A via crucis do corpo

A via crucis do corpo Clarice Lispector




Resenhas - A Via Crucis Do Corpo


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Maria21381 23/04/2023

A hora do lixo
Clarice segue minha escritora favorita, mas fiquei decepcionada com esses continhos. Normalmente não gosto de sexo explícito na literatura, enfim, sou da opinião de que algumas coisas ficam melhor não-narradas. Sei que dificilmente alguém que ler isso concordará comigo, a não ser que professem alguma fé cristã...? Fico triste também por saber que é devido a esses contos que tratam-na por feminista, título que ela rechaçou durante a vida.
P.s.: para quem quer iniciar por alguma obra de contos da autora, indico Laços de Família.
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Víctor Morais 18/04/2023

Cadê a minha Clarice?
Nossa, depois que li O Lustre, parece que o Charme com a Clarice Lispector despencou. Cadê as metáforas para a vida, cadê o choro, cadê a dor, o riso, a passagem de tempo...Contos de no máximo dez folhas e sem nenhum aprofundamento, foi o que eu li aqui. Coloco como razoável, por só ter 80 páginas.
Maria21381 23/04/2023minha estante
Tive a mesmíssima impressão. Mas você gostou de "O Lustre"? Ainda não pude lê-lo




cairinho 13/04/2023

Melhores Contos
Por enquanto e Dia após dia

Retrato do dia das mães vivido pela autora um período entre 6:00am e 7:00am. Sua ansiedade
O início no meio, o meio no fim e o fim no início.
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Sofia 07/04/2023

Lindo.
Clarice é arte.
Esse livro vai contar 13 contos totalmente aleatórios, com visões do mundo muito diferentes.
São bastante curtos os capítulos e terminam de formas "trágicas", eles vão te fazer pensar e vai trazer aquela história para sua vida, por mais que vc nunca passou por aquela história.
Achei um livro leve comparado aos outros dela, o que fez eu ter um maior entendimento nele (pq os outros são meios complicados) foi lindo ver esses contos, achei rápido e reflexivo, se tornou um dos meus favoritos dela. Recomendo muito
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robson_lourenco 05/04/2023

Neste livro Clarice traz vários contos curtos que destacam a sensualidade e a sexualidade.

Destaco um trecho do conto Ruídos de Passos:
"? Quando é que passa?
? Passa o quê, minha senhora?
? A coisa.
? Que coisa?
? A coisa, repetiu. O desejo de prazer, disse enfim.
? Minha senhora, lamento lhe dizer que não passa nunca."
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Aila.Nossa 04/04/2023

Etarismo, desejo, religião e crime
Interessante ler a Clarice fora de um contexto profundo de intimismo e catarse, ou seja, em um local literário mais direto e fluido. Soube que foram contos encomendados em um momento de fragilidade financeira e que , inicialmente, a Clarice titubeou diante do convite de escrever com fins eróticos e lascivos mas não só aceitou, como escreveu mais estórias que o combinado.

Submergida na cultura patriarcal onde a sexualidade da mulher tem um prazo condizente com sua utilidade reprodutiva , Clarice nos presenteia com contos sexuais de mulheres atravessadas pelo etarismo.

Boa parte das histórias são enviesadas pela religião: Em qual parte do corpo termina a via crucis?! Inclusive ?Via crucis? é o melhor
conto do livro, traz a temática o estupro x fantasias


religiosas.

Vale leitura!
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Mercy/Ãndigo 02/04/2023

A via crucis do corpo
Primeiro livro que li de Clarice Lispector, simplesmente impecável!

A via crucis do corpo é uma coletânea de contos que exploram o desejo, o sensual, o erótico e o amor carnal, ao mesmo tempo que exploram a simplicidade.
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Martony.Demes 30/03/2023

Livro com coletânea de contos de Clarice!
Eu li esse livro apos eu ler em sua biografia que ela o fizera em um fim de semana e com temática mais, digamos densa e lasciva!

Óbvio que não é dos melhores livro dela!
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Ramalho 28/03/2023

Clarice sempre Solitária
Um livro sobre sensualidade que destaca a versatilidade dessa grande escritora. Mas não se engane mesmo nesta seara Clarice continua reflexiva e solitária ?
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4ndrewnunes 26/03/2023

Esse foi o primeiro livro da clarice que li, em 2019. relendo hoje consigo ver defeitos que não vi antes. não é o melhor estado de clarice. a escrita dela, sempre linda, mas é um livro encomendado e parece isso mesmo. foi todo escrito em um fim de semana. além disso, alguns preconceitos da clarice surgem e fica nítido a mulher rica e branca que ela era. quero voltar a ler os outros dela, como perto do coração selvagem e a hora da estrela. gosto mais de alguns contos e crônicas do que de outros, mas no geral acaba sendo um livro fraco... como ela disse: "disseram-me que esse livro é um lixo. concordo. deve haver espaço para o lixo também" ou algo assim kkk. continuo amando o estilo único dela ao falar de emoções.
Maria21381 23/04/2023minha estante
Ei, mas ela não era rica! Casou-se com diplomata, mas quando escreveu esses continhos, já divorciada, vivia apenas do que ganhava com seus trabalhos literários, que não era muito. Seus pais foram bem pobres, também




Lu 24/03/2023

Muito bom
Textos curtos, interessantes e sempre com uma mensagem nas entrelinhas. Estilo Clarice de escrever. Super recomendo pra quem deseja iniciar na obra dela
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Pandora 23/03/2023

Decidi, depois de ler "Felicidade clandestina", colecionar Clarice Lispector. Ela é uma autora sensacional, simples, direta, sensível e emocionante. Eu fico absurdada com a forma totalmente despretensiosa através da qual Clarice conta suas histórias, o aterrador, corriqueiro, profundo e superficial aparece na narrativa dela de uma forma tão natural quanto o milagre de nascer em um mundo atroz como esse no qual vivemos. Então, poucos dias depois de terminar "Casas Vazias", ainda um pouco sem chão, peguei "A Via Crucis do Corpo" para dar uma olhada e terminei lendo de uma vez só, em um gole.

Em "A Via Crucis do Corpo" encontramos uma coletânea de contos feitos pela Clarice por encomenda de seu editor. A ideia era que ela escrevesse histórias que realmente aconteceram e entre o dia 12 e 13 de Maio ela escreve. Lendo esse livro tive a impressão de ter passado um dia inteiro com a Clarice, tomando café e ouvindo ela contar essas histórias. Ela sozinha em casa, eu sozinha em casa, ela falando, eu ouvindo, como se o apartamento dela se fundisse ao meu e nós realmente estivéssemos no mesmo espaço sem separação de tempo.

Cada história parece uma história secreta, coisas sobre as quais as pessoas que viveram talvez não gostassem de comunicar ao mundo, sensações da intimidade e do desamparo da própria autora. Os contos são diferentes histórias, mas se conectam um ao outro enquanto são escritos todos, um após o outro nesse fim de semana, entre o dia das mães de 12 de Maio e o dia 13 de Maio, dia da Abolição da Escravidão. Contos lúdicos, profundos, com a pretensão de serem verdadeiros, e, mesmo quando são absurdamente fantásticos, acredito em tudo que Clarice me contou nesse dia no qual nossas solidões se encontraram através da palavra escrita.

"Quando a gente começa a se perguntar: para quê? então as coisas não vão bem. E eu estou me perguntando para quê. Mas bem sei que é apenas "por enquanto". São vinte para as sete. E para que são vinte para as sete?
Nesse intervalo dei um telefonema, e para o meu gáudio, já são dez para as sete. Nunca na vida eu disse essa coisa de "para o meu gáudio". É muito esquisito. De vez em quando eu fico meio machadiana. Por falar em Machado de Assis, estou com saudade dele. Parece mentira mas não tenho nenhum livro dele em minha estante. José de Alencar, eu nem me lembro se li alguma vez.
Estou com saudade. Saudades dos meus filhos, sim, carne de minha carne. Carne fraca e eu não li todos os livros. La chair est triste.
Mas a gente fuma e melhora logo. São cinco para as sete. Se me descuido, morro. É muito fácil. É uma questão do relógio parar. Faltam três minutos para as sete. Ligo ou não ligo a televisão? Mas é que é tão chato ver televisão sozinha.
Mas finalmente resolvi e vou ligar a televisão. A gente morre às vezes." (pág. 45)
Rayssa242 23/03/2023minha estante
que citação linda !


Pandora 23/03/2023minha estante
Clarice e suas lindezas.




Yara.Linhares 21/03/2023

Incrível como tudo que essa mulher escreve é genial. Contos muito gostosos de ler, fáceis e prazerosos
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eduardo 18/03/2023

Titulo da resenha
De tudo que já li de clarice foi de longe o que eu menos amei. tipo, tem uns instintos legais, mas? não parece ela. e - explosão - ela mesma deixa isso claro num momento, que pouco se importa mais com seu nome e com o que a via crucis do corpo agrega ou deixa de agregar à sua obra literária.
aqui tem a coisa do s5xu4l. em todos os contos ela é bem, não explícita tipo um livro hot, mas sabe, ela é um tanto p0rn0gr4f1c4. e meio que só, é esse o tema, é esse o rolê aqui, goste você ou não, eu não.
mas claro que tem seus brilhos sim: quando clarice fala de morte, aqui mesclado sempre com a temática s5xu4l, ela arrasa. ela deixa ?claricemo? que não da pra se distanciar de seu nome. que não da pra alguma coisa escrita por ela não agregar à sua obra e ser apenas histórias contadas em papéis, isso não vai acontecer. pretendo reler daqui uns anos
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Paula.Mazzuchi 15/03/2023

Todos os dias passamos pela via crucis
Todos os contos são incríveis. ?miss Algrave? com certeza é uma pérola que tive o prazer em conhecer na literatura tão singular de Clarice, uma descoberta deleitosa que só realçou a genialidade dessa mulher.
A ruptura que se criou ao contraste do que é erótico e o que é sexo, delineiam-se a vergonha, solidão e culpa que se criam nas histórias desses tristes personagens; são todos tão reais, tão vivos que infelizmente não se pode criar uma ilusão em volta de suas próprias vidas. Na própria narração existe um elemento muito rico, que se movimenta em todas as páginas: Clarice Lispector não estava apenas criando contos, ela estava relatando seu íntimo, sua própria natureza. No conto ?ruído de passos?, existe um desabafo que se estica ao decorrer dos detalhes sobre a terceira idade de cândida raposo, uma idosa de 80 anos que ainda sente vontade de ter relações sexuais. No desabafo, a personagem pergunta ao médico como pode se livrar da ?coisa?, já que não tem mais idade para isso. A coisa em questão seria o desejo de prazer, o desejo de ser tocada. O médico a responde dizendo que é para a vida toda. ela, sem muitas opções, decide se masturbar. A vergonha e culpa a corroem e é nessa parte que vimos reflexões da própria autora. ela contradiz, em muitos momentos, o que seria pecado e o que seria liberdade. Para o leitor, esse momento deveria ser algo libertador, algo prazeroso. Para a personagem é um motivo de morte, de castigo.
A escrita de clarice está suprema; ?eu não sou um intelectual, escrevo com o corpo?. Realmente, a via crucis do corpo!
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