spoiler visualizaremariaaraujo 28/01/2023
"[...] Nada é infinito, nem mesmo a perda. [...]"
Essa releitura foi melhor do que eu imaginava. Claro que eu chorei feito um bebezinho, tal qual da primeira vez, e me lembrei muito de Purple Heart (o filme da Netflix com o gost0s0 do Nicholas Galitzine e a Sofia Carson); acharia um máximo reproduzirem, de forma fiel, essa obra.
Volta pra mim, da Mila Gray, é um romance maravilhoso. Kit, certamente, fez Jessa começar a viver. O livro nos abre para um mundo onde podemos ver como a guerra pode fazer as pessoas mudarem da água para o vinho, de bom pra ruim.
Kit, com certeza, é um cara excepcional, apesar dos pesares, dos acontecimentos pós cumprimento do serviço, eu entendi o motivo dele ter ficado confuso. A guerra é um inferno pra quem vive do lado de fora, imagina para quem está dentro. Todo o tererê entre o pai de Kit e o pai de Jessa foi umas das partes mais tensas, apesar do que aconteceu entre eles, continuo achando a atitude do pai de Jessa em odiar Kit muito baixa. Inclusive, depois de anos do que o pai de Kit viveu na guerra, ele nunca quis se tratar e quem tinha que ficar pisando em ovos eram seus filhos e sua mulher. Foi preciso uma tragédia, foi preciso ter ficado de frente com a quase "perda" de alguém que ele amava muito para que ele pudesse enxergar o mal que ele fazia para as pessoas ao seu redor.
Concluo dizendo que, o melhor do livro foi as pessoas terem conseguido perdoar e serem perdidas, reconhecerem os erros e melhorarem. A dor da perda nunca vai passar, mas assim como a frase do início do livro: "Só se vive uma vez. Mas, se você fizer as escolhas certas, uma vez basta." Viver é um rasgar-se e remendar-se, então, por mais que doa tente fazer o certo e aquilo que te faz bem. Tente evoluir, aprender, se desconstruir, reconstruir. Riley e Jessa conseguiram passar por cima de toda adversidade que apareceu no caminho deles, apesar de terem tropeçado em algumas pedras no caminho, no fim, eles voltaram.