Os Humanos

Os Humanos Matt Haig




Resenhas - Os Humanos


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FabyTedrus 11/07/2020

Os Humanos - Matt Haig
É tão fácil falar de um livro quando eu não gosto dele, descrever os motivos do meu ódio e ranço saem facilmente, mas quando eu gosto do livro é difícil.
Talvez seja porque quando gosto do livro eu quero abraçar ele, como se dar carinho assim fosse uma boa retribuição para o carinho que ele me causou. Aquele quentinho no coração que senti enquanto lia e a saudade que senti quando terminou. Aquela vontade de mais algumas páginas, não por necessidade, mas por vontade de continuar lendo sobre aqueles personagens e histórias.
Esse livro foi assim, estava olhando um grupo no Telegram, a capa me chamou a atenção, gostei da sinopse e baixei. Pronto, simples assim... li e adorei.
A história é despretensiosa, leve, divertida mesmo sendo pesada em alguns pontos e ter me deixado com o coração apertado em outros. Gostei da ideia da história, dos personagens e das reviravoltas. Entender um pouco mais sobre a humanidade e os humanos através da visão de um extraterrestre, foi excelente, me diverti e me emocionei. Uma boa leitura para distrair a cabeça em meio ao caos atual. Super recomendo!

E fica aqui alguns dos conselhos de um visitante extraterrestre:
"40) Todos são uma comédia. Se as pessoas estão rindo de você, é porque não entenderam bem a piada que são elas mesmas.
61) Um dia, se chegar a uma posição de poder, diga isto às pessoas: só porque vocês conseguem, não significa que podem. Há poder e beleza em conjecturas não provadas, em lábios não beijados e em flores não colhidas.
84) Você é mais do que a soma de suas partículas. E essa soma é bem grande."
Raul 22/09/2020minha estante
Deu uma vontade danada de ler este livro depois que li os comentários de Faby! Comprei imediatamente e estou aguardando chegar pelo Registro Módico.


Amanda 23/09/2020minha estante
Eu também encontrei esse livro de maneira aleatória, sem nenhuma indicação. Foi uma das melhores leituras sem compromisso que já tive. Geralmente eu apago os ebooks que baixo, mas esse deixei guardadinho no meu notebook


FabyTedrus 16/11/2020minha estante
Raul, bom saber que minha resenha despertou essa vontade e espero que goste também.


FabyTedrus 16/11/2020minha estante
Amanda, te entendo bem. Já pensei em comprar o livro de papel pra poder abraçar ele, hahaha.


elle carmo 12/07/2021minha estante
nossa, me identifico demais com esse primeiro parágrafo


Thyanne.Ribeiro 05/12/2021minha estante
no introito so apareceu "É tão fácil falar de um livro quando eu não gosto dele, descrever os motivos do meu ódio e ranço saem facilmente" ... abri so pra odiar junto hahahahaha laudo médico: comprei pq li o resto da resenha e quero amar junto suasuhashahsuahauhsa


Lílian 25/12/2021minha estante
Depois de uma resenha dessas não tem nem como não despertar o interesse em lê-lo.


Dan 03/09/2022minha estante
Me deu até vontade de ler este livro novamente !


miguel.solano 15/01/2023minha estante
que resenha mais sincera! digo isso porque também sinto o mesmo :) esse livro é um dos meus preferidos na vida.




Lorena329 01/03/2022

This Must Be the Place
?Sinta o seu caminho, e não pare de sentir seu caminho até achar algo em que se encaixe. Talvez não ache. Talvez você seja a estrada e não o destino. Tudo bem. Seja a estrada. Mas garanta que seja uma estrada com algo a ser visto através da janela.?


?Os Humanos? de Matt Haig é uma narrativa surpreendentemente tocante, engraçada, cativante e cheia de compaixão. Um livro que explora o significado dos sentimentos e nos leva a um melhor conhecimento e percepção sobre nós mesmos. A história se desenvolve facilmente e nos desperta inúmeras emoções em relação a percepção do ?Andrew Martin? sobre os humanos. Sem dúvidas um livro para ler e reler. Um dos meus favoritos.
miguel.solano 15/01/2023minha estante
um dos meus livros preferidos da vida!


Lorena329 21/02/2023minha estante
Esse livro é espetacular, meu preferido da vida também!


miguel.solano 21/02/2023minha estante
você já leu outros dele? são ótimos também, mas esse é imbatível!


Lorena329 21/02/2023minha estante
Ainda não tive a oportunidade, mas há um livro dele chamado ?Biblioteca da Meia-noite? que parece ser tão bom quanto esse, espero poder ler em breve, você já ouviu falar ou leu?


miguel.solano 21/02/2023minha estante
já sim! li no começo desse mês! incrível! pode ir tranquila :)




Fabi129 31/12/2018

INCRÍVEL!
''Eu queria encher minha mente de rostos humanos, para esquecer o de Isobel. Mas o efeito foi contrário. Ao estudar a espécie humana inteira, me voltei ainda mais para ela.''

Sabe quando você lê um livro no momento certo? Eu senti exatamente isso ao ler este livro. Muitas vezes, um livro é maravilhoso e você como não está no clima, lê e não saboreia a leitura como se deve. Já tinha lido um livro desse autor e não consegui gostar. Daí meu medo de ler este livro.
E fiz um esforço de ler Os humanos, porque vi uma pessoa dizendo que ele era muiiito bom. Pensei: Ah, o que custa arriscar? Que felicidade por ter seguido meu coração! ^-^
No começo do livro, achei a leitura meio difícil de ler. O autor gosta de colocar palavras difíceis. O que gostei muito nessa introdução, é que o extraterrestre vê as coisas no nosso mundo e acha tudo estranho. Ele fica se questionando porque pensamos de tal modo, porque agimos de tal modo. O ET fica julgando tudo. Ele tem uma ideia preconcebida que os humanos são um povo egoísta e mal. Ele desconhece que o amor também pode existir.
O personagem sente nojo pelos seres humanos e empatia nenhuma também. Ele veio com uma exclusiva missão: anular as informações sobre a descoberta do professor Andrew Martin e matar qualquer um que saiba sobre isso.
Entretanto, ele se vê com dificuldades de realizar sua missão. O extraterrestre começa a se afeiçoar pelo filho de Andrew Martin e pela mulher dele. Nossa isso foi tão interessante de ver! Um ET, ter sentimentos pelo filho e a mulher do homem que ele está plagiando. Surreal e que gostei demais!
Eu AMO esses tipos de amores improváveis e me vi torcendo por ele. O extraterrestre verá que os humanos são sim, cheio de falhas e defeitos, mas também tem suas qualidades e acima de tudo, eles sabem amar.
AHHHHHHHH vocês não sabem o que ele fará por amor! Caramba, foi tão lindo o sacrifício que ele fez pela Isobel. *.* Ele sentia nojo pela espécie humana, mas com o passar do tempo, começa a achar Isobel uma bela fêmea e por fim, se vê amando ela, fazendo o que for possível para protegê-la. S2 S2
Assim, ele fará de tudo para proteger os dois humanos que ele aprendeu a amar.
Este foi um livro que eu não esperava nada, e por fim, me cativou até a última página. Uma leitura diferente e que quando terminei, queria voltar na primeira página e ler tudo de novo.
Meus amigos leiam esta obra prima. Garanto-te que você também se verá encantado pela história.

#FecheiOAnoComChaveDeOuro!

''–O amor era um modo de viver para sempre em um único momento, e era também uma maneira de se ver como jamais tinha realmente se visto, e fazia perceber - tendo feito isso - que essa visão era a mais significativa do que qualquer outra de suas autoimagens ou autonegações.''

''É isso que começa a acontecer quando percebe que pode sentir dor sobre a qual não tem controle. Torna-se vulnerável. Porque a possibilidade da dor está no lugar de onde o amor surge. E isso, para mim, era uma péssima notícia.''

''E foi então que tomei consciência do porquê do amor.
O amor servia para ajudar a sobreviver.''

''E eu me sentia incrivelmente emocionado por poder testemunhar o amor ressurgindo de dentro dela, porque era um amor total no auge da vida. Do tipo que só era possível em alguém que morreria em algum momento do futuro e que também tinha vivido o suficiente para saber que amar e ser amada era uma coisa difícil de alcançar, mas os se lidar com ela é impossível ver o infinito.''

''Não se preocupe com seus talentos. Você tem talento para amar, e isso é suficiente.''

''Walt Whitman estava certo em pelo menos uma coisa. Você vai se contradizer porque você é grande, contém multidões.''

''Diante de um pôr do sol, pare e o admire. O conhecimento é finito. Maravilhar-se é infinito.''

''Quando olhar para o céu, numa noite clara, e enxergar milhares de estrelas e planetas, perceba que pouquíssima coisa está acontecendo na maioria deles. O importante fica bem distante.''

''Não se encontra a felicidade procurando o sentido da vida. O sentido é apenas a terceira coisa mais importante. Vem depois de amar e ser.''

''A matéria escura é necessária para manter as galáxias juntas. Sua mente é uma galáxia. Mais escura do que clara. Mas a luz faz com que valha a pena.''

''O que vale dizer: não se mate. Mesmo quando a escuridão for total. Saiba sempre que a vida não é estática. Tempo é espaço. Você está se movendo através daquela galáxia. Espere pelas estrelas.''

''Este era, eu percebi, um lindo planeta. Talvez fosse o mais bonito de todos. Mas a beleza gera seus próprios problemas. Ao olhar uma queda-d’água ou o oceano ou o pôr do sol, você se descobre querendo compartilhar aquela beleza com alguém.''
Ariana.Bookstagram 31/12/2018minha estante
Apesar de não ser muito o tipo de livro que leio, me empolguei com sua resenha e darei uma chance ao livro rsrs


Stefani 31/12/2018minha estante
Depois dessa resenha linda so me resta adicionar kkk. Valeu pela dica amiga ;-)


Fran 31/12/2018minha estante
Adicionando na lista agora, adorei a resenha! :D


Fabi129 02/01/2019minha estante
Leiam meninas!




Rose 14/03/2016

Andrew Martin é um famoso matemático da universidade de Cambridge. Casado com Isobel, uma historiadora e pai de Gulliver, um adolescente de 15 anos, ele é um egocêntrico egoísta, que não está nem ai para a família e deseja apenas sua glória e reconhecimento.
Andrew mantém um caso com sua aluna, Maggie e tenta solucionar o famoso "Problema de Riemann".
Acontece que a solução deste não só jogaria Andrew para o estrelato desejado, como também colocaria em risco a humanidade.
De tanto insistir, ele finalmente resolver o problema, e por conta disso, seres mais avançados do que nós terrestres, entram em ação para acabar com o perigo.
Um visitante é enviado à Terra para tomar o lugar do professor e sumir com toda e qualquer prova que Andrew pode ter deixado sobre o assunto.
Por vim de uma raça superior, nosso visitante não via os humanos com bons olhos. Desde a parte física até nossas ações, tudo era visto de uma forma negativa.
Ao tomar o lugar de Andrew, nosso visitante começa a conhecer as nuances dos humanos. Das nossas diferenças e inseguranças. Das nossas músicas, bebidas e comidas, tudo é experimentado, sentido... e aos poucos aquela má impressão vai sendo substituída por sentimentos que ele não sabe definir.
Sem conhecer muito bem sobre a vida de Andrew, nosso visitante além de realizar sua tarefa, tem que se virar para não ser descoberto por Isolda e Gulliver. As diferenças entre nosso visitante e o matemático são gritantes e bem vindos. Mais gentil e atencioso, estas diferenças são atribuídas ao colapso mental sofrido pelo matemático. Colapso este que era falso.
Isobel é a primeira a perceber estas diferenças, e o casamento que estava há muito enterrado, começa a ganhar uma nova chance. A relação com Gulliver que há muito não existia é novamente retomada, fazendo com que o adolescente encare seus problemas de um outro jeito.
Aos poucos nosso visitante começa a questionar suas ordens, principalmente no que diz respeito a Isobel e Gulliver. Confuso com seus sentimentos, sua única certeza é o desejo de querer um lar para si. Mas para isso ele precisa tomar uma dura decisão e enfrentar seus superiores. Os mesmos superiores que não hesitariam em mandar outro visitante para resolver o problema. Ele precisará usar não apenas seus conhecimentos superiores, mas principalmente de suas recentes descobertas para proteger aqueles que aprender a amar.
Uma pena que ele não teve tempo suficiente para aprender as diferenças entre os relacionamentos, e isso pode ser o fim de seu sonho, mas não o fim de sua certeza.
Com certeza nós humanos temos muito a evoluir, mas também temos muito a ensinar para quem tiver disposto a aprender. Somos tão contraditórios, que até para nós é difícil explicar o que somos e como somos. Não esperava que o livro fosse tudo o que senti o longo da leitura. Foi uma surpresa muito bem vinda e que recomendo a todos.

site: http://fabricadosconvites.blogspot.com.br/
Lana Wesley 24/03/2016minha estante
Esse pra mim e o tipo de livro que não damos nada por ele, no entanto quando você resolve ler a estória acaba te surpreendendo, gostei bastante da premissa, os personagens me pareceram cativantes e envolventes, parabéns pela resenha incrível.


Maristela 26/03/2016minha estante
Gosto de histórias que me deixam a pensar. Gostaria muito de ler esse livro. Sua resenha é a segunda que leio sobre esse livro e gostei muito. Vou ver se encontro na livraria para comprar.




Thaise66 10/02/2021

TÃO HUMANO QUANTO PODERIA SER
"Você não precisa ser um acadêmico. Não tem de ser nada. Não se force a nada. Sinta o seu
caminho, e não pare de sentir seu caminho até achar algo em que se encaixe. Talvez não ache.
Talvez você seja a estrada e não o destino. Tudo bem. Seja a estrada. Mas garanta que seja uma estrada com algo a ser visto através da janela".

Nunca li um livro em que na medida certa me sugasse para uma outra visão do significado de ser humano.
Ele é de outro planeta e tem a missão de ser Andrew (um professor de matemática que acabou descobrindo o que não devia), ele chega no planeta terra com objetivos, e sabe que nada poderia desviar deles. Mas ai ele conhece Isobel (esposa de Andrew) e Gulliver (filho de Andrew e Isobel).
O livro é ele contando detalhes, tão nitidamente interessantes por um novo ponto de vista, mas ao mesmo tempo tão normais que acabou passando despercebido. Ele então começa a entender a complexidade de amar, de ser amado, de família, de solidão, de pesar, de alegria e tantas coisas que não percebemos mais.
É um livro tocante, emocionante, detalhista, incrível. Os diálogos, a história, e mesmo contendo tanta exatidão no quesito matemática, esse livro não poderia ter sido mais humano para mim.
Gostei e recomendo muito. Por favor humano, dê uma chance a esse livro *o*

"Não se preocupe com seus talentos. Você tem talento para amar, e isso é suficiente"
Thiago 20/02/2021minha estante
Estava procurando minha próxima leitura e, graças a sua resenha, parece que encontrei


Thaise66 21/02/2021minha estante
Aiii fico feliz que você irá ler




Aline 26/10/2016

Recomendado!
Um extraterrestre chega à Terra com uma missão. Para isso ele irá assumir a forma de Andrew Martin, que foi abduzido.
Sua impressão sobre os humanos é péssima, tudo o incomoda, desde a aparência até suas crenças e atitudes.
Quando inicia sua missão, conforme vai desvendando os humanos, quanto mais coisas descobre, mais enojado fica. Dono de uma frieza e isento de sentimentos, uma das características de seu planeta, ele faz o que tiver que fazer para alcançar seu objetivo e voltar para seu planeta Vonadoria.
Mas ele não contava que fosse acabar criando laços com a família de Martin e que isso fosse mudar totalmente sua visão sobre os humanos e sua missão.

"(...) Comidas dentro de embalagens. Corpos dentro de roupas. Indiferença por trás do sorriso. Tudo era escondido." (p. 25)

"- Então amar é encontrar a pessoa certa para machucar você?
- Basicamente.
- Isso não tem sentido.
- "Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura." Alguém escreveu isso." (p. 55)

O extraterrestre, que no início sentia tanta repulsa pelos humanos, com a convivência, começa a enxergar o lado bom de ser humano, mesmo com tantos defeitos. E aos poucos vai vivenciando todas as etapas da vida de um humano, desde a ingenuidade de uma criança descobrindo coisas novas à confusão de um adulto tentando lidar com as mais diversas situações. Ele é inteligente, sarcástico e crítico. Sem dúvida é um personagem curioso e encantador.

"(...) Ao pensar na nuvem, ansiava pela gota de chuva." (p. 299)

Andrew Martin era um renomado professor da Universidade de Cambridge. Inteligente e talentoso só se preocupava com trabalho, prêmios, reconhecimento e dinheiro, deixando a família sempre em segundo lugar. Quando o extraterrestre assume seu lugar, as mudanças na personalidade são notadas por todos, principalmente pela esposa e o filho.

Isobel, esposa de Andrew; Gulliver, filho; Ari, melhor amigo; e o cachorro Newton, são os personagens secundários que mais aparecem durante a trama. O que mais me agradou, foi Gulliver, um personagem complexo e um dos mais afetados pela presença do extraterrestre.

Narrado em primeira pessoa por um personagem sem nome, o livro é dividido em três partes: Parte I - Assumi as rédeas do meu poder; Parte II - Segurei uma joia em minhas mãos; Parte III - O cervo ferido salta mais alto. Com capítulos curtos, a leitura flui rapidamente.
Matt Haig construiu um enredo belíssimo, com sacadas geniais, cheio de reflexões e muito humor. Com uma narrativa cativante, o autor nos conduz pela história, como se fôssemos o próprio extraterrestre descobrindo os humanos nos redescobrindo. A trama e a narrativa foram tão bem construídas, que a imparcialidade e percepções do personagem faz com que pareça realmente como se um extraterrestre estivesse narrando a história.

"(...) Eu ria de mim mesmo. O fato impossível de eu estar ali, no planeta mais absurdo do universo, e ainda por cima gostando disso. E senti a necessidade de dizer a alguém como era bom, na forma humana, rir. A liberação do riso." (. 172)

"Não existia uma coisa impossível. Eu sabia disso porque também sabia que tudo era impossível, portanto as únicas possibilidades na vida eram as impossibilidades." (p. 189)

(+) Leia a resenha completa no blog.

site: http://literalizandosonhos.blogspot.com.br/2016/04/resenha-os-humanos-matt-haig.html
Lary.Momentolitera 06/08/2020minha estante
Gostei da resenha. Bem convincente, eu li "Floresta Sombria" desse autor e amei. Quero conhecer e me aventurar por outros livros dele tbm ^-^




Rfgaugustin 20/05/2017

O amor servia para ajudar a sobreviver.
Um alienígena tomou o corpo de um matemático que fez uma grande descoberta referente à teoria dos números primos, a qual poderia alavancar grandes progressos para a humanidade. Ele foi enviado porque a raça alienígena concluiu que o estado psicológicos dos humanos não comportavam tal avanço científico.

A história se passa nos esforços desse alienígena para cumprir sua meta (apagar qualquer vestígio da descoberta inclusive matando quem sabia sobre sua existência) e se adequar e compreender os humanos ao seu redor.

Selecionei alguns dos trechos que mais gostei.

"Na Terra é preciso gastar muito tempo viajando entre lugares, seja por estradas ou em trilhos ou em carreiras ou relacionamentos".

"Basicamente, a regra-chave é: se quiser aparentar sanidade na Terra, é preciso estar no lugar certo, vestindo as roupas certas, dizendo as coisas certas e pisando apenas no tipo certo de grama".

"Eles estavam sorrindo, mas era um tipo de sorriso diferente, confinado nos lábios e ausente dos lábios."

"Porque a possibilidade da dor está no lugar de onde o amor surge".

"Cuidar uns dos outros é autopreservação".

"Passado e futuro eram mitos. O passado era apenas o presente que tinha morrido e o futuro nunca existiria porque, ao chegar até ele, o futuro teria se tornado o presente. O presente era só o que existia. O presente sempre em movimento, sempre mutante. E o presente era caprichoso. Só poderia ser pego abandonando-se".

"O maior ato individual de bravura ou de loucura que alguém pode praticar é o ato de mudar".

A solidão é tão universal quanto o hidrogênio.

"A vergonha é uma prisão".

"Não se preocupe com seus talentos. Você tem talento para amar, e isso é suficiente".

"Muitas vezes você terá de mudar para seguir em frente".

"Descartar o impossível é descartar a si mesmo".

"O fracasso é uma ilusão de óptica".

"Só porque vocês conseguem, não significa que podem. Há poder e beleza em conjecturas não provadas, em lábios não beijados e em flores não colhidas".

"Não é a técnica, é o método. Não são as palavras, é a melodia".

"Permaneça vivo. É o maior dever que tem para com o mundo"

"Não pense que sabe. Saiba que pensa".

A matéria escura é necessária para manter as galáxias juntas. Sua mente é uma galáxia. Mais escura do que clara. Mas a luz faz com que valha a pena. O que vale dizer: não se mate. Mesmo quando a escuridão for total. Saiba sempre que a vida nao é estática. Tempo é espaço. Você está se movendo através daquela galáxia. Espere pelas estrelas.
Miguel Solano 13/02/2018minha estante
Concordo demais! Esse livro é genial e o Matt é um escrito fantástico!




@biaentreleituras 02/04/2016

Um extraterrestre foi enviado à Terra para impedir que a nova descoberta do matemático Andrew Martin seja divulgada. A sua missão é destruir qualquer dado existente assim como qualquer pessoa que possa ter consciência de tal descoberta. O livro começa com um relato desse visitante sem nome, para o seu povo, explicando o que o levou a tomar uma determinada decisão e ao longo das páginas, vamos acompanhar suas experiências aqui na Terra, sua missão e descobrir que decisão é essa (e entendê-la também)

Andrew Martin é um matemático muito famoso e também professor universitário. É casado e tem um filho adolescente, Andrew é um homem arrogante, pretensioso e que dá mais valor ao trabalho do que para a própria família, uma das provas disso é que ele possui um caso com uma de suas alunas. Andrew passou semanas dedicando seu tempo, quase que integralmente, para solucionar um dos maiores questionamentos da matemática, a Hipótese de Riemann. Enfim, Andrew conseguiu solucionar o problema e isso colocou em risco toda a humanidade. Os humanos não estão preparados para essa sabedoria e formas de vida muito mais evoluídas do que nós, terrestres, resolveram intervir pois a solução desse problema é um mal enorme e sem precedentes.

Andrew foi capturado e informações básicas de sua vida foram passadas para o extraterrestre que veio para a Terra, pois ele ficaria com o corpo de Andrew. O "ET" não sabia nada sobre a vida do professor, apenas o nome da esposa e do filho e além disso, ele não sabia nada dos costumes humanos. Por estar andando completamente nu, foi preso e reconhecido, em seguida chamaram a esposa de Andrew. Como não lembrava de nada e não falava coisa com coisa, foi levado para o hospital mas seus exames foram todos normais. Já em casa, ele passa a estudar a forma de vida terrestre enquanto procura procura as evidências deixadas pelo professor.

Mas a esposa e o filho percebem a mudança no seu comportamento e com pouco esforço ele consegue driblá-los, só que o cachorro da família não se enganou e o visitante cria seu primeiro laço de amizade. O cão o estranha no começo, mas após um incidente ele passa a gostar do "ET" como se fosse seu dono.

O visitante conseguiu recuperar os laços familiares que Andrew havia destruído. O casamento estava no fim, o relacionamento com o filho já não existia e com a mudança repentina do professor, a esposa e o filho começaram a ficar mais próximos dele, que se tornou mais atencioso e fazia questão de estar com eles. Em algum tempo ele começa a entender a forma de vida humana, as inseguranças, os conflitos internos, toda a complexidade de uma raça inferior à sua. No entanto, quando achava que estava fazendo a coisa certa, ele colocou todo o seu progresso em risco, cometeu um erro muito ruim e vai ter que encarar as consequências de seu ato.

Agora, afeiçoado com a família e questionando sua missão, o visitante extraterrestre sem nome, está sozinho e sem saber o que fazer.

Resenha completa no link> http://vocedebemcomaleitura.blogspot.com.br/2016/04/resenha-os-humanos.html

site: www.vocedebemcomaleitura.blogspot.com.br
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Giovana Soares 03/04/2016

Esse é o primeiro livro que eu leio depois que fechei parceria com a Jangada, e devo dizer que eu comecei essa parceria com chave de ouro, pois consegui encontrar tudo o que eu gosto em apenas um livro.

Em "Os Humanos" conhecemos a historia de um extraterrestre que é enviado a terra disfarçado de Andrew Martin (sendo que o de verdade foi abduzido), assim que chega a terra ele não tem a menor noção de como é viver aqui e os costumes, tanto que começa a andar pelado pela cidade. Depois de ser parado por policiais, ele é encaminhado para uma clinica psiquiátrica e recebe a visita de sua esposa, lá dentro mesmo estranha os hábitos dos seres humanos e faz questionamento a tudo. Mas como não pode perder tempo, pois o seu objetivo aqui na terra é eliminar uma descoberta matemática que o Andrew fez, e todas as pessoas que tiveram contato ou que soubessem dessa pequisa, então acaba dando um jeito de sair. Porém com o passar dos dias ele começa a ver que os seres humanos não são tão ruins quanto ele achava, e que eles tinham o seu lado bom, e começa a entrar em um conflito interno e também com os seus "superiores" sobre finalizar ou não essa missão.

"Os humanos, em seu típico modo de ser, escrevem uma quantidade tamanha que não é possível dar conta. A leitura é acrescentada á grande pilha de coisas - trabalho, amor, desempenho sexual, as palavras que eles não dizem quando realmente precisam dizê-las - que os fazem se sentir um tanto inclinados á insatisfação"

A historia é narrado pelo ponto de vista do extraterrestre disfarçado de Andrew. Podemos perceber logo no inicio do livro que ele é bem critico em relação as coisas aqui na terra, desde porque nos vestimos até nossas manias e alimentação. Ele fica bem perdido nessa vida que ele está levando, pois não tem memoria nenhuma da vida do verdadeiro Andrew, e nesse dia a dia que a historia via se desenvolvendo, ela foca nos problemas da família Martin e também na missão e nas descobertas do extraterrestre.

Isobel é a esposa do Andrew, percebemos logo no inicio da historia que o casamentos deles estava em crise, mas mesmo assim ela ainda é apaixonada no marido. Ela estranha as novas manias do companheiro, mas acredita que é por causa do "colapso" que ele teve. Ela é uma mulher calma, atenciosa e carinhosa e que tenta segurar esse casamento que está prestes a desmoronar.

Gulliver é o filho do casal e ele não se da muito bem com o pai, pois não segue o padrão que o Andrew desejava, ele não era um gênio. Tudo o que ele queria era um pouco de atenção e poder entrar em uma banda, mas o pai não deixa. Ele foi bem desenvolvido na historia, percebemos que está perdido e sem rumo, e não sabe o que fazer da vida, e acabou sendo um personagem tocante e muito real para mim.

"O amor provoca medo porque o suga com uma força intensa, um buraco negro supermassivo que não parece nada visto de fora, mas, quando se está dentro ele desafia qualquer coisa dita pela razão."

O livro acabou sendo quase o oposto do que eu esperava mas isso de maneira nenhuma foi ruim. Eu estava aguardando uma historia leve e despretensiosa, e acabei encontrando uma leitura intensa, dramática, e com humor critico. Eu adorei esse livro pois ele faz muitos questionamentos ao nossos hábitos e manias, nos faz pensar sobre o que é realmente importante em nossas vidas: Família ou trabalho?

Ele desconstrói a imagem de seres humanos bons e maus, e mostra que todos temos os dois lados dentro de nós. Nos faz pensar sobre ter vida em outros planetas e sobre tudo o que o ser humano já descobriu e que ainda vai descobrir. E tudo isso é reunido em apenas um único livro, que possui uma leitura fluída com personagens surpreendentes e cativantes.

A capa e a contra capa do livro demonstram perfeitamente a essência da historia, as páginas são amareladas, as letras estão de uma tamanho bom para a leitura e eu não encontrei nenhum erro de tradução. Com certeza esse livro vai entrar para os favoritos da vida.

site: http://fonte-da-leitura.blogspot.com.br/2016/04/resenha-os-humanos.html
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Patricia 09/04/2016

Andrew, que na verdade não é Andrew, é um alienígena que veio para a Terra com a missão de destruir qualquer prova ou registro de que o grande enigma de Riemann foi solucionado pelo matemático Andrew Martin. Isso porque com a solução desse problema, que já atravessa séculos, a raça humana daria um grande salto tecnológico, pondo assim todo o universo em perigo. Sim, a nossa fama já se espalhou por todo universo. Aparentemente não somos uma raça muito confiável por causa da nossa tendência à violência (não posso negar que os aliens tem lá suas razões).

Mas enfim, por causa dessa ameaça, e também por causa de uma palestra aparentemente ousada demais, Andrew (que não é o Andrew) foi enviado para assumir o papel do matemático. Já o Andrew verdadeiro foi abduzido e sumariamente eliminado, então a partir de agora quando eu me referir ao Andrew, estarei falando do nosso querido e confuso ET.

Ao chegar na Terra, contra a vontade, Andrew fica bem perdido com toda a falta de tecnologia que temos aqui. Isso sem falar em nossa aparência horrível, com traços desnecessários (como o nariz), e em nossos costumes extremamente bizarros, como usar roupas. Após aprender que as roupas são necessárias e cuspir não é cumprimento, Andrew finalmente começa a se dedicar a sua missão. Essa missão é aparentemente muito simples, destruir qualquer registro da solução do problema matemático e matar qualquer pessoa que possa saber sobre a solução.

Andrew realmente não tem problemas em relação a matar alguém, isso porque, de onde ele vem tudo é analisado logicamente. E a lógica diz a ele que ao retirar uma vida ele estará salvando a vida de todos do universo. Ainda mais porque devido aos avanços tecnológicos, a maioria das outras vidas do universo já atingiram a imortalidade. Então ninguém está muito afim de morrer por causa dos humanos.

Mas essa análise lógica, a única forma de viver que ele conhece, começa aos poucos a aparecer pouco para ele. Ele sempre aprendeu que os humanos são violentos e gananciosos, e que somente o dinheiro move eles. Porém ao começar a conviver com a esposa do matemático morto, Isobel, e o filho deles, Gulliver, ele começa a apreciar cada vez mais os humanos. E é também por causa desse convívio que ele começa também a conhecer outros aspectos da natureza humana, além da violência e da ganância.

Se os humanos são terríveis assim, como o dizem, como eles são capazes de criarem coisas tão lindas como música, arte e poesia? Andrew começa então a viver um dilema entre o que sempre acreditou ser a verdade e empatia que começa a sentir pelos humanos, ao sofrimento deles, aos seus erros e acertos, a sua breve vida, ao próprio milagre aleatório que é a existência deles. Ele começa a enxergar a beleza que existe na Terra e nos humanos.

Porém essa sua nova iluminação vai de encontro diretamente com suas ordens, com a sua missão. Ele sabe que deve matar Isobel e Gulliver para ter certeza que o enigma de Riemann se manterá insolúvel, porém, será que conseguirá fazer o que deve? E afinal, a existência dos humanos vale a pena? Ou nós estamos apenas presos em uma estrada que dará na nossa própria destruição? E o que nos torna humanos?

A narrativa de Os Humanos é extremamente leve e ao mesmo tempo profunda. Encaramos os defeitos e qualidades da raça humana através dos olhos de um ser imparcial, que nos enxerga como somos. No início tudo que ele consegue ver são os nossos muitos e aparentes defeitos, mas ao nos conhecer mais profundamente ele começa a enxergar tons de cinza da nossa existência. Andrew (ET) é cativante, inteligente, ingênuo, sarcástico e com um humor seco impagável. A leitura toda flui de forma expontânea e super rápido, eu devorei uma página após a outra. Os capítulos, em sua maioria, são curtos, o que faz o livro se torna ainda mais fluido.

A edição do livro está linda, a capa é muito fofa e a qualidade está excelente. Como nos outros livros do autor, Os Humanos nos faz refletir ao mesmo tempo que nos faz rir. Uma ficção científica existencialista. Não tive dúvidas na hora de dar 5 estrelas para esse romance e mais do que recomendo esse livro para todos!

site: http://www.ciadoleitor.com/2016/04/resenha-os-humanos-de-matt-haig.html
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Lina DC 11/04/2016

A trama é dividida em prefácio e mais três partes, todas narradas em primeira pessoa sob a perspectiva do extraterrestre. No prefácio vemos que o livro foi escrito pelo protagonista com o intuito de apresentar os seres humanos aos demais seres intergaláticos.
Andrew Martin é um matemático de 43 anos, cujo objetivo de sua vida foi conseguir comprovar a hipótese de Riemann. O problema é que os seres humanos não estão preparados para as consequências dessa resposta, então Martin é abduzido antes de divulgá-la.

"Os humanos são uma espécie arrogante, definida pela violência e pela ganância. Eles pegaram seu próprio planeta, o único a que atualmente têm acesso, e o colocaram no caminho da destruição. Criaram um mundo de divisões e categorias e têm deixado continuamente de ver as semelhanças entre si mesmos." (p. 59)

A missão do extraterrestre (ele não tem um nome) é descobrir se Martin contou a alguém sobre as suas descobertas e eliminar qualquer evidência existente.
Logo após a abdução um novo ser está em seu corpo e vários momentos complicados se seguem. Ele é atropelado, preso por atentado ao pudor e colocado em um manicômio por um colapso nervoso.

"Os humanos, como regra geral, não gostam de pessoas loucas, a menos que sejam boas em pintura e, ainda assim, depois que já morreram. Mas a definição de louco na Terra parece ser muito obscura e inconsistente. O que era absolutamente são em um período torna-se insano em outro." (p. 45)

São tantas sensações novas que "Martin" sente-se sobrecarregado, mas acaba contando com a ajuda de sua esposa Isobel nessa adaptação.

"- Mas o que você ganha com isso?
Ela riu.
- Essa pergunta tem sido uma constante em todo o nosso casamento.
- Por quê? - pergunte. - O nosso casamento tem sido ruim?
Ela inspirou fundo, como se essa pergunta fosse algo que a levasse a mergulhar e passar por baixo." (p. 66)

Enquanto tenta compreender as nuances da humanidade, Martin observa a dinâmica do casamento com Isobel, seu relacionamento com Gulliver, seu filho adolescente, e Newton, o cão da família.

"- Ah, tenha dó, foi sempre a mesma coisa. Dos 2 aos 4 anos de idade, Gulliver nunca o viu em casa um dia sequer na hora do banho ou para te contar uma história na hora de dormir. Você ficava fora de si diante de qualquer coisa que interferisse com você e sua carreira." (p. 199)

De uma forma leve e divertida, Matt Haig explora os aspectos da convivência, do casamento, da amizade e discute abertamente sobre a família e o amor.
A dinâmica entre "Martin" e Isobel é delicada e ao mesmo tempo complexa. Isobel aceita de bom grado as mudanças de "Martin" pois ainda tem esperança de o homem que sempre amou ainda existem. Anos de um casamento desgastado, um companheiro extremamente egoísta e narcisista e um filho que vive sob a sombra do sucesso dos pais é uma pequena parte do cenário retratado em "Os Humanos".

"E eu me sentia incrivelmente emocionado por poder testemunhar o amor ressurgindo de dentro dela, porque era um amor total no auge da vida. Do tipo que só era possível em alguém que morreria em algum momento do futuro e que também tinha vivido o suficiente para saber que amar e ser amada era uma coisa difícil de alcançar, mas os se lidar com ela é impossível ver o infinito." (p. 225)

"Os Humanos" é um testemunho das perfeitas imperfeições que carregamos. É uma narrativa forte e vibrante de como somos capazes de errar, mas também da nossa capacidade infinita de amar.
Em relação à revisão, diagramação e layout a editora realizou um ótimo trabalho. A parte interna tem divisões das partes, frases em destaque e uma capa linda.

"E foi então que tomei consciência do porquê do amor.
O amor servia para ajudar a sobreviver." (p. 239)
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Cath´s 26/04/2016

Resenha Os Humanos.
Admito que não estava esperando que esse livro fosse "uau!", mas só bonitinho. Ocorre que assim que comecei a ler ele se enquadrou no termo "uma grata surpresa". Imaginem uma análise da raça humana feita por um extraterrestre em formato de livro para outros extraterrestres. Com muita leveza o autor consegue te fazer rir e mesmo assim parar e analisar como a humanidade faz coisas doidas.

O livro começa com o extraterrestre explicando que vai contar para outros de sua espécie sobre a experiência que teve na Terra. Ele chega à Terra pelado, no meio de uma estrada, e seus risos vão começar por aí. Ele (seu verdadeiro nome nunca é dito, não sei nem se existe no planeta dele) ocupa o corpo do professor Andrew Martin.

Enquanto ele vai caminhando pela referida estrada as pessoas vão cuspindo nele e falando palavrões/acusações, mas ele acha que cuspir é um cumprimento, então começa a cuspir nas pessoas também. Depois ele acaba parando em uma loja de conveniência e lendo uma revista Cosmopolitan, a consequência é que acaba achando que o objetivo da humanidade é ter o máximo de orgasmo que conseguirem.

Mas o objetivo dele é exterminar todos os dados da descoberta do real professor Martin sobre a Hipótese de Riemann, bem como matar todas as pessoas com quem o professor tenha comentado sobre isso.

No início ele acha tudo muito estranho, mas no decorrer da obra começa a ver que a humanidade não é capaz somente de destruição, ao mesmo tempo que vai se apegando a família do Martin. Isobel é uma esposa que desistiu da carreira para cuidar da família e não encontrou nenhum apoio no marido, permanecendo em um casamento falido. Gulliver é o filho adolescente deles que tem tendências ao suicídio. Também tem o cachorro da família, o Newton, que é uma graça.

Só que não adianta ele se apegar a família, pois tem ordens superiores para cumprir e se não cumprir pode vir outro extraterrestre para cumpri-las.

Sabe como é mais fácil você ver os fatos quando olha de fora? Esse livro da um olhar sobre a humanidade de fora e de dentro, ao mesmo tempo. Primeiro, ele acha todos os costumes estranhos e os humanos propensos à violência, mas no decorrer da convivência vai vendo que a humanidade é capaz de coisas boas.

O final do livro não é um término bombástico, mas acho que foi bem feito, pois qualquer outro final ficaria forçado.

Adorei a obra, pois embora seja leve me fez refletir sobre a humanidade. Tenho a mania de ser bem pessimista e bem otimista quanto a ela. Tem dias que eu penso que só tem crueldade, estão sempre fazendo algo pior e que é possível qualquer tipo de maldade. Tem dias que eu vejo que tem pessoas boas, talvez em minoria porque falta educação a muitos, mas existem e meu namorado e amigos são a prova disso. Então sua conclusão sobre a humanidade sempre vai mudar dependendo do ponto de vista que analisar.

A capa está ótima. Admito que a primeira coisa que me chamou atenção no livro foi a capa (adoro cachorros e adoro azul).

site: http://www.some-fantastic-books.com/2016/04/resenha-os-humanos-de-matt-haig.html
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Súh 21/04/2024

Surpreendente
Aquela grata surpresa ao ler um livro que não tem nada a ver com a gente e nos surpreende. E de uma forma totalmente inusitada esse extraterrestre nos ensina a sermos mais humanos. Adorei!!
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Debyh 05/06/2016

Estou surpresa com essa leitura, quando comecei a ler este livro eu esperava sim que tivesse os dois lados de uma mesma história: a parte mais ‘filosófica’ sobre o ser humano e a parte da ficção cientifica. E, como eu esperava, os dois estavam lá. Mas o que me pegou de surpresa foi em perceber como o autor conseguiu juntar os dois deixando o livro ao mesmo tempo com uma história instigante do começo ao fim sem deixar de lado a reflexão sobre a humanidade. Realmente foi uma surpresa muito positiva.

(continua no link - com resenha em áudio)

site: http://euinsisto.com.br/os-humanos-matt-haig/
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Mah 29/06/2016

Somos Humanos
Para hoje temos um dos melhores livros que já li do gênero ficção científica!

Os Humanos é um dos mais recentes lançamentos da Editora Jangada e o primeiro do Grupo Pensamento a ocupar minha estante; não pude conter meu entusiasmo quando vi de perto a capa fantástica desse livro. Foi um prazer imenso tê-lo em minhas mãos, e fiquei ainda mais surpreendida com a história que suas páginas carregam.

Somos impelidos a conhecer um alienígena, que ao chegar a terra assume a forma do brilhante professor de matemática da Universidade de Cambridge, Andrew Martin, para cumprir uma missão obscura, que é impedir o progresso dos humanos e reunir informações a cerca deles.

Esse tal progresso refere-se a ilustre e perigosa descoberta que o professor Martin fez antes de ser abduzido. Ele provou a hipótese de Riemann.

“No entanto, Riemann tinha apenas localizado a fechadura, não tinha verdadeiramente encontrado a chave [...].”

Sei que não parece grande coisa (para nós, meros mortais e alheios à matemática), mas no livro o autor se encarregou de explicar o quanto isso é de fato importante. Se esse problema fosse resolvido os humanos finalmente dariam um grande passo rumo à evolução, teríamos supercomputadores, explicações sobre física quântica e transporte interestelar, poderiam evitar doenças e até mesmo a morte.

“Um número primo é forte. Ele não depende de outros. E puro e completo e nunca enfraquece. Você precisa ser com um número primo.” -Anfitriões.

O problema começa justamente quando o humano, o professor Andrew Martin, resolveu esse enigma matemático que veio assombrando as mais brilhantes mentes da Terra.

Porém, os humanos não estão prontos para esse tipo de avanço. Logo, Andrew, ou melhor, o extraterreste Sem Nome, veio a Terra com a mais simples missão de destruir todas as provas da hipótese e as pessoas para quem o humano possa ter contado.

“Faça o que eles querem que faça. Eles nunca devem saber quem o mandou. Não entre em pânico. O professor Andrew Martin não está eles agora. Você está. Vai dar tempo.[...]Use seus dons de forma inteligente.
Usarei. Mas estou assustado.
Tem todo o direito de estar. Você está entre humanos.”

Quando esse extraterreste aparece na Terra pelado e totalmente alheio a tudo que envolve ser humano, como a falar, cumprimentar, se vestir; suas primeiras impressões sobre a espécie são de pura aversão. Ele não gosta da aparência que possuímos, e acredita que somos resumidos a violência, a ganância e egoísmo sem fim.

“Tinha também ouvido falar que os humanos eram uma forma de vida de inteligência mediana, na melhor das hipóteses, e tinham uma tendência à violência, profunda vergonha sexual, poesia ruim e a andar em círculos.”

O professor Martin, o verdadeiro, era um proeminente matemático, mas um péssimo marido para Isobel, e um pai distante para seu filho, Gulliver.
Isobel é uma historiadora, considerada muito inteligente “pelos padrões humanos”, mas que abandonou sua carreira para se dedicar a família, porém tarde demais percebeu que seu marido não passava de um homem egoísta e narcisista, lhe restando somente seu filho, ou quase, já que sente que o está perdendo também.
Gulliver sofre pelos atos do pai, com a pressão de ser filho de um matemático notório e com todos os problemas que envolvem ser jovem e solitário. Isobel e Gulliver são os únicos a notar as mudanças repentinas em Andrew.

“Então fiquei ali, ouvido sua respiração entrar e sair, como se fosse a maré de um mar exótico. Em determinado momento, meu dedinho tocou o dela, por baixo do edredom, e dessa vez o mantive ali e imaginei que era quem ela pensava que eu era.”

Ao decorrer do livro notamos que ocorrem transformações no modo em que o extraterreste nos ver. Passamos a ser um enigma para ele, algo que ele quer ardentemente entender, o que o faz pedir mais tempo na Terra aos Anfitriões ( pelo que entendi, são os lideres no planeta dele).

“Explique por que você precisa de mais tempo para isso. A complexidade exige tempo, mas os humanos são primitivos, desprovidos de mistérios.” –Anfitriões.
De todos os livros que já li do gênero, esse sempre será lembrado por mim pela trama espetacular e por sua narrativa divertida. O começo foi incrivelmente engraçado, “ver” esse extraterreste tentando entender que ser cuspido não é uma forma de cumprimento, que roupas são essenciais (já que elas dizem muito sobre nós) e que a revista Cosmopolitan não é um manual sobre humano; foi incrível notar que coisas simples são ao mesmo tempo complexas.

O próprio prefácio do livro é inusitado, tudo sobre essa obra é inédita. Eu comecei a lê-la sem nenhuma expectativa, sem esperar nada do autor ou do gênero, e acredito que isso me fez mergulhar ainda mais de cabeça nessa história.

“E vê sua beleza. Se a beleza na Terra for a mesma que em qualquer outro lugar: ideal naquilo que tem de tentadora e indecifrável, criando uma confusão deliciosa.
Eu estava confuso e me sentia perdido.”

Adorei observar esse extraterreste descobrir que as poesias da Emily Dickinson são maravilhosas, que o vinho australiano é excêntrico, que uma vaca é mesmo uma vaca mesmo que a chame de bife, e que os gêneros musicais são contagiantes, principalmente o rock; que um cachorro pode ser um ótimo companheiro não só para os humanos, mas também para algo como ele; e que o amor é real.

“44) Você tem o poder de parar o tempo. Consegue isso ao beijar. Ou ouvir música. [...]”

“86) Apenas gostar de alguma coisa é insultá-la. Ame-a ou a odeie. Tenha paixão. Conforme a civilização avança, a indiferença faz a mesma coisa. É uma doença. Imunize-se com arte. E amor.”

Essa resenha foi bastante complicada de escrever, pois tive que falar sobre nós, os humanos, do ponto de vista de um ser extraterreste (estranho, eu sei). O livro em si é caixa de surpresa, a escrita é muito envolvente, a ponto de nos deixar um tanto constrangidos.
Matt Haig é absurdamente talentoso. E seu livro é diferente de tudo que já li, é um engraçado, romântico e verdadeiro. Fala sobre os humanos de um jeito cru que pode nos arrancar lágrimas e risos.

Eu me senti invadida por esse livro, suas palavras e conclusões me fizeram rir e me corroer por dentro com suas as verdades. É claramente uma obra para nós, então posso simplesmente recomendar para todos os humanos, porque é o tipo de livro que se precisa ler pelo menos uma vez na vida.


site: http://livrosemarshmallows.blogspot.com.br/2016/05/resenha-os-humanos.html
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