Ana 27/03/2021
O Gigante de Botas foi escrito a quatro mãos pelo casal Ofélia e Narbal Fontes, acredito que nos anos 40 ou 50 do século passado, não tenho certeza; mas na WikiPedia lê-se que o livro do casal foi publicado em 1961. Narbal diplomou-se em 1930 em Medicina, e foi um poeta, biógrafo, cronista, teatrólogo, pedagogo, professor e também jornalista brasileiro. Uma pessoa muito culta, portanto. Sua esposa, Ofélia Fontes, tão inteligente quanto ele, foi uma poetisa, biógrafa, autora didática, tradutora, romancista, teatróloga, professora, e radialista brasileira segundo a WikiPedia, o único lugar onde achei mais informações sobre os dois, uma pena. Enfim. Enredo: Bartolomeu Bueno da Silva e seu futuro genro, o Capitão João Leite da Silva Ortiz, guiam uma bandeira pelas matas goianas, enfrentando índios e traições de seus próprios homens, em direção à Mina dos Martírios. Para quem conhece História do Brasil, Bartolomeu Bueno da Silva foi o Anhanguera, que significa Diabo Velho. Anhanguera foi um bandeirante paulista, que descobriu as cobiçadas minas de Goiás.
Há vários pontos que eu quero comentar aqui nesse clássico brasileiro, tão desprezado pelos jovens leitores de hoje! Primeiro ponto: eu adoro livros que contam histórias do Brasil de antigamente, em especial de uma época tão longínqua, de quase 300 anos atrás! Minha opinião sobre esse livro talvez seja imparcial.
Segundo ponto: a obra de Ofélia e Narbal Fontes seria cancelada hoje em dia pela ditadura do politicamente correto, pois tem como heróis os bandeirantes, que atualmente são vistos como vilões da nossa história (e de certa forma foram vilões mesmo, mas o leitor MADURO tem que encarar cada texto com os olhos do contexto da época em que se passa a história, e da época em que a mesma foi escrita, na minha opinião).
Terceiro ponto: Achei muito linda a amizade entre seu Manuel Cabeça e o Indaiá, os dois tinham praticamente uma afinidade de irmãos! Muito fofo.
Quarto ponto, por fim: viva a nossa querida Série Vaga-Lume, por nos ter trazido esse clássico.
Concluindo:
Esse livro já é um dos meus preferidos de todos os tempos, e fico feliz por ter sido mais uma a conhecer essa obra maravilhosa.