A identidade cultural na pós-modernidade

A identidade cultural na pós-modernidade Stuart Hall




Resenhas - A Identidade Cultural na Pós-Modernidade


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caloanguajardo 26/06/2010

RESENHA: "A identidade cultural na pós-modernidade"
"A identidade cultural na pós-modernidade"
HALL, Stuart. 11a ed. Rio de Janeiro: DP&A Editora, 2006.
Título original: "The question of cultural identity"

"A identidade cultural na pós-modernidade", escrito em 1992 por Stuart Hall, assemelha-se mais a um guia para compreensão da identidade cultural e sua relação com os indivíduos que a um livro didático de estudos sociológicos. Digo isso não só pelo seu formato diminuto (tem 12x18cm e 104 páginas), mas pelo método explicativo e linguagem adotados pelo autor.

O livro tem seis capítulos, com poucas páginas cada. Nos dois primeiros, Hall introduz o leitor a três concepções básicas do sujeito na História (levando em conta apenas a partir do momento que ele sai da sombra religiosa): o sujeito do Iluminismo, o sujeito sociológico e o sujeito pós-moderno; para explicar como este surge e como ele se dissolve na própria era pós-moderna para se tornar o que eu chamo de sujeito pixelizado – aquele que é composto por diversas partículas identitárias que ilusoriamente dão uma forma concreta a um indivíduo e este, por sua vez, se torna um pixel maior que compõe a imagem do local.

No capítulo 3, Hall apresenta os conceitos de nação, cultura nacional e identidade nacional, partindo do ponto de que as culturas nacionais são comunidades imaginárias. Há uma relação de interdependência aqui: o indivíduo busca sua pertinência na imagem do povo nacional e ela necessita da unificação desses indivíduos para ter o sentido que a coletividade fantasia ter. Nos capítulos 4, 5 e 6 o autor trata da Globalização e como ela afeta (infecta, mas não necrotiza) a relação entre o sujeito e sua fabricada identidade nacional, a qual reage ao fenômeno pela inclusão (e conseqüente reforma), subjugação do sujeito, hibridismo (sincretismo ou Tradução) ou resiliência (reforço da Tradição e retorno aos valores de raiz ou fomento do racismo cultural e xenofobia pelo fundamentalismo e ortodoxia).

Hall diz em todos os capítulos o que ele pretende explicar, como ele o fará e em quais conclusões nós (ele e os leitores) chegaremos ao final de cada um. Além disso, as repetições sumárias dos capítulos prévios, que iniciam e infiltram os seguintes, são tão reconfortantes quanto as proferidas pela sedutora voz de Mary Alice Young (Brenda Strong) em "Desperate Housewives". Durante todo o livro, ele usa referências de verbetes e citações de grandes nomes da psicologia, estudos sociológicos e da literatura, sem cair na mesmice de usar palavreados do gueto acadêmico. Entretanto, não é nenhum "Cultural Identity for Dummies!" É uma ótima leitura, sobretudo para os leitores do tipo Um Homem sem Pátria, K. ou Lobo da Estepe.
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Cássia 19/02/2010

O mais relevante desse livro é a argumentação de Hall de que a concepção do sujeito moderno como unificado, sólido não passa de uma construção, de algo imaginado. Em suas considerações sobre a identidade nacional, ele explica quais mecanismos constroem o sentimento de uma identidade nacional, única e indivisível. Faz percursos pela história para explicar como se dá essa construção de uma identidade nacional, recorrendo a Hobsbawn.


Destaca que a "pureza" dos povos hoje tão almejada por fundamentalistas e nacionalistas, na realidade, nunca existiu já que a maioria das nações consiste de culturas separadas que foram unificadas através de conflitos violentos. E exemplifica o próprio povo britânico que se constitiu(na sua alegada "pureza") de um híbrido de celtas, romanos, saxões, vinkings e normandos. Bem "puro", né?

Logo o que causa o "desconforto" atual é não poder mais contar com essas linhas bem definidas. O processo de globalização tanto construiu novas identidades como desestabilizou as antigas, mas somente porque ele permite ver para além das construções discursivas as quais estamos acostumados.
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Goldenlion85 19/06/2009

Instigante e diferente
Muito bem explicado a situação do individuo pos moderno que
embora seja super liberal em alguma coisas e super conservador em outras, a fragmentação do individuo pela globalização e internet,
entre outros assuntos..
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