spoiler visualizarRaquel 08/04/2024
Resenha sobre o conto
A história é contada em primeira pessoa onde a narradora é a própria personagem, qual não possui um nome definido. A personagem é proibida pelo seu marido de escrever, ainda sim ela escreve escondida de seus familiares, de acordo com ela a escrita é uma forma de aliviar a pressão das ideias e descansar a cabeça de seus pensamentos. Dessa forma a história é contada a partir do que é relatado em seu diário pessoal.
Uma mulher deprimida e doente, ela tem um filho que não consegue cuidar devido a sua saúde mental abalada, ela é submetida pela família a um tratamento afastada da sua vida cotidiana, vivendo numa propriedade com jardins, estufas, muitas árvores, podendo respirar livremente tomando remédios para dormir e assim sendo esperado que após o seu tratamento de 3 meses ela possa clarear a sua mente e cuidar de seu filho com mais facilidade.
O conto se passa no século XIX após a mudança da narradora para uma antiga mansão colonial. A mesma depois do nascimento de seu filho é acometida por uma doença, na tentativa de sua melhora o casal decide se mudar para essa antiga propriedade por três meses. A narradora fica hospedada em um quarto que antes era um quarto e ginásio de crianças, o mesmo possui um papel de parede amarelo descrito por ela muitas vezes como pavoroso, horrível e tenebroso.
Um dos trechos que ela o descreve; ?A cor é repelente, quase revoltante. Trata-se de um amarelo sujo e sombrio, estranhamente desbotado pela luz lenta do sol que aí roda.?
A autora Charlotte Perkins diz em seu outro livro ?porque escrevi o papel de parede amarelo?, que decidiu contar a história ficcional a partir de um fato ocorrido com ela mesma, quando após episódios de tormento e melancolias frequentes procurou ajuda de um famoso especialista em doenças nervosas que a prescreveu ?terapia de descanso? por três meses, tentando viver a vida mais doméstica cuidando do lar e do filho, proibida de trabalhar com sua escrita e de exercer qualquer outra atividade intelectual, ou seja, nada de papel e caneta, nem de contos e livros. Após os três meses de angústia e sofrimento, ela decaiu para um estado de ruína mental abandonado o tratamento e decidindo escrever este conto.
A história se prolonga da mesma maneira que os acontecimentos que ocorreram com a Charlotte. Neste caso a narradora é obrigada pelo seu marido e irmão a ser trancafiada nessa mansão afastada da sua rotina conturbada, para tratar da sua ?leve histeria?, o livro é cheio de simbolismo e metáforas, O papel de parede amarelo que está no quarto que ela dorme é assemelhado à confusão, ao desespero, aos sentimentos que a narradora nutre enquanto tenta melhorar.
Final/resolução: O conto é curto e se finaliza com os personagens arrumando a casa para o último dia de tratamento, arrumando-de para voltar a sua antiga vida. Em determinado momento a personagem decide arrancar todo o papel de parede amarelo, ela tranca a porta de seu quarto, esconde a chave atrás de um vaso de bananeira, e destrói o papel completamente.
O conto é repleto de metáforas e simbooismos, o papel de parede reflete diretamente os sentimentos e confusões da própria personagem, muitas vezes ela diz que há uma mulher aprisionada dentro do papel, ao arranca-lo é como se a mulher presa saísse do papel, e se liberasse. Arrancar o papel de parede é apenas ó2ooj luma metáfora para a própria libertação dela, vendo se finalmente livre dos tormentos.