Crenshaw

Crenshaw K. A. Applegate




Resenhas - Crenshaw


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Maria - Blog Pétalas de Liberdade 25/03/2019

Resenha para o blog Pétalas de Liberdade
A narração é feita por Jackson, um garoto de 10 anos que mora com a irmã mais nova, o pai, a mãe e a cachorra Aretha. Desde que o pai descobriu que tem esclerose múltipla e saiu do emprego, a situação financeira da família piorou muito, mesmo com a mãe e o pai trabalhando em empregos informais. Eles não conseguiam mais pagar o aluguel e talvez precisassem sair do apartamento e ir morar na minivan da família, como já aconteceu no passado. A situação é tão crítica que chega a faltar comida, e todos os móveis da casa estão sendo vendidos, até as camas.

"Meus pais gostam de um tipo de música chamado blues. Numa canção de blues, alguém sempre está triste por alguma coisa. Por exemplo, pode ter terminado com a namorada ou perdido todo o dinheiro ou o trem para um lugar distante. A coisa estranha é que, quando a gente ouve as músicas, se sente feliz." (página 92)

Os pais de Jackson são otimistas e tentam não deixar que os filhos percebam que podem ficar sem teto, mas o garoto percebe, e fica muito incomodado com a aparente falta de confiança dos pais nele. Jackson quer que seus pais falem a verdade, que digam se ele vai poder voltar para a mesma escola depois das férias, que expliquem por que precisam sair do apartamento e como ele pode ajudar.

"Às vezes eu só quero perguntar para eles se meu pai vai ficar OK ou por que a gente nem sempre tem comida suficiente ou por que eles têm discutido tanto." (página 47)

"Meus pais eram otimistas. Eles olhavam para meio copo de água e pensavam que estava meio cheio, não meio vazio.
Eu não. Cientistas não são otimistas ou pessimistas. Eles só observam o mundo e veem o que é. Olham para um copo de água e medem cem milímetros ou quanto quer que seja, e esse é o fim da discussão." (página 46)

Jackson quer ser um cientista e gosta das coisas certas, definidas, e é nessa situação incerta e indefinida vivida pela família que Crenshaw, seu antigo amigo imaginário, vai aparecer. Crenshaw é um gato gigante e falante, muito engraçado, e que Jackson acha meio inconveniente em certos momentos. O garoto tem medo de acharem que ele ficou louco se descobrirem que fala com um amigo imaginário ou de que vejam Crenshaw, afinal, cientificamente, o gato não pode ser real. Mas talvez Crenshaw tenha reaparecido para ajudar Jackson de alguma maneira...

Não me recordo o motivo exato, se era a capa, o título ou a sinopse que me fizeram desejar muito ler esse livro, até que eu finalmente consegui comprá-lo. O fato é que eu tinha expectativas elevadíssimas para essa leitura, que não virou um favorito e foi um pouco diferente do que eu esperava, mas mesmo assim foi um livro do qual gostei e que valeu a pena ler. Acho que eu esperava mais destaque ou uma explicação maior sobre a origem de Crenshaw, mas o foco do livro é a forma como Jackson está lidando com a situação enfrentada pela família.

Por falar nessa situação, creio que nunca li um livro onde a pobreza fosse mostrada com tanta clareza; nenhuma família está livre de passar por dificuldades financeiras como a família de Jackson está passando. E é interessante como cada um lida de forma diferente com a situação: o pai, sem perder o senso de humor, algumas vezes ficando espantado com as coisas que o filho fala, em outras parecendo orgulhoso, mas devemos lembrar que ele precisa lidar também com sua doença. A mãe parece ser mais "pé no chão", e Robin, a filha caçula, ainda enxerga tudo pela ótica da fantasia e tenta fazer o irmão também usar mais a imaginação.

Acho linda a capa, que mostra Jackson e Crenshaw sentados num banco entre as árvores. As páginas são amareladas, há poucos erros de revisão, e a diagramação tem margens grandes, bom tamanho de letras e espaçamento entre uma linha e outra, além de detalhes de gatinhos na lateral das páginas.


A escrita da autora é bem fluida, é uma leitura rápida, com capítulos curtos, uma história divertida e tocante ao mesmo tempo, que mostra a importância da amizade, da união da família e da esperança num futuro melhor. Fica a recomendação para leitores de todas as idades.

site: https://petalasdeliberdade.blogspot.com/2019/01/resenha-livro-crenshaw-katherine.html
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Rosita Lima 23/11/2018

Crenshaw
Jackson é um menino de 10 anos que está vendo sua família a beira de um colapso financeiro. Ele não aguenta a incerteza sobre mudar de casa e de escola e, muito menos, se ele e sua irmãzinha terão o que comer no dia seguinte.
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Apesar de Jackson ser tão maduro para sua idade ele ainda é uma criança. E é por isso que Crenshaw está ali. Um gato gigante, falante e imaginário. Este é um velho amigo, mas Jackson não aceita ter um amigo imaginário aos 10 anos e insiste que o gato vá embora. Obviamente, amigos não vão embora quando precisamos deles.
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As conversas com gato são ótimas e eu realmente queria que existissem mais. Entretanto, acredito que a autora teve a intenção de focar na visão de uma criança sobre os problemas da vida.
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Fiquei impressionada com o fato da autora conseguir falar sobre temas tão difíceis de uma forma tão delicada. Também é interessante a forma que ela brinca com o fato de colocar Jackson e o leitor em dúvida se o gato é realmente imaginário ou, se de alguma forma, ele realmente está ali. E isso foi uma das melhores coisas do livro.
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"Crenshaw" é uma leitura fluída, delicada e tocante que une a difícil realidade com elementos imaginário de uma forma capaz de conquistar o coração de crianças e adultos.
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Resenha completa no blog : http://www.aquelageek.com
Siga o instagram: @biblioteca.da.ro
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site: http://www.aquelageek.com/2018/11/resenha-crenshaw-khaterine-applegate.html
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Gabe | @cafecomgabe 12/11/2018

O poder da imaginação
"As vezes isso é tudo que a gente realmente precisa: de um amigo."

Jackson tem apenas 10 anos mas já passou por momentos ruins na vida. Em meio a uma crise financeira, ele, seus pais, sua irmão e uma cadela talvez tenham que morar na minivan que possuem pois não tem dinheiro para pagar o aluguel do apartamento, nem ao menos eles tem dinheiro suficiente para comer..

Jackson acha que é totalmente capaz de lidar com tudo, sempre quer se mostrar forte e sábio diante dessa situação toda mas seus pais não pensam assim, tentam esconder a verdade dos filhos e ignoram como eles se sentem.

O único capaz de entender todos os sentimentos do Jackson é o Crenshaw, um gato falante e gigante que sempre aparece para o garoto em momentos oportunos (ou não). O problema é que Jackson não admite mais a presença do gato, Crenshaw foi criado quando o garoto tinha apenas 7 anos, logo ele com 10 já é grande o suficiente pra não precisar do felino com seus conselhos certeiros, mas nem por isso Crenshaw se retira, ele vai garantir que Jackson fale tudo que está preso em seu peito para o mundo todo ouvir, nem que o mundo todo esteja entre quatro paredes.

Incrível, tocante, emocionante, me faltam palavras pra descrever o quão maravilhosa e cheia de ensinamentos é essa história. Katherine desenvolve uma narrativa leve, simples, mas carregada de emoção. É impossível não se comover pelo dia a dia do Jackson e sua família, a inocência de uma criança se perdendo aos poucos conforme o real peso da vida recai sobre si. É interessante acompanhar até onde a imaginação de uma criança é capaz de ir quando ela é posta em situações de estresse e conflito, quando ela precisa de repente encarar os monstros da vida. Mas nunca é tarde demais pra abrir o coração e se fazer ouvir, pôr pra fora tudo que lhe aflige. Você acaba vendo a solução com mais facilidade.
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