Além da Fronteira

Além da Fronteira Elisa Lispector




Resenhas - Além da Fronteira


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Isabelly.Godoy 10/09/2022

Introspectivo e filosófico
Esse foi o primeiro trabalho de Elisa que li, sua escrita é muito bonita e bastante filosófica, com vários momentos reflexivos e frases muito bonitas. Ainda assim, a história em si não me prendeu tanto, apenas nas últimas páginas foi que realmente consegui engatar a leitura.
Talvez não fosse o momento para que eu aproveitasse uma leitura tão introspectiva também.
Recomendo se está procurando um livro em que a história está mais em segundo plano e as reflexões do personagem principal a respeito da vida são o principal.
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Débora 12/01/2011

A renúncia
A angústia remoendo seu peito, caminhando sozinho na estrada deserta na tentativa de ultrapassar a barreira restrita do entendimento. O vento traz a solidão que embriaga com veneno que mata seus sentimentos. O enlaço de amar. A felicidade à sorrir. A solidão envolve deixando uma sombria angustia. Clausulado dentro da própria liberdade. Uma voz no som cavo do poço.
Os traços decadentes são pintados no personagem. Que navega nas palavras de minúcias que expõe os valores engolidos por muitos, e jorrados no livro. Ao ler ficava na distração de pensamentos avoados e breves partes deixar uma marca. Uma escrita que giram nos círculos dos vestígios do passado, e estados nas pegadas do presente.
A única salvação era a renunciar o que limitava e aprisionava na solidão. Com “as mãos enfiada no bolso, ergueu a face, e saiu andando, a cabeça entre as estrelas.”
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Maíra 09/07/2010

Admito que quando encontrei esse livro no sebo o que me fez tirá-lo da estante foi o sobrenome "Lispector". Depois descobri que Elisa era irmã da Clarice e minha vontade de ler algo dela se tornou ainda maior.

Não me arrependi. Tão introspectiva quanto a irmã, Elisa vai a fundo nos personagens, mas sem perder a leveza. Mesmo narrando a solidão mais aguda, fica no livro aquele ar suave, um fio de esperança ou coisa do tipo. Sérgio, o personagem principal, é o típico artista que não se encontra no mundo comum, no cotidiano das multidões. Se indaga permanentemente quanto ao sentido da vida e se sente deslocado perto de todos aqueles que parecem não compreender o seu incômodo. Entre divagações, memórias e novas percepções, ele vai procurando suas respostas enquanto tenta não tropeçar nas imensas solidões diárias.

"As caminhadas de toda uma existência não são mais que cegas buscas de algo que muitas vezes não dura mais que o instante de seu achado." (página 53) - frase que, pra mim, mais resume o livro.

Se comecei a ler enxergando a autora como "irmã da Clarice" terminei vendo "Elisa Lispector" em seu jeito particular de dizer as coisas... Com delicadeza e uma forma discreta de prender o leitor. Gostei muito.
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