Su 28/01/2016
Depois de ler O ponto da virada e Davi e Golias eu precisava ler Fora de série.
Nesse livro, Malcolm nos mostra que é uma mentira pensar que as pessoas alcançam o sucesso unicamente pelos seus esforços individuais. Todos dependemos de uma série de fatores, entre eles, o país em que nascemos, nossa família e a escola em que estudamos.
Na introdução, vemos o exemplo de uma pequena cidade dos Estados Unidos, cujo nome é Roseto. Ela foi tema de pesquisa para o médico Stewart Wolf. Ele percebeu que as pessoas daquele lugar raramente adoeciam, isso na década de 1950.
O autor continua nos dando exemplos de pessoas excepcionais que receberam o apoio necessário para chegar aonde chegaram, entre eles Bill Gates e a banda Beatles. O livro é composto por nove capítulos. São eles: O efeito Mateus, A regra das dez mil horas, O problema com os gênios parte 1 e 2, As três lições de Joe Flom, Harlam – Kentucky, A teoria étnica dos acidentes de avião, Arrozais e testes de matemática e A barganha de Marita. Além do epilogo, Uma história jamaicana.
Esse livro me fez ver que dependemos muito mais dos outros do que queremos acreditar. Até mesmo o ano em que nascemos influencia decisivamente em nossa vida.
“Ninguém surge do nada. Devemos alguma coisa à família e a protetores. Aqueles que são recebidos por reis podem dar a impressão de que fizeram tudo sozinhos. Na verdade, porém, eles são, invariavelmente, os beneficiários de vantagens ocultas, oportunidades extraordinárias e legados culturais que lhes permitiram aprender, trabalhar duro e entender o mundo de uma forma que os outros não conseguem. O lugar e a época em que crescemos fazem diferença. A cultura a que pertencemos e os legados transmitidos por nossos ancestrais moldam os padrões de nossas realizações de formas inimagináveis. Em outras palavras, não basta querer saber como são as pessoas de sucesso. Somente perguntando de onde elas são poderemos deslindar a lógica por trás de quem é ou não bem-sucedido.”
“Mas a crença no trabalho é, na verdade, algo belo. Quase todas as histórias de sucesso que vimos neste livro até agora envolvem alguém ou algum grupo que se esforçou mais do que seus pares. Bill Gates era viciado em computador desde os tempos da escola. Bill Joy também foi assim. Os Beatles praticaram por milhares de horas em Hamburgo. Joe Flom trabalhou muito durante anos, aperfeiçoando a arte da operação de aquisição hostil, antes de obter sua chance. Dar duro é o que as pessoas bem sucedidas fazem, e a virtude da cultura formada pela labuta nos arrozais foi proporcionar aos camponeses uma forma de encontrar significado em meio a toda aquela adversidade e pobreza. Essa lição serviu aos asiáticos em muitos empreendimentos, porém raramente com tanta perfeição quanto no caso da matemática.”
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