Maurício C Jr. 05/06/2020Tenho este livro desde 2013 e, talvez pelo tamanho, ele sempre foi ficando para depois, mas eis que sete anos depois, coloquei ele na minha meta anual que foi alegremente cumprida. Quinta Avenida n1 acabou se tornando uma agradável surpresa. Apesar das mais de 500 páginas, é uma leitura que flui rápida e cumpre bem o seu papel de entretenimento.
Já havia acompanhado a narrativa de aurora antes, com os Diários de Carrie, e eu gosto muito. Candace em seus livros nos leva a Nova York em uma viagem muito confortável, sabendo exatamente sobre o que quer falar. Neste livro, pensei que iríamos conhecer a vida de apenas 5 mulheres moradoras vizinhas do prédio luxuoso número um da Quinta Avenida, mas a trama te leva para mais longe. Além da busca pela fama, riqueza e casamentos luxuosos, o livro vai além e é este o grande feito da autora. Sair do óbvio. Em algum momento, eu consegui gostar de todos os personagens. São todos carismáticos e com motivações conviventes.
Já fazem dois dias que li a obra e ainda me paro pensando a respeito, tanto que não consegui não vir fazer uma resenha. Fiquei pensando muito sobre o Billy, mesmo secundário, o personagem me tocou profundamente, sua trama era muito charmosa. Lola também, apesar dos erros e falta de ética, é uma personagem extremamente charmosa e carismática. Eu torci por ela, de verdade. Fiquei pensando que talvez Schiffer fosse conduzir a maior parte da trama, talvez essa fosse a intenção da autora no começo, mas no decorrer, os outros personagens acabaram tomando conta, deixando a atriz famosa de lado, porque de fato sua história era a menos chamativa. Enid, uma velha senhora, com muita pompa, aparentemente inofensiva com postura de vovózinha, teve seus truques na manga e fez a trama revirar. Queria ter tido mais de Annalise, ela teve uma força muito grande, mas era constantemente apagada pelo marido. Mas seu final, foi o que mais me agradou. E por fim, a detestável Mindy, síndica do prédio que faz questão de deixar a vida de todo mundo um inferno. Difícil conviver, mas foi ótima em me entreter. Assim como em todo livro da Bushenell, aqui os homens são deixados de lado, alguns, prestando papéis lamentáveis de tão bobos. Mas preciso confessar que Philip Oakland se tornou um dos meus maiores crushes literários.
Confesso que não esperava muito do livro, mas virou um queridinho, apesar disso, não é um livro que eu leria novamente. Gosto da sensação que ele me trouxe e quero deixar assim.