Treze

Treze Duda Falcão




Resenhas - Treze


23 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


Fernando Nery 07/04/2016

Resenha: Treze, de Duda Falcão, Argonautas e AVEC Editora
Olá Cadavéricos Leitores!
Mais uma vez, venho invocar as forças malévolas para que elas tomem posse de minha razão. Começo a ouvir sons sinistros e horripilantes. No alto, vejo estampado o número 13 no ar. Uma espécie de onda de azar toma conta de meu ser.
Uma voz retumbante vem ao meu encalço. Seu som estridente machuca meus tímpanos. Embora sofra com a sonoridade metálica e estrídula, a curiosidade gera um certo conforto.
O número 13 é substituído pela palavra Treze. Vejo as letras charmosamente delineadas. Atrás delas, forma-se a capa do livro onde noto a presença do Anfitrião. Logo, vejo a forma de um livro inteiro. É o livro "Treze",de Duda Falcão, publicado pela Argonautas e AVEC Editora.
Não posso revelar detalhes físicos sobre uma determinada criatura que me aparece e entrega-me o livro em mãos. Apenas digo que ela se alimenta do medo e de vez em quando, ingere carne humana. Ela prometeu não me devorar. O seu intuito é ter alguém para conversar. Sua voz ainda machuca meus ouvidos, porém o assunto instiga minha curiosidade:
O título Treze não surgiu apenas, porque a obra tem Treze Contos de Terror. O Treze é um número que atua em desarmonia com as leis do Universo. Na Santa Ceia, estavam presentes treze elementos. O décimo terceiro era Judas Iscariotes, o traidor. Existe um mito onde doze deuses se reuniram para uma refeição. Um deus que não fora convidado aparece e atrai inúmeras desgraças.
Nesse momento, começo a sofrer de Triscaidecafobia que é o medo do número Treze. Apavorado, sinto uma energia negativa rondando o nome Fernando Nery. Resolvo contar quantas letras encontro no nome que utilizo nas redes sociais. Vou contando vagarosa e cautelosamente. Gotas de suor pingam de minha testa. Descubro 12 letras. Dou um suspiro de alívio. Até me esqueço da criatura que se nutre do pavor humano.
De repente, do nada, surge a presença de Duda Falcão que diz:
Palavras do Anfitrião: Leve no bolso um pé de coelho para afastar todos os malefícios.
Lembro que na gaveta de um dos armários de meu quarto, encontra-se alguns amuletos da sorte; no meio deles, há um pé de coelho. Não hesito em pegar o objeto. E todas as cenas apavorantes desaparecem.
Encontro-me sentado no sofá de minha sala e leio tranquilamente as páginas do livro "Treze" do Duda. Não há mais terror. Um sentimento bom presentifica-se no meu coração e prossigo a leitura.
===
Mais uma vez dou meu olá para meus queridos leitores. O texto acima serve para transmitir que ao receber a obra "Treze", de Duda Falcão por causa de minha parceria com o autor, a Argonautas e a AVEC Editora. Imagino que ao lê-la experimentaria ao menos um certo calafrio. Li os Treze Contos de Terror sem experimentar qualquer pontinha de medo.
O surpreendente de tudo é que mesmo sem haver pânico, simplesmente ADOREI o livro. Mausoléu, obra anterior do Duda, encantou-me. Treze é milhões de vezes melhor!!!! Talvez os motivos que me levaram a amar a obra desaponte os leitores fãs do terror, porém devo ser sincero e dizer que amedrontar não é o ponto forte da obra. Afirmo que o livro é ESPETACULAR. Em menos de uma hora, devorei suas páginas e fiquei encantado com tudo que li. Sei que parece estranho ler um livro de terror e admirá-lo quando sentimentos macabros não surgem na mente e nem no coração. Todavia, Duda foi tão genial em sua escrita que adianto a classificação dada ao seu livro. "Treze" merece CINCO ESTRELAS no Skoob. Gostaria de classificá-lo com TREZE ESTRELAS (risos).
A narrativa impecável e bem construída do autor destaca-se pela INTELIGÊNCIA. Em todo os contos, encontrei um tom reflexivo. Eles me pareceram mais parábolas do que propriamente contos. Em cada um, encontrei proeminentes mensagens. Neles, percebi dados a respeito da realidade atual que foram muitos proveitosos.
Não sinto necessidade de fornecer informações sobre o enredo dos contos, mas gostaria de mencionar as reflexões provindas do livro. Quando assumi o título de FILÓSOFO DOS LIVROS, a proposta foi justamente essa: não enveredar tanto em contar o enredo dos livros, mas me permitir um diferencial que seria me envolver com o livro e apresentar suas possibilidades reflexivas. É notório que os contos são carregados de simbolismos que se expandem :em altas reflexões. Não dá para falar sobre todas as meditações filosóficas realizadas por mim. Por esse motivo, mencionarei alguns.

- Em "Eadgar e o resgate de Lenora", há um apelo poético. Neste conto, percebi que o amor verdadeiro se mantém intocável. Ao trazê-lo para a dimensão carnal, morre. O amor perfeito configura-se sempre como algo inatingível.
- No conto intitulado "Sob os auspícios do corvo", uma história de faroeste, o simbolismo presente demonstrou-me que podemos controlar os demônios de nossa alma.
- "O Vampiro Cristão" tem um forte caráter religioso e certo apelo cômico. A narrativa fez-me pensar sobre as ações demoníacas:
"Somos muitos. Como pode duvidar? Cada um de nós faz o serviço que lhe compete, conforme a hierarquia. Alguns humanos, é bem verdade, não precisam de nossa influência para encontrar a perdição, sem dúvida, agem por vontade própria, são capazes de roubar, mentir, assassinar e outras coisas mais sem ter o mínimo contato conosco. Pra falar com sinceridade, eles nos poupam muito trabalho. Porém, muitas vezes, para despertar o mal em alguns, é necessário interferir."
Nesse mesmo conto, o simbolismo nos faz pensar sobre um certo caráter inquisidor da Igreja:
"A morte é melhor do que a escravidão."
- Amei o conto "Dragão de Chumbo". A reflexão proposta trata dos seres horripilantes que carregamos na alma e alimenta-se de nossos medos. Ainda nessa narrativa, percepcionei um conhecimento antigo: Satisfazer certas curiosidades pode ser perigoso para os seres humanos.
- O conto "Os bonecos de Rita" nos ajuda a perceber que crianças podem carregar muitas maldades em seu coração e nem sempre são os anjinhos que pensamos:
"A menina começou a arrancar, lentamente, um por um dos fios de cabelo de sua boneca preferida. Um presente dado pela mãe no último natal. Depois a desmembrou com paciência. Começou pelos braços, depois pelas pernas e, por fim, sacou a cabeça do encaixe do esguio pescoço.
- O conto nomeado "Licantropo" faz alusão à exploração do trabalho humano:
"O caminhoneiro sustentava a numerosa família com os parcos recursos que o patrão lhe pagava. O explorador nem mesmo assinava a sua carteira de trabalho. Mesmo assim, sempre cumpria tudo no prazo estipulado, sendo um profissional."
Outro ponto aludido é a miscigenação religiosa:
"Benjamin era católico, no entanto, a diversidade cultural e religiosa da comunidade em que estava inserido lhe permitia o acesso a todos os tipos de histórias. Assim, a cultura popular lhe enchia a cabeça de ideias fantásticas e mirabolantes."
- Colocar o título "Treze" para o último conto foi uma jogada interessante. Nele, aborda-se os aspectos supersticiosos da humanidade.

Ler "Treze", de Duda Falcão, trouxe-me uma satisfação enorme.
Parabenizo a Argonautas, a AVEC Editora e o Duda Falcão por esse livro espetacular. Em breve, farei resenha em vídeo no meu canal do youtube.
Abraços e até a próxima postagem.

site: http://filosofodoslivros.blogspot.com.br/2016/04/resenha-treze-de-duda-falcao-argonautas.html
comentários(0)comente



Léo 15/04/2016

Sombrio, grandioso
Nessa madrugada me aventurei pelo mundo grotesco. Acordei fatigado. O combate foi tenso. Algumas criaturas não permitiam minha volta. Mas eu precisava voltar para lhes contar o que vi. O Corvo, gentilmente, acompanhou-me até o portão de saída. Sinto que mesmo voltando, parte de mim continua lá à espera da minha próxima visita...

Que livro é esse, hein!? Quero, logo de início, elogiar a magnificência da arte de capa do livro ''Treze'', que assim como em ''Mausoléu'', revela com destreza e maestria o universo pulp da literatura. Os admiradores do gênero são logo seduzidos pelo desenho que expressa muito bem o conteúdo que é encontrado nas paginas do livro de Duda Falcão. Fred Macêdo merece os elogios do público. A diagramação está lustrosa. Vejam nas imagens abaixo algumas fotos do material das editoras Argonautas e Avec.

No ''Treze'', o leitor é inicialmente convidado pelo Anfitrião para adentrar nas profundezas desse mundo obscuro e violento. O amigo Anfitrião é excêntrico e consegue preparar o leitor para intrometer-se cheio de desejos em seu ambiente. Logo em seguida, lê-se um prefácio maravilhoso escrito por Marco Aurélio Lucchetti que elucida de um jeito extraordinário o ''Treze'', um opúsculo inevitável no acervo daqueles que se consideram simpatizantes ou aficionados pelo horror.

Duda seguiu um princípio e base semelhante as de ''Mausoléu'' utilizando fundamentos simples mas necessários para o desenvolvimento de ótimos contos de horror. Mas não vale pensar que o ''Treze'' é a mesma coisa de o ''Mausoléu''. Não consegui em nenhum momento confirmar essa desconfiança que muitos com certeza tem antes de ler o livro. Mesmo com as semelhanças, ''Treze'' traz para o apreciador, personagens mais cravados e contos metafísicos que transmutam entre o horror, o fantástico, o estranho e o pulp. Percebe-se também em muitos momentos a influência de H.P. Lovercraft nos contextos de Duda. Os Artefatos históricos, rituais sangrentos, escrituras denegridas, magias negrumes entre outros objetos e criaturas macabras fazem parte dos contos do ''Treze''. Imaginem só que, dessa vez, até a mão de um macaco que tem poderes para realizar desejos e pessoas que saem de fotografias após pronúncias do mal são encontradas no tomo.

O leitor se sente à vontade com a leitura, que apesar do conteúdo sinistro, é altamente prazerosa e fácil. Duda não é excessivamente metódico em sua escrita e não extenua o amigo leitor. Ele mescla o detalhismo com a objetividade. O ''Treze'' não é chato de se ler.

O autor parece ser bem fiel às suas origens e deixa claro em muitos pontos a sua satisfação em fazer parte dos habitantes de Porto Alegre, citando algumas vezes a localidade em suas histórias.

Os contos

Os contos embora narrados por personagens diferentes e com enredos díspares parecem se completar um ao outro. Há coesão nas das tramas mas, mesmo se não houvesse, admiraria-se da mesma maneira pois o terror muitas vezes não faz sentido, assim como o bom e velho rock-and-roll. E, com suas habilidades e talento, o autor consegue ainda, expor alguns momentos reflexivos. No conto ''Abismos Insondáveis'', o fantástico é mesclado com o psicológico e desconhecido.

''Tentei mostrar um pouco do que vejo nos meus sonhos. São abismos. Abismos cósmicos e oceânicos. Abismos insondáveis. De profundidade infinita e misteriosa. Abrigam criaturas que nossa vã filosofia não consegue explicar ou suportar (...) Aquele abismo estelar e aquela coisa sem nome não passavam de um pesadelo, foi o que decidi afirmar para minha consciência abalada.''

Em ''O Vampiro Cristão'', demônios e cães do inferno se apresentam para o leitor. Embora não seja provavelmente o foco principal, o conto levanta uma tese de comportamento e crença. O que seguir? No que acreditar? Como agir? Além disso, reforça as condições da exterioridade do indivíduo o verdadeiro 'eu' , que nem sempre leva para o próximo a imagem que ele espera encontrar. Tirante o terror, o religioso e humano também são retratados.

Os contos de minha preferência são ''Treze'' que intitula o opúsculo perfeitamente , ''O Vampiro Cristão'' e ''Dragão de Chumbo''.

As narrativas nem sempre trarão as surpresas em seus desfechos mas eventos extraordinários e importantes sempre fazem parte do enredo. A importância das mensagens históricas sombrosas se torna o eixo para a formação de novos conteúdos de horror extraordinário, fantástico ou sobrenatural. Na Antiga Grécia e nos tempos da Idade Média e Período Egípcio o horror já existia na cultura das civilizações e era introduzido através de rituais e sacrifícios como forma de punição a malfeitores. Havia também lendas que dispunham aos aparatos simbólicos e históricos, poderes sobrenaturais àqueles que se apoderassem de tais utensílios. Muito disso é utilizado na linguagem do ''Treze'' de Duda Falcão, que mostra para os mais jovens leitores, a maestria do horror clássico.

Vale ressaltar que Duda também intensifica a importância das criaturas vilãs, relevando suas facetas e escancarando para o leitor as perversidades do submundo infernal.

O título

O título escolhido para o livro é, sem dúvida, perfeito. Vários motivos aclaram isso. Os total dos contos no livro são 13. O universo do tomo é negro e repleto de criaturas bizarras, vultos e vozes, e todos esses elementos juntos personificam com grandeza o terror, que é muitas vezes representado pelo número controverso, 13.

13, o número do horror, das superstições, das sextas-feiras mais tenebrosas. Número também de um certo sujeito, Ezequiel, o 13º filho. Um filho não desejado. Aquele que leu ou lerá brevemente, entenderá exatamente a significância da designação de ''Treze'', de Duda Falcão.

O horror clássico encontrado nesse livro com altíssimas referências do mundo da literatura de terror, escrito de maneira fabulosa por Duda Falcão, é de se tirar o chapéu. O universo dos pulps ainda existe. O estranho e as trevas estão à espera do amigo leitor que se comprometer a encarar essas histórias nas noites mais assombrosas. Classifico o ''Treze'' com 5 estrelas e parabenizo mais uma vez o autor Duda Falcão por seu talento e habilidades intermináveis e a toda a equipe da Argonautas e Avec Editora. Está tudo perfeito. Um livro atraente, sombrio, grandioso e que deve fazer parte das suas leituras. Eu recomendo. Mesmo que o leitor não sinta medo na maior parte da obra, o macabro está lá e sempre te fará arregalar os olhos durante os relatos de seus personagens.

Certamente todos nós esperamos por novidades, é sempre bom inundarmos as nossas almas com conteúdos desse tipo, afinal, não podemos contar com a sorte com a nossa caminhada passar pelos domínios do horror.

site: http://leootaciano.blogspot.com.br/
comentários(0)comente



Portal JuLund 27/04/2016

Treze, @AVEC_EDITORA & @argosedit
Olá galerinha maravilhosa, olha só que coisa mais linda que chegou as minhas mãos, o livro Treze de Duda Falcão, o livro conta com treze contos aterrorizantes e perfeitos para quem aprecia o terror de uma história bem contada! São 192 páginas de puro terror e suspense!

Eu ri da petulância de Eadgar em Eadgar o Resgate de Lenora, fiquei com medo do Corvo em Sob os Auspícios do Corvo, fiquei tentada a descobrir mais sobre a mão amaldiçoada em Os Desejos de Morris, Almas Roubadas me lembrou da lenda do Saci preso em uma garrafa me deixando completamente arrepiada, tive visões de povos escondidos com Abismos Insondáveis, A Senhora do fosso me fez duvidar das sombras a minha volta. O Vampiro Cristão me fez pensar que a fé realmente move montanhas.

Continue lendo no

site: http://portal.julund.com.br/resenhas/treze-avec_editora-argosedit
comentários(0)comente



Marcos Pinto 17/05/2016

São poucos os autores que conseguem ganhar-me a ponto de que eu deseje ler tudo que eles publicam. Na contemporânea literatura de terror, um desses autores seletos em minha lista é o Duda Falcão. Apresentando as mesmas características que fizeram com que ele ganhasse meu respeito, Treze mostrou-se mais um livro primoroso no currículo do autor.

Infelizmente, por ser uma obra com vários contos – treze, para ser exato –, não poderei falar de todos individualmente. Contudo, farei um breve resumo dos três primeiros para se tenha uma ideia do que esperar da obra e, posteriormente, farei uma análise do livro como um todo.

Eadgar e o Resgate de Lenora, o conto que abre o livro, possui uma mistura de épico com terror, o que é bem interessante. Lenora morreu e aprisionada está nos domínios de Hades. Eadgar, obviamente, não aceita isso muito bem. Então, empenha-se em encontrar uma forma de trazer sua amada de volta à vida.

“A voz cavernosa manifestou-se de um ponto à sua esquerda. Olhou naquela direção Viu a cabeça caída, as pálpebras abertas revelavam olhos azuis. Eadgar mantinha-se concentrado e frio como o gume de uma faca para poder suportar aquela visão inexplicável” (p. 17).

No segundo conto, Sob os Auspícios do Corvo, Duda encaminha o seu leitor para o velho-oeste. Mais uma vez, o amor é a válvula do despertar do terror. Algo acontece com a pessoa amada do protagonista e ele deseja vingança. Como isso acontecerá? Você precisa ler para saber. Contudo, já adianto que você deve estar preparado para conhecer e temer a cultura dos nativos norte-americanos.

No terceiro conto, Os Desejos de Morris, Falcão brinca com o mito da pata do macaco. Para quem não conhece, a pata é um artigo com poderes sobrenaturais que pode realizar três desejos. Porém, é preciso pedir com sabedoria, caso contrário, o mal estará a sua espreita.

Como é possível perceber a partir dos pequenos resumos apresentados anteriormente, Duda viaja pelas mais diversas nuances do terror. Vai do macabro aos vampiros, do velho-oeste à antiguidade. Aproveitando o melhor de capa época, o autor brinca com as características de personagens clássicos e reinventa mitos antigos, dando uma roupagem inteligente e moderna para a obra. O melhor exemplo disso é o vampiro cristão que encontramos em um dos seus contos.

“O demônio sentia-se inflamado pela fúria. Durante aqueles momentos de carnificina, sentira-se dono da situação. Mas algo não estava certo” (p. 44).

Outro ponto muito interessante que é observado na obra é a influência forte que Duda recebe dos mestres do gênero. O autor deixa claro seu fascínio por Poe, Jacobs, Lovecraft e Robert E. Howard. Porém, obviamente, não encontramos uma cópia desses autores. O que vemos é uma homenagem para quem o ensinou muito bem como causar arrepios nos leitores.

Além de bem construído e inteligente, o autor também ganha pontos pela linguagem empregada no livro. Encontramos uma escrita madura inteligente, porém ágil e direta. Mesmo sem fazer voltas e voltas, o autor consegue deixar os personagens e ambientes profundos. Com isso, os contos que, em geral, já são curtos, tornam-se ainda mais rápidos, proporcionando uma leitura rápida e agradável.

Quanto à parte física, tenho apenas elogios. A parceria entre a Argonautas e a AVEC deu muito certo! O livro possui uma capa interessante e que reproduz bem o enredo da obra e as mais diversas referências que iremos encontrar nela. A diagramação é muito bonita e agradável. A revisão também foi bem feita.

“Sempre que me lembro disso, um arrepio percorre a minha espinha. Eu tinha somente doze anos quando aconteceu aquela coisa horrível que matou meus amigos” (p. 123).

Desta forma, diante dos elementos apresentados, resta-me indicar o livro. Duda Falcão mostrou-se, mais uma vez, ser um escritor acima da média. Leia Treze; sem dúvidas você irá gostar.

Adendo: O nome da obra não é treze apenas pela quantidade de contos, mas também pela quantidade. O último texto do livro possui o mesmo título: treze. Ademais, tal numeral é marcado pela superstição.

site: http://www.desbravadordemundos.com.br/2016/05/resenha-treze.html
comentários(0)comente



Rusbis 18/05/2016

Confira a vídeo-resenha de Treze:

site: https://www.youtube.com/watch?v=1DrCZcbP8P4
comentários(0)comente



Maria 10/03/2018

Resenha: Treze
Oii gente!! hoje vim com a resenha de um livro maravilhoso que mistura um pouquinho de terror. Sim! de novo vim com Duda Falcão! eu estou adorando a escrita dele e idolatrando a Avec, simplesmente ela está arrasando com as edições dos livros junto com a editora Argonautas. '' Treze '' é mais uma prova disso.

O livro é formado por treze contos de histórias de horror, Duda nos apresenta seres fantásticos como vampiros, demônios, feiticeiros, bruxos e monstros, o leitor de primeiro é convidado para entrar nesse mundo, que podemos chamar de livro, violento e sombrio. Um livro que me senti atraída já de primeira vista pela capa.




Achei um terror meio que divertido, e as estórias bem contadas, juro que não senti medo em nenhum momento, mas, é impressionante o jeito que tem em descrever seus contos. Separei três contos preferidos ao longo da leitura e tenho que destacar que são contos sensacionais. Não quero falar com vocês todos os contos, se não ficaria cansativo, e um pouquinho de spoiler, né rsrs.


Sob os Auspícios do Corvo
Família de orações e apoio dos pais, Lisa se apaixonou por Kane, sonharam com vida juntos, mas isso não poderia mais acontecer, demoraram demais para se abrir e acaram ficando um sem o outro.


Almas Roubadas
Após ser contratado para fotografar um político corrupto e sua amante, o fotógrafo se mete em um verdadeiro maus bocados, tudo por dinheiro.

'' Quem trabalha comigo é protegido. ''


Treze
Décimo terceiro filho, nasceu sobre uma maldição, sua família tentava de tudo para livrar do mau que o número treze trazia, um número carregado de simbolismo.




Não percam tempo! vão ler esses contos, são incríveis. Adorei a qualidade que a editora teve com o livro, e super recomendo muito, quero ver cada um de vocês entrando nessa aventura de horror, hahaha brincadeira gente, nesse outro mundo sombrio. Não fiquem com medo de ler esse livro, ele não dá aquele '' Susto '' fiquem tranquilos!. Alguém já leu?

site: Blog Febre de Livro: http://febredelivro.blogspot.com.br/
comentários(0)comente



Marissa Tuthor 18/03/2018

Treze sustos e muitas descobertas
Resenha do livro "TREZE" do autor DUDA FALCÃO.
Vamos lá falar desse livro fantástico. Comecei a ler e a cada conto me surpreendi pela beleza dele. O livro te cativa da primeira a última folha. São contos independentes que em poucas páginas nos fazem desbravar lugares inóspitos e entrar em contato com histórias surpreendentes. Então, nós pensamos: “não é possível que a história acabe assim”.
Agora cá entre nós esse anfitrião me fez lembrar um tio meu. Quando estávamos de férias na fazenda dele, sempre de noite fazia uma roda de contar histórias, ele contava cada caso que a gente passava a noite com medo. Acho que passei a ter medo de filmes de horror/terror por conta dele. O anfitrião de Duda Falcão me lembrou muito ele. Bateu uma saudade do tio, que já faleceu, saudades da minha infância e me fez querer continuação desse livro, conhecer mais histórias.
Muito bem escrito, o anfitrião te contará narrativas de horror que te envolvem. Você torce pelos personagens, porém no fim eles sofrem ou morrem de maneiras inusitadas. E o suspense com horror te faz ficar com um pé atrás quando no início das histórias estão todos felizes e tranquilos. Por que a cada história você já percebe que finais felizes não existem no livro.
Um fato que me encantou é a estrutura dos contos, começa leve para chegar ao clímax e o final sempre faz você querer reler o conto para entender o que deixou para trás para não ter previsto aquele final. Outro fato são as histórias em si, você percebe que são histórias antigas, mas o autor consegue fazer como se fossem atuais. A narrativa é fácil de ler, cativante, cheia de detalhes que te prendem a leitura. Os detalhes dos cenários cada um mais inusitado que o outro. Você consegue ver a história em toda sua dimensão. Às vezes você para de ler e olha para os lados para se situar em que lugar você está e entender que não esta vivendo dentro do livro.
Treze é um livro que eu recomendo para os leitores de horror/terror, para leitores que amam um suspense com final inesperado e eletrizante. Adorei a leitura e admito que muitos contos me causaram medo. Até sonhei com um que eu li a noite repleto de detalhes muito vívidos.
Duda Falcão como sempre te prende na narrativa te levando a um mundo onde tudo é possível, onde os finais são incríveis. Vamos ler amigos, pois a cada folha um mundo novo te surpreenderá com um conto espetacular.


comentários(0)comente



Gárgula 13/08/2018

Uma grande homenagem as histórias de horror antigas
Duda Falcão consegue nos levar no mesmo clima das histórias de horror antigas onde cada conto nos trás um cenário mais estranho do que o anterior. Uma grande homenagem que vale a pena ser lida realmente.
comentários(0)comente



Orlando 12/09/2018

O LIVRO É | TREZE, DE DUDA FALCÃO
Se você curte aquele clima de histórias de terror, suspense, mistério e sobrenatural ao melhor estilo das antigas revistas pulp como Weird Tales, Creepy ou da sérieContos da Cripta e afins, então está aqui nas mãos de Duda Falcão, autor de Treze e outros livros, uma ótima oportunidade de revisitar esse climão.

Treze é uma divertida coletânea que mistura vários estilos e subgêneros de narrativas de terror, horror, sobrenatural e mistério em treze contos que tem toda a atmosfera e características para agradar os fãs da velha e nova guarda.

Duda Falcão tem histórico e talento pra isso em sua trajetória de escritor. Só na AVEC Editora o autor já tem três participações: Duda escreveu Treze e Comboio de Espectros e organizou a Coleção Sobrenatural: Vampiros Vol.1 (veja nossa resenha AQUI). Além de outras coletâneas e trabalhos pela Editora Argonautas.

Em Treze o peculiar personagem conhecido como “O Anfitrião” nos convida pelo obscuro mundo das narrativas pulp que entrelaçam terror, horror, fantasia, sobrenatural e muita criatividade. Criaturas macabras, demônios, mulheres fatais, espíritos atormentados, amuletos estranhos, detetives curiosos… tem um tanto de tudo.

Aqui o peculiar anda de mãos dadas com o estranho, o cotidiano é assombrado pelo mistério, o banal é assolado pelos abismos ocultos da compreensão do homem. Falcão busca inspiração em nomes de peso ao logo das treze histórias curtas que nos narra.
Pode-se sentir aqui o toque dos mestres Edgar Allan Poe e H.P. Lovecraft, bem como as sutilezas da narrativa mais moderna de um Stephen King, tudo misturado com a atmosfera weird/pulp.

Criaturas como os obscuros corvos, por exemplo, estão permeando algumas das histórias de Treze, uma referência facilmente atribuída ao mestre Poe, por exemplo.
Também encontramos criaturas cuja origem remete aos abismos imemoriais do cosmos, saindo de poços fétidos ou de pântanos cujos miasmas terríveis amedrontam qualquer ser humano, ou estranhos marinheiros exalando o fedor de peixe… não seriam essas situações e criaturas uma clara homenagem/inspiração à rica mitologia Lovecraftiana? Com absoluta certeza que sim.

Falcão também passeia por paisagens como os mitos gregos, o velho oeste americano cheio de lendas indígenas cuja memória quase se perdeu em meio aos massacres dos peles vermelhas; claro, não faltam aspectos e situações amplamente conhecidas dos leitores de terror/horror: vampiros, lobisomens, vodoo, rituais de sacrifício também estão enriquecendo Treze.

Falcão é criativo e seus textos são inteligentes, sua escrita é bem limpa e objetiva, aqui e ali há algum floreio, mas no geral Falcão se atém ao contexto de suas narrativas para redigir seus diálogos: se quem fala é um homem letrado, há todos os maneirismos de uma escrita culta a favor da fala do personagem em questão, se o personagem ou situação exige um texto mais simples e básico, é isso que temos.

O autor dosa bem em todas as suas histórias desenvolvimento rápido de personagens e situações, algo muito positivo num livro de contos, tornando assim Treze um livro muito bom de se ler a qualquer hora e em qualquer lugar.

Claro, se aclimatar à noite para uma leitura para tornar os sonhos em pesadelos é ainda melhor, mas o que quero dizer é que Treze é um livro divertido, instigante e que acompanha o leitor em qualquer momento.

Acho que a única “falha” de Treze é deixar latente no leitor a sensação de “mais um pouco”. Em suas exatas 190 páginas (com contos e o prefácio de Marco Aurélio Lucchetti), Treze tem o tamanho entre o perfeito e o “poderia ter mais páginas” e, no final das contas, se chamar Quatorze, Quinze ou Dezesseis.

Mas não seja por isso, acabando a leitura de Treze, é só correr e garantir seu Comboio de Espectros e saciar sua sede por boas histórias de terror/horror que Duda Falcão nos deixa ao final desta curta, porém muito eficiente antologia.

TREZE | O AUTOR
Duda Falcão começou a publicar seus textos ficcionais, a partir de 2009, em antologias com temáticas fantásticas. Seu primeiro romance de aventura e horror, intitulado Protetores, foi lançado em 2012. Em 2013 publicou o livro de contos Mausoléu pela Argonautas Editora.

Ainda em 2013 foi um dos curadores do evento Tu Frankenstein 2 durante a Feira do Livro de Porto Alegre. Evento que reuniu diversos escritores durante uma noite e uma madrugada na Biblioteca Pública do Estado do RS para a produção de contos policiais, de suspense e horror. É também um dos idealizadores da Odisseia de Literatura Fantástica que ocorre na mesma cidade.

Graduado em História, Especialista em Literatura Brasileira e Mestre em Educação, atua como professor universitário. Em 2010 abriu a Argonautas Editora, especializada nos gêneros fantásticos, tais como a fantasia, o horror e a ficção científica.

TREZE | SINOPSE E FICHA TÉCNICA
Ao abrir as páginas desse tomo, você encontrará 13 contos de horror, bem ao estilo das antigas narrativas weird. No universo de Duda Falcão habitam monstros antediluvianos, demônios, vampiros, bruxas, feiticeiros e criaturas reanimadas trazidas das garras da morte.

Pessoas comuns transitam nesse mundo das trevas, desde estudantes universitários a fotógrafos, detetives despreparados e crianças inocentes. Confira essa obra e trilhe os caminhos inusitados do pulp.

• Formato: 14×21 cm
• Páginas: 192 páginas
• Papel: Pólen Bold 90g
• Publisher: Artur Vecchi
• Edição: Duda Falcão
• Diagramação: Roberta Scheffer
• Ilustrações: Fred Macedo
• ISBN: 978-85-67901-51-0
• Editora: AVEC Editora© Argonautas©
• Data de Lançamento: 2015
• Páginas: 192

SOBRE A AVEC EDITORA
A AVEC é uma editora nascida em 2014 que investe em escritores, desenhistas e quadrinhistas que estão dando seus primeiros passos na criação de histórias – mas já demonstram o talento de grandes autores. Conheça nosso site.

Os livros da AVEC podem ser encontrados na rede Fnac, Travessa, Cultura e Submarino. E os ebooks na Amazon, Apple, Kobo, Cultura e Travessa.



site: https://www.pontozero.net.br/2018/07/03/o-livro-e-treze-de-duda-falcao/
comentários(0)comente



Paulo 10/03/2019

O Duda Falcão é um exemplar raro de autor nacional especializado na arte de criar contos. E não apenas contos curtos, mas histórias do gênero pulp. O Duda pertence a um nicho dentro de um nicho. Por essa razão, é nossa obrigação fazê-los conhecerem esse autor que está aí na estrada há algum tempo e merece um pouco de sua atenção. Tenho certeza que alguma das histórias deles (ou várias, como no meu caso) vão ressoar com vocês.

Só vou comentar três histórias porque quero deixar vocês aproveitarem tudo o que o Duda é capaz de fazer com suas narrativas.

Antes de mais nada é preciso localizar Treze como sendo uma publicação anterior a Comboio dos Espectros, outro livro que resenhamos há pouco tempo. Entretanto, aqui já vemos uma escrita bem madura do autor. Ele sabe aonde quer chegar e como quer chegar. Em romances curtos isso é algo bem difícil de se fazer porque ele precisa atrair rapidamente o leitor para a narrativa. Não há tempo para desenvolver personagens ou criar estofo. Se eu pudesse usar uma metáfora para classificar a escrita do Duda, é como se fosse uma Colt bem carregada e de tiro preciso. Às vezes o atirador erra, mas na maior parte das vezes ele entrega algo de excelente qualidade.

Outra característica única do Duda é que alguns dos personagens de seus contos estão presentes em outros situados em outras coletâneas. É mais ou menos como o Howard fazia com o Conan quando ele publicava na década de 1930. Os contos do Conan podem ser arrumados em uma cronologia, mas o próprio autor não obriga o leitor a seguir nada em especial. Todas as narrativas podem ser lidas em qualquer ordem. Mas, é legal saber que o autor retorna a alguns personagens em outras histórias. Isso significa que eles são repletos de possibilidades a serem exploradas. Digo isso a respeito de Kane Blackmoon, ou do hoplita Eadgar e até do Museu do Terror. Se podemos buscar influências nestas três histórias recorrentes estão a do western com um lado sobrenatural, a do guerreiro (apesar de Eadgar ser muito mais virtuoso do que o Conan) e a do pulp propriamente dito.

Mas, não são destes três personagens que eu quero falar. Vamos falar de outras histórias. Vamos começar de trás para frente, com A Turma de Biologia. Eu adorei a referência a Reanimator presente nesta história. Duda traz aquela ambientação típica de anos 80 relida para os dias de hoje. Temos um grupo de amigos que está organizando uma festa para a sororidade e que promete atrair todos os rapazes e as garotas da faculdade. Para isso, eles vão usar o prédio de Biologia que normalmente fica abandonado nos finais de semana. Mas, ninguém espera que já tenha um aluno fazendo experiências proibidas no prédio. E é óbvio que isso não pode dar certo. Duda consegue reproduzir muito bem a mentalidade obsessiva de um gênio louco. Me lembrou até um pouco o Victor Frankenstein e sua ilusão de imortalidade. O que chama a atenção na história é em como o autor vai construindo a cena peça por peça. Aos poucos vamos vendo a tensão se acumulando até atingir o clímax.

Abismos Insondáveis ao mesmo tempo em que mostra o talento do autor lidando com um romance investigativo ainda faz uma homenagem a Lovecraft. Temos um personagem acostumado a lidar com todo tipo de trabalho sujo precisando recuperar um estranho amuleto. A partir de sua investigação vamos vendo as coisas ficando mais e mais estranhas. Outra qualidade do autor é em como ele é capaz de criar atmosferas surreais: quando o detetive está falando com a artista e ela mostra suas pinturas ganharem formas e mais tarde quando ele lida com uma estranha cabala. Isso me remeteu imediatamente às descrições bizarras presentes em alguns contos do Chamado de Cthulhu. Vale a pena curtir porque o autor transita de um romance investigativo para um terror cósmico em um piscar de olhos.

Já O Vampiro Cristão é uma ótima mudança de clichê. Como criar uma história com um padre transformado em vampiro e que continua a manter seus votos? A partir dessa premissa, Duda cria um romance diferente em que um personagem tem todo um conjunto de dilemas a serem solucionados. Aqui, apesar de ser uma história curta, o autor mostra uma eficiência incrível ao ser capaz de criar uma empatia do leitor com os personagens. Os diálogos entre a fada e o vampiro são excelentes; isso sem contar na troca de caráter entre os personagens. Normalmente vampiros são seres malditos e mais ligados ao espectro maligno da coisa e fadas são otimistas e alegres. Nada disso aqui. O trabalho com os dilemas morais dos personagens é o que faz a história andar e o objetivo final do conto é muito simples, porém eficiente.

Mais uma vez o autor provou ser mestre na arte de criar contos instigantes. É um desses talentos nacionais que deveriam ser mais conhecidos. E aí está a sua oportunidade de comprar Treze e dar uma força a essa mente tão criativa.

site: www.ficcoeshumanas.com
comentários(0)comente



Mila Morelli 10/10/2019

Apesar de ser um segundo volume, como recebi primeiro de parceria com a editora AVEC, acabei lendo de toda forma. O que em nada foi prejudicial já que a obra em si se trata de 13 contos, conforme a sinopse informa.
Foi a primeira vez que tive contato com o autor Duda Falcão e posso dizer que o mesmo possui uma criatividade sem fim, que nos leva para vários mundos, histórias, superstições e mitologia.

Por serem 13 contos bem desenvolvidos, ficará difícil falar de cada um deles. Então, tentei ser mais ampla na opinião.
Fazia um bom tempo que eu queria ler um livro de contos. Primeiro, porque sinto que todo esse ano que passou eu li muito mal, lentamente e precisava de algo que me tirasse desse "tipo de ressaca literária". E imaginei que contos poderiam me ajudar.
Assim que recebi os livros, corri para ler.

Encontramos uma escrita que flui de maneira super fácil. Duda não peca ao nos dar detalhes das cenas, porém faz isso de jeito ágil, rápido, que não peca ao falhar ou deixar excessos. O que me fazia ler os contos com uma rapidez anormal, ainda mais por todos eles me fisgarem desde o começo.
Se o autor teve um bom ponto com seus contos de suspense, terror e mistério...foram os assuntos e a maneira como todos eles eram desenvolvidos.
Em alguns contos já íamos aos finalmentes logo de início, entendendo o que havia de "ruim" na trama e ansiosos por um fim....feliz. Finais que dificilmente aconteciam e eu acho ótimo.
Em outros contos, o processo vinha aos poucos, nos dando pequenas respostas e nos fazendo ansiar por mais.

" Nada poderia absolvê-lo dos terríveis pecados cometidos. Nenhuma lei humana seria suficiente para puni-lo de forma adequada. Perturbado por aquelas ações irracionais, quando teve um breve lampejo de razão, entrou no mar procurando por algum tipo de redenção. O mar, talvez, lavasse os seus crimes extirpando-o daquele mal que agora o assolava. A morte mostrava-se como a única solução para os seus atos ensandecidos."

Claro que alguns contos me chamaram mais atenção do que outros e, por serem contos com um começo, meio e "fim", eu ainda tive que ser forte, trabalhar minha mente e aceitar que o final era aquele.
Acho que estar acostumada a ler livros mais desenvolvidos ou seres enormes, me acostumaram mal. E toda essa diferença em ler um conto é algo que aprecio e que precisava.

Posso finalizar dizendo que o autor conseguiu deixar referências muito boas ao estilo, apesar de eu ainda estar crua no assunto e querer buscar mais informações. Da mesma forma que a escolha do nome para o livro é algo que eu soube apreciar. Especialmente por toda a superstição quanto ao número, finalizando com um conto de mesmo nome.
E não deixaria de citar a ilustração da aranha que começa mais no topo direito da página e, ao longo do livro, vai descendo. Passar os dedos pelas páginas é ser agraciado com uma pequena animação flip book e amei a ideia.

Para quem ainda procura mais autores nacionais para conhecer e que não tem receio em ler histórias um pouco mais intensas, com sua dose de terror.... indico com toda a certeza. Como citei a cima, a leitura é rápida e nos prende com facilidade. Amei!

''Tentei mostrar um pouco do que vejo nos meus sonhos. São abismos. Abismos cósmicos e oceânicos. Abismos insondáveis. De profundidade infinita e misteriosa. Abrigam criaturas que nossa vã filosofia não consegue explicar ou suportar (...) Aquele abismo estelar e aquela coisa sem nome não passavam de um pesadelo, foi o que decidi afirmar para minha consciência abalada.''

Resenha no blog Sob Encomenda

site: http://sobencomendaa.blogspot.com/2019/01/treze-o-anfitriao-apresenta-2-duda.html
comentários(0)comente



Guido Alexandre - @lendocomotempo 20/12/2019

“Naquele lugar, o tempo parecia não existir. Somente a paz dominada pelo silêncio, o vácuo e o contraste da luz contra a escuridão eterna.”

O livro Treze reúne 13 contos de terror dos mais diferentes tipos, que vão desde mortes macabras até criaturas sobrenaturais.

Por se tratar de um livro de contos, a leitura é muito fluida e as histórias são espetaculares. Cada conto tem uma história diferente que vai te deixar com muita vontade de continuar a ler mais sobre cada uma.

A escrita do Duda é muito boa, eu gostei bastante de como ele consegue descrever as cenas com uma riqueza de detalhes.

A diagramação do livro está impecável, com muitos detalhes que só acrescentam valor a obra, e na contracapa, possui várias imagens onde cada uma é referente a um conto, achei isso muito legal.

O livro é uma ótima pedida para ler agora em outubro ou numa sexta-feira 13, o que você achar melhor. Ah, também é ótimo para ler numa madrugada de lua cheia.
comentários(0)comente



Miss Vanny 20/05/2021

Terror pra brasileiro ver...
... sem botar defeito, os contos do livro são muito bem escritos e elaborados, faz com que o leitor sinta dentro da história acompanhando os personagens em suas aventuras perturbadoras.
comentários(0)comente



Ricardo.Barroso 03/06/2021

Boa coleção de contos que te prendem
Dá pra perceber várias influências nos contos, desde Edgar Alan Poe, HP Lovecraft, Robert E. Howard e outros, sempre finalizando com uma cena de horror que te prende. Os contos são curtos e a leitura flui facilmente.
comentários(0)comente



Dja 17/06/2021

Esse é o meu primeiro livro do autor, os meus contos preferidos dos treze é vampiro cristão e dragão de chumbo. Gostei das histórias e pretendo ler mais outros da autora para conhecer os personagens que mencionaram que tem em outras obras dele.
comentários(0)comente



23 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR