Psicologia de Massas do Fascismo

Psicologia de Massas do Fascismo Wilhelm Reich




Resenhas - Psicologia de Massas do Fascismo


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Eric 03/02/2023

Um grande acréscimo à minha visão do mundo.
Muito bom.
Reich faz uma análise profunda do poder que as massas possuem ao criar e apoiar governos autoritários fascistas em diversos momentos do mundo (Hitler, Mussolini, Stalin e outros), estudando de forma profunda a formação do ser humano desde seu nascimento pelas instituições sociais, e como esse desenvolvimento cria indivíduos que possuem a ideologia fascista dentro de si.

O escritor não trata do aspecto político do fascismo, mas foca na característica psicológica das grandes massas. Seu objetivo principal é compreender as causas do irracionalismo humano que faz com que um individuo apoie formas de poder contrários àquilo que o beneficia. Passando pela estrutura da família patriarcal autoritária, pela mecanização do trabalho, pelo poder ideológico da religião sobre seus fiéis e por conceitos de economia sexual (como a repressão sexual consequente dos termos anteriormente citados são fatores decisivo na paixão irracional pela figura fascista). Todos esses fatores fixam o fascismo em todos os seres humanos desde as primeiras fases de vida.

A profundidade com que os assuntos são abordados é surpreendente, por mais que seja um livro relativamente pequeno, ele consegue, em sua maior parte ir a fundo de forma plenamente compreensível e clara em praticamente todos os assuntos. Acredito que o único ponto que não me satisfez completamente foi a conclusão final e a "solução" para todos os problemas citados, me pareceu um pouco raso e abstrato, mas o restante dos temas são muito bem explicados.

De fato um livro extremamente atual (principalmente nessas eleições de 2022 do Brasil) e com certeza extremamente válido, recomendo a leitura e bem provavelmente lerei de novo em breve.
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Movio 29/12/2022

Gostei, porém não faz muito o meu tipo de leitura. O pensamento por seu lado sociológico e político poderia ser melhor articulado com a psicologia das massas, sem o envolvimento de questões sádicas e sexuais. Infelizmente grande parte do conteúdo sobre as massas apresenta tal abordagem. Mas diversos aspectos são relevantes e de grande valor para o estudo das massas.
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Rafael.Ladenthin 21/08/2022

Obra fundamental
Reich escreveu este livro pouco antes da segunda guerra mundial, em meio à ascensão do nazismo. Foi preciso em sua análise social e psicológica, apontando como a repressão das forças da vida conduz para a formação de movimentos massivos que fortalecem políticas autoritárias, de morte e sujeição.

Este livro lido hoje parece ter sido escrito ontem.

O que nos serve de alerta.
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Camila1856 25/03/2022

Interessante
O autor tem sua própria teoria para o motivo de as pessoas aderirem ao fascismo, e é uma teoria bem complexa, com vários termos criados por ele para uma melhor organização da sociedade de forma a não cair nessas armadilhas políticas. Para mim a leitura foi bem difícil. Mas recomendo para quem gosta de psicologia e história, mas tem que ler com tempo e calma, e é bom pesquisar um pouco antes sobre o autor e o contexto no qual ele escreve, pois isso vai ajudar a entender melhor muita coisa que ele diz.
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yongguksoft 27/01/2022

Psicologia das massas do fascismo
"Quando em épocas de crise o poder ditatorial reforça sempre a propaganda a favor da moralidade, da consolidação do casamento e da família. Isso se deve aos interesses da classe dominante para manter a moralidade da classe média baixa."
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Maurício 23/03/2021

Excelente leitura do fascismo!
Por eu não ter um conhecimento mais aprofundado sobre história e seus personagens alguns capítulos ficaram arrastados, mas a maioria são esclarecedores
é impossível não fazer um paralelo com o que acontece no brasil e a forma como a sociedade se comporta.
Este é sem dúvida um livro atemporal e voltarei a ler e foi o livro que mas marquei trechos/paginas
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Thiarles 20/08/2020

Leitura muito válida
Me impressionou a quantidade de analises precisas e ateporais contidas neste livro, embora também contenha algumas visões pseudocientificas. Porém a visão que ele apresenta aqui do fascismo não pode ser desprezada.
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Amós 13/03/2020

Uma crítica ao irracionalismo e uma proposta de sociedade racional
O livro Psicologia de Massas do Fascismo representa um texto que nos auxilia a compreender a realidade de nossa sociedade. Wilheim Reich foi um médico alemão que utilizando-se de conceitos da sociologia e da antropologia construiu sua carreira estudando o que ele chama de “economia sexual” e apesar das várias polêmicas e contradições em sua trajetória (incluo nisso seu flerte com as ditas pseudociências) o livro segue muito útil.
Publicado pela primeira vez em 1933, o pesquisador acompanhou a ascensão do nazifascismo na Europa e a partir desse ângulo único ele se preocupou em estudar o comportamento social das pessoas que adotavam essas ideologias tomando como contra ponto de sua análise a União Soviética e sua política sexual. Pelo correr do texto, Reich constrói argumentos de que muito do ódio utilizado pelo nazifascismo para ascender provém da frustação sexual do povo de maneira geral e de como isso se relaciona ao universo do trabalho. Aqui cabe dizer que ele estende isso ao ponto de dizer que doenças podem ser curadas pelo fim dessa frustação e de uma vida sexual mais saudável. Até onde isso é válido ou é pseudocientífico eu não sei dizer pois não sou estudioso da área, portanto irei me ater aos pontos relativos às ciências humanas
Dessa forma, seu livro corre na direção da construção de uma sociedade pautada pela “democracia do trabalho” onde o amor, o trabalho e o conhecimento deveriam ser os guias da vida cotidiana. Ele entende esse conceito como a cerne da existência comunitária e uma constante na história da humanidade. A ideia é de que as ditas “políticas irracionais” propagadas por partidos eleitoreiros, sejam de esquerda ou direita, são em grande parte desvios ideológicos da vida que falsificam a realidade. Trabalhos não vitais, guerras e a política institucional do estado são vistos como irracionais e sua ideia é de que o que realmente importa para uma vida mais feliz em sociedade gira em torno do amor, conhecimento e trabalho.
O que me trouxe a essa leitura foi saber que suas propostas se aproximavam de uma perspectiva anarquista de vida. Apesar de ter críticas ao seu trabalho a tese construída no texto muito se aproxima das experiências que já ocorreram na Espanha e na Ucrânia, pois houve a abolição do Estado e a vida giravam em torno dos conceitos citados pelo autor, apesar de essas experiências terem ocorrido anteriormente à publicação do texto. Enfim, aos interessados no livro digo que a leitura deve ser feita de maneira atenta e crítica, sempre lembrando o contexto que o texto foi escrito e o espaço onde o autor atuava. Deixo a frase inicial do livro que até agora me provoca grande reflexão: “Amor, trabalho e conhecimento são as fontes de nossa vida. Deveriam também governa-la.”

site: @gastter
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DanielJ 27/01/2019

Leitura atual e necessária para nossos tempos, infelizmente
Leitura imprescindível para quem deseja compreender mais a fundo a miséria humana que vivemos hoje no Brasil e no mundo, a qual não difere, no essencial, da condição verificada pelo mestre Reich na Europa e no mundo da primeira metade do século passado.

Considero a parte final do livro (capítulos 11 a 13, especialmente) a mais profunda e provocativa. Infelizmente, porém, ela soará como delirante e inócua a quem ainda não for capaz de compreender mais adequadamente a sua própria condição.

Embora se possa discordar de muitas das suas proposições, a sua crítica a uma política baseada na peste emocional e a sua proposta de uma sociedade fundada nos princípios da economia sexual abrem caminhos promissores e necessários de serem inquiridos nestes tempos tão estúpidos.
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Patrick 18/01/2017

O fascista: primeiro como convidado, depois como invasor

Há pessoas práticas que não gostam de estudar história porque o que já passou não lhes é importante, para além dos ramos mais próximos de suas respectivas árvores genealógicas nada lhes diz respeito. Eu há pouco tempo aprendi que não estudamos história para conhecer o passado, apenas, mas para que possamos, ao menos, ter um vislumbre de como possa vir a ser o futuro.

Este livro está entre um dos poucos que moldou a minha forma de ver o mundo e, assim, consequentemente, mudou minha vida. Reich, ao falar sobre o fascismo, deixa claro que não são os ditadores e os déspotas e as ideologias que propagam os responsáveis por ele, e sim as massas. As massas, o povo, vivendo num conflito íntimo entre a liberdade revolucionária e a servidão reacionária e reprimidas sexualmente de forma sistemática pela religião, pelo meio familiar e pelas filosofias moralistas tornam-se, assim, incapacitadas para o autogoverno e sua estrutura submissa, como resultado, leva-as a buscar um líder que as governe e lhes diga o que fazer.

Não posso deixar de enxergar um paralelo forte entre o livro que fala do nascimento do fascismo numa época de crise mundial e os acontecimentos dos últimos anos. Vejo o medo do estrangeiro levantar bandeiras nacionalistas pelo mundo, o medo do vizinho e do transeunte acuar as pessoas em casa, fazendo-as esperar por um grande papai protetor fardado que leve todo o mal embora e transforme o seu pesadelo num sonho de mentiras gordas e bandeiras resplandecentes a que possam amar e idolatrar. Se a história de fato tem ciclos que se repetem, tenho medo de que o próximo ciclo mundial seja um retorno ao misticismo, ao medo e às mentiras elevados ao nível de linguagem oficial como em outras épocas mais obscuras.

Livro essencial.
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Glauber 16/11/2010

Acréscimos posteriores de Reich deixaram a obra confusa
Enquanto lia os primeiros capítulos de "Psicologia de massas do fascismo", de Wilhelm Reich, a impressão era de que estava lendo um dos melhores livros do ano.

Mas à medida que os capítulos avançavam, a obra começou a se mostrar um "amontoado" de textos que muitas vezes não se relacionam entre si.

Isso se explica pelo fato da obra original ter sido escrita quando Reich ainda era comunista, e de ter sofrido acréscimos em sua reedição quando ele já havia abandonado completamente o marxismo.

Enquanto trabalhando no Partido Comunista Alemão, Reich trabalhava muito bem no desenvolvimento do marxismo ao aplicar as descobertas psicanalíticas de Freud na análise das massas, sendo um dos pioneiros do freudo-marxismo. Ele era inclusive editor de uma revista de psicologia do partido.

Ele próprio explica num dos prefácios da obra que ao fazer a reedição vários anos depois, substituiu vários termos do marxismo clássico por outros que ele achava mais apropriado naquele momento. Por isso hoje lemos "democracia do trabalho" em vários trechos onde estava escrito "socialismo" na obra original.

Mas ao lermos alguns capítulos mais ao final do livro, perguntamos: "o que isso tem a ver com psicologia de massas do fascismo?" A resposta é: nada! No último capítulo, por exemplo, Reich se dedica a explicar sua própria teoria da "democracia do trabalho", algo incompleto, superficial e sem nenhuma proposta de aplicação prática.

Pelos primeiros capítulos a obra vale a pena. Seu trabalho de psicologia é muito bom, mas sua análise política e suas críticas à URSS são completamente descabidas, não passando de um reducionismo psicológico. E justo o Reich, que tanto criticava o "reducionismo econômico" dos comunistas, incorreu no erro do reducionismo psicológico ao criticar a URSS!

duh 24/01/2017minha estante
Stalino.


Marcos W Lima 08/04/2018minha estante
hehe e ainda fala de capitalismo de estado na urss, parece que os mandelistas não foram originais.




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