As Nuvens

As Nuvens Aristófanes




Resenhas - As Nuvens


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Ana Beatriz 22/04/2021

Leitura rápida
Apesar de ser uma comédia grega, a leitura é bem fácil. Algumas passagens precisam ser explicadas, pois remete a personagens da época. Mas nada que venha atrapalhar o desenvolvimento da história.
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EvaA 14/04/2021

Clássico bem leve
É excelente livro para começar leitura dos clássicos. Tem seus momentos engraçadinhos e críticas da época que parecem ser de hoje em dia.

Devido a certas piadas, RECOMENDO que CRIANÇAS NÃO LEIAM. Do adolescente pra cima pode ler hehehe.
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Sam186 27/03/2021

A peça é boa, várias das coisas que li dialogam muito bem com a atualidade, como a rebeldia juvenil e o desprezo pelas tradições por partes de alguns. As notas de rodapé são essencias para entender o contexto e absorver melhor os acontecimentos. Saber um pouquinho de Grécia Antiga ajuda um monte também. Nos tempos atuais o Fidípides seria um mauricinho que entrou num curso de humanas e virou bicho-grilo XD brincadeiras a parte, é muito interessante ver que esse conflito de gerações não é novidade e essa ideia de que "antigamente era melhor" existe desde antes de Cristo!
Emanuel.Müller 18/04/2021minha estante
Lendo sua resenha, fiquei mais interessado em ler esta peça. Me parece ser bem boa esta obra.


Sam186 18/04/2021minha estante
Ela é sim, Emanuel. Eu fiquei besta com o tom atual dela, tem muita coisa datada, obviamente, mas pegue as questões de educação tradicional x educação socrática do livro e substitua por temas como direita x esquerda ou conservarismo x progressismo e veja como se encaixa perfeitamente. Tem umas resenhas no youtube que ajudam a entender muito melhor a mensagem da história, recomendo que veja. Boa leitura :)


Emanuel.Müller 18/04/2021minha estante
Vou dar uma pesquisada. Muito obrigado pelo esclarecimento. ?




Nathalia 14/02/2021

Para a minha surpresa de pessoa que pouco entende de comédias gregas, eu ri, e muito. Foi como assistir a um filme do Woody Allen... vou explicar, Aristófanes transforma aquilo que é mais caro à academia em piada. Tira do pedestal aquilo que é "para poucos", e satiriza uma contradição existente.
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Alexandre Dórea 25/01/2021

Somos responsáveis pela vitória dos injustos
Não é de hoje que servimo-nos da comédia para manifestar nosso menosprezo a certas autoridades públicas, aos políticos, às instituições, às “celebridades” e aspirantes que, pateticamente, exteriorizam a decadência moral de uma sociedade. Corrupção, abuso de autoridade, vaidade e mesquinhez são, até hoje, alvo de críticas veladas sob a forma de sátira.

Em repúdio à ignorância, à ambição e a rudeza dessas pessoas o ateniense Aristófanes (455a.C-375a.C) fez do teatro, seu campo de batalha, para onde transportou as inquietações político-sociais, educacionais e religiosas de sua época. Sarcásticas, suas comédias são de fácil e agradável leitura: ricas em jogos de palavras, jocosidade e até obscenidades. Tendo por alvo as personalidades mais influentes, não poupava idosos ou jovens, pobres ou ricos.

Da vida do mais famoso comediógrafo da antigüidade grega, poucos detalhes sabemos, mas por sua obra, deduz-se possuidor de uma vasta cultura literária. Foi um aristocrata que, detentor de um espírito ousado, atrevido e insolente, soube traduzir em suas peças, a inquietação quanto às novidades que considerava demagógicas e oportunistas, e a desconfiança quanto à nova educação, enaltecendo as virtudes da educação tradicional.

Autor essencialmente político, gozando da estima do público, é significativo ressaltar que ele viveu o apogeu da cultura ateniense e testemunhou o início da guerra do Peloponeso, que terminou em 404 a.C, com a vitória de Esparta sobre a sua Atenas. Seu alvo fora, notoriamente, “àqueles filósofos” que pregavam o domínio da arte da retórica a fim de vencer qualquer litígio, os Sofistas, sábios que, mediante pagamento, dispunham-se a ensinar a arte do bem falar (e convencer) à platéia. Qualquer platéia. Aristófanes não poupou Sócrates e o elegeu, como alvo de sua crítica feroz, julgando-o um dos ícones responsáveis pela decadência de Atenas.

Apesar de ter escrito mais de quarenta peças, apenas onze são conhecidas hoje: Os acarnenses, estreada em 425 a.C.; Os cavaleiros em 424 a.C.; As Nuvens em 423 a.C.; As vespas em 422 a.C.; A paz em 421 a.C.; Os pássaros em 414 a.C.; A greve do sexo (ou Lisístrata, em 411 a.C.); Só para mulheres; As rãs em 405 a.C.; A revolução das mulheres (ou Eclesiazusas, em 392 a.C.) e Um deus chamado dinheiro (ou Pluto, em 388 a.C.). As Nuvens, trata-se de uma crítica contundente ao Poder Judiciário ateniense. A ironia de Aristófanes já começa no próprio título da peça: “As Nuvens”.

Faz alusão ao ateísmo e ao culto de novas divindades estranhas como o éter, o ar, a persuasão, em detrimento aos antigos – por ele considerados os “verdadeiros” deuses. Insurgindo-se contra as novas propostas pedagógicas e uma certa anti-eticidade por parte dos sofistas, Aristófanes desejava chamar a atenção quanto as conseqüências de uma inversão de valores, fruto um novo modelo educacional.

O velho simplório Estrepsíades, outrora abastado proprietário, vê-se agora arruinado e cheio de dívidas devido a seu casamento com uma perdulária e fútil aristocrata ateniense e à seu filho, Fidípides, uma espécie de “playboy”, de “mauricinho” que não faz outra coisa senão gastar em cavalos, dilapidando e obrigando o pai a estar sempre se endividando. Desesperado e ignorante, ele pensa até em tratar com as feiticeiras da Tessália, para ver se há um modo de alterar as fases lunares, uma vez que o calendário de vencimento das dívidas eram lunares. Ao tomar conhecimento de que há agora um meio de ludibriar os credores, através da arte da retórica, tenta convencer seu filho a matricular-se e seguir um desses Mestres, no caso Sócrates. Diante da negativa do filho, decide ele mesmo ir ter com o filósofo e aprender e dominar essa poderosíssima ferramenta que é a arte da argumentação. Mas a Estrepsíades falta a capacidade intelectual e isso o obriga a desistir. Novamente, implora ao filho que vá aprender as artimanhas do discurso e, dessa vez, consegue fazê-lo aceitar.

O auge da comédia se dá quando o “Raciocínio/Discurso Injusto” vence o “Raciocínio/Discurso Justo”. O “Justo”, personifica os valores cívicos, o respeito às tradições e aos mais velhos. Já o “Injusto” incorpora os novos valores, onde são enaltecidos o hedonismo, a astúcia e o oportunismo. Animado, o pai não esquece de reiterar a Sócrates: “Não se esqueça de ensinar ao rapaz o que ele precisa para arrasar tudo o que é justo”.

É óbvio que Estrepsíades ainda se arrependerá dessa decisão pois, o “tiro sai pela culatra”! Fidípides aprende tão bem que se volta contra o próprio pai chegando até a lhe bater, justificando o absurdo de sua atitude, demonstrando argumentativamente como isso era perfeitamente legítimo. Retomaremos o diálogo entre os dois Raciocínios: Justo x Injusto e descobriremos porque o responsável pela vitória do Injusto somos nós mesmos: o público.
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Bruno.Dellatorre 25/11/2020

Surpreendente
É um texto cheio de questionamentos que se encaixam perfeitamente nos dias de hoje - daí a minha surpresa com essa peça, que traz uma história fluida, contada em um tom leve, recheada de pensamentos profundos. Não ri tanto quanto esperava, mas foi uma leitura divertida de modo geral. O final é perfeito.
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Gabriel1141 22/11/2020

Em defesa da leitura das peças teatrais gregas.
Essa é uma comédia Grega riquíssima em detalhes da época em que Aristófanes tira sarro dos sofistas e ainda transforma o Sócrates em um. Muito engraçada e fica ainda melhor pelo trabalho dos tradutores em algumas piadas que só fariam sentido naquele período eles adaptaram para os dias de hoje.

Em obras assim é muito importante levar em consideração quem é o tradutor e a dessa edição tem notas de rodapé excelentes.
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Lukedo 04/11/2020

Li como introdução para a literatura grega, e mesmo sendo uma comédia de mais de 2000 anos, continua tendo cenas engraçadas nela, em que eu ri em voz alta. Também é interessante para quem deseja entender a visão dos atenienses sobre Sócrates.
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De Profundis 04/10/2020

Malefícios da mente revolucionária
As Nuvens, de Aristófanes, retrata-nos a história de um velho (Strepsiades), que almeja aprender a arte da retórica (típica dos sofistas), para não pagar seus credores.
A história começa com Estrepsiades tentando convencer seu filho (Fidípedes) a ir à casa de Sócrates (nesta peça retratado como sofista) aprender a arte da retórica; o mesmo se recusa, pois não quer misturar-se com eles, uma vez que os mesmos tinham fama de vagabundos e charlatões - ao menos segundo a peça -, restando ao próprio Strepsiades tal missão.
Strepsiades vai à casa de Sócrates e depara-se com um de seus discípulos; ao adentrar no interior da casa, percebe acontecimentos para lá de desconexos... Primeiro, encontra os discípulos de Sócrates deitados no chão, olhando para terra, em seguida, visualiza Sócrates numa cesta, pendurado no teto, olhando para o céu - daí vem algumas sucessões malucas, como o fato de Sócrates querer medir a distância do salto de uma rã -
Até que, conforme a conversa flui, em meio a questionamentos e respostas, Sócrates consegue transformar Strepsiades numa espécie de "ateu" - em relação às divindades gregas - fazendo-o acreditar nas Nuvens - divindade responsável pelos raios, trovões - e não em Zeus!
Strepsiades não consegue aprender, volta para casa e obriga Fidípedes a ir no seu lugar, ameaçando despeja-lo, caso contrarie sua ordem. Fidípedes acaba indo forçado aprender a arte da retórica, com Sócrates.
~ E aí inicia-se a melhor parte do livro ~
Um debate entre duas entidades, o *justo* x o *injusto*, no qual, quem ganhasse, seria a entidade que Fidípedes iria se filiar.
Injusto = sofistas, sem valores, arte de ganhar o debate, descrença;
Justo = Conservadores, tradição, moral, respeito pelos deuses e valores;
O injusto vence o debate com artimanhas sofistas e dá-se início no processo de Fidípedes em busca da retórica.
Depois de aprender a arte da retórica, Fidípedes retorna para casa, enchendo o coração de Strepsiades de alegria e esperança de livrar-se finalmente dos credores, o que não passa de ilusão.
Fidípedes bate em Strepsiades, seu próprio pai; este, questiona, e Fidípedes, por meio da retórica, consegue provar que é justo o ato de bater no próprio pai. Strepsiades começa se lamentar, percebendo a besteira que acabara de fazer com seu filho, fazendo-o perder todos os valores morais que antes possuia.
E como um protesto, ele coloca fogo na casa de Sócrates.
Resumindo: Aristófanes, há 420 anos a.C, mostrou os malefícios de varrer com todos os valores morais e transcendência do mundo. Tirar tudo e deixar apenas a matéria, subjetividade a arte de persuadir e manipular.
Temos a consequência prática: se não existem valores, se não existe nada, tanto faz! O filho pode bater no pai, sem motivos, e usar da retórica para convencer, pois não existem regras, não existe certo e errado.
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mari 02/09/2020

Uma boa peça
Aqui pode se ver claramente o pensamento de Aristófanes sobre Sócrates e seu despeito pelo sofismo, em toda a sua obra.
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Renata.Thati 01/09/2020

Muito interessante o que esse texto tão antigo pode nos trazer de tão atual. Uma comédia que nos faz pensar sobre justiça, discursos e moral.
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Dlay 17/07/2020

Depois da faculdade
Depois da faculdade entro em contato realmente com o teatro grego.
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