Um amor anarquista

Um amor anarquista Miguel Sanches Neto




Resenhas - Um Amor Anarquista


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Biblioteca Álvaro Guerra 27/06/2023

Um grupo de italianos testa, na prática social, os princípios do anarquismo, formando uma família em que a mulher vive com mais de um homem. Os filhos pertenceriam à colônia, a uma ideia, a uma causa. A Colônia Socialista Cecília, na cidade de Palmeira, no Paraná, permanece um tabu entre paranaenses.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9786588410004
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meandros 21/06/2020

Romance Histórico de uma história pouco conhecida
Um Amor Anarquista é um romance histórico ambientado na Colônia Cecília, a primeira experiência social anarquista no Brasil, no município de Palmeira, interior do Paraná, entre os anos 1890 e 1894.

O livro apresenta, entre cartas e narrações em primeira e terceira pessoa, os diversos personagens e suas vidas na colônia, enfocando os ideias anarquistas, em especial o amor livre. O conflito acontece principalmente pelas contradições e dificuldades em se sustentar este ideário frente às exigências cotidianas de penúria e às tradições de origem dos colonos, como a família e o amor romântico.

Do ponto de vista histórico, a obra é muito bem fundamentada, sendo fiel ao que se sabe que de fato ocorreu (inserindo inclusive detalhes que poderiam passar desapercebidos, como a caça de uma macaco, por exemplo) e completando as lacunas históricas com uma ficção envolvente.

Tal qual uma comunidade anarquista real, o romance mostra muitos personagens que vão e vem, cada um com seus momentos de destaque na vida social. Mas sobretudo acompanha a trajetória de Giovanni Rossi, o idealizador da experiência, que a acompanhou até quase seu final.

A leitura vale, sobretudo, para se experienciar um momento bastante incomum da história brasileira pelo ponto de vista de quem sonhou construir uma comunidade anarquista em um solo desconhecido.
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Rodrigo Dias 14/10/2016

Um livro de opostos
Um belíssimo livro! Suscitou sentimentos um tanto controversos e fez bastante cócegas no cérebro. Despretensioso, leve, mas bastante profundo. O livro propõe algumas reflexões sobre a família, a situação das mulheres e da sociedade em geral
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Gillian.Meira 29/05/2016

Periscópio ao social
Esse livro não é um periscópio para o anarquismo em sua forma pura, mas sem sombra de dúvida consegue oferecer uma porta para o social.

Miguel Sanchez Neto transmite as sensações e entraves que uma colônia socialista e anarquista poderá impor. Nos primeiros capítulos qualquer cristão entra em choque com tal modelo, mas ao decorrer da história por algum momento você sente um bem estar e simplesmente tudo começa a entrar em colapso. No final vocês acaba lembrando do velho e bom santo Agostinho"O ser humano está condenado a ser livre", talvez essa seja a verdadeira discussão do livro.
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Isa 01/08/2011

Um amor anarquista
História da única experiência anarquista vivida aqui no Brasil, em Palmeira um grupo de italianos funda em 1890-a Colônia Cecília mesclada de fatos históricos e imaginários.
Crescendo de forma descontrolada, o grupo passa por muitas privações na tentativa de garantir um nível de vida digno a todos,e isso sem obrigar ninguém a trabalhar.
O incentivo governamental aos imigrantes ajudava na implantação da Colônia, mas os problemas foram se acumulando. Um deles era de uma urgência incrível – a falta de mulheres dispostas a experimentar o amor livre, a única forma de destruir o poder do pai de família que é um dos princípios do anarquismo, mas que antes, mais ainda do que hoje, tinha um estereótipo a ser seguido.
No centro deste novo modelo social, um idealista, o italiano Rossi; como verdadeiro cientista, inocula nas próprias veias o remédio experimental, vivendo um caso de amor em que três homens compartilham a mesma mulher.
Fora esse caso de amor livre só houve mais um na Colônia; pois os homens e mulheres não eram dignos o suficiente para por em prática seus ideais, se é que tinham algum ideal..., e estavam ali apenas para ter lar e comida sem ter a obrigação de trabalhar.
A colônia serviu para provar que sem os laços de família é possível levar a vida anarquista, e que o socialismo só será viável se tiver capacidade de produzir bens materiais suficientes, garantindo condições dignas aos trabalhadores; caso contrário, eles preferirão sempre a exploração dos capitalistas; como foi o destino da Colônia que se acabou.
Mas mais ainda do que isso, serviu para provar que o amor livre pode e é capaz de existir. No entanto não importa de quantas pessoas seja o amor livre, aquele amor para vida inteira só vai existir entre um casal; que se vivesse uma relação monógama o prazer deixaria de ser prazer e se transformaria em rotina.
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