O Feijão e o Sonho

O Feijão e o Sonho Orígenes Lessa




Resenhas - O Feijão e o Sonho


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Clio0 14/06/2023

Não é o tipo de livro que eu indicaria para crianças, mas caberia facilmente numa lista para adolescentes em fase de vestibular, pois trata justamente da questão que anualmente assola essa faixa etária: fazer o que se gosta ou o que põe o pão na mesa.

Campos Lara, o personagem principal, é um poeta de certo renome que tenta se integrar a vida cotidiana através do casamento e, surge então, o problema de ser obrigado a se vender, ou no caso, a se sustentar através de serviços dignos, porém maçantes. Sua esposa, Maria Rosa, é a mulher que se encarrega de manter o marido com os pés no chão e dos outros afazeres, mas que se encanta com a poesia presente na alma do marido.

Essa dicotomia, o sonho e o real, são conflitantes e se aproximam ao mesmo tempo. A paixão de Campos Lara se revela nos atributos mais terrenos de sua mulher, a de Maria Rosa advém dos sentimentos que a poesia oferecida lhe desperta.

O romance foca então em todos os problemas que esse casal tão díspare enfrenta em seu dia-a-dia. A forma como um aos poucos se endurece com a maturidade e como a outra se enternece mesmo perante a necessidade são reveladores do que por muito tempo foi descrito nas famosas novelas brasileiras: a gentileza e o interesse. É a mania entre a inveja e a arrogância.

É um dos meus livros preferidos.

Recomendo.
Núbia Cortinhas 15/06/2023minha estante
??????????


Geovana 15/06/2023minha estante
Suas resenhas são ótimas ???


CAJUZINHO 12/01/2024minha estante
Meu primeiro livro de 2024. Espero conseguir ler muitos outros!




Brunna.Lima 03/01/2023

Indicação
O livro transporta o leitor a diversos cenários da família onde sempre existe a disputa entre a idealização, na representação do personagem Campos Lara, e a razão, na representação de Maria Rosa.
O autor escreve detalhadamente e consegue destacar várias perspectivas desses cenários, como: vida financeira, vida conjugal, a relação com os filhos, etc.
No fim, o autor deixar uma enorme reflexão ao leitor!

Eu indico a leitura.
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Lilo Dias 15/01/2021

Campos Lara é um sonhador, onde enxerga que seu futuro é escrevendo poemas e romances.
Acontece que Maria Rosa, sua esposa, entende a vida de outra forma, extremamente pé no chão, vê no marido a figura de um vagabundo onde não gosta de trabalhar, e tem a mente voltada apenas para a literatura, renegando o papel de marido e pai em nome de seu sonho.
O livro nada mais é do que um retrato da vida real, mostrando a extrema dificuldade em sustentar a vida em família e seus sonhos ao mesmo tempo.

Lessa traz um retrato da vida!

Em relação ao que absorvi da leitura, "O Feijão e o Sonho" diferente de outros livros da coleção vaga-lume, é de uma leitura extremamente monótona, em que o clímax dura pouco e não leva a nada, o enredo é bom, mas o fim é extremamente confuso, é feito com pressa a meu ver.
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André 05/04/2011

Um livro interessante.
Trata da história do Poeta Campos Lara, oprimido entre a sua total incapacidade de compaginar seu sonho - suas ambições intelectuais e literárias - com o feijão de cada dia, isto é, com a sua obrigação de sustentar dignamente a mulher Maria Rosa e os três filhos. Há claramente uma desordem na alma do poeta, que coloca suas vaidosas aspirações como escritor acima das obrigações morais. No entanto, Campos Lara não o faz por mal. Vive num mundo de sonhos, e sua falta de senso prático é constantemente apontada - não raras vezes com certa malícia - por Maria Rosa. O balanço entre Maria Rosa e Campos Lara conduz o leitor a uma reflexão sobre desejos e obrigações, aspirações individuais e limites impostos pela realidade da vida.
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Amanda 20/01/2021

Bom
Um poeta que vive em uma sociedade que, infelizmente, não dá a mínima para o trabalho intelectual, onde só o trabalho braçal é bem visto ( principalmente pela a sua esposa). Não posso deixar de comentar que: as partes machistas e racistas do livro são bem desagradáveis.
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Jorge 04/03/2021

A pobreza intelectual, emocional e afetiva.
Maria Rosa é raivosa. Não tem estudo, instrução. Ela não tem vestido pra sair, comida para oferecer aos filhos, crédito na mercearia da vila e nem em outro lugar. As contas chegam, mas não tem dinheiro para paga-las. As crianças choram o tempo todo de fome, pedem brinquedos, necessitam de tudo. É um lar atormentado por dívidas, humilhações, gritos e queixas.

Debaixo deste mesmo teto vive Campos Lara, o marido, um professor-poeta, opositor do analfabetismo e da incultura, o que enfurece demais Maria Rosa, pois na percepção dela estudo serve só para atrapalhar, que muita informação e conhecimento deixa a cabeça das pessoas confusa. E ela tem boas razões para pensar assim, já que possui um exemplo disso vivendo dentro de sua casa. E ela se pergunta: Do que adianta a intelectualidade do marido se isso nunca trouxe prosperidade a família?

Isso leva Maria Rosa a concluir que se casou com um homem inadaptado, abobado, sonhador, inútil, um incapaz para a vida prática. Inconformada, ela não mede palavras para que o marido saia do mundo da lua, da poesia, dos sonetos, da literatura, na esperança de que ele caia na realidade, a realidade do campo, do preço do café, do feijão duro.

Existe um abismo na diferença de educação e temperamento de Campos Lara e Maria Rosa. E é na relação amarga e conflituosa deste casal que se constrói a narrativa deste romance. E que romance! Que escrita boa! Que livro bom, minha gente!!! Um clássico escrito na década de trinta, muito a frente do seu tempo, com discussões de assuntos sérios, nada infantis, pertinentes até os dias de hoje. Não deixe de ler! Não deixe mesmo!!! Cinco Estrelas!!!
Luciana 07/03/2021minha estante
Li na minha infância. Talvez seja hora de reler?


Jorge 07/03/2021minha estante
Oi Lu, eu não me imagino gostando desse livro se eu o tivesse lido na infância/adolescência. Os temas retratados nele são bem adultos. Eu acho que eu não entenderia o livro. Se reler, venha comentar comigo o que achou.




Samarithan 20/05/2020

O perigo de se desconectar da realidade
Belíssimo clássico da literatura nacional, infelizmente pouco conhecido nos dias de hoje. O livro aborda o confronto entre a vida idealizada, da busca por um sonho, com a vida prática, para ganhar o pão de cada dia. Este embate é evidenciado por Campos Lara, homem culto que sonha em ser um poeta, mas incapaz de realizar qualquer tarefa prática, onde mesmo o mais simples dos trabalhos, para ele é um fardo; e Maria Rosa, sua esposa, que sofre com a incapacidade do marido de sustentar a própria família.

É um livro que desperta várias reações nos leitores: Ora ficamos com pena de Campos Lara, para no momento seguinte termos vontade de esganá-lo; Em boa parte da narrativa, vamos concordar e nos compadecer por Maria Rosa, mas sua rudeza também nos incomoda em determinados momentos. Em suma, a obra evidencia que a vida prática e a vida idealizada e de realizações, devem caminhar juntas, temos que buscar nossos sonhos, mas sabendo que eles dependem dos nossos esforços e das circunstâncias em que vivemos para que possam se realizar, ao mesmo tempo, é um erro achar que tudo na vida necessariamente deve ter um sentido utilitário. Encontrar o meio termo entre estes extremos, é o segredo para se viver melhor.
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Marc 10/05/2022

Esse livro curto tem tantas coisas para se comentar que acho que vai faltar muito ainda a dizer, por mais que eu tente fazer um texto abrangente. Não sei se de propósito ou por uma feliz coincidência (o que não significa diminuir o autor) o encaixe dos temas é praticamente perfeito nesse livro, eles vão se sobrepondo, compondo um quadro naturalmente mais e mais complexo, até que o autor consegue expor um sentimento sobre a vida que se torna muito verdadeiro.

Campos Lara sonha em ser poeta, enquanto tem que lidar com as cobranças de sua mulher (Maria Rosa), sobre as condições materiais da vida da família. Ele não consegue parar em nenhum emprego, não consegue alimentar os filhos, pagar as contas, dar uma vida digna a mulher, que mesmo sendo implicante, visivelmente o ama, pois não o abandona. Ele despreza aqueles que vivem para a obtenção de bens materiais apenas, considera que isso é desperdiçar a vida — e acaba se colocando, sem o perceber, no polo totalmente oposto, de desprezo pela vida concreta.

No começo do livro Maria Rosa nos é apresentada como uma personagem desbocada, descontrolada e que ataca constantemente o marido, sem piedade alguma. Ela não mede palavras e sentimos pena de Campos Lara, que tem seus sonhos reduzidos a tolices pela mulher. Mas o livro reserva uma grande surpresa, porque no momento que o casal tem sua briga mais violenta, ela mostra uma visão aguda e certeira sobre o marido; ela descobre sua vaidade, seu desprezo pelas “pessoas normais” e o ataca por considerar injusto que ele seja tão egoísta, sacrificando tudo e todos por mero orgulho de se colocar acima de todas as outras pessoas. Nesse momento, ela ameaça deixar o marido, mas não o faz, não passava de um “argumento” na briga, uma tentativa de demover o marido desse caminho destrutivo. E começamos até a sentir simpatia quando a narração volta ao passado para contar o início do relacionamento dos dois. Nesse procedimento, muita coisa é esclarecida e a personalidade de Campos Lara é esmiuçada através de suas atitudes. No início do livro ele aparece como uma pessoa azarada, que não conseguiu alcançar o mesmo sucesso de outros, mas que, ao menos, se mantinha fiel a si mesmo, a seus valores. Mas vamos percebendo que não é bem assim. Ele sente enorme desprezo por tudo que não seja o reconhecimento que a literatura pode lhe trazer. Vê outros enriquecendo, mas se mantém afirmando para si mesmo que um dia vai conseguir o que deseja, mas o que ele deseja realmente?

Quando consegue escrever um livro de poesia sobre a vida da família, que obtém relativo sucesso, Maria Rosa percebe, definitivamente, o que é o marido. Não lhe falta, como pensava, jeito para a vida material, concreta, não, ele apenas não deseja participar dela e prefere viver em um mundo paralelo, uma realidade inventada, que nada tem de verdadeiro, mas que soa incrivelmente amável aos olhos de todos. Ao descrever a vida familiar, num tom irreal — inconscientemente irreal —, Campos Lara mostra que até nota a vida a seu redor, mas que não é afetado por ela, não sente afeto, não se compadece e acaba expressando o desejo do que queria viver e não a realidade em si. Esse duro golpe para Maria Rosa faz com que perca a esperança no marido e, não se sabe ao certo (será que foi ela que espalhou tudo aquilo sobre o padre e Campos Lara?), ela termina participando de uma terrível fofoca, que vai modificar a vida deles para sempre. Foi o único momento em que Campos Lara teve uma existência concreta no livro, que se voltou para as circunstâncias a seu redor e tentou influencia-las, modificá-las. Mas, como já havia previsto a mulher muito antes, tudo devido a seu orgulho, não a seu amor pela família, nem a sua obrigação de homem e marido. Ele tenta salvar sua honra e enfrenta as fofocas da cidade, mas isso não termina tendo o efeito prático que se poderia esperar.

Depois de retornar a São Paulo, quando a situação na cidadezinha onde moravam ficou insustentável, Campos Lara começa a escrever romances e até consegue algum dinheiro. Não o suficiente para resolver os problemas, mas para trazer comida para casa. Ainda tinham dívidas, mas ao menos podiam comer. Obteve, finalmente, reconhecimento dos pares e alguma fama, se tornou um autor importante. Construiu uma carreira e isso alimentou seu ego sedento, mas, no fim, ele percebe que seu sonho era, ao contrário do que pensava, um elemento que o alienava da realidade, o afastava da vida e das pessoas que amava e apenas serviu para espalhar sofrimento e frustração.

Campos Lara realizou seu sonho apenas para descobrir que estava ainda mais infeliz do que nos momentos de cobrança da esposa, que parecia tão insensível a sua realização. Ele jamais foi capaz de parar sequer um segundo para pensar que a vida não é nem o sonho, nem o feijão. Como dizia Ortega Y Gasset: “Eu sou eu e minha circunstância, e se não a salvo não me salvo eu.” (meditações do Quixote, p. 32). Isso significa que a nossa personalidade, a nossos sonhos, a vida vai interpor, sempre, uma série de desafios, de circunstâncias que impedem a plena realização daquilo que almejamos. Mas é através da compreensão de que precisamos não circundar esses desafios, mas encará-los de frente e, ainda assim, manter de alguma forma o que sabemos que vai nos realizar, isso nos faz pessoas plenas. Campos Lara não se sacrifica por aqueles que ama, e chega ao ponto de restar a dúvida se os ama de verdade; ao contrário, ele sacrifica a todos por seu ideal. Isso é, como diz com todas as letras Maria Rosa, egoísmo, não firmeza de caráter como ele pensava. Uma pessoa que passa pela vida sem conseguir se sacrificar por amor a ninguém, sem conseguir desviar de seu caminho intencionalmente, sabendo que precisa voltar a ele, mas que é preciso parar ou retroceder em certos momentos, essa pessoa não sabe viver, não sabe qual é o verdadeiro sentido da vida e vai chegar ao fim da vida completamente frustrada, descobrindo que desperdiçou todo o tempo que teve. Eis o que acontece com Campos Lara.

Salvar suas circunstâncias não significa lutar exclusivamente por realizações materiais, sair da pobreza, conquistar castelos e iates. Pode ser que alguém salve suas circunstâncias e continue muito pobre, mas consiga entregar amor e ser fiel a si mesmo, realizando-se naquilo que a vida exigiu. Há um imperativo nos livros de autoajuda sobre dobrar o mundo a sua vontade que é extremamente perigoso e só consegue produzir egoístas frustrados ao fim da vida. Se Campos Lara tivesse se dedicado à família, vendo os filhos crescerem com saúde, segurança e educação, mesmo que não tivesse se realizado enquanto escritor, ainda assim se sentiria realizado. Ele teria doado sua vida a alguém, se sacrificado pelos que amava e isso lhe daria sentido. Mas ele faz justamente o contrário e mesmo os filhos e a esposa eram apenas pessoas que o distanciavam do que ele pensava ser sua realização. Ele descobre que o sentido da vida pode nem sempre ser tão elevado quanto pensava e que mesmo as pessoas simples, que viviam suas vidas sem conhecer a literatura, sem saber quem foi Homero, Dante ou Dostoiévski podiam ser mais realizadas que ele — e mesmo sendo pobres.

O que o livro termina dizendo é que viver é, ao mesmo tempo, mais difícil e mais fácil do que ele pensava. Mais difícil porque seu sonho o alienava da realidade, o afastava das pessoas que o amavam, borrava seus rostos e, quando ele as olhava, via não o que eram, mas o que ele queria que fossem; mas também mais fácil, porque bastava se dedicar aos que amava para que o sentido que ele tanto buscava se realizasse quase imediatamente. Ele não precisava desistir do sonho, não precisava abandonar a carreira de escritor, mas precisava incluir os que o amavam nessa jornada, partilhar com eles, pois não eram empecilhos a seu caminho, mas aquilo que faria com que tivesse mais força e olhar aguçado para compreender o mundo. A conclusão, que o livro entrega com uma certa amargura, é que Campos Lara desperdiçou sua vida e não soube jamais amar as pessoas a seu redor. Quando desperta para o amor da família, vê o filho seguindo seus passos e não sabe, mais uma vez, como reagir.

Há dois níveis de interpretação do texto, se olharmos a questão da alienação da personalidade. Uma leitura preliminar indica que a vida concreta afasta Campos Lara de seu sonho, da plena realização de sua personalidade. E dizer isso não é de todo errado, pois ele sente assim. Em que medida ele poderia prosperar se fosse solto das obrigações materiais e se dedicar exclusivamente à literatura. Prosperar no sentido de evoluir intelectualmente, criar grandes livros e desenvolver ensaios, etc. Mas aparece um segundo nível de entendimento da questão, que é desconfiar do que o personagem pensa sobre si e sobre sua situação, o que é necessário em todos os casos. E, como a literatura lida com a realidade, todas as vezes que ele a renega, mais se afasta de sua “obra”. Agora, entendemos que não é a vida material que lhe afronta, mas seu próprio sonho, porque a realidade está lhe entregando sem parar elementos para que ele crie alguma coisa, de si e da literatura. Mas Campos Lara só consegue lidar com o que idealizava, a realidade o atrapalhava, o afastava — em seu modo de ver — da realização de sua vida. Essa maneira mais abrangente de compreender o livro, desconfiando do personagem e notando que se ele queria fazer literatura, a primeira coisa seria reconhecer sua realidade e usá-la como matéria-prima de sua obra. Há um episódio emblemático, que Maria Rosa reconhece, que é aquele em que Campos Lara, já em São Paulo, vai fazer pesquisa com operários e pessoas pobres, para escrever mais um romance de tema social, mas não é capaz de reconhecer essa mesma miséria em sua própria casa. Por isso, mais tarde, quando o reconhecimento começa a declinar, quando a nova geração de escritores faz a crítica de sua obra e ele deixa de ser o modelo, ou seja, deixa de ser admirado, Campos Lara olha para sua vida e não se reconhece. Ele havia feito tudo apenas por vaidade, havia sacrificado aos que amava por um sonho, um delírio de reconhecimento que se dissipou logo em seguida. Campos Lara jamais salvou suas circunstâncias, jamais reconheceu sua condição, aprendendo a modificá-la e construir sua obra sobre ela. No fim das contas, o sonho o alienava da realidade, o afastava do amor, de servir à família, de construir uma obra literária real e autêntica, que recolhesse os elementos que a vida lhe dera e os trabalhasse, tornando-os universais, válidos para outras pessoas.
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Catarine Heiter 14/06/2020

Nesta obra encontramos a história de vida de um poeta, narrada a partir de vários recortes cronológicos e relacionada com a rotina, a família e a sociedade. Um início arrastado, uma história sem ápices; mas ao mesmo tempo mensagens profundas e significativas para um livro tão curto. Não me admiro hoje de não ter conseguido passar das primeiras 20 páginas há alguns anos. É preciso um pouco mais de experiência de vida para sentir o que o autor colocou neste personagem! Super indico.

Esta leitura foi motivada pelo desafio DLL 2020, na categoria "Para ter lido em 2019"
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Fooks 04/06/2020

Dilema atemporal
O livro retrata,de forma caricata até,a vida de um poeta em uma terra que não dá a mínima para a intelectualidade. Sempre em contraposição com sua esposa, Campos Lara é um sonhador, já Maria Rosa é a perfeita personificação da realidade(feijão).A dicotomia entre o trabalho intelectual e a necessidade de ganhar a vida é o orbe que faz girar toda a trama.Longe de ser meramente uma crítica a condição do filósofo/poeta que tenta viver disso,creio eu o livro nos mostrar,através da descrição nua e crua da pobreza dos personagens,que a intelectualidade é,antes de tudo,para o enobrecimentoda alma.Entretanto,a obra faz uma alerta,para que o vocacionado não esqueça das obrigações que a realidade naturalmente nos impõe,instigando a procura por uma justa medida e o estudo aliado a responsabilidade.
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Binaa1 31/10/2021

Não é excelente, mas é razoável. É inegável a boa crítica social que ele traz e mudança dos dois personagens antagônicos ao longo dos anos. Não sei se indico, mas vale a pena a experiência ;)
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Lê® 01/05/2009

"Feijão e sonhos"!
A visão da leitura de um livro por uma criança é permeada de criações...O mundo onírico configura-se no mundo real...

Foi muito difícil gostar deste livro enquanto criança leitora. O mundo dolorido e, por vezes, real não cabe na consciência infantil.

Hoje repleta de novos mundos, leio as entrelinhas e desfaço a minha impressão inicial sobre este livro, afinal o que é a vida senão "Feijão e sonhos"!
Simone 29/01/2016minha estante
O mesmo aconteceu comigo, tive que ler na época da escola pra um trabalho que acabei não entregando porque não consegui ler o livro até o final, achava muito monótono e chato não passei da metade. Reli agora adulta e tive uma visão completamente diferente.


MarcusASBarr 26/10/2018minha estante
Ao colocarem aqui esta realidade, algo que comento com amigos, reforço que a seleção de literatura para as crianças na escola é forçada e serve apenas para afastar da literatura, em especial a brasileira. Na época que fui forçado a ler esta obra, ela passou a ser um tormento, como outras que seguiram o mesmo curso para o abismo. Em um período que é a ação e aventura que cativam e servem para iniciação literária... temos algo assim. Não voltei a ler... e acredito que não voltarei. O que confirma esta ideia é que Edifício Fantas, do autor, foi lido por mim ano passado. Eu gostei! (https://www.skoob.com.br/o-edificio-fantasma-31975ed74459.html)




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Antonio Maluco 25/06/2021

Lição de vida
O livro conta histórias de uma pessoa pobre que gosta de ler e coisas inteligentes e modernas pra sua vida campal
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