn Yakub, seu escriba particular.

Ptah 04/12/2009

Ainda acreditam que as cruzadas foram justas?
O livro não acaba com a mitologia dos cavaleiros medievais nas cruzadas, porque este mito já nao existe faz tempo. O que o livro faz é criar uma nova mitologia, dos mouros sabios, jutos e honestos. Ninguém contexta que Saladino era muito mais honrado que qualquer cristão da época, mas o livro faz dele um santo. E faz de forma muuuito convincente. Excelente livro, bem escrito, praticamente um dos imperdíveis.