Emily 09/11/2020
As cores da vida ou alguns anos de escuridão?
As Cores da Vida conta a história de três irmãs: Winona Grey, a mais velha, Aurora Grey, a do meio, e Vivi Ann Grey, a mais nova. Logo após a morte da mãe, o elo entre as irmãs fortifica-se, elas reconhecem que precisam umas das outras e que precisam ser unidas. Quanto ao pai, afeto e atenção não são suas características mais marcantes, principalmente depois que a esposa faleceu. Winona é advogada, sempre busca agir corretamente, desconfia de todos e possui um sério problema de autoestima. Ao mesmo tempo em que respeita o pai, ela o teme, e faz de tudo para ser reconhecida por ele e agradá-lo. Sempre tentativas falhas. Aurora é a pacificadora das irmãs, evita confusões e é bastante sensata. No entanto, ela não é uma personagem muito explorada, o que até pode ser considerado uma crítica, considerando que o livro em si é para ser abordado a relação das três e é mais enfatizado a relação entre Winona e Vivi Ann, que não é lá essas coisas. Aurora literalmente só aparece para separar as brigas ou para ouvir os lamentos das irmãs, principalmente Winona. Tudo ia acontecendo na cidade na maior normalidade possível, quando um forasteiro chega e põe em prova a relação da família Grey. Morte, inveja, intrigas, mágoas, desconfianças, traições e desunião passam a ser os sentimentos mais predominantes entre a família. Será que um dia as coisas irão voltar ao normal? Será que a tranquilidade um dia também voltará ao normal, após tantos anos vivendo praticamente um pesadelo? São alguns dos questionamentos que perpassa pela nossa mente enquanto lemos o livro, o que faz a gente se prender mais ainda a ele. Indico demais essa leitura!
É um livro que mostra de fato a realidade de uma família, nem sempre é um mar de rosas, existem turbulências que a gente acha que nunca irão cessar. E traz como aprendizado também o fato de que família também pode ser tóxica, nós quem decidimos se vale a pena manter-se por perto ou afastar-se.