Os prêmios

Os prêmios Julio Cortázar




Resenhas - Os Prêmios


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Debyh 01/05/2024

Quis ler por conta do autor, já tinha ouvido falar do Cortázar, mas nunca tinha lido nada dele. Não sabia muito o que iria encontrar aqui, mas no geral tudo foi bem interessante, tanto pelos personagens quanto pela ironia que tem no livro inteiro.
Este é um livro escrito na década de 60, temos algumas coisas datadas, mas gostei que ainda assim é uma leitura fácil.
Por se passar na Argentina, foram citadas algumas situações do país da época, mas não é nada que não dê pra entender. Um ponto negativo é em parte o final da história, entendi o porque foi assim, mas ao mesmo tempo queria mais explicações e talvez isso não agrade a alguns leitores.
Para mim este foi um livro para conhecer o autor e dito isso provavelmente lerei mais dele, a leitura me surpreendeu tanto por transmitir bem a época sem ficar maçante e eu amo uma boa história irônica haha.
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Leitor Subversivo 24/04/2024

Foi o primeiro livro que lê do Cortázar, valeu são três dias em um cruzeiro em que eu fui completamente absorvido
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Hirata 05/03/2024

Emocionante e instigante
A minha experiência com esse livro foi de fases. No começo, a história é mais lenta e somos introduzidos aos personagens de forma muito rápida, sem grandes descrições e características marcantes. Tive bastante dificuldade de me situar entre os personagens e só pelos 60% do livro que já tinha decorado quem era quem (ainda usava uma colinha da internet até então).

A partir do meio do livro, as coisas começam a escalar muito rapidamente: investigações dos passageiros sobre o navio, intrigas internas e fofocas entre os personagens. A leitura ficou bem mais fluida e instigante, queria saber mais sobre o desfecho da história!

O final foi ainda mais surpreendente, acontecimentos chocantes e um desfecho mais misterioso sobre o futuros dos personagens, mas igualmente divertido e emocionante!

Existem diversas referências sobre a Argentina do período, mas estava esperando mais referências políticas do que culturais, confesso! Recomendaria demais o livro, me surpreendeu positivamente!
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Pollyanna Reis 22/12/2023

OS PRÊMIOS
?Depois de ser premiado com um cruzeiro, um grupo embarca numa viagem misteriosa.?

Aqui acompanhamos um grupo de pessoas que foram comtemplados com uma viagem de cruzeiro. Só que tem um porém, eles não sabem para onde vão, em que navio e nem quando o mesmo partirá.
Aí a curiosidade do leitor já fica a mil. ?

Eles são desconhecidos entre si, de classes sociais e idades diferentes. E ao decorrer das páginas vamos acompanhando esse grupo diversificado, conhecendo a história de cada um, seus dramas, tensões, questionamentos, dilemas e anseios.

Demorei para iniciar essa leitura, e pra ser sincera achei que seria uma experiência mais desafiadora. Mais até que foi tranquila e fluida. Apesar da quantidade de personagens, não tive dificuldades e até gostei de vê o ponto de vista deles durante a viagem.

Foi uma leitura que me surpreendeu, mais não vou deixar de enfatizar que desejei um final mais explicativo. Mais a experiência de acompanhar esse cruzeiro cheio de mistério e pessoas tão diferentes, foi sim uma experiência válida.

?Se uma viagem tem alguma regra é a de que nunca se volta o mesmo após sua conclusão.?
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Patrícia.Bilibio 09/08/2023

Julio Cortazar é fantástico e toda vez que o leio fico transformada. Os prêmios é um livro que, como pontuou o próprio escritor, é incomodo para os que gostam de ler em linha reta. Que bom que você foi você, Cortazar, e escreveu o que escreveu.
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Bia 04/08/2021

Depois de “O jogo da amarelinha”, minha primeira leitura de Cortázar e um dos melhores livros que li ano passado, não pude deixar de levar para casa “Os prêmios”, de 1960, quando passei por ele em um sebo.

Os prêmios em questão são resultado de uma rifa cujos sorteados ganham uma viagem de navio com tudo pago, incluindo acompanhantes. Porém, ninguém sabe quem são os organizadores, qual é o navio ou roteiro da viagem. A história se inicia no café London, em Buenos Aires, onde todos deveriam se encontrar para serem conduzidos ao navio. À medida em que o café vai enchendo, os grupos de sorteados começam a especular quem serão os companheiros de viagem, e o narrador passa de mesa em mesa nos apresentando os personagens que comporão o navio, através de seus diálogos e dos olhos alheios.
O grupo é diverso, composto por diferentes classes sociais, visões políticas, profissões e idades. A principal diferença, entretanto, é o nível de desconfiança em relação à viagem, tensão que guia toda a narrativa.

O primeiro ato suspeito para o leitor acontece ainda no café, quando os representantes da viagem obrigam os demais clientes a se retirarem e fecham as portas para se comunicarem com o grupo. Dali, eles são conduzidos de ônibus até o embarque, quando as relações começam se estabelecer e consolidar.

Apesar da viagem e de seus mistérios, que me deixaram em constante expectativa de saber o que ia acontecer, o protagonismo da obra está nas relações entre os personagens, que embora tenham apenas três dias para se desenrolar já se revelam complexas e densas. O autor transita entre cada uma como se andasse pelo navio, ouvindo as conversas e observando o movimento, o que fez com que eu me sentisse com eles a bordo do Malcolm.

Resenha completa no link:

site: https://www.daspalavras.com/2021/08/os-premios-julio-cortazar.html
Gabriel Oliveira 25/11/2021minha estante
Adorei a sua resenha! Infelizmente é um romance pouco discutido.




Gabriel Oliveira 14/06/2021

Um romance diferente e um escritor notável
[~A resenha será um pouco longa pois não vi ninguém falar desse livro~]

Os Prêmios é um romance muito diferente de tudo que eu já li e confesso que, se tivesse pego esse livro em outro momento de minha vida, certamente teria abandonado.
Trata-se de um livro onde não há uma preocupação, por parte do autor, em mastigar as coisas. Temos aqui uma obra composta de praticamente 90% em diálogos, o que me fez lembrar de peças de teatro. Acompanhado a isso, um narrador em terceira pessoa que se infiltra na mente de alguns personagens e passa por suas consciências. Os personagens, por sinal, são MUITO densos e complexos, e é preciso tirar o chapéu para a habilidade de Cortázar em construir diálogos aparentemente banais mas que sugam a atenção. As personagens femininas dão um show à parte.
Não é um livro fácil de se ler. Uma das razões é que não existe um protagonista específico aqui, em contraste com outras obras do gênero. Obviamente alguns personagens são centrais na trama, em oposição a outros que não. Há também o andar do enredo: você acompanhará dezenas e dezenas e dezenas e dezenas de páginas sem que algo aparentemente "empolgante" aconteça. Esse não é um livro de ação, embora exista um breve trecho onde esse tipo de coisa aconteça; por falar nele, o narrador (falando com a voz do autor) ainda ironiza a situação toda dizendo que aquela batalha toda está parecendo mais um "romance de banca de jornal". Particularmente amei essa ironia. Um outro ponto é o experimentalismo dentro de solilóquios de um determinado personagem; existe, nesses trechos, uma forte tendência ao surrealismo que pode incomodar os que não tem uma "mente aberta" a novas possibilidades narrativas.
Vamos ao ponto negativo: a edição que li, da clássicos Abril, do ano de 197... e lá vai cacetada, apresenta uma tradução bem mal-feita. Ou então o que existe é uma ausência de revisão. Só sei que existem trechos com erros muito gritantes. Um exemplo é uma frase mais ou menos assim: "verga na vulva"; trata-se de sexo. "Verga" que espanhol significa algo como "pênis" e a tradutora optou por ignorar isso, por motivos que só Deus sabe. Enfim...
É um livro que vale a pena ser lido por amantes da literatura latino-americana. Especialmente por aqueles que gostam de propostas ousadas, de linguagem inovadora e de personagens densos.
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Jumpin J. Flash 18/05/2010

Eita chatice!
Comecei a ler esse livro umas três vezes, sem nunca conseguir avançar. Na quarta vez eu, resolvido, disse para mim mesmo que ia até o fim...

Aguentei mais umas vinte páginas e agora abandonei essa bomba de vez. Como literatura não me serviu, mas como sonífero é uma beleza!
Cássia 11/01/2016minha estante
lol




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