Elaboração de uma política de desenvolvimento de coleções em bibliotecas universitárias

Elaboração de uma política de desenvolvimento de coleções em bibliotecas universitárias Simone da Rocha Weitzel




Resenhas - Elaboração de uma política de desenvolvimento de coleções em bibliotecas universitárias


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chonps 07/04/2024

Nenhum objetivo é alcançável sem a cooperação mútua…
Witzel fez parecer tão fácil. Depois de ter lido esse livro consegui ver mais claramente como realizar uma política de desenvolvimento de coleção e a dica dela de olhar políticas de outras instituições é de grande valia.

Fiquei bastante curiosa na parte de desbastamento de uma coleção. Quando você tira materiais que não são usados na biblioteca e coloca em outro lugar por causa desse motivo, isso me fez ter uma grande dúvida: não é o trabalho do profissional bibliotecário pensar em soluções de fazer com que esses materiais que não estão emprestados ou que nunca foram emprestados sejam vistos pelos usuários? Ou em vez de “esconder” esse material, não é melhor doar para bibliotecas que podem fazer bom proveito dele? Talvez realizar desbastamento de uma coleção pode ser o motivo da coleção realmente não ser vista, você não estará usando as 5 leis de Ranganathan.
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Leticia 02/10/2022

Um bom material de auxílio
O livro vai direto ao ponto e, na minha opinião, é um bom auxílio para o processo de elaboração da política de desenvolvimento de coleções. Acredito que seja uma leitura obrigatória à todos bibliotecários e bibliotecárias.
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Minha pequena biblioteca 19/05/2021

Política e processo interligados
O livro da autora Simone Weitzel apresenta de uma forma mais sucinta as principais fundamentações do tema Desenvolvimento de coleções dos autores renomados tais como Miranda, Vergueiro, Diva Andrade, Figueiredo, Barbalho, Maciel, entre outros, mas com a intenção clara de voltar-se em especial para as bibliotecas universitárias. No entanto, a abordagem de Weitzel, de modo geral, apresenta uma peculiaridade muito interessante sobre a analogia do guarda-chuva em que estabelece a relação e diferenciação entre processo e política de desenvolvimento de coleções nas suas respectivas etapas. Nesse sentido cada etapa possui uma política que deve nortear a sua ação. Além disso, a política possui o papel de estabelecer consenso e de controlar possíveis conflitos. O processo designa a ação em si, o próprio fazer. Já a política é que irá dar o direcionamento de como fazer.

Na concepção de Waldomiro Vergueiro, o Desenvolvimento de coleções possui seis etapas: 1 Estudo da Comunidade; 2 Política de seleção; 3 Seleção; 4 Aquisição; 5 Avaliação; 6 Desbastamento, incluindo o descarte. Enquanto isso, na definição da professora Simone Weitzel, política e processo andam de mãos dadas e nesse sentido para a autora cada etapa deve possuir uma política própria, logo sua visão engloba mais três, ou seja, no total nove, pois além do que foi determinado por Vergueiro, agora os processos de Aquisição, Avaliação e Desbastamento, ganham suas respectivas políticas.

A biblioteca funciona como um filtro, pois é impossível armazenar todos os materiais e todo o conhecimento registrado do mundo, é, pois, necessário projetá-la para um determinado fim social, estabelecendo a missão, prioridades e a que público se destina. A autora ainda ressalta que apesar de os princípios que norteiam os documentos impressos serem os mesmos dos digitais, há peculiaridades em alguns aspectos e possíveis acréscimos. Todo o processo de desenvolvimento de coleções é importante, contudo, cada biblioteca possui seus objetivos, tipos de coleções mais destacadas e em cada uma delas há uma ênfase maior em determinados processos do desenvolvimento de coleções. No caso da biblioteca universitária, por seu caráter mais dinâmico, seu objetivo maior é o de apoiar o chamado tripé da educação superior: os programas de ensino, pesquisa e extensão. Os tipos de coleções prioritários são livros e periódicos técnico científicos e a sua ênfase no processo é mais voltada para a avaliação e o desbastamento. O investimento maior nessas particularidades, não é à toa, pois só assim a biblioteca será capaz de ser fiel aos seus objetivos e de atender as reais necessidades de seu público alvo.

O estudo da comunidade consiste em uma sondagem para caracterizar o público alvo, de modo a analisar o seu perfil. No caso das universidades, é imprescindível a coleta de dados nos próprios bancos de dados da universidade, como por exemplo em programas, matrizes curriculares, bibliografias.

A política de seleção é o documento no qual irá definir quais os responsáveis pela seleção de documentos, os critérios utilizados no processo, os instrumentos auxiliares, as políticas especificas e os documentos correlatos. Tudo isso deve ser especificado e detalhado. Já na seleção em si é um processo de tomada de decisão título a título e nunca por lotes. Aqui é estabelecido quem vai selecionar e elaborar a política de seleção. É importante ressaltar que a autora sugere que os responsáveis pelo processo de desenvolvimento de coleções como um todo, elaborem um formulário único que será capaz de recolher dados para auxiliar nas decisões sobre as coleções. É importante também a existência de um bibliotecário líder e de não relegar a liderança do processo de seleção para os professores, como infelizmente acontece em alguns casos, porque é o bibliotecário que é capaz de articular as decisões de forma mais ponderada e em consonância com a política de seleção, bem como aos interesses da instituição e da comunidade, o que não significa que a presença do professor seja dispensável, é preciso que haja um trabalho em conjunto, não apenas dos professores, mas também de alunos e funcionários e a comunidade em geral, formando uma comissão como uma força conjunta.

A política de aquisição é um instrumento para nortear o processo em si. Na política os principais elementos contidos são: 1) Os responsáveis pela atividade; 2 As prioridades da aquisição; 3 Fontes e recursos de financiamento; 4 Diretrizes para alocar os recursos; 5 Procedimentos e rotinas para compra, doação e permuta; 6 Definição dos instrumentos auxiliares para aquisição; 7 Orientações sobre a escolha dos fornecedores; 8 Definição dos critérios o registro das diferentes coleções, a fim de identificar o patrimônio da biblioteca; 9 Descrição da participação da biblioteca em planos ou programas de aquisição cooperativa; 10 Adoção de programas para o controle e acompanhamento automatizado dos processos de aquisição. Já o processo de aquisição, implementa as decisões tomadas no processo de seleção e precisa também conhecer alguns trâmites burocráticos, dotações orçamentárias, fontes de investimentos, entre outros. A rapidez é fator preponderante na aquisição, contudo, é importante que esteja aliada à precisão e à economia, pois de nada adianta comprar uma determinada obra em tempo recorde se a mesma foi dispendiosa em excesso e não atendeu com precisão as reais necessidades do usuário.

Na política de avaliação os principais aspectos a serem considerados são: a definição de quem será responsável pelo processo, as definições de padrões e critérios e as metodologias e métodos empregados na avaliação. Como já foi colocado, a política e o processo estão integrados e assim nesse último serão colocados em prática esses fatores. Colocar em prática o que está exposto na política de avaliação é uma tarefa árdua e continua, pois a avaliação permeia em todo o processo de desenvolvimento de coleções, além disso, exige uma visão crítica e analítica. É necessário verificar sempre o desempenho da interface, ou seja, das coleções para que atendam o propósito da instituição e da comunidade a que serve. O que eu achei bem interessante no livro da Weitzel foi o fato de inserir a abordagem do modelo Conspectus. Esse modelo constitui-se em um método de diagnóstico das coleções, nele é possível vislumbrar de modo geral, a profundidade da coleção, sua cobertura, seja por matéria, classificação, ou mesmo em ambas. Assim estabelece códigos padronizados tanto para o nível da coleção como também para os idiomas presentes no acervo. O nível da coleção possui códigos de 0 a 5, enquanto que no segundo elemento que é a língua dos documentos, possui os códigos nas letras: E, F, W, Y.

O desbastamento possui a intenção de ajustar o acervo conforme as necessidades da comunidade e aos objetivos da instituição. A política de desbastamento consiste em definir o responsável pelo processo, os critérios, métodos e também os aspectos legais e administrativos. No processo do desbastamento, os documentos são remanejados do local de uso frequente para outro local de menos uso, que pode ser por exemplo, um depósito, no qual permita consultas eventuais. Já o descarte consiste na retirada definitiva do material do acervo. O processo de desbastamento é similar ao processo de seleção no sentido de que os materiais devem ser selecionados item por item e nunca por lotes, pois o item deve ser examinado minuciosamente a fim de evitar possíveis erros.

Posso dizer que gostei bastante da abordagem da autora sobretudo na analogia do guarda- chuva ao inserir políticas para as outras etapas e também por apresentar o modelo Conspectus como método de avaliação do acervo. No entanto, a meu ver, exceto nisso, não apresentou muita novidade do que já foi colocado por autores renomados, mas foi de grande valia, pois o foco da autora estava voltado para as bibliotecas universitárias e é imprescindível que haja cada vez mais estudos de desenvolvimento de coleções nesse sentido.





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Adrianolp3 29/11/2009

Pontos positivos e negativos
Sem dúvida a obra é escrita por uma excelente profissional (Sou suspeito para falar pois tive aula com a autora e à admiro intensamente). Reúne, de fato, os principais pontos que contemplam o desenvolvimento de coleções, usando como pano de fundo uma biblioteca universitária. Como pontos positivos, posso dizer que é uma excelente fonte de consulta para aqueles que estão vivenciando na vida profissional o desenvolvimento de coleções como desafio.
Entretanto, a obra me pareceu muito mais um apanhado bem geral de outros autores (como os "papas" e "papisas" do desenvolvimento de coleções, como Nice Menezes figueiredo, e Waldomiro Vergueiro), que escreveram sobre o assunto. Por vezes me pareceu uma "colcha de retalhos" que não trouxe nada de inovador. De qualquer forma, é bem escrito e recomendável para, não só os bibliotecários que estão atuando em DC, mas também, aos concurseiros de plantão.
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