O Quarto Dia

O Quarto Dia Sarah Lotz




Resenhas - O Quarto Dia


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SahRosa 24/05/2016

Resenha Exclusiva do Blog Da Imaginação à Escrita
Faz somente algumas horas que terminei a leitura de O Quarto Dia, novo livro da Sarah Lotz, autora de Os Três, ainda estou tentando processar essa incrível história, pois novamente Sarah me surpreendeu, não sei explicar, mas você termina a leitura sem saber direito o que sentir e pensar sobre qual o mistério da trama, tenho tantas teorias sobre O Quarto Dia, mas todas elas só me dizem uma única certeza, tudo está ligado em Os Três. A princípio, quando este livro foi anunciado, pesquisei algumas resenhas, para saber se seria ou não uma continuação de Os Três, afinal, este tem um final em aberto, que aliais, assim como em O Quarto Dia é proposital, pois Lotz deixa exatamente essa brecha para fazer o leitor pensar e sinceramente, eu adoro esta escolha!

Até agora, enquanto escrevo essa resenha, não tenho absoluta certeza se O Quarto Dia pode ou não ser classificado como uma continuação de Os Três, por mais que dê para ler esta nova obra, sem ter lido a anterior, os eventos finais de O Quarto Dia, me deixaram pensando, pois muita coisa se encaixa quando você lê Os Três, por isso mesmo digo, leia ambos os livros, há referências sobre a Quinta-feira Negra e em especial sobre um dos sobreviventes, mas no desfecho desse cruzeiro macabro de O Quarto Dia, percebi que há muito mais envolvido do que apenas isso, Sarah tece uma história tão bem construída que o leitor acabará se empolgado com o enredo, tentando descobrir qual o segredo por de trás de tudo que foi relatado, mas já deixou avisado, não espere um desfecho feliz ou com respostas conclusivas, esse não é o estilo de Sarah Lotz, e volto a mencionar, assim como em Os Três, O Quarto Dia vai terminar com brechas e para mim, isto foi proposital, para que possamos refletir, particularmente, adoro livros que terminam dessa forma, que dá a brecha para o leitor formar sua própria teoria e Sarah Lotz é mestra neste quesito, há aqueles que julgam o final tanto deste livro, quanto de Os Três insatisfatório, mas se parar para analisar, foi a melhor opção, principalmente se você concluir O Quarto Dia, vai entender melhor o motivo da autora querer deixar esse gancho e só tenho a dizer, esta obra é uma das melhores que eu li este ano, eu já esperava ter a mesma qualidade de Os Três, mas Sarah me surpreendeu ainda mais, com um enredo profundo, perturbador e incrivelmente sinistro!

Cinco anos após a Quinta -feira Negra, um novo acidente abala o mundo. O Belo Sonhador deveria ter dito uma viagem tranquila, mas misteriosamente desapareceu, seus tripulantes ficaram a deriva e caos tomou conta. Há indícios de que um possível vírus tenha afetado os tripulantes, afinal, o cheiro de vomito e morte paira no Belo Sonhador, mas nem mesmo isso explicaria o fato de 2.962 passageiros tenham desaparecido...

Teorias da conspiração pipocam a todo momento, há quem diga que havia sim sobreviventes, mas o governo nega a autenticidade dos relatos divulgados, O Belo Sonhador é um mistério, nem mesmo a caixa preta e as gravações do navio podem ajudar, já que estão danificadas, apenas dois corpos foram encontrados, no entanto, como explicar o desaparecimento dos demais tripulantes? Os botes salva-vidas também sumiram, o que explicaria uma possível evacuação dos passageiros, mas não há nenhum indício próximo ao golfo do México, onde o navio foi encontrado, indica pistas sobre o que aconteceu. Uma viagem que tinha tudo para ser feliz, mas O Belo Sonhador parece ter feito um caminho diferente, que resultou em um desfecho perturbador para os que estavam abordo.

Diferente de como foi desenvolvido em Os Três, neste novo livro, temos uma narrativa em terceira pessoa, que é focada em personagens diversos, digamos os principais, cada um deles, Sarah atribui a uma característica, que aliais é a chamada nos capítulos, isto faz com que o leitor saiba identificar qual é o próximo companheiro que teremos ao longo das páginas de O Quarto Dia. Cada um desses personagens, são de suma importância para o enredo, pensei em cita-los no meu resumo, mas acredito que oculta-los, deixará uma grande surpresa, pois garanto, há muito escondido e a cada capítulo, Sarah termina com um gancho sensacional deixando o leitor sedento em ler.

Pode até parecer coincidência, mas terminei a leitura do livro em três dias, não me contive quando O Quarto Dia chegou, era um dos livros que eu mais estava aguardando, eu adoro um bom livro de suspense e Sarah Lotz se tornou uma das minhas escritoras prediletas do gênero, sua escrita fluída, o modo como desenvolve o terror psicológico em seus personagens e o que acaba fazendo com que o leitor sinta também, é sensacional, Sarah é uma autora incrível, em Os Três, ela já havia me conquistado, mas foi em O Quarto Dia que pude ter ainda mais certeza o quanto Lotz é uma autora de peso, que instiga seu leitor durante a leitura e faz com que a experiência ao ler seu livro torne-se ainda mais intensa!

Não há palavras que eu possa usar para falar desse livro, pois fiquei tão fissurada em O Quarto Dia, que apenas tenho uma única certeza: Leia, leia o quanto antes! Mas como mencionei, inclua também Os Três junto, você com certeza terá em mãos duas obras de suspense maravilhosas, que recomendo lerem em sequencia! No entanto, mesmo com as referências implícitas sobre Os Três, talvez não se julgue necessário, caso você opte em ler apenas este, mas lhe garanto, não será a mesma sensação, ler Os Três e O Quarto Dia é ao mesmo tempo, é incrível e assustador, recomendo ambos!

Enfim, antes que essa resenha fique ainda mais recheada de elogios, afinal, Sarah Lotz e seus livros, já estão entre os meus queridinhos, quero falar um pouco sobre a edição. Assim como em Os Três, neste livro, não terá orelhas, é bem-parecido com o outro livro da Sarah, as laterais são pintadas, mas dessa vez em azul, em Os Três é preto. A capa é lindíssima, adorei o efeito de luz no título, no navio e no ícone 4, igual ao que foi usado em Os Três (que tinha o rosto das crianças), ainda sobre a capa, ela tem uma textura aveludada, que eu amo! Não encontrei nenhum erro aparente na revisão, a diagramação é simples, mas condizente com a obra. Sem mais, O Quarto Dia é uma leitura fundamental para os amantes de suspense, ou para aqueles que buscam uma obra diferente, aterrorizante e intensa!

site: http://www.daimaginacaoaescrita.com/2016/05/resenha-o-quarto-dia-sarah-lotz.html
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Conchego das Letras 20/05/2016

Resenha Completa
Este é meu segundo livro desta autora em duas semanas. Em "Os Três" (ver resenha aqui) conhecemos a história da Sexta-feira Negra, com a queda de quatro aviões. Em "O quarto dia" seremos levado ao tenebroso mundo dos acidentes marítimos.

Quem nunca ouviu falar em embarcações encontradas no mar, aparentemente abandonadas por seus tripulantes "de última hora", mas que pareciam não ter absolutamente nada de errado ou que justificasse o sumiço da tripulação? Pois então, é com esse imaginários que O quarto dia irá trabalhar.


Não vou mentir para vocês, fiquei um tanto irritada após uma informação que meio que desmentia muito do livro anterior, mas aos poucos a obra foi me envolvendo. Neste ponto vale ressaltar que não é preciso ter lido o primeiro para entender o segundo, mas achei interessante ter conhecimento de ambas as histórias.

A linha Foveros é uma linha de cruzeiros já desacreditada, com zilhões de críticas na internet, uma ornamentação das mais bregas e um serviço de bordo que, no mínimo, deixa um tanto a desejar. Nela está ocorrendo o "encontro de Amigos" de Celine, uma suposta médium que recebem entidades que contam para ela o que aconteceu com os entes queridos falecidos daquelas pessoas.

Nos três primeiros dias Celine faz de tudo para fugir de seus "amigos/fãs", aparecendo só na noite do terceiro dia para a sua apresentação. É exatamente na madrugada desta noite para o início do quarto dia que algo estranho começa a acontecer. O navio perde toda a energia e fica completamente a deriva, sem nenhuma forma de comunicação para realizar nem ao menos um pedido de resgate.

O estoque de comida é finito e perecível, e eles não têm ideia de quando e se serão resgatados. Para completar o caos, ainda é encontrado o corpo de Kelly, uma das passageiras, assassinada em sua cabine e a equipe tenta encobrir todos estes fatos a qualquer custo. Mas como esconder segredos de tanta gente, em um confinamento onde tudo o que eles realmente têm para fazer é "fofocar"?

Bem, pessoal, eu gostei do livro. Ele responde algumas questões que ficaram abertas no livro anterior, ajudando-nos a quase entender o incompreensível, mas levanta novas questões (sério, essa autora deve estar querendo me enlouquecer fazendo essas coisas!). A narrativa dele também é mais fluida, embora eu não tenha tido problemas com o outro, por ser agora de forma linear, sem as idas e vindas que tivemos no livro passado.

Outra coisa legal dessa vez é que os próprios personagens contam suas histórias, não é mais um terceiro relatando informações colhidas, o que torna tudo bem mais "pessoal".

Querem saber mais sobre o que acontece para que este se torne "mais um navio fantasma no mar"? Então façam como eu fiz e venham conferir O QUARTO DIA!

site: http://conchegodasletras.blogspot.com.br/2016/05/resenha-o-quarto-dia.html#more
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Yara Guez 20/05/2016

O Quarto Dia
Você resolve fazer um cruzeiro de final de ano para comemorar o ano novo com alguém que você ama, talvez para encontrar um amor, para compartilhar uma amizade ou você está nesse cruzeiro a trabalho. Tudo lindo, baladeiro e maravilhoso...até que o navio para de funcionar, alguns motores pegam fogo, alguns tripulantes se machucam e alguns espíritos aparecem como quem não quer nada.
Essa é a história de O Quarto Dia, segundo livro lançado pela Editora Arqueiro da Sarah Lotz, autora conhecida por seus thrillers.
O leitor acompanha esse caos pela visão de 5 personagens principais, que se entrelaçam algumas vezes e que narram a história. Cada capítulo referente a um personagem se inicia com os títulos abaixo:
A Assistente da Bruxa - A secretária da "vidente" que é a estrela dos shows que ocorrem no navio, se ela é vidente ou não isso só você vai poder me dizer.
O Guardião de Segredos - O jornalista que persegue a vidente, pois acredita que ela é uma grande farsa.
O Anjo da Misericórdia - O único médio da embarcação que é um viciado, quer saber em que?
As Irmãs Suicidas - Duas idosas que decidiram pôr fim a suas vidas, e o motivo? E não, elas não são irmãs!
O Condenado - Um estuprador que está a "passeio" com sua mulher, e sim ela não sabe.
A Criada do Diabo - Uma camareira que esconde um segredo e descobre um defunto.
Essas histórias por si só já são bem curiosas, mas a autora consegue inserir nesse contexto o medo da morte, a existência de espíritos e a maldade.
Eu amei conhecer a escrita da Sarah, quero ler o outro livro da autora, porque te prende do começo ao fim, simplesmente ela te segura até você acabar a história. Porém como nem tudo são flores, não é mesmo?
Eu não gostei do final, acredito que a meu ver teria sido mais interessante se ela continuasse seguindo a linha do sobrenatural, porém né...leia e venha conversar comigo, ou se já leu, grita, porque olheee não tô sabendo lidar!
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ricardo_22 19/05/2016

Resenha para o blog Over Shock
O Quarto Dia, Sarah Lotz, tradução de Alves Calado, 1ª edição, São Paulo-SP: Arqueiro, 2016, 352 páginas.

Janeiro de 2017. Uma viagem de réveillon que tinha tudo para ser perfeita se transforma em um verdadeiro pesadelo, digno de filme de terror. Durante cinco dias o navio O Belo Sonhador fica sem qualquer tipo de comunicação e uma possível pane mecânica é motivo suficiente para instaurar o caos entre passageiros e tripulantes, que passam dias de incertezas com mortes suspeitas e fenômenos sobrenaturais.

“Gritou e mordeu a língua quando um peso pousou em seu peito, tirando-lhe o ar dos pulmões. Tentou se soltar debatendo-se, mas os braços não queriam — ou não conseguiam — se mexer. Paralisado, não havia nada que pudesse fazer enquanto um hálito de gelo roçava em seu rosto e dedos frios subiam feito aranhas por sua coxa” (pág. 106).

A leitura de Os Três revelou o potencial de Sarah Lotz em criar enredos sinistros a partir de uma premissa simples. O maior defeito do livro em questão, particularmente relevado por ter conhecimento de uma provável continuação, foi o desfecho sem pé nem cabeça que criou muitas incertezas. Quase dois anos depois a esperada “continuação” chegou, com um grande problema: de continuação não tem absolutamente nada.

Além da lateral do livro colorida (dessa vez em azul e não preto) e o gênero, a única semelhança entre “Os Três” e O Quarto Dia é o universo em que se passa. Mas calma!, não falo de um universo paralelo ao nosso e sim que os eventos narrados anteriormente são vez ou outra citados no novo livro de Lotz. Até mesmo o estilo narrativo da obra se diferencia e muito da anterior, sendo esse um dos motivos que mais me agradaram.

Há dois anos a narrativa me impressionou por ser formada, em sua grande maioria, por entrevistas, mensagens, reportagens, etc. Dessa vez a autora conseguiu manter um excelente ritmo de leitura e o mistério, mais uma vez muito bem pensado, impede o desvio de atenção, porém agora com algo diferente. O estilo narrativo romanceado deixou claro que assim Lotz consegue ter um cuidado maior com o enredo, aumentando o envolvimento com a trama e o apego às personagens, algo impossível anteriormente.

Deixando as comparações de lado — mesmo porque O Quarto Dia consegue se destacar por conta própria —, se de um lado me apeguei às seis protagonistas, por outro fui levado a confusão pelo grande número de personagens secundários que ocasionalmente se tornam importantes para as diversas tramas que fazem parte da principal. E o grande destaque está sem dúvida na construção de cada pessoa que se destaca; seus passados, receios e sonhos foram bem desenvolvidos e se encaixam perfeitamente no contexto geral, algo importantíssimo para uma boa ideia não se perder em sua execução.

Mas nem tudo são flores. O problema começa com a sinopse oficial dando de bandeja algo que só acontece por volta da página 300, no entanto é mais ou menos na mesma parte que o livro, até então muito inteligente e bem desenvolvido, vai completamente por água abaixo. Ironicamente na mesma parte em que o estilo romanceado é deixado para trás, iniciando páginas de reportagens e relatos. As coisas macabras acontecem a todo instante (não assustadoras, que fique claro), gerando muitas perguntas que mais uma vez ficam sem respostas, porém, como se viajando em outra realidade ao escrever o desfecho, Sarah Lotz vai por um caminho totalmente sem sentido.

site: http://www.overshockblog.com.br/2016/05/resenha-385-o-quarto-dia.html
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Nany 18/05/2016

Final questionável
É o primeiro livro que leio da Sarah Lotz e certamente O Quarto dia foi uma péssima iniciativa. O inicio e o meio do livro deu para sentir certo suspense e tal, porem o final foi decepcionante tenho certeza que poderia ter desenvolvido melhor.

Fiquei até um pouco triste já que estava ansiosa pela leitura, pois eu tinha gostado bastante da sinopse.

Bom, essa é a minha opinião e questão de gosto é relativo, então leia você pode gostar.
Nena 08/11/2016minha estante
Também achei o final meio perdido.




Jessica599 17/05/2016

Suspense, terror e muito mistério!
O livro já começa dizendo para que veio. Em terceira pessoa, vai narrando o dia a dia de determinados passageiros durante os dias de agonia dentro do cruzeiro O Belo Sonhador. No quarto dia de viagem, um inexplicável incêndio no motor paralisa a navegação por dias e todo o sistema elétrico é afetado. E isso é apenas o começo do terror. Perdidos no meio do oceano, os passageiros - sem comunicação - vivem dias de caos, medo, histeria e desespero.

Os capítulos se alternam narrando a história do médico do navio; de uma empregada; um segurança; um passageiro problemático; duas passageiras amigas que planejam suicídio e a secretária de Celine - uma médium que faz contato com espíritos. A cada capítulo, a decadente situação de sobrevivência é contada por uma perspectiva diferente e sempre termina com um mistério, uma ponta solta que pede (urgentemente) a leitura do próximo. As páginas desse livro voaram nas minhas mãos.

Eu adorei o mistério, o suspense, o terror psicológico; e a inserção de uma médium na história possibilitou que a autora brincasse com um medo que todo mundo tem: o medo dos mortos. Confesso que fiquei arrepiada! Em alguns momentos, a escrita da autora foi semelhante a do Stephen King, principalmente quando os personagens foram humanizados ao extremo mostrando as suas vertentes boas e, principalmente, as ruins.

O único ponto negativo do livro, pra mim, foi o final. Sendo mais específica: as últimas cinco páginas. Antes disso, a história caminhou para um final aberto, e até aí tudo bem. O problema é que eu não consegui entender essas benditas últimas cinco páginas. Talvez elas façam referência ao livro anterior da autora que eu não li ainda, Os Três. Apesar disso, é uma leitura muito válida pra quem curte suspense e terror. Adorei a escrita da Sarah Lotz e estou curiosa para ler outros livros dela.

site: www.arosadoprincipe.blogspot.com.br
Bruna.Bastos 18/05/2016minha estante
Também detestei o final, achei um pouco preguiçoso terminar daquele jeito. Mas, como também não li o primeiro livro da autora, pode ser que tenha me faltado alguma referência, né?


Jessica599 25/05/2016minha estante
Oi, Bruna! Acho que você falou a palavra certa: preguiçoso. Realmente pareceu que a autora ficou com preguiça e fez um final nem pé nem cabeça. Eu pretendo ler Os Três em algum momento de tempo livre pra ver se tem alguma referência... Vamos ver rs. Obrigada pelo comentário ;)


Vanessa.Brizola 05/08/2016minha estante
Essa autora já pode dar a mão para Damon Lindefof... Preguiça é pouco.




Nina 16/05/2016

"O Quarto Dia", da autora Sarah Lotz, segue o ritmo e existe no mesmo universo de "Os Três", com a Quinta-Feira Negra e seus acontecimentos sendo citados em diversos momentos.

Quando li "Os Três", confesso que caguei de medo. Não há nada mais assustador que enfiar crianças em histórias de horror. Mas apesar de toda a história do livro ter me cativado e amedrontado, o final não foi satisfatório. Ainda assim, corri para ler "O Quarto Dia", que conta sobre o sumiço de um cruzeiro no Golfo do México, que reaparece cinco dias depois, sem nenhuma explicação e sem nenhum passageiro.

Do começo: a escrita da Sarah é fenomenal. Uma mistura de suspense com horror e um toque de comicidade nas situações, levando a cabo a expressão "seria cômico se não fosse trágico". É envolvente e detalhada, mas sem ser longa e entediante. Dito isso, preciso dizer que apesar de todo o potencial, o livro foi uma decepção. A história foi fraca e tentou construir desde o princípio um final surpreendente, que chegou com pressa e foi muito mal explicado. E que de surpreendente não tem nada, além de correr o risco de deixar várias pessoas sem entender. Claro que existe a possibilidade do final ter acontecido do jeito que aconteceu já com o intuito de permitir que o leitor tire suas próprias conclusões, mas... Ficou meio óbvio para mim o rumo que ela queria tomar desde o começo dos acontecimentos no navio.

Mas vamos lá? Um navio da já mal falada empresa Foveros sai para o ano novo no Caribe e no quarto dia de viagem, uma pane nos motores causa um pequeno incêndio que paralisa a navegação e afeta o sistema elétrico. Os passageiros ficam irritados e a tripulação tenta esconder a todo custo a real da situação: eles não conseguem contato pelo rádio, a internet não funciona, e pelo visto, ninguém sabe que eles sumiram nem onde eles estão.
A atração especial do navio é Celine Del Ray, uma médium aparentemente charlatã, que promete contato com parentes mortos de seus clientes através de seus guias espirituais, e que passa mal e quando se recupera, assume uma postura e um olhar diferentes do normal.

Estando perdidos no meio do oceano, sem nenhum sinal de comunicação, banheiros parando de funcionar, a comida acabando e os passageiros sendo atacados por um vírus, a histeria coletiva é instaurada. No meio de todo o tormento, Celine agrupa pessoas em um mar de tranquilidade, prometendo que tudo que elas estão passando é temporário e tudo ficará bem.

Nesse meio tempo, tripulantes e passageiros vivenciam experiências sobrenaturais, conduzidas pelos guias não tão falsos da Celine, e têm a certeza de que o navio está assombrado.

Então, uma tempestade assola o navio, fazendo com que muitos fujam nos botes salva-vidas e uns outros tanto se machuquem, permanecendo a bordo.

E por fim, amanhece com o navio voltando a funcionar, um funcionário (que não o capitão, que fugiu nos botes) liderando-o até o porto de Miami, apenas para descobrirem uma surpresa e voltarem ao navio.

Depois o navio é encontrado, sem nenhum sinal de sobreviventes, apenas com o cadáver de duas mulheres, levantando a premissa de navios-fantasmas, como essas casos aqui.

Entendem quantos elementos a Sarah Lotz tentou mesclar? Nada foi completamente explicado, nenhum dos temas foi amplamente abordado, e sobrou apenas a confusão. Enquanto tentava assimilar uma situação, ela era interrompida e outra era apresentada, suscetivamente, até o final.
E o que eu tanto esperava, as cenas de horror e suspense, não aconteceram com a força total nem com a plenitude que o ambiente criado poderia oferecer.

Conclusão: acho que, apesar de escrever sim, maravilhosamente bem, a autora tentou inserir muitos assuntos em apenas um ambiente, deixando pontas soltas e um final questionável.

Resenha com spoiler em: http://www.ninadiz.blog.br/resenha-o-quarto-dia-sarah-lotz/

site: http://www.ninadiz.blog.br/
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Tamara 14/05/2016

Muitas expectativas para nada
Esse é um livro que me causava certas expectativas, até mesmo pelo fato de se tratar do gênero terror, e sempre torço para encontrar um bom livro que me cause arrepios. Porém acabou não suprindo aquilo que eu esperava, e acabei achando uma narrativa cansativa, e confesso que não via a hora de terminar. Eu não conhecia ainda a escrita de Sarah Lotz, e admito que ela sabe conduzir o leitor para uma sensação de confusão, o que provavelmente é sua intenção e cria cenas que deveriam ser arrepiantes, mas não consegui sentir tanto esse terror e fiquei bastante confusa, sem conseguir entender o fim. Por outro lado, a autora soube criar muito bem seus cenários e eu consegui me sentir dentro daquele navio cheio de caos, vendo as cabines bagunçadas, os passageiros amontoados nos convés, me senti perfeitamente dentro daquele lugar ao lado dos personagens. Também gostei dos personagens, que foram muito bem criados.
A personagem que mais me chamou atenção foi Celine, a médium que estava no navio e que inspirava vários seguidores. Também achei Gary, um personagem bastante frio e calculista bem criado e com uma personalidade intrigante. Outro que me chamou certa atenção foi Xavier, o blogueiro que estava a bordo para perseguir e cobrir a estada de celine no cruzeiro. Outros personagens também me soaram bastante interessantes e a maioria tinha seu lado bom e mal, o que sempre me confundia bastante.
O livro é todo narrado em terceira pessoa e a cada capítulo vemos a ação de alguns personagens como Celine, sua assistente, o blogueiro, uma camareira do navio, duas senhoras idosas, dentre muitos outros, cada um sendo diferente e estando em um lugar diferente do navio, nos dando um panorama de toda a embarcação. Minha leitura foi em ebook e a revisão da editora arqueiro está impecável, sem trazer qualquer erro.
Recomendo para todos os leitores que já conhecem e gostam da escrita da autora, e também para aqueles que ainda não conhecem e que gostam de uma história cheia de detalhes e segredos.
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MiCandeloro 10/05/2016

Sinistro e instigante!
Celine Del Ray, mais conhecida como a médium das estrelas, sempre foi uma charlatã que ganhou a vida às custas do sofrimento dos outros. Depois de se meter em uma confusão, por conta da quinta-feira negra, decidiu se afastar brevemente dos holofotes e se encontrar com seus fãs, autointitulados como Amigos, no cruzeiro Belo Sonhador, da Foveros, uma empresa que carregava uma péssima fama pelos serviços prestados.

A cada término de sessão, Celine ia se refugiar em sua cabine VIP, longe do assédio daqueles que repudiava. Ela não dava a mínima para os Amigos, só queria saber de manter a boa reputação e, para isso, contava com Maddie para arrancar toda e qualquer informação que pudesse usar em seus shows.

Mas, depois de uma das apresentações, a médium pareceu passar mal de verdade e, após se recuperar, nunca mais foi a mesma.

Helen e Elise eram muito amigas, apesar de serem completamente diferentes uma da outra. O que as unia era o luto pelos maridos mortos e o desejo de suicídio, que pretendiam cometer na noite de ano novo, dentro do navio, mas um incêndio ocorrido na sala de máquinas alterou completamente o rumo dos planos delas.

Gary era um predador nato e meticuloso. Sempre sondava precisamente as suas vítimas e planejava seus ataques que se consumavam com êxito. Havia escolhido sua nova vítima, uma jovem gordinha e de baixa autoestima que estava no grupo de solteiros do cruzeiro. Batizou a bebida dela e a seguiu até a sua cabine. Quando entrou e começou a despir a moça, a mesma vomitou e morreu, engasgada com os próprios fluídos. Apavorado com o ocorrido, fugiu e fez de tudo para não ser capturado pelos seguranças. Porém, mal sabia ele que a culpa seria seu pior inimigo e maior fantasma.

Desde que a morte de Kelly havia sido anunciada, os passageiros começaram a relatar enxergar espíritos no navio, enquanto alguns tripulantes juravam ter visto o diabo em pessoa.

Com o Belo Sonhador à deriva em alto mar, sem luz e ar condicionado, sem comunicação alguma para pedir resgate, com um vírus se espalhando entre as pessoas, um assassino a solta, uma médium formando uma seita e muitas brigas e confusões, cada personagem terá que enfrentar o seu pior pesadelo para decidir o futuro de sua vida, ou de sua morte.

Querem saber o que vai acontecer? Então leiam.

***

Desde que li Os Três, me apaixonei por completo pela escrita de Sarah Lotz. Até então, nunca tinha me deparado com uma trama tão original, envolvente, meio apavorante e bastante diferente. Na entrevista que fiz com a autora, pude saber maiores detalhes sobre a composição da obra e me tornei ainda mais fã. Quando soube que ela havia escrito O quarto dia, considerado uma continuação do anterior, fiquei aguardando ansiosa pelo momento em que seria publicado no Brasil.

Quando comecei a ler, fiquei muito perdida. Não me lembrava praticamente nada do primeiro volume e não conseguia perceber como os dois livros se conectavam. Ademais, havia tanto protagonista que custei a me familiarizar com cada um deles.

O quarto dia é narrado em terceira pessoa e todos os capítulos são intercalados entre os pontos de vista de vários personagens que, a princípio, não têm nada em comum, mas as suas histórias vão se conectando por conta da situação que experienciam juntos.

Nenhum ali é santo. Todos possuem acentuados desvios de caráter e passados condenáveis. A sensação que tive é de que, de algum modo, eles estavam naquela condição para acertar as suas contas e expiar seus pecados, já que tiveram que enfrentar muitos desafios.

Tudo o que ocorre no navio parece ser tão real que simplesmente me recuso a fazer um cruzeiro após a leitura. Me assustei com as probabilidades de me contaminar com doenças, de sofrer abuso sexual ou outras violências e de até morrer a bordo e, do jeito que conheço Sarah, todas as informações descritas no texto devem ser fruto de muita pesquisa, aliada com a ficção.

É nítido que a grande figura do enredo é o navio, que proporciona experiências diferentes e surreais a cada um dos passageiros ou tripulantes. Todas as cenas foram tão bem elaboradas que não conseguia parar de ler, pois queria saber o que ia acontecer, e ficava extremamente tensa cada vez que algo sinistro acontecia.

Meu grande desapontamento com este livro foi não entender a moral da história. Ok, a autora abordou os famosos navios fantasmas, a histeria coletiva, as dimensões paralelas, dentre outras coisas que foram muito interessantes de se ler, mas o que de fato ocorreu naquelas páginas? Eu não sei!

O final é simplesmente tão confuso que eu juro, não entendi e me senti uma completa burra. Sarah teve um esforço tão grande para segurar o mistério e nos confundir que acabou não o explicando bem e concluindo a narrativa daquele jeito típico seu, sem esclarecimento algum. Acredito que este seja um ponto que irá decepcionar muita gente.

De qualquer modo, está é uma leitura que vale a pena, seja pela maestria da escrita e construção do argumento feito pela autora, seja pela vontade de tomar uns sustos e tentar entender o que há por trás desse suspense.

Então, embarquem no Belo Sonhador, só cuidado para não terem um pesadelo.

site: http://www.recantodami.com
Jossi 10/05/2016minha estante
Já estou vendo que vai ser outro livro que lerei pela metade... ainda bem que não comprei, só emprestei. :/


heitor 17/01/2019minha estante
Tem alguma conexão com OS TRÊS?




Virna 01/05/2016

Bom livro. Mas o final deixa a desejar.
Segundo livro que leio de Sarah Lotz e acho que agora posso afirmar ser o padrão dela: livros repletos de suspense, bons sustos, arrepios, tudo beirando o terror realmente - mas ela não consegue encerrar satisfatoriamente. O final fica aquela sensação meio "... mas e?", e não no melhor sentido.
Jossi 28/05/2016minha estante
Sem um final digno. Aliás, o começo até promete algum suspense, mas do meio para o final vai tudo degringolando, não só as vidas dos personagens: a história mesma cai numa bizarrice sem nexo.


Gustavo 23/04/2017minha estante
Concordo. O livro promete, mas não entrega.


Amanda Medeiros 02/05/2017minha estante
Foi exatamente isso que senti em os três. No entanto ainda estou curiosa com este.


Emilia Yumi 30/10/2018minha estante
Sim, li também Os Três, e ambos parecem terminar de repente, como se alguém "cortasse" a nossa empolgação. Dou apenas três estrelas por isso...


Lara 17/05/2020minha estante
Eu particularmente achei o final meio confuso, aliás, n confuso propriamente, mas como se faltasse algo, uma explicação mais profunda a respeito dos fatos que aconteceram após o navio voltar a funcionar, mas tirando isso o livro é ótimo.


Thamires 21/03/2023minha estante
Tbm terminei a leitura com a mesma sensação de estar faltando algo


Fernanda1892 09/05/2023minha estante
Acho meio meh




spoiler visualizar
Felipe 29/04/2016minha estante
Será que acaba meio estranho igual ao outro livro dela, "Os Três"? Ficou um pouco confuso.


Bianca 09/05/2016minha estante
Concordo. O início e o meio, pelo menos, foi bem desenvolvido. O final, porém, passou muito rápido e não foi bem explorado. A parte do desembarque foi tão assustadora que poderia render mais capítulos!!!!




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