A ordem do discurso

A ordem do discurso Michel Foucault




Resenhas - A ordem do discurso


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Natália D 01/04/2009

Antes de "A Ordem do Discurso", meus contatos com as obras de Foucault estavam restritos à cópias de capítulos que os professores sugeriam como leitura.

Apesar dessa restrição, desenvolvi uma certa antipatia em relação ao Foucault. Tanto por achar que como filósofo, ele é um dedicado historiador, quanto por compartilhar da opinião de que para escrever bem e expor uma idéia, uma pessoa não deve usar apenas palavras bonitas, mas também se fazer entender.

Ao ler "A Ordem do Discurso", ficou a impressão de um Foucault prolixo, que inicia uma idéia, mas não consegue terminá-la.

O verdadeiro mérito deveria ser dado aos que escrevem as sinopses de seus livros, e a todos aqueles que fazem uma releitura de suas obras, para que nós, meros mortais, possamos compreender o que Foucault estava tentando nos dizer.

Na verdade, ao lê-lo, sempre tenho a ligeira impressão de que Foucault está zombando de todos nós.



Bell_016 02/04/2010minha estante
Sorte que temos os "comentadores" para os textos dele, então?


Thiago Benício 14/05/2015minha estante
Se ele conseguiu ou não terminar a ideia não posso afirmar com certeza pq simplesmente não entendi uma considerável parte do livro, pois embora eu tenha escutado a noção sobre o que trata o livro, a forma como ele escreve, como você já comentou, realmente parece prolixo além do fato de parecer que ele queira restringir a apenas um grupo o entendimento sobre o texto, o que não acho tão interessante.


Luan.Sehn 13/12/2015minha estante
"Na verdade, ao lê-lo, sempre tenho a ligeira impressão de que Foucault está zombando de todos nós" hahaha Adorei essa parte.

Então, não daria para considerar o Foucault como "um dedicado historiador", mas entendo o que queres dizer. A contribuição dele e a sua visão está muito mais no campo da filosofia do que da História (inclusive a concepção de tudo ser um discurso).
Agora, entrando especificamente dentro desse livro, ao dar esse discurso, Foucault queria não muito mais que especificar seus métodos, onde pretendia aplicá-los e sua concepção dentro da área das ciências humanas. Por isso imagino que tenhas achado que ele "inicia uma idéia, mas não consegue terminá-la".
E acho compreensível a escrita dele ser "mais difícil" justamente por ser filósofo, área em que isso é bastante comum, mas como diria o historiador Marc Bloch, devemos ?saber falar aos doutos e o aos escolares?.




Allan G. 11/11/2012

Belíssimo
Logofobia, logofilia, brilhantismo e por ai vai essa bela obra de M.F. Será mesmo que você é dono das suas ideias?
Allan G. 12/11/2012minha estante
É denso, mas vale a pena.


Marli.Lemos 31/10/2017minha estante
Isso mesmo, será que ele e dono de suas próprias ideias? Grande Foucault, será que vc usou o poder para subtrair nosso entender?




Babs 09/09/2013

Denso.
Apesar de ser uma palestra, assim como a maioria dos livros do Foucault, a linguagem e os exemplos são extremamente densos. Acho desnecessário. Fico imaginando se as pessoas que ouviram o que ele queriam dizer compreenderam alguma coisa...

Sobre o conteúdo, leia tendo consciência que é nada mais, nada menos, do que um discurso do marxismo cultural sofisticado.
Luan.Sehn 13/12/2015minha estante
"marxismo cultural sofisticado" Foucault se revirou na tumba ao ouvir isso rs
Bom, vou deixar o próprio Foucault por si mesmo responder a isso: "E agora, os que têm lacunas de vocabulário que digam - se isso lhes soar melhor - que isto é estruturalismo" (p. 70).

Enfim, falar que Foucault é nada além de um "marxismo cultural sofisticado" demonstra uma total falta de conhecimento de suas obras ou da produção da Escola de Frankfurt.... Só gostaria de saber o quanto tu leu e entendeu pra fazer uma crítica tão rasa assim.


Nathi Nates 14/06/2018minha estante
concordo com o Luan hahahqa




Henrique.Tavares 29/08/2022

Talvez na época que eu tenha lido o livro, eu não tivesse maturidade suficiente pra gostar ou endende-lo, ja que eu li no ensino fundamental por curiosidade. Mas eu lembro te achar um livro prolixo.
Lucas1429 08/11/2022minha estante
Por que você deu 2 estrelas na sua avaliação?


Henrique.Tavares 09/11/2022minha estante
Achei uma leitura chata, lembro que para mim foi mais fácil ler manifesto comunista do esse livro. Talvez seja pq na verdade o livro foi tirado de uma aula que ele deu, ou foi falta de maturidade minha. Tive a impressão que o livro poderia ser menor ainda, talvez escrito como forma de artigo.




Élida Lima 02/03/2009

"Existe em muita gente, penso eu, um desejo semelhante de não ter de começar, um desejo de se encontrar, logo de entrada, do outro lado do discurso, sem ter de considerar do exterior o que ele poderia ter de singular, de terrível, talvez de maléfico. A essa aspiração tão comum, a instituição responde de modo irônico; pois que torna os começos solenes, cerca-os de um círculo de atenção e de silêncio, e lhes impõe formas ritualizadas, como para sinalizá-los à distância.

O desejo diz: “Eu não queria ter de entrar nesta ordem arriscada do discurso; não queria ter de me haver com o que tem de categórico e decisivo: gostaria que fosse ao meu redor como uma transparência calma, profunda, indefinidamente aberta, em que os outros respondessem à minha expectativa, e de onde as verdades se elevassem, uma a uma; eu não teria senão de me deixar levar, nela e por ela, como um destroço feliz.” E a instituição responde: “Você não tem por que temer começar; estamos todos aí para lhe mostrar que o discurso está na ordem das leis; que há muito tempo se cuida de sua aparição; que lhe foi preparado um lugar que o honra mas o desarma; e que, se lhe ocorre ter algum poder, é de nós, só de nós, que ele lhe advém.”"

Foucault, Michel. A Ordem do Discurso
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Marcelon 14/05/2009

Apenas bom, mas a culpa ainda é minha
Começo a ler sobre Foulcalt com essa obra. Preciso mesmo ler de novo. Por ser muito erudito, ele faz dezenas de referências numa só fala. Eu entendo a maioria dos conceitos e concordo, mas preciso fixar melhor a informação que ele passa. Coisa de costume mesmo.
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Mari 09/01/2010

A ordem do discurso - Michel Foucault
Este pequeno discurso é a aula inaugural que Foucault pronunciou ao assumir a cátedra no Collège de France, de forma que pode ser considerada uma leitura introdutória ao pensamento do filósofo, um texto de ligação entre suas obras. O pequeno livro trata do discurso e as formas de poder presentes neste, elucidando ao mesmo tempo diversos temas que serão estudados pelo pensador francês. Trata-se de uma leitura essencial para pensar mais sobre a nossa sociedade, tão envolvida em comunicação e, portanto, em diversos discursos. É essencial que possamos reconhecer as formas coercivas de dicurso e o jogo de poder que existe neste para que possamos viver mais conscientemente em sociedade.
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Eduardo 15/07/2011

Isso não é uma resenha
Da série "Li com displicência". Retomar assim que puder.
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Heitor 19/11/2011

A ordem do discurso - Michel Foucault
A ordem do Discurso consiste na aula inaugural de Michael Foucault presidida no Collège de France. No livro, Foucault procura mostrar que os discursos que transforma a sociedade são controlados, perpassados por formas de poder e de repressão.
Foucault esclarece que existem diversos procedimentos de repressão do discurso. Inicialmente o autor apresenta que todo discurso é controlado pela interdição a qual é vista como um recurso que limita a enunciação do discurso, ou seja, existem tabus para o discurso, tendo em vista que não tudo que pode ser dito por qualquer pessoa, em qualquer lugar ou circunstância. Segundo Foucault, a política e a sexualidade seriam os dois principais tabus presentes na sociedade e revela ainda, que os discursos são marcados pela busca de desejo e de poder, pela luta do controle daquilo que enunciam
Outro elemento que Foucault aborda é a exclusão e a rejeição e para explicar traz à tona a oposição entre razão e loucura. A exclusão é bem explicada a partir do discurso do louco cujo discurso a sociedade não compreende, e é considerado nulo porque não atende às exigências sociais. Assim, temos a segregação da loucura, já que a sociedade não admite esse discurso como verdadeiro ou não tem interesse em ouvi-lo, pois não era visto como uma palavra de verdade e, portanto, não tem validade.
O autor continua sua abordagem e apresenta outros meios de controle do discurso. Foucault começa falando do comentário e defende que o comentário conjura o acaso do discurso fazendo-lhe sua parte. Outro elemento que limita o discurso é o autor, esse é visto como origem das significações presentes no discurso. Para Foucault, o autor é um elemento que completa o comentário. Dentro desse grupo se inclui a disciplina cujo controle do discurso é diferente do comentário e do autor, ou seja, a disciplina exerce seu controle na produção dos discursos por meio da imposição de limites e de regras.


Para finalizar, Foucault se assume como um seguidor das propostas hegeliana.
Por fim, essa obra se mostra como de grande importância para os estudos filosóficos e sociológicos. Analisar as relações de poder-saber na sociedade, nos permite começar a identificar as características e práticas que têm efeitos perigosos ou negativos.
O livro Ordem do discurso e muito proveitoso para as pessoas que querem entende o discurso e o poder que ele transmite em uma sociedade.Você começa a analisar e a questionar: Onde está o poder? O poder está em cada um de nós? O discurso é um elemento do poder?Esse tipo de questionamento,principalmente no ambiente universitário é muito bom para aguça e mostrar outras formas de controle e persuasão,principalmente para nós que muito provavelmente seremos educadores que nos abri possibilidades de mudanças na nossa pratica educativa.
Mas um ponto negativo no livro de Michel Foucault foi a sua leitura rebuscada e de difícil entendimento,cuja para melhor compreensão a sua leitura se toda ideal na sala de aula com o professor.
Conclui-se então que o livro de Foucault é excelente para leituras e analises da própria pessoa e sociedade por mais que o livro não seja tão didático e de fácil compreensão.
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Joachin 07/12/2012

Na conferência A ordem do discurso, pronunciada no Collége de France em 1970, Foucault toma a palavra para tentar explicar seu projeto de pesquisa e docência enquanto estiver atuante na instituição. O inicio dessa fala é bastante emblemática na medida em que o próprio filósofo francês solicita que o público não o perceba como o portador de uma voz autorizada pelos ritos acadêmicos, mas como um sujeito que consegue burlar essa mesma ordem do discurso ao colocar em pauta os perigos que cercam a fala ritualizada e a sua proliferação entre os ouvintes. A questão é que, basicamente, nas sociedades ocidentais, os discursos oficiais tem uma função até temível, pois excluem e interditam outras falas que não estão ligadas a legitimação de um poder que tem como objetivo disciplinar mentes e corpos.
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Melanie Mariano 06/04/2013

A ordem do discurso - Michel foucault
Mas, o que há, enfim, de tão perigoso no fato de as pessoas falarem e de seus discursos proliferarem indefinidamente? Onde, afinal, está o perigo? (FOUCAULT, Michel in A ordem do discurso)

Questionamentos aparentemente simples e que pipocam cotidianamente na atualidade do tipo: Por que não posso dar minha opinião? Cadê a liberdade de expressão? Esse discurso está certo ou errado? É bom ou é ruim? Questionamentos desse tipo estão ligados a algo chamado análise de discurso, tarefa árdua, por vezes logofóbica, que poucos sabem (e podem!) fazer. No entanto nessa obra de foucault encontramos uma boa apresentação de ideias e de formas de encarar e analisar o discurso.

É daqueles livros pra aprender a pensar, começar a exercitar a criticidade,formar opiniões, mas sem proferir abobrinhas sem fundamentos por aí e bancar o intelectual - ativista de rede social ou senhor(a) do achismo. Pra quem gosta de um bom debate, estuda análise do discurso, ou é apenas uma cabeça pensante no meio da multidão com certeza esse livro é uma boa indicação. Brilhante Foucault, brilhante!
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@KrolChacon 14/04/2014

Resenha - A Ordem Do Discurso
A ordem do Discurso consiste na aula inaugural de Michael Foucault presidida no Collège de France. No livro, Foucault procura mostrar que os discursos que permeiam na sociedade são controlados, perpassados por formas de poder e de repressão. "... suponho que em toda sociedade a produção do discurso é ao mesmo tempo controlada, selecionada, organizada e redistribuída por certo número de procedimentos que tem por função conjurar seus poderes, dominar seu conhecimento aleatório [...]" (p.8-9)

Dando continuidade à discussão, Foucault esclarece que existem diversos procedimentos de repressão do discurso. Inicialmente, o autor apresenta que todo discurso é controlado pela interdição a qual é vista como um recurso que limita a enunciação do discurso, ou seja, existem tabus para o discurso, tendo em vista que não tudo que pode ser dito por qualquer pessoa, em qualquer lugar ou circunstância. Segundo Foucault, a política e a sexualidade seriam os dois principais tabus presentes na sociedade e revela ainda, que os discursos são marcados pela busca de desejo e de poder, pela luta do controle daquilo que enunciam, e acrescenta que "por mais que o discurso seja aparentemente bem pouca coisa, as interdições que o atingem revelam logo, rapidamente, sua ligação com o desejo e com o poder." (p. 10)


site: http://www.webartigos.com/artigos/resenha-do-livro-039-039-a-ordem-do-discurso-de-michael-foucault-039-039/22329/
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Augusto 23/12/2014

Livro essencial
"A ordem do discurso" trata-se de um livro essencial para as ciências humanas. O livro é a transcrição da aula inaugural de Foucault no "Collège de France" em 1970. Nele o autor expõe de maneira bastante sistemática a ordem do discurso, os procedimentos de exclusão, processos internos e externos; entre outros meios que são utilizados para controlar (ordenar) o(s) discurso(s).
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Milla 26/03/2016

Resumo para a Universidade
Em A Ordem do Discurso, Michel Foucault nos apresenta suas perspectivas sobre o discurso, seus poderes e perigos.
Primeiramente, é necessário dissociar o discurso de seu significado mais irrisório que seria a fala oral, o discurso deve ser compreendido como toda capacidade de transmitir expressividade.
O autor deixa claro supor que em toda sociedade a produção de discurso é controlada, selecionada, organizada e redistribuída com a função de conjurar esses poderes e perigos e que isso se dá por meio de procedimentos de exclusão divididos por ele em três: interdição, separação e rejeição.
A interdição se revela como a palavra proibida, considerando-se que não se tem o direito de dizer tudo, que não se pode falar de tudo em qualquer circunstância.
A exclusão se dá pela oposição de razão e loucura considerando-se que a palavra do louco era rejeitada tão logo proferida.
Por último, a rejeição seria a oposição entre a verdade e a mentira; por ser a verdade o discurso detentor de justiça, futuro e realizações e por existir em nossa sociedade uma grande vontade de verdade/de saber que nos faz enxergar a verdade como riqueza, fecundidade, força doce e insidiosamente universal. A vontade de saber desenhava planos de objetos possíveis, observáveis, mensuráveis, classificáveis e assim causava grande coerção sobre outros discursos. Essa forma de exclusão passa por Sócrates como uma separação do discurso verdadeiro e do discurso falso, depois passa pela vontade de saber e pela ideologia do positivismo.
Ao observar as colocações do autor, fica claro que um discurso proferido se constitui muito mais do que não é proferido, do que é represado; que a produção de um discurso é composta principalmente pela parte não produzida devido aos poderes coercitivos do discurso. Construir um discurso é um ato que enfrenta a interdição, a exclusão e a rejeição antes de ser efetivado.
Dentre os tabus do discurso, o autor elucida a política e a sexualidade que, além de enunciarem sua luta e seu desejo, mas também são aquilo por que, pelo que se luta, o poder do qual nos queremos apoderar.
Adiante, podemos refletir sobre as possibilidades de um discurso e classificá-los singelamente de duas formas: o discurso original e o discurso repetido acerca do primeiro. Para a compreensão, podemos pensá-los em textos literários.
O discurso original traz consigo um ato de origem e pode ser considerado um discurso fundamental, enquanto o discurso repetido traz novos atos e são eles que repetem, glosam e comentam o original, fazendo-nos concluir também que o discurso repetido é um comentário do original e que sua novidade está, portanto, nas circunstâncias que o trazem à vida. A distância entre essas duas modalidades de discurso é o que permite que novos discursos e novas circunstâncias existam. O comentário é um discurso repetido disfarçado de modo que se diga pela primeira vez o que já foi dito e não tem outra função que não dizer o que já estava dito no texto primeiro.
Assim como essa resenha busca trazer aos olhos coisas que já existiam no discurso original proferido por Foucault, mas de uma forma nova devido às circunstâncias. Seu ponto de chegada não é além do seu ponto de partida.
Podemos ver outra espécie de limitação e reunião de discursos na construção de disciplinas, a disciplina reúne discursos mas sem ser necessariamente a soma de tudo o que pode ser dito sobre determinado tema ou todas as suas verdades, pois em seu interior as disciplinas reconhecem proposições verdadeiras e falsas e as falsas também fazem parte de seu discurso, mas apesar de possuir um papel positivo, a disciplina também é coercitiva, restritiva e atua como uma forma de controle do discurso.
Uma outra forma de controlar discursos é determinar as condições de seu funcionamento, além de determinar regras aos que proferem o discurso, ela restringe quem terá acesso a eles e resume em si as coerções do discurso. Um exemplo seriam as atitudes que se esperam de um professor sobre seu comportamento social, a escolha de seu vocabulário ao discursar, um controle que busca definir todo seu padrão e conjunto de condutas que devem ser tomadas. Seguindo o rumo da educação, sabe-se que a educação é o caminho da inclusão social e fortalecimento da subjetividade do indivíduo e meio pelo qual o individuo pode ter acesso a qualquer tipo de discurso, mas ainda assim os discursos são controlados por todo um sistema de coerção e que nos faz concluir que o controle de discurso é uma questão política e de poder.
Portanto, fica evidente que venerar o discurso é uma expressão do nosso temor por ele.
Em oposição às formas de coerção do discurso, Foucault nos sugere, não destituí-lo desse temor que sentimos, mas analisá-lo através do questionamento da nossa vontade de verdade, restituir ao discurso seu caráter de acontecimento e suspender a soberania do significante. Para isso oferece os princípios da inversão, da descontinuidade, da especificidade e da exterioridade e com isso é possível, em alguns casos é preciso, reconhecer o jogo negativo de um recorte, tratar os discursos como práticas descontinuas, conceber o discurso com uma violência que fazemos às coisas, utilizar do discurso para conhecer suas possibilidades às condições externas. Por fim o autor nos apresenta suas considerações sobre possibilidades de estudos a respeito de discursos.
Considerando que esse texto é uma aula inaugural, vemos uma atitude, não de combate, mas de análise e compreensão das capacidades, causas e consequências de um discurso dentro de um campo de produção de discursos, por parte do autor.

(Millena Bezerra: Graduando Bacharelado em Museologia, Universidade Federal de Pernambuco.)
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Anne (Duff) 08/10/2016

Foucault e a análise do discurso
O livro é a transcrição da aula inaugural de Foucault no "Collège de France" em 1970, o autor faz uma analise entre as relações do discurso e os poderes que as permeiam, e como o discurso pode torna-se um mecanismo de exclusão, e controlar. "... suponho que em toda sociedade a produção do discurso é ao mesmo tempo controlada, selecionada, organizada e redistribuída por certo número de procedimentos que tem por função conjurar seus poderes, dominar seu conhecimento aleatório [...]" (p.8-9)

Após leitura do livro consegue-se ter uma percepção maior dos impactos que os discursos trás para a sociedade. O autor responde a pergunta: Onde, afinal, está o perigo?

Com está obra, o autor faz uma análise da produção dos discursos na sociedade, e seus dois métodos, os que são externos, que possui uma relação com a parte do discurso que põem em jogo o poder e o desejo; e aqueles que são internos, que submetem outra dimensões do discurso, do acontecimento e acaso. Assim, ele distingue esses dois tipos de sistemas de exclusão, presentes em nossa sociedade.
O autor esclarece acerca dos procedimentos de imposição de regras aos sujeitos do discurso, como a Doutrina (Reunião dos preceitos básicos que compõem um sistema, como os religiosos, político, social, econômico ), o Ritual, (onde define a qualidade e veracidade do discurso a partir da pessoa que pronunciou ele. Dando exemplos no livro como os discursos religiosos e judiciários.) E a apropriação social dos discursos (que permeiam o sistema educacional)

Para Foucault não existe discurso que não seja controlado pelo poder, e cada um tem um objetivo. Não se pode dizer qualquer coisa, e o discurso, envolve privilégios, que o legitima, e não se resume também a comunicação oral, e sim qualquer ato de expressividade (como por exemplo, uma arte), logo o discurso pode ter funções como controle, poder e desejo, no que se diz respeito à ideologia, politica e sexualidade, respectivamente.

Uma forma de analise do livro de Foucault é a oposição da razão do louco, considerando-se que ele era sempre deslegitimado, e que esse apagamento dos seus discursos na idade media, atualmente não é diferente, ele mudou, mas ainda existe por meios de novas linhas institucionais. Pois em nossa sociedade existe o auto principio da exclusão que é a separação vista então como sem importância ou sem veracidade no discurso do louco, colocado como exemplo, os três grandes sistema de exclusão, que atingiu o discurso, que seriam: a palavra proibida, a segregação do louco e a vontade da verdade.
Os dois primeiros sendo maléficos e fundamentados pela ultima.

No livro Foucault coloca a vontade de proferir o discurso da verdade como sendo um jogo de desejo e poder, onde essa mesma verdade assume a tarefa de justificar a instituições dita anteriormente que define a loucura. Essas seriam as delimitações e controle exteriores do discurso, onde são postos em jogo o desejo e o poder.

Os sistemas de exclusão exteriores são: Interdição, Separação/Rejeição e Vontade de verdade.

Adiante, a obra também fala das delimitações interiores, onde podemos refletir sobre as possibilidades de um discurso, classificando-os de duas formas: o discurso primário ou secundário. Para a compreensão, podemos pensá-los em textos literários. Onde se fala de um desnível, causado pelo acontecimento a sua volta, pelo autor do discurso (onde ele pode trona-se um indicado da verdade, usando o discurso primário). Isso demostra que a valorização do discurso não está no ato em si, e sim no autor que proferiu ele, ou o meio a qual ele se encontra.

Exemplificando, o sistema de exclusão internos, são aqueles que estão ligado ao próprio discurso, são apresentados em torno de três formas: o Comentário, a Autor e as Disciplinas.

site: http://umagarotaecletica2.blogspot.com.br/2016/10/a-ordem-do-discurso-de-michel-foucault.html#more
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