O Livro das Coisas Estranhas

O Livro das Coisas Estranhas Michel Faber




Resenhas - O Livro das Coisasa Estranhas


10 encontrados | exibindo 1 a 10


Sra. Hall 26/03/2024

Mais ou menos
A história é boa, poderia facilmente ser resumida em 300 páginas. A questão é que não ocorre nada de "Uau, nossa". É uma leitura que faz você ter uma visão da bíblia e do pastor diferente da convencional. Senti falta talvez, de mais ousadia, principalmente quando o pastor encontrou o outro doido no meio do antigo assentamento. Onde foi revelada a verdade. Não sei, esperava mais.
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Eder.Machado 15/02/2024

Bem meia boca...
Grande frustração... Pensei que seria legal o livro... Me esforcei para terminar... Uma história lenta e amarrada, tenho a sensação de que faltou inspiração ao autor e por isso ficou enchendo linguiça, se fosse direto ao ponto acredito que o livro teria somente metade das páginas. E o final é uma grande decepção...
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Thaís Furlan 09/04/2022

Harmonia entre ficção científica e religião = tédio
O livro narra a trajetória do pastor Peter, contratado para trabalhar junto aos nativos do planeta Oasis.

O livro traz uma proposta inovadora de unir ficção científica e religião de forma harmoniosa na mesma narrativa.

Contudoooo.... Achei cansativo de diversas formas:
- Muitos trechos bíblicos. Ao que parece, além dos aosianos, o autor também quer catequizar o leitor;
- Muitas cenas repetidas, muito texto com informação sem importância para a construção da narrativa...As cartas trocadas entre as personagens são extremamente longas e com conteúdo totalmente sem relevância. Só fazem volume na leitura;
- A narrativa não empolga. Tá todo mundo num planeta novo e parece que tudo ali beira o tédio, o que acaba não empolgando o leitor, pois não há grandes encantamentos, não há empolgação, há pouca emoção.

No geral, o livro não é ruim porque a proposta geral é muito boa, mas não é bem construído e, ao meu ver, uma receita de bolo é mais emocionante.
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San 04/06/2020

Faltou Espanto ou Maravilhamento
O início é narrativamente simbólico e visualmente bonito. Até uma certa cena de uma certa, e estranha, chuva, a história se manteve peculiar, curiosa e instigante. Porém com o passar das páginas e com a insistência do autor em tornar tudo que de início era algo "único" (em seu mundo criado) em algo banal, posteriormente nunca mais mensionando tais elementos, fazendo assim a destruição contínua da narrativa.

A indiferença ao novo e ao espetacular é incômodo e muitas vezes incoerente. Perdesse narrando cenas que não fazem sentido ou que não tenham utilidade no futuro. Muitas situações, diálogos e cenários repetidos.

A arrogância do personagem, que o autor tenta vender como alguém do bem, é nítido quando o mesmo, de fato, de forma bastante cristã, isso não é culpa do autor, mas sim da história cristã, não sente nenhuma vontade inicial de conhecer os nativos, está ali apenas para espalhar a palavra e os costumes, culturas e pessoas ficam em segundo plano.

As melhores partes do livro, que são poucas, são as cartas de Beatrice. É um ar fresco em meio a monótona narrativa que se segue. Toda a mitologia é bem pobre, e os problemas criados não soam reais, parece apenas que o autor precisava que fosse daquele jeito, para que a história chegasse onde ele queria, embora a história não chegue a lugar nenhum.

Faltou o fator estranheza, faltou espanto com o novo mundo, planeta, nativos. Tudo soa natural e aceitável demais. O lado de espanto ou de maravilhamento que qualquer pessoa sentiria se estivesse em outro planeta, conhecendo outras espécies, não existe em nenhum momento. De fato a história poderia se passar em qualquer outro lugar, com algum grupo que busca um evangelista e que um pastor apareça.
uai.gui 04/06/2020minha estante
Gostei da resenha! Não lerei o livro! Hahaha


San 03/01/2024minha estante
@uai.gui apesar de achar o livro fraco, de algo forma MUITO estranha ele me prendeu. Daria um excelente filme.




Mariane.Guerra 03/06/2020

A histo?ria acontece num futuro pro?ximo e acompanha o pastor Peter Leigh na missa?o de catequizar a? civilizac?a?o extraterrestre do planeta Oa?sis , ao mesmo tempo em que sua esposa Beatrice fica na terra, enfrentando uma seque?ncias de cata?strofes que parecem anunciar a chegada do apocalipse. Uma narrativa tocante que leva o leitor a refletir sobre temas como amor, separac?a?o, du?vidas existenciais e a natureza da fe? . Surpreendendo trazendo citac?o?es bi?blicas seguidas de refere?ncias do mundo da Marvel Comics, pouco comum ne?!?
Te convido a descobrir mais sobre o livros das coisas estranhas !
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Aline T.K.M. | @aline_tkm 26/03/2017

O "normal" e o "estranho"
Foram uns tantos motivos que me fizeram querer ler O Livro das Coisas Estranhas, um tijolo de 500 e poucas páginas de Michel Faber, um autor que eu nunca tinha lido na vida.

A começar pelo próprio título – intrigante, não tem como negar. Em seguida, o fato de ter um quê de ficção científica fez minha curiosidade pular de euforia, mesmo sabendo que a temática também abordaria a fé religiosa, assunto do qual sei quase nada e que só às vezes me deixa curiosa.

Mas o motivo crucial foi mesmo o plot do livro. Um pastor britânico que é escalado por uma organização americana para passar uma temporada em outro planeta. Sua missão? Levar a religião ao povo nativo. Catequizar alienígenas, WTF?!?!

A trama se passa no futuro e sabemos que a NASA já não existe então. Depois de várias entrevistas de seleção, Peter Leigh é contratado pela USIC para ser o pastor oficial da base da organização no planeta Oásis e o sacerdote da população nativa.

Peter aceita a proposta, motivado pela importância de sua missão e também não podendo ignorar a quantia que receberá. Deixando a mulher, Beatrice, e o gato, Joshua, ele parte rumo a Oásis.

As surpresas são muitas. O clima de Oásis, insuportavelmente quente e úmido, obriga o uso de batas num estilo meio árabe, sem falar que passar longos períodos ao ar livre pode ser bem difícil. A chuva oasiana cai de um jeito diferente, quase como se dançasse, ondulante e em faixas. A água tem coloração esverdeada e um sabor que lembra melão. E também tem as versáteis flores brancas, a única coisa que nasce em solo oasiano e que é matéria-prima para todas as preparações – desde uma imitação de carne, até sopa e strogonoff.

Tudo isso impressiona, mas nada se compara aos “oasianos”, como Peter chama os nativos. Para a surpresa do pastor, parte deles é muito crente e sedenta por religião. Eles se autointitulam Adoradores de Jesus e sua fé e conhecimento religioso foram fruto do trabalho do pastor anterior, misteriosamente desaparecido há um tempo.

Aliás, são os oasianos que se ocupam do cultivo e da colheita das flores brancas, e as fornecem para a base da USIC em troca de medicamentos – antibióticos, anti-inflamatórios, analgésicos, etc.

Sendo tão bem recebido e presenteado com tamanha fé e avidez por conhecimento, Peter acaba mergulhando de cabeça em sua missão. Seja pelo distanciamento com relação à Terra ou pela proximidade cada vez maior com os oasianos, Peter passa a se sentir cada vez mais confortável entre seus novos fiéis, optando por viver no assentamento deles ao invés de na base da USIC, e se identificando cada vez menos com as coisas “de casa”.

No início, Peter sofre muito com a distância da esposa, e a crise no relacionamento deles é inevitável. O único meio possível de comunicação é por meio de mensagens escritas, enviadas por um aparelho chamado Tubo, e o contato com Beatrice é também a única maneira de Peter ter alguma notícia da Terra. Só que a esposa mostra instabilidade em suas mensagens, e é portadora de notícias sempre muito ruins, relacionadas ao caos que toma a Terra – desastres naturais, violência crescente, tragédias e mortes.

Já na base da USIC não há qualquer referência da atualidade relacionada à Terra, ao que tudo indica, propositalmente. O programa de rádio que toca no refeitório é produzido especialmente para eles e só conta com programação musical antiga; as revistas se restringem a temas bem técnicos e, mesmo assim, ainda passam por uma espécie de censura – as páginas contendo qualquer referência à atualidade são arrancadas.

Uma das coisas de que mais gostei é que o autor faz a gente mergulhar fundo na situação do Peter. Além das descrições tão vívidas de Oásis, a gente experimenta com ele essa integração com o novo planeta e seus nativos, até mesmo em relação à língua.

Os oasianos conseguem falar um inglês muito básico; como alguns sons são impronunciáveis para eles, as respectivas letras são trocadas por caracteres estranhos em suas falas. Com o tempo, até Peter começa a falar desta maneira e cada vez mais caracteres vão aparecendo nas falas, substituindo algumas letras.

Mas Peter também vai conhecendo um pouco mais sobre os funcionários que atuam na base da USIC, pessoas de toda parte e com alguns aspectos em comum, fazendo com que Peter pouco a pouco compreenda os reais objetivos da organização em Oásis.

Com carga emocional e psicológica, o livro mostra como a noção de realidade é moldável e depende do entorno e das experiências diárias. Da mesma maneira, é difícil lidar com o intangível e continuar atado a uma realidade que já não é a que vivenciamos todos os dias, como no caso de Peter que, embora tente seguir conectado com sua vida na Terra, não pode evitar que a vida em Oásis se torne sua nova realidade.

O livro também fala sobre a fé – até que ponto ela resiste intocada, e o que faz com que passemos a questioná-la. Algo que ora é muito sólido e real, ora é tão frágil que pode ser facilmente estraçalhado.

Leitura intensa do início ao fim, O Livro das Coisas Estranhas une um lado meio ficção científica a uma pegada extremamente humana e subjetiva. O resultado foi algo bem diferente das minhas leituras habituais e que eu recomendo sem pensar duas vezes!

LEIA PORQUE
É um livro que traz uma premissa bem diferente, que fala sobre o “normal” e sobre o “estranho”, e mostra como o “estranho” passa a ser “normal”, dependendo do ângulo por onde se enxerga.

DA EXPERIÊNCIA
A leitura foi repleta de surpresas e dessa sensação de viver tudo junto com o protagonista. Ah, eu não contei quase nada sobre os oasianos aqui na resenha de propósito! É que toda essa descoberta de como eles são fisicamente e de como se comportam é uma das delícias da história e eu não quis estragar isso para aqueles que estejam pensando em ler o livro.

FEZ PENSAR
A conversa em torno do questionamento da fé me fez pensar em Loney, de Andrew Michael Hurley. Por outro lado, esse mix de sci-fi com um lado humano muito forte me remeteu a Matéria Escura, de Blake Crouch.


site: http://www.livrolab.com.br
meriam lazaro 27/05/2018minha estante
Grata. Comprei "no escuro" e ao ler o início me deparei com um diálogo de preguiçoso (Disse ele. Disse ela. Suspirou ela...). Ia passar o livro adiante, mas aí lembrei de ler resenhas a respeito. Boas leituras!




Suferreira 03/03/2017

Amei
Nossa, amei esse livro! Amei a história e me apaixonei pelos Oasianos! Acredito que não é todo mundo que vá gostar. Ele tem muitas citações bíblicas e quem não é cristão ou que não curta livros que falam sobre Jesus é melhor não ler ou então é melhor ler e ver essa história de um pastor que vai falar de Jesus para alienígenas em ouro planeta! Hehehe é bem legal! Só queria que o autor não tivesse deixado tantos espaços entre os capítulos. Fiquei curiosa querendo que tudo fosse contado nos mínimos detalhes e tb no final eu fiquei triste, pq gostaria de saber até o final... não posso escrever muito pra não dar spoiller ! Mas enfim, queria continuação! Amei!
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Mari 10/02/2017

"Seu maior medo, ao deslizar pela escuridão, era nunca mais voltar enxergar os seres humanos do mesmo jeito."
O Livro das Coisas Estranhas apresenta Peter Leigh, um ex-drogado e alcoólatra que encontrou um novo caminho ao conhecer Bea, que hoje é sua esposa. Juntos, ambos procuram incentivar respeito, amor e, principalmente, o conhecimento da palavra de Deus e acreditam que Ele é a resposta para tudo. Principalmente para o fato de Peter ter sido escolhido pela USIC para viajar para um lugar completamente novo, em busca de evangelizar os nativos de lá. O local em questão é Oásis, um planeta novo onde a USIC opera e, apesar de não saber muito sobre a empresa e, claro, sobre o planeta, Peter acredita que Deus o quer ali e precisará deixar tudo para trás, inclusive sua esposa, na Terra.

"Toda a sua vida - agora ele compreendia, com as fachadas da cidade desconhecida dominando sua vista, abrigando sabe-se lá que maravilhas -, toda a sua vida o conduzira àquele momento."

A premissa do livro é muito instigante e já traz questionamentos mesmo que você não saiba muito sobre a trama. A narrativa em terceira pessoa é um ponto forte, já que a leitura começa a ficar massante a partir de certo ponto e são as informações, diálogos e perguntas criadas em sua cabeça ao longo das páginas que te mantém firme ali. Isso acontece porque nosso protagonista não é curioso e, quando há a oportunidade de obter respostas, ele simplesmente as deixa passar, te transmitindo um sentimento de decepção. Não temos tanta informação sobre a USIC nem sobre o porquê de estarem ali, sem falar das coisas que ficam subentendidas e das informações soltas pelos diálogos que, se você não estiver atento, provavelmente deixará escapar. Livros que exigem nossa atenção mais do que o normal me agradam - e muito - entretanto o desejo de saber mais sobre os oasianos, sobre o que está acontecendo de fato com eles e com as pessoas que trabalham lá, não te permitem deixar certas erros passarem batido.

Temos vários momentos para refletir e os personagens com quem Peter convive expõem inúmeros assuntos a serem discutidos. Muitos temas são mencionados no livro, contudo não são aprofundados. É como se, a todo momento, você criasse todo o mistério e o autor quisesse acrescentar conteúdo sem necessariamente se dedicar a eles. Temos o conflito entre o querer e o dever, entre o que você faz e o que você fala, entre o que você acredita e o que você está vendo. O livro realmente abre portas para várias questões e suspeitas, só que, mais do que qualquer outro tema, o casamento é o principal.

Bea se torna uma personagem muito mais cativante do que Peter, a ponto de querermos saber mais sobre o que acontece na Terra do que em Oásis. A realidade desconhecida que ela está vivendo traz um certo suspense e o autor parecia muito mais confortável para falar sobre o amor à distância do que sobre as incríveis coisas novas que Peter poderia nos apresentar. Nosso planeta, no final das contas, foi mais interessante do que um planeta completamente novo.

"- Você tem o livro?
- O livro?
- O Livro das Coisas Estranhas.
Peter piscou e tentou respirar normalmente. De perto, a pele do oasiano tinha um cheiro doce: não a doçura de algo podre, mas de fruta fresca.
- Você fala da Bíblia - disse ele.
- Nunca falamos o nome. O poder do livro proíbe."

O Livro das Coisas Estranhas tinha tudo para ser uma incrível obra de ficção científica, porém deixa muito a desejar nesse aspecto. Não é uma total perda, já que, apesar de deixar a desejar em alguns pontos, Michel Faber consegue, sim, fazer o leitor refletir sobre os assuntos presentes no dia a dia mundano e nos envolver no enredo. Mais do que qualquer outra coisa, este parecia ser um livro sobre um cara que vai evangelizar alienígenas. Ao chegarmos no final da leitura, nos damos conta de que é um livro sobre um cara que está distante da esposa e precisa enfrentar os problemas do casamento. Basta você está aberto para conhecer tudo o que o livro apresenta e não criar tantas expectativas como eu fiz.

site: https://www.youtube.com/watch?v=a7KukYe3XtQ
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Acervo do Leitor 14/11/2016

Um livro "peculiar"
O livro conta a história de Peter Leigh, um ex-drogado antes de sua conversão ao cristianismo, que se tornou um pastor evangélico. Como evangélico ele crê na pessoa e na obra de Jesus Cristo (Deus encarnado que veio a terra morrer por nós pecadores). Como evangelista, e ministro da fé cristã, ele se voluntaria para uma nova e estranha missão: ser pastor para os seres nativos do planeta recentemente descoberto chamado "Oasis". Os próprios alienígenas estão solicitando alguém para lhes pregar o Evangelho e ensinar a Bíblia (O livro das coisas estranhas). Peter está eufórico com a missão, animado com os novos desafios e caminhos que Deus preparou para ele. Só que há um problema, sua esposa Beatrice não vai poder acompanha-lo na viagem. A empresa responsável pela pequena colônia humana instalada no planeta descoberto, uma misteriosa organização conhecida como USIC, a considerou inadequada para a missão, e eles terão que se separar. Peter (sozinho) é transportado para o planeta alienígena através de um "salto espacial" abordo de uma nave com uma estranha tripulação. Agora, em "Oasis", começa sua jornada evangelística em meio a criaturas e uma cultura adversa. Talvez longe da Terra ele descubra um desafio maior do que converter alienígenas, o surgimento de um abismo emocional intransponível e crescente que começa a se abrir entre ele e sua esposa Beatrice (Bea)

"A raça humana teria sido poupada de muita dor e violência se as pessoas não tivessem se apegado tanto a nomes como Stalingrado, Fallujah e Roma, concentrando-se simplesmente em morar 'aqui', seja lá onde e qual fosse esse 'aqui'."

Em "Oasis" Peter logo descobre que misteriosamente não há quase nenhuma informação disponível sobre essa raça alienígena, tornando o encontro com os mesmos muito mais assustador. Mas se eles (alienígenas) estavam ansiando por escutar as "Boas Novas" (Evangelho), será que realmente há algo a temer? Já adaptando ao tolerável clima alienígena o pastor aos poucos vai entendendo a estranha relação econômica (escambo) entre a equipe que dirige a base da USIC formada por seus colegas engenheiros, farmacêuticos, linguistas, outros profissionais técnicos e os "Oasianos", assim como a vida e os costumes dos nativos. Enquanto isso Peter é capaz de se comunicar com Bea (esposa) através de um tipo de e-mail interplanetário. Logo ele descobre que a Terra está presenciando sinais "na terra e nos mares" que anunciam a chegada do apocalipse cristão, quando nosso planeta irá sofrer catástrofes até se destruir com a segunda volta de Cristo. Atormentado pelas caóticas notícias de sua esposa, e ocupado demais com sua nova vida, ele se vê levado ao limite do seu esgotamento físico e emocional.

"A esperança é uma coisa frágil, feito uma flor. Sua fragilidade faz dela algo fácil de se menosprezar por gente que vê a vida como uma provação, gente que fica zangada quando vê algo em que não consegue acreditar dar consolo aos outros. Preferem esmagar a flor com a sola do pé. Mas, na verdade, a esperança é uma das coisas mais fortes no Universo. Impérios caem, civilizações desaparecem e viram pó, mas a esperança sempre retorna, emergindo do meio das cinzas, crescendo a partir de sementes sensíveis e invencíveis."

O livro realmente é uma ficção científica? Depende, você pode aborda-lo desta forma, pois há vários elementos que categorizam esta obra como tal. Mas não vejo assim. É um romance. Uma história de amor entre Peter e Beatrice. Uma história de amor entre Peter e o Evangelho de Jesus Cristo. Uma triste história de abandono e distância. Que nos faz refletir até onde há a necessidade de contato para haver amor? Relacionamentos e fé sobrevivem ao silêncio e a falta de toque? O tempo tudo cura e apaga ou algumas coisas são mais resistentes que essa força inimaginável?

"Nunca frequentei uma escola bíblica. Fiz faculdade de Alcoolismo e Abuso de Drogas. E me diplomei em Decoração de Interiores de Vasos Sanitários e... hã... Visitas a Prontos-Socorros.
- E aí você encontrou Deus?
- Eu encontrei uma mulher chamada Beatrice. A gente se apaixonou."

Independente dos elogios rasgados que se vê pela internet como "genial" ou "obra-prima" acho que o livro se perde um pouco no meio. Se você olhar pela ótica de uma aventura no espaço, apesar do bem criado mundo (Oásis), você poderá se decepcionar pelo autor abordar de forma tão superficial o que tange as questão futurísticas e espaciais. Na verdade, a ficção serve de pano de fundo para o drama pessoal entre o casal e a mensagem evangelística inegável da obra. Olhando como um drama, por vezes pode ser cansativo a troca de informações (e-mails) entre os protagonistas. Há muitos detalhes e informações dispensáveis que quebram o ritmo da narrativa e atrapalha o envolvimento com os personagens. Para quem têm algum preconceito ou rejeição com as Escrituras (Bíblia) também irá esbarrar neste problema, pois ela é citada literalmente em diversos momentos. A ideia geral do livro é ótima, mas por tentar abordar tantos temas juntos acabou sendo superficial em sua realização. Se o foco principal (a relação de Peter e Bea) fosse mais claro na execução da história seria mais fácil se apegar e se sensibilizar com a história de amor contada. Um livro interessante sem dúvida, mas muito difícil de se indicar.

site: http://acervodoleitor.blogspot.com/2016/11/resenha-18-o-livro-das-coisas-estranhas.html
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